Estudo 29 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 29 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Divina Vontade
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14-30
Maio 19, 1922
O Divino Querer no Céu é felicitante, na terra é obrante e multiplica sua Vida, seus bens, no ato da criatura.

(1) Continuando meu habitual estado, meu sempre amável Jesus se fazia ver dentro de meu
interior, no qual abrindo-se uma como portinha, apoiava seus braços e espreitava sua cabeça
para ver o que faziam as outras criaturas. Eu olhava junto com Jesus, mas quem pode dizer os
males que se viam, as ofensas que se faziam e os castigos que choverão? Era horrível esta
visão tão dolorosa; e também via nosso pobre país atingido pelo flagelo divino. Então eu, vendo
que Jesus olhava com uma ternura de amor e de dor, enquanto dias antes me tinha sido
impossível fazê-lo dirigir seu rosto e seu olhar para as criaturas, disse-lhe:
(2) “Meu amor e minha vida, olha quanto sofrem nossos queridos irmãos, não queres ter
piedade? Com tanta vontade sofreria tudo para que eles fossem perdoados. Olha, isto é um dever que me impõe o estado de vítima, a tua imitação; não sofreste tudo por nós? E como
queres que eu não sofra para os livrar dos castigos, e que não te imite, enquanto Tu sofreste
tanto?” E Jesus interrompendo o meu discurso disse-me:
(3) “Ah, minha filha, chegou a tanto o homem que não posso olhá-lo senão com horror, e se o
olho é só de dentro de ti, porque encontrando em ti todas as ternuras de minha Humanidade,
minhas orações, sinto-me movido a olhá-lo com compaixão, e por amor teu preservarei suas
vidas. O homem tem necessidade de purificações fortes, de outra maneira não se desengana e
por isso atropelarei tudo para renovar tudo, farei coisas imprevistas, castigos novos dos quais o
homem não poderá encontrar a causa, e isto para confundi-lo, mas tu não temas, por amor teu
diminuirei alguma coisa. Sinto em ti como sentia em minha Humanidade a corrente das
comunicações com todas as criaturas, e por isto me é duro não te dar e não te contentar em
nada”.
(4) Mais tarde encontrei-me fora de mim mesma, num ponto altíssimo e encontrei a minha Mãe
Celestial, o nosso Arcebispo defunto, os meus pais e o meu doce Jesus nos braços do Bispo,
que, assim que me viu, o pôs nos meus braços dizendo: “Toma-o minha filha e dá-lhe um
beijo.”. E Jesus fazia festa nos meus braços e disse:
(5) “Filha amadíssima do meu Querer, quero renovar o vínculo do grande dom de te fazer viver
no meu Querer, e por isso quis presentes como testemunhas a minha amada Mãe, o Bispo que
tomou parte em tua direção quando esteve na terra, e a teus pais, a fim de que tu fiques
majoritariamente confirmada em minha Vontade e recebas toda a corrente e os bens que minha
Vontade contém, e eles sejam os primeiros a receber a glória do obrar, do viver em meu
Querer. Tu não és outra coisa que um átomo em meu Querer, mas neste átomo Eu coloco todo
o peso de minha Vontade, a fim de que conforme te mova, o mar imenso de meu Querer receba
seu movimento, as águas se encrespem e como agitadas exalam sua frescura, seus perfumes,
e desbordem no bem do Céu e da terra. O átomo é pequeno, ligeiro, e não é capaz de agitar
todo o mar imenso de minha Vontade, mas posto dentro dele todo o peso dela, será capaz de
tudo, e me dará campo para dar de Mim outros atos divinos, será como a pedra lançada na
fonte, que conforme cai, as águas se encrespam, se agitam e exalam seu frescor e seu
perfume; mas a pedrinha não contém o peso de minha Vontade e por isso não pode fazer que a
fonte se desborde, mas seu átomo com o peso de meu Querer, não só pode arrastar meu mar,
mas inundar o céu e a terra.
(6) Como dentro de um só respiro virá a absorver toda minha Vontade com todos os bens que
Ela contém, e de outro respiro a porá fora, e enquanto isso faz, quantas vezes a aspires e quantas vezes a emita, tantas vezes multiplicará minha Vida, meus bens. No Céu os bem-aventurados gozam de toda a beatitude que contém meu Querer, vivem nele como em seu próprio centro, mas não o multiplicam, pois neles já estão fixos seus méritos; mas você é maisfeliz que eles podendo multiplicar minha Vida, meu Querer, meus bens; neles meu Querer é felicitante, em ti é obrante e peço teus atos para multiplicar-me. Quando você obras estou olhando com ânsia se você trabalhar no meu Querer para receber o contentamento de me ver multiplicado em seu ato. Como você deve estar atento, e não deixar passar nada!”

