A Igreja busca desde muito tempo, não se aprofundar com seus fieis nos conteúdos espirituais, resguarda para somente seus ¨profissionais¨teólogos ou exorcistas a teoria espiritual e a prática no sobrenatural. E somente fornece aos fiéis regras e conselhos mecânicos e práticos para se protegerem contra o mal, ou se salvarem.
Jesus não trouxe os Sacramentos para que fossem meios apenas mecânicos para se ritualizar a fé. Mas quando se reunia com o povo, explicava com parábolas como devia ser o interior da alma para com Deus. E aos apóstolos explicava as parábolas mais minuciosamente. E os enviou para cuidar das ovelhas do rebanho, ensinando e depois batizando-as.
Hoje, o ensino é muito precário, apenas se ensina a necessidade de se ir à santa missa cotidianamente, ou rezar o rozario diariamente, a adoração, e usar sacramentais, dentre outras práticas meramente mecânicas sem alma e significado real para muitas almas.
Elas são orientadas a ir para não ir para o inferno, para serem protegidas das tentações e ataques demoniácos, e dentre outras orientações. Mas o verdadeiro sentido de amor a Deus, não é praticado pela maioria das almas católicas. Falta o verdadeiro amor interior e conhecimento verdadeiro de tudo o que Deus fez pelo seu povo amado. E os fiéis não sabem qual a verdadeira postura interior para com seu Deus. Jesus se sente cotidianamente sozinho no tabernáculo, almas frias e geladas é o que Ele sente se aproximar Dele. Orações que elas apenas rezam na verdade para pedir e pedir e pedir. Sem dar sequer um verdadeiro bom dia de coração ao Seu Redentor.
Ele é um banco, um balcão de milagres e promessas. A Fé delas se baseia em receber apenas por meio de novenas, promessas, obediência aos conselhos espirituais de forma meramente mecânica. E esperam a recompensa. São apenas servos, que entregam uma oferenda de ação de fé, e esperam seu pagamento. Muitas vezes pagamentos meramente usados apenas para fins terrenos como : saúde, emprego, proteção, etc…
E Deus aceita conviver assim com seus servos? Sim, pois os trata como apenas servos. Não como filhos!
Filhos não vivem ordens mecânicas para com seu pai, filhos não tem medo de serem atacados pelo inimigo, pois se o inimigo os alcança, este sofre e é rechaçado pelo amor verdadeiro do filho.
Só se ama o que se conhece…e não é apenas conhecimento teórico; é VIDA
Rm 10, 14
14.Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?
Observe como são a maioria dos posts e artigos católicos, alguns exemplos::
https://www.acidigital.com/noticia/52289/dez-conselhos-praticos-para-a-luta-diaria-contra-o-demonio
https://padrepauloricardo.org/blog/sacramentais-protecao-contra-os-demonios
www.padrereginaldomanzotti.org.br/oracao/frmula-de-orao-do-cerco-de-jeric-para-leigos
São fórmulas e mais fórmulas, e receitas diversas, porém a pessoa sente a Fé nesses conselhos e rituais, com a alma vazia de compreenção real da necessidade de entender como funciona isso no campo espiritual, o que Deus fez para que ela pudesse receber essas graças e méritos dados por Jesus. Estamos num tempo, que devemos sair dessa vida de mecanicidade. E buscar realmente absorver o amor de Deus na íntegra, e aprendermos a reconhecer sua presença e sabermos verdadeiramente olhar somente para Ele e seu amor. Compreender sua bondade, e pararmos de apenas seguir fórmulas prontas e métodos para estarmos no estado de graça. Sem entender a graça.
Deus é bom demais, por ter permitido esse sistema mecânico de fé. Porém, Ele ainda espera os verdadeiros adoradores em espírito e em verdade. E não meros especialistas em criar mais fórmulas de orações e receitas de métodos espirituais mecânicos.
Não desvalorizamos tudo isso: as devoções, as novenas, os rituais, o poder dos sacramentais, dos Sacramentos, as orações ensinadas por santos, devoções ensinadas por Jesus à santos, tudo foi sim ensinado e incentivado por Jesus. Devido a dureza dos corações, e a tamanha ignorância das almas apegadas à materia.
