**Luísa e a Revelação Divina: Uma Jornada de Fé e Obediência em começar a abrir a sua alma ao confessor**
Em um pequeno vilarejo, onde o tempo parecia fluir mais devagar, vivia Luísa, uma mulher de fé inquebrantável, cuja vida foi marcada por experiências espirituais profundas e desafiadoras. Sua história, repleta de momentos de intensa conexão com o divino, começa a ganhar contornos públicos à medida que ela decide compartilhar seu interior, guiada por uma voz que acredita ser a do próprio Jesus Cristo.
Luísa, uma figura reservada e introspectiva, encontrou-se em um dilema espiritual quando começou a receber mensagens que atribuía ao Senhor. Essas revelações, muitas vezes acompanhadas de um estado de dormência ou transe, a colocavam em um caminho de obediência e temor. “O Senhor muitas vezes me ordenava que manifestasse ao confessor o que Ele me dizia”, relatou Luísa em um de seus escritos. A pressão divina era tão intensa que, quando ela hesitava em compartilhar essas experiências, sentia-se repreendida severamente. “Se não o fizesse, Ele não viria mais”, confessou, revelando que o medo de perder a presença de Jesus era a maior de suas penas.
Esse temor a impulsionava a superar suas hesitações e a abrir-se ao confessor, um homem que, ao contrário do anterior, insistia em saber detalhes sobre seus estados de dormência e as mensagens que recebia. “Agora me ordenava manifestar, agora me obrigava com preceito de obediência”, descreveu Luísa, destacando como o confessor a pressionava a revelar seu interior para garantir que não vivia em ilusão ou engano. A obediência ao sacerdote, segundo ela, era um caminho para a segurança e a tranquilidade espiritual.
A relação entre Luísa, o confessor e as vozes que ouvia era complexa. Às vezes, ela sentia que Jesus e o confessor “punham-se de acordo entre eles”, criando uma dinâmica em que ambos a empurravam na mesma direção: a da transparência total. Essa pressão dupla, divina e humana, a levou a revelar segredos profundos de sua alma, algo que não havia feito com o confessor anterior, que se preocupava mais com sua resignação e aceitação da vontade de Deus.
Após cerca de um ano sob a orientação desse novo confessor, Luísa continuou a viver em um estado de sofrimento e êxtase espiritual. Ela sabia que suas dores tinham uma origem divina e, por isso, buscava a obediência do sacerdote para suportá-las. Foi em uma dessas manhãs, após receber a comunhão, que Luísa teve uma das visões mais impactantes de sua vida.
“Filha, são tantas as iniquidades que se cometem, que a balança de minha Justiça está por transbordar”, teria dito Jesus, segundo o relato de Luísa. A mensagem era clara e aterradora: flagelos e uma guerra feroz estavam por vir, como castigo pela transformação dos corpos humanos, que deveriam ser “santuários” de Deus, em “esgotos de imundícies”. A voz divina, quase chorando, lamentava o tratamento dado a tanto amor e dor. “Quem foi tratado como Eu? Ah, nenhum, mas quem é a causa? É o tanto amor que tenho”, disse, segundo Luísa.
Essa revelação deixou-a profundamente perturbada, mas também mais determinada a cumprir seu papel como intermediária entre o divino e o humano. Para Luísa, a obediência ao confessor e a manifestação de seu interior não eram apenas atos de fé, mas também uma forma de garantir que as mensagens que recebia fossem autênticas e úteis para a salvação de outros.
A história de Luísa, ainda que envolta em mistério e espiritualidade, reflete a luta de uma mulher comum para conciliar sua fé profunda com as demandas de um mundo que muitas vezes não compreende suas experiências. Sua jornada, marcada por sofrimento, obediência e revelações, continua a inspirar aqueles que buscam entender os limites entre o humano e o divino.
Enquanto o vilarejo segue seu ritmo tranquilo, Luísa permanece em silêncio, mas sua voz ecoa através dos escritos que deixou, um testemunho de uma vida dedicada a ouvir e transmitir aquilo que acreditava ser a vontade de Deus.
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