Estudo 15 – Livro do Céu Volumes 1 ao 11 – Escola da Vontade Divina

Escola da Divina Vontade
Estudo 15 – Livro do Céu Volumes 1 ao 11 – Escola da Vontade Divina
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MEDITAÇÃO

LIVRO DO CÉU VOLUME 1

(121) E assim passei alguns anos sofrendo por parte das criaturas, dos demônios e diretamente de Deus, às vezes chegava a tanta amargura por parte das criaturas, e pelo modo como pensavam, que tinha vergonha de que qualquer pessoa me visse, tanto, que o meu maior sacrifício era aparecer no meio das pessoas; tanta era a vergonha e a confusão que me sentia atordoada.
Houve outras visitas de outros médicos, mas não serviram para nada, às vezes derramando amargas lágrimas dizia-lhe com todo o coração: “Senhor, como se tornaram públicos os meus sofrimentos, agora não só a família o sabe mas também os estranhos me vejo toda coberta de confusão, parece-me que todos me apontam com o dedo, como se estes sofrimentos fossem as mais más ações, eu mesma não sei dizer o que me acontece. Ah! Só Tu podes libertar-me de tal publicidade e fazer-me sofrer ocultamente. Peço-te, suplico-te, escuta-me favoravelmente”.
(122) Às vezes também o Senhor mostrava não me escutar e aumentavam minhas penas, outras Vezes se compadecia de mim dizendo-me:
(123) “Pobre filha, vem a Mim que te quero consolar, tu tens razão em que sofres, mas é que não te lembras, que também Eu, oh, quanto mais sofri. Até certo momento minhas penas foram ocultas, mas quando chegou a Vontade do Pai de sofrer em público, rapidamente saí a encontrar confusões, opróbrios, desprezos, até ser despojado de minhas vestes, estar nu no meio de um povo numerosíssimo, Poderia imaginar confusão maior que esta? Minha natureza sentia muito este tipo de sofrimento, mas tinha os olhos fixos à Vontade do Pai, e oferecia essas penas em reparação de tantos que cometem as mais nefastas ações publicamente, diante dos olhos de muitos, vangloriando-se sem a mínima vergonha, e lhe dizia: “Pai, aceita as minhas confusões e a meus opróbios em reparação de tantos que cometem as mais nefastas ações publicamente, perante os olhos de muitos, vangloriando-se sem a menor vergonha, e lhe dizia: “Pai, aceita as minhas confusões e a minha desonra em reparação de tantos que têm a audácia de te ofender tão livremente sem o mínimo desgosto; perdoa-lhes, dá-lhes luz a fim de que vejam a fealdade do
pecado e se convertam”. Também a ti quero tornar-te partícipe deste tipo de sofrimentos. Você não sabe que os mais belos presentes que posso dar às almas que amo são as cruzes e as penas?
Você é uma criança ainda no caminho da cruz, por isso se sente muito fraca, quando tiver crescido e tiver conhecido como é precioso sofrer, então se sentirá mais forte. Por isso apóie-se em Mim, repouse porque assim adquirirá força”.

2-17
Abril 26, 1899
Jesus a alegra com respeito ao confessor. Fala-lhe das almas desapegadas, que enquanto não têm nada, tudo possuem.

