LIVRO DO CÉU VOLUME 1
Peço-te, suplico-te, escuta-me favoravelmente”.
(122) Às vezes também o Senhor mostrava não me escutar e aumentavam minhas penas, outras
Vezes se compadecia de mim dizendo-me:
(123) “Pobre filha, vem a Mim que te quero consolar, tu tens razão em que sofres, mas é que não
te lembras, que também Eu, oh, quanto mais sofri.
Até certo momento minhas penas foram ocultas,
mas quando chegou a Vontade do Pai de sofrer em público, rapidamente saí a encontrar
confusões, opróbrios, desprezos, até ser despojado de minhas vestes, estar nu no meio de um
povo numerosíssimo, Poderia imaginar confusão maior que esta? Minha natureza sentia muito este
tipo de sofrimento, mas tinha os olhos fixos à Vontade do Pai, e oferecia essas penas em
reparação de tantos que cometem as mais nefastas ações publicamente, diante dos olhos de
muitos, vangloriando-se sem a mínima vergonha, e lhe dizia: “Pai, aceita as minhas confusões e a
meus opróbios em reparação de tantos que cometem as mais nefastas ações publicamente,
perante os olhos de muitos, vangloriando-se sem a menor vergonha, e lhe dizia: “Pai, aceita as
minhas confusões e a minha desonra em reparação de tantos que têm a audácia de te ofender tão
livremente sem o mínimo desgosto; perdoa-lhes, dá-lhes luz a fim de que vejam a fealdade do
pecado e se convertam”. Também a ti quero tornar-te partícipe deste tipo de sofrimentos. Você não
sabe que os mais belos presentes que posso dar às almas que amo são as cruzes e as penas?
Você é uma criança ainda no caminho da cruz, por isso se sente muito fraca, quando tiver crescido
e tiver conhecido como é precioso sofrer, então se sentirá mais forte. Por isso apóie-se em Mim,
repouse porque assim adquirirá força”.
(124) Depois de que passei algum tempo neste estado descrito acima, cerca de seis ou sete
meses, os sofrimentos aumentaram mais, tanto que me vi obrigada a estar na cama,
freqüentemente se multiplicava aquele estado de perder os sentidos, e quase não tinha nem uma
hora livre, me reduzi a um estado de extrema debilidade, a boca se apertava de tal modo que não a
podia abrir e em algum momento livre que tinha apenas algumas gotas de algum líquido podia
tomar, se é que o conseguia, E depois era obrigada a devolvê-lo pelos vómitos que sempre tive.
Depois de que estive dezoito dias neste estado contínuo, mandou-se chamar o confessor para me
confessar. Quando o confessor veio me encontrou nesse estado de letargia. Quando me recuperei
me perguntou o que tinha, somente lhe disse, calando todo o resto, e como continuavam as
moléstias dos demônios e as visitas de Nosso Senhor, então lhe disse:
“Padre, é o demônio”. Ele me disse para não ter medo, porque se for ele, o padre liberta-te. Assim dando-me a obediência e
perseguindo-me com a cruz e ajudando-me a mover os braços, porque sentia todo o corpo
petrificado como se tudo se tivesse tornado numa só peça, conseguiu que os braços retomassem o
movimento, Conseguiu fazer com que a boca se abrisse depois de estar imóvel para tudo. Atribuí
isto à santidade do meu confessor, que na verdade era um santo sacerdote, considerei-o quase um
milagre, tanto que dizia entre mim: “Olha, estavas prestes a morrer”. Porque na verdade me sentia
mal, e se tivesse durado esse estado, eu acho que teria deixado a vida. Se bem me lembro que
estava resignada e quando me vi libertada senti um certo pesar porque não tinha morrido.
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