Foi necessário por muito tempo esse estilo de espiritualidade mecânica, porém o próprio Jesus agora, se manifesta através de seus próprios Misticos Católicos, e uma delas SERVA DE DEUS LUISA PICCARRETA. Explicando que acabou esse tempo de rituais mecânicos, agora Ele trouxe o Livro do Céu – 36 volumes de conhecimentos sobre A HISTÓRIA DIVINA DE SUA VIDA E VONTADE. E aguarda que todos os seus filhos alcancem esse conhecimento. E vivam uma nova santidade, uma vida espontânea e verdadeira de paz e sobriedade espiritual. Verdadeiros filhos de Deus, amantes do seu Pai, que sabem defender a fé diante até mesmo do próprio demônio, sem nenhum medo ou reservas. Filhos corajosos, cheios da vida divina, transformados por Deus e Sua Divina Vontade que reina neles.
Alguns trechos dos escritos da Serva de Deus Luisa Piccarreta sobre esse catolicismo mecânico e o que Jesus espera de seus filhos.
(199) “Filha, também a gente que se diz devota, olha quantas ofensas me fazem, mesmo nos lugares mais santos, ao receber os mesmos Sacramentos, em vez de sair purificados saem mais enlameados “.
(200) ” Ah! Sim, quanta pena dava a Jesus ver pessoas que comungavam sacrílegamente, sacerdotes que celebravam o Santo Sacrifício da missa em pecado mortal, por costume, e alguns, dá horror dizer, por fins de interesse. ¡¡ Oh! Quantas vezes meu Jesus me fez ver estas cenas tão dolorosas. Quantas vezes, enquanto o sacerdote celebrava o Sacrossanto Mistério, Jesus é obrigado a descer, porque era chamado pelo poder sacerdotal, às mãos do sacerdote, se viam aquelas mãos que gotejavam podridão, sangue, ou então estavam sujas de lama. Ah! Como dava compaixão o estado de Jesus, tão santo, tão puro, naquelas mãos que davam horror só de olhá-las, parecia que Jesus queria fugir daquelas mãos, mas era obrigado a permanecer até que se consumissem as espécies do pão e do vinho. Às vezes, enquanto permanecia ali, com o sacerdote, ao mesmo tempo vinha-se apressadamente a mim e lamentava-se, e antes de que eu o dissesse, Ele mesmo me dizia: (201) “Filha, deixa-me derramar em ti, porque não posso mais, tem compaixão do meu estado que é demasiado doloroso, tem paciência, soframos juntos.¨
Livro do Céu Volume 1.
Volume 2 -23 Maio 16, 1899 Jesus fala da cruz e lamenta-se das almas devotas.
(1) Jesus continuou por outros dias manifestando-se do mesmo modo, não querendo separar-se de mim. Parecia que aquele pouco de sofrimento que tinha derramado em mim o atraía tanto, que não sabia estar sem mim. Esta manhã derramou outro pouco de amargura da sua boca na minha e depois disse-me:
(2) “A cruz dispõe a alma à paciência. A Cruz abre o Céu e une o Céu e a Terra, isto é, Deus e a alma. A virtude da cruz é potente e quando entra em uma alma tem a virtude de remover a ferrugem de todas as coisas terrenas, não só isso, senão que dá o tédio, o fastio, o desprezo das coisas da terra, e em troca lhe dá o sabor, o agrado das coisas celestiais, mas por poucos é reconhecida a virtude da cruz, por isso a desprezam”.
(3) Quem pode dizer quantas coisas compreendi da cruz enquanto Jesus falava? O falar de Jesus não é como o nosso, que tanto se entende por quanto se diz, mas uma só palavra deixa uma luz imensa, que ruminando bem poderia fazer estar ocupado todo o dia em profundíssima meditação. É por isso que, se eu quisesse dizer tudo, me prolongaria demasiado e faltaria o tempo para o fazer. Depois de um pouco Jesus voltou de novo, mas um pouco mais aflito. Eu rapidamente lhe perguntei a causa, e Jesus me fez ver muitas almas devotas e me disse:
(4) “Minha filha, o que olho em uma alma é quando se despoja da própria vontade, então minha Vontade a investe, a diviniza e a faz toda minha. Olha um pouco para estas almas, dizem-se devotas enquanto as coisas vão à sua maneira, depois uma pequena coisa, se não forem longas as suas confissões, se o confessor não as satisfaz, perdem a paz e algumas chegam a não querer fazer mais nada. Isto diz que não é minha Vontade que predomina, mas a delas. Então acredite em mim, minha filha, você errou o caminho, porque quando eu vejo que você realmente quer me amar, eu tenho tantas maneiras de dar a minha Graça”.
(5) Quão triste era ver Jesus sofrer por este tipo de gente. Procurei compadecer-Lhe por quanto pude e assim terminou.
Volume 2-24 Maio 19, 1899 A humildade dá a certeza dos favores celestiais.