15-32
Junho 28, 1923

Como Deus, ao criar o homem, pôs nele o germe do Amor Eterno.

(1) Estava pensando no amor imenso de meu dulcíssimo Jesus, e Ele me fez ver todas as criaturas
como unidas dentro de uma rede de amor, e me disse:
(2) “Minha filha, ao criar o homem Eu coloquei nele tantos germes de amor: coloquei-os em sua
inteligência, nos olhos, na palavra, no coração, nas mãos, nos pés, em tudo pus o germe do amor,
e Eu devia trabalhá-lo de fora, e junto Comigo coloquei todas as coisas criadas para fazer brotar
este germe, fazê-lo crescer como Eu quisesse. Este germe, tendo sido posto por um Deus Eterno,
era eterno também ele, assim que o homem contém em si um eterno amor, e um eterno amor vai-
lhe sempre ao encontro, para receber a correspondência dos germes do seu eterno amor posto no
homem, e dar-lhe novo e eterno amor, porque eu queria estar dentro do homem como germe, e ser
como trabalhador, para formar nele a árvore do meu eterno amor; porque de que serviria ao
homem ter o olho cheio de luz se não tivesse uma luz exterior que o iluminasse? Ficaria sempre
em escuridão, assim que para gozar o efeito da luz se necessita a luz interna do olho e a luz
exterior do sol que o ilumina; assim da mente, se não tivesse a palavra que manifesta o
pensamento, a vida da inteligência morreria e ficaria sem fruto, E assim por diante. Amei tanto o
homem, que não só coloquei nele este germe do meu eterno amor, mas coloquei-o sob as ondas
do meu eterno amor que está espalhado em tudo o que foi criado, para fazê-lo germinar nele e
envolvê-lo todo no meu eterno amor; assim, se a luz do sol resplandece em seu olho, lhe leva a
onda de meu amor; se toma a água para tirar a sede, o alimento para nutrir-se, lhe levam a onda
de meu eterno amor; se a terra se estende debaixo de seus pés e fica firme para lhe dar o passo,
lhe leva a onda de meu amor; se a flor emana seu perfume, se o fogo faz sair seu calor, todos lhe
levam meu eterno amor. Mas isto não basta, Eu estou junto a ele trabalhando dentro e fora para
arrumar, confirmar e selar todas as minhas semelhanças na alma do homem, a fim de que amor
eterno lhe dou, e amor eterno me dê, assim também a criatura pode me amar com eterno amor,
porque dele contém o germe. Mas com grande dor minha o homem sufoca este germe, e então
acontece que apesar de que meu amor o tem sob suas ondas, ele não sente a luz que lhe leva
meu amor, porque ele tendo sufocado o germe ficou cego; apesar de que meu amor arde, Ele não
se aquece, e por quanto beba e coma não se lhe tira a sede nem se alimenta, pois onde não está o
germe não há fecundidade”.

16-31
Novembro 20, 1923

Medos de Luisa. A vontade humana coloca na alma a inclinação ao mal, a Divina em troca faz ressurgir tudo.