(1) Quando hoje meu amado Jesus se fazia ver, parecia-me que me enviava tantos raios de luz, que toda me penetravam, quando em um instante nos encontramos fora de mim mesma e junto se encontrava o confessor. Eu imediatamente pedi ao meu querido Jesus que lhe desse um beijo ao confessor e que estivesse um pouco em seus braços, (Jesus era menino). Para me contentar logo beijou o confessor no rosto, mas sem querer separar-se de mim, eu fiquei toda aflita e lhe disse: “Meu Teseu, não era esta a minha intenção, de te fazer beijar o seu rosto, mas a boca, a fim de que tocada pelos teus lábios puríssimos fosse santificada e fortificada daquela debilidade, assim poderá anunciar mais livremente a santa palavra e santificar os demais. Ah, te rogo que me contentes!” Assim, Jesus deu outro beijo, mas agora na boca dele, e depois me disse:
(2) “Me são tão agradáveis as almas desapegadas de tudo, não só no afeto, mas também em efeito, que à medida que vão despojando-se, assim minha luz as vai investindo e chegam a ser como cristais, nos quais a luz do sol não encontra impedimento para penetrar dentro deles, como o encontra nas construções e nas demais coisas materiais”.
(3) Ah! disse depois: “Crêem despojar-se, mas em troca vêm a vestir-se não só das coisas espirituais, mas também das corporais, porque minha providência tem um cuidado todo especial e particular por estas almas desapegadas, minha providência as cobre por toda parte; acontece que nada têm, mas todos possuem”.
(4) Depois disso nos retiramos do confessor e encontramos muitas pessoas religiosas que pareciam ter toda a intenção de trabalhar por fins de interesses, Jesus passando no meio delas
disse:
(5) “Ai daquele que trabalha pela finalidade de adquirir dinheiro, já receberam em vida seu pagamento!”

3-16
Novembro 30, 1899

Membros doentes e membros sãos no corpo místico de Jesus

(1) Continua vindo meu adorável Jesus, e desta vez o via no momento quando estava atado à coluna; Ele, desatendo se lançava em meus braços para ser compadecido por mim. Eu o estreitava e começava a arrumar-lhe os cabelos, todos com coágulos de sangue, a secar-lhe os olhos e o rosto, e ao mesmo tempo o beijava e fazia diversos atos de reparação. Quando cheguei às mãos e lhe tirei a corrente, com suma maravilha vi que a cabeça era de Nosso Senhor, mas os membros eram de tantas outras pessoas, especialmente religiosas. Oh! quantos membros infectados que davam mais trevas do que luz; no lado esquerdo estavam os que davam mais sofrimento a Jesus, se viam membros doentes, cheios de chagas com vermes e profundas, outros que apenas ficavam unidos por um nervo àquele corpo, oh, como se doía e vacilava aquela cabeça divina sobre aqueles membros. Ao lado direito se viam aqueles que eram melhores, isto é, membros sãos, resplandecentes, cobertos de flores e de orvalho celestial, perfumados com fragrâncias, e entre estes membros se descobria algum que desprendia um perfume apagado.
(2) Esta cabeça divina sobre estes membros sofria muito; é verdade que havia membros resplandecentes, que quase se assemelhavam à luz daquela cabeça, que a recriavam e lhe davam grandíssima glória, mas eram em número maior os membros infectados. Jesus, abrindo sua dulcíssima boca me disse:
(3) “Minha filha, quantas dores me dão estes membros! Este corpo que você vê é o corpo místico de minha Igreja, do qual me glorio de ser sua cabeça, mas que cruel rasgo fazem estes membros neste corpo! Eles parecem estar se esgueirando entre eles para ver quem pode me causar mais tormento”.
(4) Ele disse outras coisas que eu não me lembro bem sobre este corpo, por isso ponho ponto.

4-16
Outubro 4, 1900

Jesus sofre ao castigar o homem porque são suas imagens.