(1) Esta manhã tive receio de que não fosse Jesus, mas o demónio que me queria enganar. Então Jesus veio e, vendo-me com este temor, disse-me:
(2) “A humildade é a certeza dos favores celestiais. A humildade veste a alma de tal segurança, que as astúcias do inimigo não penetram dentro. A humildade põe a salvo todas as graças celestiais, tanto, que onde vejo a humildade faço correr abundantemente qualquer tipo de favores celestiais. Por isso não queira preocupar-se por isto, senão com olho simples olhe sempre em seu interior se está investida pela bela humildade, e de todo o resto não se preocupe”.
(3) Depois fez-me ver muitas pessoas religiosas, e entre elas, sacerdotes, também de santa vida, mas por quanto bons fossem, não havia neles esse espírito de simplicidade para crer nas tantas graças e nos tantos diversos modos que o Senhor tem com as almas. E Jesus me disse:
(4) “Eu me comunico aos humildes e aos simples porque logo crêem em minhas graças e as têm em grande estima, ainda que sejam ignorantes e pobres; mas com estes outros que você vê Eu sou muito relutante, porque o primeiro passo que aproxima a alma a Mim é o crer; então acontece que estes, com toda a sua ciência, doutrina e até santidade, nunca provam um raio de luz celestial, isto é, caminham pelo caminho natural e jamais chegam a tocar nem sequer por um momento o que é sobrenatural. Esta é também a causa de por que no curso de minha vida mortal não houve nem sequer um douto, um sacerdote, um poderoso em meu seguimento, senão todos ignorantes e de baixa condição, porque quanto mais humildes e simples, são também mais fáceis a fazer grandes sacrifícios por Mim”.
Volume 2-14 Abril 16, 1899 Jesus quer girar com a Luisa e fá-lo ver como é tratado pelas almas.
(1) Estando no meu estado habitual, Jesus convidou-me a virar para ver o que faziam as criaturas. Eu disse-lhe: “Meu adorável Jesus, esta manhã não tenho vontades de girar e ver as ofensas que te fazem, vamos aqui os dois juntos”. Mas Jesus insistia em que queria girar, então para agradá-lo lhe disse: “Se queres sair, vamos, mas vamos dentro de alguma igreja, pois aí são poucas as ofensas que te fazem”.
(2) E assim fomos dentro de uma igreja, mas também ali foi ofendido, e mais que em outros lugares, não porque nas igrejas se façam mais pecados que no mundo, senão porque são ofensas feitas por seus mais amados, por aqueles que deveriam colocar alma e corpo para defender a honra e a glória de Deus, por isso resultam mais dolorosas a seu coração adorável.
Então via almas devotas, que por bagatelas de nada não se preparavam bem à comunhão; sua mente em vez de pensar em Jesus pensava em suas pequenas perturbações, em tantas coisas de nada, e esta era sua preparação. Quanta pena davam estas almas a Jesus e quanta compaixão davam elas, porque davam importância a tantas palhinhas, a tantas ociosidades e em troca não se dignavam dirigir um olhar a Jesus. Então ele me disse:
(3) “Minha filha, quanto impedem estas almas que minha Graça se derrame nelas, Eu não me fixo nas minúcias, senão no amor com o qual se aproximam, e elas ao contrário, mais se fixam nas palhas que no amor, é mais, o amor destrói as palhas, mas com muitas palhas não se aumenta nem um pouco o amor, mas bem o diminui. Mas o que é pior destas almas é que se perturbam muito, perdem muito tempo, quiseram estar com os confessores horas inteiras para dizer todas estas minúcias, mas jamais põem mãos à obra com uma boa e corajosa resolução para extirpar estas palhas.
(4) O que te dizer além disso, oh! minha filha, de certos sacerdotes destes tempos? Pode-se dizer que atuam quase satanicamente, chegando a fazer-se ídolos das almas. [ Ah! Sim, o meu coração é mais trespassado pelos meus filhos, porque se os outros me ofendem mais, ofendem as partes do meu corpo, mas os meus ofendem-me as partes mais sensíveis e ternas, até no mais íntimo do meu coração”.
(5) Quem pode dizer a amargura de Jesus? Ao dizer estas palavras chorava amargamente. Eu fazia quanto mais podia compadecer-lhe e repará-lo, mas enquanto isso fazia nos retiramos juntos no leito.
* * * 2-79 Outubro 1, 1899 Jesus fala com amargura dos abusos dos sacramentos.
