LIVRO DO CÉU VOLUME 6-27
Março 16, 1904
6-27 A verdadeira resignação não põe a escrutínio as coisas, mas adora em silêncio as divinas disposições. A cruz é alegre, jubilosa, gozosa, anelante.
(1) Esta manhã me encontrando fora de mim mesma, me encontrei sobre uma pessoa que tinha o aspecto como se estivesse vestida como uma ovelha, e eu era levada sobre suas costas, mas ia a passo lento; adiante ia uma espécie de máquina mais veloz, e eu em meu Interior disse: “Este vai lento, gostaria de ir dentro daquela máquina que caminha mais veloz”. Não sei porquê, mas assim que pensei nisto, encontrei-me dentro dela na companhia dos que iam nela, e eles disseram-me: “O que fizeste? Como deixou o pastor? E que pastor, pois estando sua vida nos campos são suas todas as ervas medicinais, nocivas e boas à saúde, e estando com Ele se pode estar sempre com
boa saúde, e se o vês vestido de ovelha é para tornar-se semelhante às ovelhas, fazendo que elas se aproximem sem nenhum temor, e se vai a passo lento, mas é mais seguro”. Quando ouvi isto, disse dentro de mim: “Já que assim é, gostaria de lhe dizer alguma coisa sobre a minha doença”. Enquanto pensava isto encontrei-o perto de mim, e eu toda contente aproximei-me do seu ouvido e lhe disse : “Bom Pastor, se és assim tão perito dá-me algum remédio para os meus males, pois eu
encontro-me neste estado de sofrimentos”. E querendo dizer mais, calou-me ao dizer:
(2) “A verdadeira resignação, não fantástica, não põe a escrutínio as coisas, mas adora em silêncio as divinas disposições”.
(3) E enquanto dizia isto, parecia que se rompia a pele de lã e via o rosto de Nosso Senhor, e sua cabeça coroada de espinhos. Eu ao ouvir que me dizia isto, não sabia mais o que dizer, ficava em silêncio contente de estar junto com Ele, e Ele continuou:
(4) “Tu esqueceste de dizer ao confessor outra coisa sobre a cruz”.
(5) E eu: “Adorável Senhor meu, eu não me lembro, diga e direi”.
(6) E Ele: “Minha filha, entre tantos títulos que tem a cruz, tem o título de um dia festivo, porque quando se recebe um dom, o que acontece? Faz-se festa, goza-se, está-se mais alegre; agora, a cruz sendo o dom mais precioso, mais nobre e feito pela pessoa maior e única que existe, resulta mais agradável e leva mais festa, mais alegria que todos os outros dons. Então, você mesma pode dizer que outros títulos você pode dar à cruz”.
(7) E eu: “Como Tu dizes, pode-se dizer que a cruz é festiva, jubilosa, alegre, anelante”.
(8) E Ele: “Bem, disseste bem, mas a alma chega a experimentar estes efeitos da cruz quando está perfeitamente resignada à minha Vontade, e deu-se toda a si mesma a Mim, sem reter nada para si, e Eu para não me deixar vencer em amor pela criatura, dou-lhe tudo Eu mesmo, e no doar-me a Mim mesmo dou também a minha cruz, e a alma reconhecendo-a como meu dom faz festa e goza.
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