(1) Depois de ter passado um dia de privação e com escasso sofrimento, sentia-me convencida de que o Senhor não queria ter-me mais neste estado; no entanto a obediência, mesmo nisto, não quer ceder, e quer que continue a estar nele, ainda que deva morrer. Seja sempre bendito o Senhor e em tudo seja feito seu santo e amável Querer. Então, esta manhã, ao vir o bendito Jesus, fazia-se ver em um estado que dava compaixão, parecia que sofria em seus membros, e seu corpo era cortado em tantos pedaços que era impossível numera-los; e com voz lastimosa dizia:
(2) “Minha filha, que sinto! O que sinto! são penas inenarráveis e incompreensíveis à natureza humana; é carne de meus filhos que é dilacerada, e é tanto a dor que sinto, que me sinto dilacerar minha própria carne”.
(3) E enquanto isso gemia e doía. Eu sentia-me enternecedor ao vê-lo neste estado, e fiz tudo o que pude por compadecê-lo e rogar-lhe que me participasse suas tristezas. Agradou-me em parte e apenas pude dizer-lhe: “Ah Senhor, não te dizia eu, que não lançasses mão dos castigos, porque o que mais me desagrada é que ficarás ferido nos teus próprios membros? Ah, desta vez não houve modos nem orações para aplacar-te!” Mas Jesus não prestou atenção a minhas palavras, parecia que tinha uma coisa séria no coração que o levava a outra parte, e num instante me transportou fora de mim mesma, levando-me a lugares onde Ocorriam massacres sangrentos.
Oh, quantas cenas dolorosas se viam no mundo, quantas carnes humanas atormentadas, feitas em pedaços, pisoteadas como se pisa a terra e deixadas sem sepultar; quantas desgraças, quantas misérias! e o pior era que outras coisas mais terríveis deviam acontecer. O bendito Senhor olhou, e comovendo-se tudo começou a chorar amargamente. Eu, não podendo resistir chorei junto com Ele a triste condição do mundo, tanto que minhas lágrimas se misturavam com as de Jesus. Depois de ter chorado um bom momento, admirei outro traço da bondade de Nosso Senhor: Para fazer que deixasse de chorar ocultou seu rosto de mim, secou-se as lágrimas, e logo voltando-se de novo com rosto alegre me disse:
(4) “Amada minha, não chores, basta, basta, o que vês serve para justificar a minha Justiça”.
(5) E eu: “Ah Senhor, digo bem que já não é Vontade tua o meu estado, em que aproveita o meu estado de vítima se não me for dado livrar os teus caríssimos membros e isentar o mundo de
tantos castigos?”
(6) E Ele: “Não é como você diz; também Eu fui vítima, e apesar de sê-lo não me foi dado livrar ao mundo de todos os castigos; abri-lhe o Céu, o livrei da culpa, sim, levei sobre Mim suas penas, mas é justiça que o homem receba sobre si parte daqueles castigos que ele mesmo se atrai pecando.
E, se não fosse pelas vítimas, não só mereceria o simples castigo, ou seja, a destruição do corpo, mas também a perda da alma; e eis a necessidade das vítimas, que quem se quiser servir delas, porque o homem é sempre livre na sua vontade, pode encontrar o perdão da pena e o porto de sua
salvação”.
(7) E eu: “Ah Senhor, como gostaria de ir antes que avancem mais estes castigos!”
(8) E Ele: “Se o mundo chega a tal impiedade de não merecer nenhuma vítima, seguro que te levarei”.
(9) Ao ouvir isto disse: “Senhor, não permita que permaneça aqui, e assistir a cenas tão dolorosas”.
(10) E Jesus, quase me repreendeu acrescentou: “Em vez de me pedir que os liberte, você diz que quer vir; se Eu levasse todos os meus, o que seria do pobre mundo? Certamente não teria mais o que fazer com ele, e não lhe teria mais nenhuma consideração”.
(11) Depois disso eu pedi por várias pessoas, Ele desapareceu e eu retornei em mim mesma.

6-15
Julho 3, 1903
Quem se dá a Jesus em vida, Jesus dá-Se a Ela na morte e a isenta do purgatório.