(1) Esta manhã Jesus continuava a fazer-se ver em silêncio, mas com um aspecto afligidíssimo, e tinha cravada na cabeça uma tupida coroa de espinhos; minhas potências interiores as sentia em silêncio e não se atreviam a dizer uma só palavra; vendo que sofria muito na cabeça estendi minhas mãos e pouco a pouco lhe tirei a coroa, mas, que acerbo espasmo sofria, como se abriam as feridas e o sangue corria a rios! Na verdade, era uma coisa que rasgava a alma. Depois de lhe ter tirado a coroa de espinhos, coloquei-a sobre a minha cabeça, e Ele mesmo ajudava a que penetrasse bem, mas tudo era silêncio de ambas as partes. Mas qual foi meu espanto, porque pouco depois o olhei de novo e lhe estavam pondo outra coroa de espinhos com as ofensas que lhe faziam. ¡ Oh perfídia humana! Oh incomparável paciência do meu Jesus, quão grande você é! E Jesus calava-se e quase não os via para não saber quem eram os seus ofensores. Então, tirei-a de novo, e, avivando-lhe todas as minhas forças interiores por uma terna compaixão, disse-lhe:
(2) “Meu bem amado, minha doce vida, por que não me diz nada? Nunca foi seu costume esconder seus segredos de mim. Ah! , falemos um pouco, assim desafogaremos um pouco a dor e o amor que nos oprime”.
(3) E Ele: “Minha filha, tu és o alívio em minhas penas. No entanto deves saber que não te digo nada porque tu me obrigas sempre a não castigar as pessoas, queres opor-te à minha justiça, e se não faço como tu queres fica descontente e Eu sinto uma pena de mais, ou seja, não te ter 81 contente, Então, para evitar problemas de ambos os lados, é melhor eu ficar em silêncio”.
(4) E eu: “Meu bom Jesus, esqueceste-te de quanto sofres depois de teres usado a justiça?
Ver-te sofrer nas criaturas é o que me obriga a forçar-te a não punires as pessoas. E além disso, esse ver as mesmas criaturas se voltarem contra Ti como tantas víboras venenosas, que se estivesse em seu poder já teriam te tirado a vida, porque se vêem sob seus flagelos, e assim irritam mais sua justiça, não me dá coragem para dizer Fiat Voluntas Tua”.
5) E Ele: “A minha justiça não pode continuar; sinto-me ferido por todos, por sacerdotes, por devotos, por leigos, especialmente pelo abuso dos sacramentos: Quem não lhes presta atenção, acrescentando os desprezos; quem os frequenta, deles fazem uma conversa de prazer, e quem não estando satisfeito em seus caprichos, chega por isto a ofender-me. ¡ Oh!
como fica dilacerado meu coração ao ver reduzidos os sacramentos como aqueles quadros pintados, ou como aquelas estátuas de pedra que de longe parecem vivas, mas se se aproxima um se começa a descobrir o engano; e então se se faz por tocá-las, que coisa se encontra?
Papel, pedra, madeira, objetos inanimados, e fica desenganado de tudo. Assim são reduzidos os sacramentos, para a maior parte não há outra coisa senão a aparência e ficam mais sujos que limpos. E além disso, o espírito de interesse que reina nos religiosos, é para chorar, não te parece que são todos olhos aí onde há um miserável lucro, até chegar a degradar sua dignidade? Mas onde não há interesse, não têm mãos nem pés para mover-se nem sequer um pouquinho. Este espírito de interesse enche-lhes tanto o interior, que transborda para o exterior e até os próprios leigos sentem a peste, e escandalizados não têm fé em suas palavras. ¡¡¡ Ah sim, ninguém deixa de me ofender! ; há quem me ofenda diretamente, e quem, podendo impedir tanto mal, não se preocupa em fazê-lo, por isso não tenho a quem me dirigir. Mas Eu os castigarei de maneira a torná-los inúteis, e a quem destruirei perfeitamente, chegarão a tanto, que ficarão desertas as igrejas, sem ter quem administre os sacramentos”.
(6) Interrompendo a sua palavra, toda espantada disse: “Senhor, o que dizes? Se há quem abuse dos sacramentos, também há muitas filhas boas que as recebem com as devidas disposições e sofrem muito se não as frequentam”.
(7) E Ele: “Muito escasso é seu número, e além disso sua pena por não poder recebê-los, servirá como uma reparação a Mim e para ser vítimas por aqueles que abusam”.
(8) Quem pode dizer como fiquei ferida por falar de Jesus bendito? Mas espero que queira aplacar-se por sua infinita misericórdia.
Dê seu testemunho sobre seu encontro com a Divina Vontade