(1) Sentia temor sobre o que escrevo, e pensava entre mim: “Qual não será minha confusão no dia
do juízo, se em vez de ser meu Jesus quem me fala fosse uma fantasia minha, ou bem o inimigo infernal? Meu Jesus, sinto-me morrer só de pensar, e Tu sabes a grande rejeição que sinto ao escrever, se não fosse pela bendita obediência não teria escrito nem sequer uma palavra”. E sentia tal confusão, que se tivesse estado em meu poder teria queimado tudo.
(2) Agora, enquanto eu estava neste estado, meu sempre adorável Jesus saiu de dentro de mim
como uma criança pequena, e colocando sua cabecinha no meu ombro Ele apertou a minha cara e
disse:
(3) “Minha filha, por que temes? Tu não deves afligir-te pelos pensamentos, mas sim pelos fatos.
Não é verdade que sua vontade, abraçando a minha quer encontrar a todos para ligá-los à minha,
para retomar todas as relações quebradas entre a vontade humana e a Divina, oferecendo-se para
defender e desculpar as criaturas e reparar o Criador? Isto certamente é um fato em você; não é
certo que jurou querer viver em meu Querer pronunciando um sim? ” Ah! esse sim te é cadeia que
te tem atada em minha Vontade, e gostando de Ela te faz aborrecer até a sombra da tua, isto é um fato, e além disso, tantas outras coisas que você sabe. Se você escrevesse e não existisse em você a vida, os fatos do que escreve, então você poderia ter medo, e eu não teria lhe dado nem força, nem luz, nem assistência, mais bem te teria diminuído e não terias podido seguir adiante, por isso acalma-te e continua vivendo como empastada em minha Vontade, a fim de que expandas os confins de tua vontade humana na minha. Olha, também minha humanidade foi pequena e foi crescendo como empastada com a Divina Vontade, de modo que conforme crescia, assim minha vontade humana, vivendo junto com a Divina, ampliava seus confins na do Eterno e preparava a Redenção e o Fiat Voluntas Tua como no Céu assim na terra. E você não quer seguir meu crescimento e seu vôo em minha Vontade? Minha Vontade não só é vida, mas é ar da alma, e se falta o ar à vida, a natureza começa a declinar, o respirar é difícil, o coração é obstruído em seu batimento, a circulação do sangue é irregular, a inteligência fica atordoada, o olho quase cego, a voz apagada, as forças perdidas; o que é que provoca tanto desordem na vida humana? A falta de ar, assim que um ar balsâmico pode restituir o ordem, vigor à natureza. E isto faz a própria vontade, que como ar mau põe o desordem, irregularidade, fraqueza e declinação para o que é bem na alma, e se não for ajuda com o ar celestial da minha Vontade, que tudo faz ressurgir, fortifica, ordena, santifica, a vida
humana será uma vida quase morta, desordenada e no declínio do mal”.

17-30
Fevereiro 8, 1925

Cada alma é uma habitação da Vontade Divina.