(1) Esta manhã, encontrando-me extremamente aflita pela perda do meu adorável Jesus, fez-se ver dentro de mim, que enchia toda a minha pessoa, isto é, a minha cabeça, os meus braços e assim por diante. E, vendo isto, disse-me, como querendo explicar-me o significado de como se fazia ver:
(2) “Minha filha, por que te afliges sendo Eu o dono de ti? Quando uma alma chega a me fazer dono de sua mente, dos braços, do coração e dos pés, o pecado não pode reinar, e se alguma
coisa involuntária entra nela, sendo Eu o dono, e a alma estando sob a influência de meu domínio, está em contínua atitude de expiação e rapidamente sai. Além disso, sendo eu santo, é difícil reter em si qualquer coisa que não seja santa; além disso, tendo-me dado a si mesma em vida, é justiça que Eu te dê a todo o Eu mesmo na morte, admitindo-a sem qualquer demora à visão beatífica. A quem tudo é dado a Mim, as chamas do purgatório nada têm a ver com ela”.

7-17
Maio 15, 1906
A alma é como uma esponja, que se se exprime a si mesma, se impregna de Deus.

(1) Continuando meu habitual estado, sentia uma extrema aflição pela privação do bendito Jesus, cansada e quase extenuada de forças. Agora, assim que se fez ver em meu interior me disse: (2) “Minha filha, o que a alma deve fazer é um contínuo espremer-se a si mesma, porque a alma é como uma esponja, se espreme a si mesma e se impregna de Deus, e embebendo-se de Deus sente a Vida de Deus em si mesma, e por isso sente o amor à virtude, sente tendências santas, sente-se vazia de si mesma e transformada em Deus, e se não se exprime a si mesma fica impregnada de si mesma, e portanto sente todos os efeitos que contém a corrupta natureza, todos os vícios aparecem na cabeça. A soberba, a inveja, a desobediência, a impureza, etc, etc”

8-15
Outubro 29, 1907

O verdadeiro amor e sacrifício.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, encontrei-me fora de mim mesma, e via o Menino Jesus, que, pondo-se sobre a minha cama, me batia com as suas mãos todo o corpo, dando-me também pontapés. Quando me derrubou muito bem e pisou, desapareceu. Voltando em mim mesma não entendia o por que destes golpes, mas estava contente porque lembrava-me que eu mesma me punha debaixo de Jesus para ser mais golpeada. Depois, sentindo-me toda ferida, de novo fui surpreendida pelo bendito Jesus, que, tirando a coroa de espinhos, Ele mesmo a cravou na minha cabeça, mas com tal força que todos os espinhos me penetravam dentro; depois, entrando no meu interior, quase no ato de seguir adiante me disse:
(2) “Minha filha, como estamos? Vamos, vamos mais adiante em castigar o mundo”.

(3) Eu me assustei ao ouvir que unia minha vontade à sua no ir além nos castigos. E Ele acrescentou:
(4) “O que Eu te digo não deves esquecer. Lembra-te que há muito tempo eu te fazia ver os castigos presentes e aqueles que devia mandar, e tu, apresentando-te ante minha justiça, tanto imploraste em favor do género humano, oferecendo-te tu a sofrer qualquer coisa, que te foi concedido como esmola que em vez de fazer por dez faria por cinco em consideração tua. Por isso esta manhã te bati, para poder te conceder seu desejo, que deve fazer por dez faça só por cinco”.

(5) De novo acrescentou: “Minha filha, o amor é o que enobrece a alma e a põe em posse de todas minhas riquezas, porque o verdadeiro amor não tolera divisão de classe ou condição, por muito que um possa ser inferior ao outro. O que é meu é teu, esta é a linguagem de dois seres que na verdade se amam, porque o verdadeiro amor é transformação portanto, a beleza de um tira a fealdade do outro e o torna belo; se é pobre o torna rico; se é ignorante o converte douto; se é ignóbil o torna nobre; um é o batimento, um o respiro, uma a vontade em dois seres que se amam, E se algum outro batimento ou fôlego quiser entrar neles, eles se sentem sufocados, agitados e dilacerados, e ficam doentes. Assim, o verdadeiro amor é saúde e santidade, e nele se respira um ar balsâmico, perfumado, qual é o respiro e a vida do mesmo amor, mas onde este amor fica mais enobrecido, mais consolidado, mais confirmado e maior, é no sacrifício, assim que o amor é a chama, o sacrifício a lenha; então onde há mais lenha, mais altas são as chamas, e o fogo é sempre maior. O que é sacrifício? É o desvirar-se um no amor e no ser da pessoa amada, e quanto mais se sacrifica, tanto mais fica consumado no ser amado, perdendo seu ser e retomando todos os lineamentos e nobreza do Ser Divino. Olhe, também no mundo natural a coisa passa assim, se bem em modo muito imperfeito, quem adquire nome, nobreza, heroísmo, um soldado que se sacrifica, se expõe às batalhas, expõe a vida por amor do rei, ou algum outro que se está com os braços cruzados? Certamente o primeiro. Assim, um servo, quem pode esperar sentar-se à mesa de seu mestre, o servo fiel que se sacrifica, que põe a própria vida, que tem mais cuidado dos interesses de seu amo que dos seus por amor a seu amo, ou aquele servo que, embora faça seu dever, quando pode fugir do sacrifício o evita? Certo que o primeiro. E assim o filho com o pai, o amigo com o amigo, etc. Assim que o amor enobrece e une e forma uma só coisa; o sacrifício é a lenha para engrandecer o fogo do amor, e a obediência ordena tudo”.

9-17
Outubro 7, 1909
Cautela e zelo de Jesus circundar as criaturas de espinhos na alma e no corpo.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, assim que veio o bendito Jesus me disse:

(2) “Minha filha, é tal e tanto o zelo, a cautela que tenho com minhas criaturas, que para não deixá- las danificar-se estou obrigado a circundar de espinhos a alma e o corpo, a fim de que os espinhos mantenham afastada a lama que poderia sujá-las. É por isso minha filha que até os meus maiores favores com que favoreço às almas a Mim mais amadas as circundado de espinhos, isto é, de amarguras, de privações, de estados de ânimo, a fim de que estes espinhos não só me guardem, mas que não os deixem sujar-se com a lama do amor próprio e de outras coisas”.
(3) E desapareceu.

10-19
Março 26, 1911

O único consolo que consola Jesus é o amor.

(1) Esta manhã, encontrando-me fora de mim mesma via a Celestial Mãe com o menino nos braços; o divino menino me chamou com sua pequena mãozinha, e eu voei para me pôr de joelhos
diante da Mãe Rainha, e Jesus me disse:
(2) “Minha filha, hoje quero que fale com nossa Mãe”.
(3) E eu disse: “Celestial Mãe, diz-me, há alguma coisa em mim que desagrade a Jesus?”
(4) E Ela: “Caríssima filha minha, fica tranquila, por agora não vejo nada que desagrade a meu Filho, se, jamais, chegar a incorrer em alguma coisa que possa desgostá-lo, rapidamente te avisarei, confia em tua Mãe e não temas”.
(5) Como a Celestial Rainha me assegurava o anterior, me sentia infundir nova vida, e adicionei:
“Dulcíssima Mãe minha, em que tristes tempos estamos, diga-me, é verdade que Jesus quer as casas de reunião dos sacerdotes?”
(6) E Ela: “Certamente as quer, porque as ondas estão por elevar-se demasiado alto, e estas reuniões serão as âncoras, as lâmpadas, o comando com o qual a Igreja se salvará do naufrágio na tempestade, porque enquanto parecerá que a tempestade tenha submergido tudo, depois da tempestade se verá que permaneceram as âncoras, as lâmpadas, o comando, ou seja as coisas mais estáveis para continuar a vida da Igreja. Mas, oh! como são vis, covardes e duros de coração, quase nenhum se move enquanto são tempos de obras, os inimigos não descansam, e eles estão negligentemente, mas pior será para eles”.
(7) Depois ele adicionou: “Minha filha, procura suprir tudo com o amor, uma só coisa te importa, amar, um só pensamento, uma só palavra, uma só vida, amor; se queres contentar e agradar a Jesus, ama-o e dá-lhe sempre ocasião de falar de amor, este é seu único consolo que o reconforta, o amor; lhe diga que te fale de amor e Ele se porá em festa”.
(8) E eu: “Meu querido Jesus, ouves o que diz a nossa Mãe? Que te peça amor e que fales de amor”.
(9) E Jesus festejando disse tais e tantas coisas da virtude, da altura, da nobreza do amor, que não me é dado saber dizê-lo com a minha linguagem humana, por isso melhor ponho ponto final.