(1) Esta manhã o meu doce Jesus fazia-se ver tão sofredor, que a minha pobre alma se sentia
desfeita de compaixão; tinha todos os membros deslocados, chagas profundas e tão dolorosas,
que Jesus gemia e se contorcia pela acerbidade da dor. Pôs-se junto a mim como se quisesse
fazer-me partícipe de suas penas; só de olhá-lo sentia refletir em mim suas penas, e Jesus todo
bondade me disse:
(2) “Minha filha, não posso mais; toca minhas chagas para adoçá-las, põe teu beijo de amor sobre
elas, a fim de que teu amor me mitigue a dor que sinto. Este meu estado tão doloroso é o
verdadeiro retrato de como se encontra minha Vontade no meio das criaturas: Está no meio delas,
mas como dividida, porque fazendo elas sua vontade, não a minha, a minha fica como deslocada e
ferida pelas criaturas, por isso une a tua vontade à minha e dá-me um alívio ao meu
deslocamento”..
(3) Eu o apertei, beijei-lhe as chagas das mãos, ó como recrudesceram por tantas obras, até
santas, mas que não têm seu princípio na Vontade de Deus; para adoçar-lhe o espasmo o
estreitava em minhas mãos e Jesus tudo se deixava fazer, Eu o amava, e assim o fiz também com
todas as suas outras chagas, tanto, que quase toda a manhã esteve comigo. Finalmente, antes de
me deixar, disse-me:.
(4) “Minha filha, adoçou-me, sinto meus ossos em seu lugar, mas você sabe quem pode adoçar-me
e reunir meus ossos deslocados? Que faz reinar em si a minha vontade. Quando a alma faz a um
lado sua vontade, não lhe dando nem sequer um ato de vida, minha Vontade faz de dona na alma,
rainha, manda e impera, se encontra como se estivesse em sua casa, isto é, como em minha Pátria
Celestial, assim que sendo casa minha, Domino, disponho, coloco nela do meu, porque como meu
habitação posso pôr o que quero para fazer com ela o que quero, e recebo a maior honra e glória
que a criatura pode me dar. Em troca, quem quer fazer sua vontade, faz ela de dona, dispõe,
manda, e minha Vontade está como uma pobre estranha, não é tomada em conta, e muitas vezes
desprezada. Gostaria de pôr do meu mas não posso, porque a vontade humana não me quer ceder um lugar, mesmo nas coisas santas ela quer fazer como cabeça, e Eu nada posso pôr do meu.
Como me encontro mal na alma que faz reinar sua vontade! Acontece-me como a um pai que vai
buscar um filho seu distante, ou então um amigo a outro amigo: Enquanto toca, abre-se a porta,
mas deixa-lhe na primeira sala, não lhe prepara o alimento, nem uma cama onde deixá-lo
descansar, não lhe fazem parte nem das suas alegrias nem das suas penas; ¡que afronta, que dor
para este pai, ou bem amigo! Se levou tesouros para presenteá-los, nada deixa e sai ferido no fundo de seu coração. Ao contrário, com outro, não apenas o vêem, põem-se em festa, preparam-lhe o melhor alimento, a cama mais macia, aliás, dão-lhe pleno domínio sobre toda a casa e até sobre eles mesmos; não é isto a maior honra, amor, respeito, submissão que se pode usar com um pai ou com um amigo? O que não o deixará de belo e de bom para compensar tanta generosidade?.
(5) “Tal é minha Vontade, vem do Céu para habitar nas almas, e em lugar de fazer-me dono e
senhor, me têm como um estranho e abandonado, mas minha Vontade não se vai, embora me
tenham como estranho permaneço no meio deles, esperando para dar-lhes meus bens, minhas
graças e minha santidade”.

17-31
Fevereiro 15, 1925

A Divina Vontade no Céu é confirmante, beatificante, felicitante, divinizante; na terra, na alma, é obrante e
forma nela as ondas eternas que atropelam tudo.

(1) Estava abandonando-me toda na Santíssima Vontade de Deus, e estando nesse total e pleno
abandono sentia em mim um novo céu, um ar todo divino que me infundia uma nova vida. E meu
sempre amável Jesus, movendo-se em meu interior, me parecia que me estendia os braços para
receber-me e esconder-me nele e pôr-me sob este novo céu de sua Vontade, que em mim, com
sua graça se formou, e eu com grande alegria respirava o ar balsâmico e doce da sua Santíssima
Vontade. Então eu, cheia de espanto, disse:.
(2) “Meu amor, meu Jesus, como é belo o Céu da tua vontade! Como se está bem debaixo dela, ó,
como é refrescante e saudável o seu ar celestial!” E Jesus, estreitando-me mais forte a Ele me
disse:.
(3) “Filha da Minha Vontade, cada ato da Minha Vontade é um novo céu que se estende sobre a
cabeça da alma, um mais belo que o outro. O ar destes céus é divino e leva consigo: santidade,
amor, luz, fortaleza, e contém todos os gostos juntos; por isso se sente balsâmico e doce. A minha Vontade no Céu é confirmante, beatificante, felicitante e penetrante em toda a parte, transformante,
divinizante tudo em Si; em vez disso, na alma que possui estes novos céus da minha Vontade na
terra, é obrante, e enquanto obra deleita-se em estender novos céus. Portanto, a minha Vontade
trabalha e opera mais na alma viajante do que na Jerusalém celeste; lá, as obras dos santos já
estão cumpridas, não há mais o que fazer; mas aqui a minha Vontade sempre tem o que fazer na
alma na qual Ela reina, por isso quer tudo para Ela, não quer deixar nenhum ato à vontade
humana, porque quer fazer muito, e em cada ato que cedesse à vontade humana lhe faltaria para
estender um céu de mais e seria uma obra sua de menos. Ah! Você não sabe o que acontece na
alma quando dá toda a liberdade à minha vontade de operar nela, e a alma trabalha em minha
Vontade. Imagine o mar quando se elevam tão fortes e altas as ondas que não só as águas, senão
que a força das ondas transporta até os peixes ao alto, de modo que se vê naquelas ondas,
transportados pela força da tempestade, que até os peixes são tirados do fundo do mar, da sua
morada diária para se erguer em alto junto com as ondas; as ondas os atropelaram e não puderam
resistir a essa força, enquanto que sem a força das ondas não sabem sair de sua morada. Oh! se o
mar tivesse uma força sem limite faria sair toda a água de seu leito, formando ondas altíssimas e
todos os peixes envolvidos nelas. Mas o que o mar não pode fazer porque é limitado em sua força,
faz a minha vontade; conforme faz seus os atos da alma operando nela, aí forma as ondas eternas,
e nelas une tudo, e se vê nestas ondas o que fez a minha humanidade, as obras da minha Mãe
Celestial, as de todos os santos, o mesmo que fez a própria Divindade, tudo é posto em
movimento. A minha vontade é mais do que mar, as nossas obras, as dos santos, podem ser
semelhantes aos peixes que vivem no mar; quando a minha vontade opera na alma, e mesmo fora
da alma, tudo o que nela há, tudo se move, se eleva, se põem em ordem para nos repetir a glória,
o amor, a adoração, desfilam diante de nós dizendo-nos: Somos obras tuas, grande e poderoso és
Tu, pois assim tão belas nos fizeste’. A minha vontade encerra tudo o que é belo e bom, e quando
nada deixa para trás, para fazer que naquele ato nada falte do que é nosso, para fazer que seja
completa a nossa glória; e não há de que se espantar, porque é o obrar eterno que se desenvolve
na alma. Por isso o obrar de minha Vontade pode-se chamar onda eterna, que une Céu e terra
como num ponto só, e depois se difunde sobre todos como portadora de um ato divino. Oh! como o
Céu goza quando vê operar na alma a Vontade Eterna, porque tendo sido confirmadas suas obras
na Divina Vontade no Céu, vêem correr suas obras naquele ato divino e se sentem duplicar a
glória, a felicidade, as alegrias. Por isso te recomendo, já que és a pequena filha de meu Supremo
Querer, que cada ato teu o deixe em poder das ondas eternas de meu Querer, a fim de que
chegando estas ondas aos pés de nosso Trono no céu, possamos sempre confirmar-te mais como nossa verdadeira filha de nossa Vontade, e possamos conceder-te resgates de graça em favor de
teus irmãos e filhos nossos”.

17-32
Fevereiro 22, 1925
Como Deus ao criar o homem formou diferentes caminhos para facilitar-lhe a entrada em sua Vontade, portanto na Pátria Celestial.