11-16
Abril 20,1912

A natureza tende à felicidade.

(1) Continuando meu habitual estado, assim que veio o bendito Jesus me disse:
(2) “Minha filha, a natureza é levada por uma força irresistível para a felicidade, e isto com razão, pois foi feita para ser feliz, e de uma felicidade divina e eterna, mas com grande dano seu se vai apegando, quem a um gosto, quem a dois, quem a três e quem a quatro, e o resto da natureza fica, ou vazia e sem gosto, ou bem amarga, aborrecida e nauseada, porque os gostos humanos e ainda os gostos santos estão misturados com um pouco de humano, não têm a força de absorver toda a natureza e de envolvê-la toda no gosto, muito mais do que Eu vou amargando estes gostos para poder dar-lhe todos os meus gostos, porque sendo eles inumeráveis têm força para absorver toda a natureza no gosto. Pode-se dar amor maior, que para dar o mais lhes tiro o pouco, e para dar o tudo lhes tiro o nada? No entanto, este meu trabalho é levado a mal pelas criaturas”.

11-17
Abril 23,1912
Como em todas as coisas Jesus nos demonstra seu Amor. A verdadeira santidade está em fazer a Divina Vontade, e em reordenar todas as coisas em Jesus.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, brevemente o bendito Jesus veio e me disse:
(2) “Minha filha, algumas vezes permito a culpa em alguma alma que me ama para estreitá-la mais fortemente a Mim e para obrigá-la a fazer coisas maiores para minha glória, porque por quanto mais lhe dou, permitindo2 a mesma culpa para me enternecer mais de suas misérias e para amá-la principalmente enchendo-a de meus carismas, tanto mais a forço a fazer coisas grandes por Mim; estes são os excessos de meu Amor. Minha filha, meu Amor pela criatura é grande, olhe como a luz do sol invade a terra, se você pudesse desfazer essa luz em tantos átomos, naqueles átomos de luz ouviria minha voz melodiosa, que te repetiriam um após outro:

“Te amo, te amo, te amo”. De modo que não lhe dariam tempo para numera-los, ficaria afogada no amor. E em realidade te amo: amo-te na luz que enche teus olhos, te amo no ar que respiras, te amo no murmúrio do vento que chega a teus ouvidos, te amo no calor e no frio que sente teu corpo, te amo no sangue que corre em tuas veias, Te amo no batimento de seu coração te diz meu batimento, amo te repito em cada pensamento de sua mente, te amo em cada movimento das tuas mãos, amo-te em cada passo dos teus pés, amo-te em cada palavra, porque nada acontece dentro e fora de ti se não houver um ato meu de amor para contigo, assim que um te amo meu não espera o outro, e dos teus te amo, quantos são para Mim?”

(3) Eu fiquei confusa, me sentia ensurdecida dentro e fora de mim pelo te amo, a plenos coros do meu doce Jesus e meus te amo eram tão escassos, tão limitados que disse: “Oh, meu amante
Jesus, quem poderá jamais te igualar?” Mas apesar de tudo o que disse, parece que não disse nada do que Jesus me fazia compreender.
(4) Depois acrescentou: “A verdadeira santidade está em fazer minha Vontade e em reordenar todas as coisas em Mim assim como Eu tenho tudo ordenado para a criatura, assim a criatura deveria ordenar todas as coisas para Mim e em Mim, minha Vontade faz estarem em ordem todas as coisas”.

 

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