(1) Estava pensando no Santo Querer Divino, e pedia a meu amável Jesus, que por sua bondade
me desse a graça de que em tudo cumprisse sua Santíssima Vontade, e dizia: “Tu que amas e
queres que tua Vontade se faça, ajuda-me, Deus, põe a cada instante teu Querer em mim, a fim de
que nenhuma outra coisa possa ter vida em mim”. Agora, enquanto eu rezava, meu doce Jesus se
moveu dentro de mim, e me apertando fortemente a Ele me disse:.
(2) “Minha filha, como me fere o coração a oração de quem busca só meu Querer! Sinto o eco de
minha oração que fiz estando Eu sobre a terra, todas minhas orações se reduziam a um ponto só,
que a Vontade de meu Pai, tanto sobre Mim como sobre todas as criaturas se cumprisse. Foi a
maior honra para mim e para meu Pai Celestial, que em tudo fiz sua Santíssima Vontade. A minha
humanidade, ao fazer sempre e em tudo a Vontade do Eterno abria os caminhos entre a vontade
humana e a Divina, fechadas pela criatura.
(3) Você deve saber que a Divindade ao criar o homem formou muitas vias de comunicação entre o
Criador e a criatura: Via eram as três potências da alma: a inteligência, caminho para compreender
minha Vontade; a memória, via para recordar-se dela continuamente; e a vontade em meio a estas
duas vias, formava a terceira via para ir na Vontade de seu Criador. A inteligência e a memória
eram o sustento, a defesa, a força do caminho da vontade, para que não pudesse desviar-se nem
para a direita nem para a esquerda; via era o olho, para que pudesse ver as belezas, as riquezas
que há em minha Vontade; via era o ouvido, para que pudesse ouvir as chamadas, as harmonias
que há nela; via a palavra, na qual pudesse receber o meu contínuo desafogo da minha palavra
Fiat, e os bens que o meu Fiat contém; via eram as mãos, que elevando-as em suas obras na
minha Vontade, tivesse chegado a unificar suas obras às obras de seu Criador; via eram os pés,
para seguir os passos de meu Querer; via era o coração, os desejos, os afetos, para encher-se do
amor de minha Vontade e repousar nela. Veja então quantas vias há na criatura para vir em minha
Vontade, sempre e quando o queira. Todas as vias estavam abertas entre Deus e o homem, e em
virtude de nossa Vontade, nossos bens eram seus; além disso era nosso filho, imagem nossa, obra saída das nossas mãos e do sopro ardente do nosso seio. Mas a vontade humana, ingrata, não
quis gozar dos direitos que Nós lhe demos sobre nossos bens, e não querendo fazer nossa
Vontade fez a sua, e fazendo a sua formou as barreiras e os muros em todos esses caminhos e se
restringiu no mísero cerco de sua vontade, perdeu a nossa e andou errante no exílio de suas
paixões, de suas fraquezas, sob um céu tenebroso carregado de raios e de tempestades, pobre
filho em meio a tantos males queridos por ele mesmo. Assim, cada ato de vontade humana é uma
barreira que coloca a minha, é uma grade que forma para impedir a união dos nossos querer, e a
comunicação dos bens entre o Céu e a terra fica interrompida.
(4) Minha humanidade compadecendo e amando com amor infinito ao homem, com fazer em tudo
a Vontade de meu Pai manteve íntegras estas vias, e impediu remover as barreiras e romper as
cercas que a vontade humana havia formado; Então abri de novo os caminhos para quem quiser vir
em minha Vontade, para restituir os direitos que por nós haviam sido dados ao homem quando o
criamos. As vias são necessárias para facilitar o caminho, são meios para poder fazer com
frequência uma visita à sua própria Pátria Celestial, e conhecendo como é bela a sua Pátria, como
é feliz nela, a ame e aspire a tomar posse, portanto viva desapegado do exílio. Estes caminhos na
criatura eram necessários para fazer que freqüentemente subisse a sua verdadeira Pátria, a
conhecesse e a amasse, e um sinal de que a alma está nestes caminhos e de que ama sua Pátria
Celestial é, pondo-se em caminho em nossa Vontade faz suas visitas. Este é também um sinal
para você, você não se lembra quantas vezes você tomou o caminho do Céu e você entrou nas
regiões celestiais e fazendo sua breve visita, meu Querer fez você descer de novo para o exílio, e
você amando a Pátria, o exílio parecia feio e quase insuportável. Este amar a Pátria, sentir a
amargura de viver no exílio, é um bom sinal para ti, que a Pátria é tua. Olha, também nas coisas
baixas deste mundo acontece o mesmo: Se alguém tem uma grande possessão, forma-se o
caminho para ir freqüentemente a visitá-la, a gozá-la, a tomar os bens que há nela, e enquanto a
visita, a ama e a leva em seu próprio coração, mas se em troca não se forma um caminho, jamais
visita sua propriedade, porque sem caminho é quase inacessível, e nunca fala dela, isto é um sinal
de que não a ama e despreza os seus próprios bens, e embora pudesse ser um rico, ele, por sua
má vontade, é um pobre que vive na mais esquálida miséria. “Eis por que razão a minha sabedoria
ao criar o homem quis formar os caminhos entre Eu e Ele, para lhe facilitar a santidade, a
comunicação dos nossos bens e a entrada na Pátria Celestial”.

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