Estudo 35 Vida Intima de Ns Jesus Cristo – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina VontadeVida Intima de Ns Jesus Cristo
Estudo 35 Vida Intima de Ns Jesus Cristo – Escola da Divina Vontade
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VIVENDO A VIDA OCULTA EM NAZARÉ APÓS VOLTAR DO EGITO. (continuação do Capítulo 8 Tomo 3)

DOR DE MARIA.

Concluída a minha oração, voltava para junto da querida Mãe a qual, vendo-me, na maioria dos casos, muito aflito e triste, sem ousar perguntar-me a causa da dor, afligia-se bastante. Embora já soubesse o que eu tinha, pela mútua correspondência entre nossos corações, às vezes eu o escondia, para dar-lhe ocasião de mérito, porque muito mais se afligia quando ela não sabia a causa de minha dor, e tinha dúvida se teria sido ela que por inadvertência dera-me ocasião de sofrimento. Às vezes, pois, consolava-a, descobrindo-lhe o motivo de minha dor; em outras ocasiões, porém ocultava-o para que sofresse também ela e merecesse mais. De outras, entretinha-me com ela, desafogando a minha pena, chorando amargamente (pelas ofensas das criaturas ao Pai), e ela fazia-me companhia. Nós dois oferecíamos ao Pai nossas lágrimas, nossa dor, em desconto de tantas ofensas que recebia do gênero humano. Como a companhia de minha querida Mãe e o desabafo com ela de minha dor me proporcionavam algum consolo, pedia ao Pai se dignasse providenciar pessoas que se compadecessem de meus irmãos angustiados, e dessem-lhes algum conforto nas aflições. Sabia que o Pai me ouvia e conhecia bem que jamais deixaria de tomar tal providência em favor de qualquer um que dela tivesse necessidade. De fato, não há pessoa, por aflita e angustiada que seja, que não encontre quem lhe dê alívio. Aqueles que não o encontram nas criaturas, venham a mim, porque estou sempre pronto a consolá-los; se não ouvem as minhas palavras sensíveis, sentirão, contudo, em seus corações o consolo e a minha visita por meio da graça, a qual pode consolá-los melhor do que qualquer outra criatura.

COM JOSÉ.
Terminadas minhas súplicas e ofertas, pedia licença à querida Mãe e ia procurar José, que estava se cansando no trabalho. Encontrando-o em geral muito cansado e aflito, consolava-o com minha doce presença, olhava-o com olhos compassivos e animava-o à fadiga que bom de grado suportava por meu amor. Considerava-se feliz de poder dispender- se pela minha manutenção e a de sua dileta esposa, embora ficasse as vezes muito cansado e aflito. Consolava-se muito ao ver-me em sua companhia. Eu então pedia ao Pai concedesse graça semelhante a todos os meus irmãos, que se afadigam por meu amor, pela própria subsistência e ainda por questões concernentes à honra e glória de sua divina Majestade, a fim de que com este consolo, embora invisível, se consolem e animem diante do cansaço. Tudo me prometia o amoroso Pai, como de fato o realiza. Com a divina graça e a presença invisível os consola —embora muitos fiquem privados deste consolo por culpa própria, porque as fadigas não são assumidas por um fim reto, nem endereçadas à glória de meu Pai, mas aceitas por finalidades tortuosas, interesseiras ou vaidosas, que os privam de mérito e de Consolo divino.

Sentia grande desprazer a respeito deles e angustiava-me muito. Na verdade, toda a minha vida foi um contínuo sofrimento; era tanto mais tormentoso na alma, a parte mais nobre e sensível. E como amava muito a todos os meus irmãos e desejava-lhes todo bem, ao vê-los perderem todas aquelas graças e favores que eu lhes merecia com tanta diligência e solicitude, sentia imenso pesar. Era-me contínuo e penoso exercício. Sofria pois martírio bem mais cruel, a dilacerar-me o Coração: ver as ofensas feitas ao querido Pai. O amor que lhe devotava era infinito e por isso era assaz grande a dor a traspassar-me a alma e manter-me em contínua aflição. Não existe intelecto que possa compreender. quanto sentia na alma martírio! Como somente eu tinha Claro conhecimento este grande do mérito de meu Pai, e só eu conhecia a grandeza das ofensas infligidas, por isso somente eu sei quanto maior era minha dor e meu pesar. Oferecia, portanto, a todo instante este grande martírio de penas ao Pai, em desconto das numerosas ofensas que continuamente recebia a fim de ser aplicada a justiça divina, sumamente irritada pela multidão de  iniquidades, o que mais me aumentava a aflição era ver que meus irmãos não se incomodavam e pouca conta faziam das ofensas que incessantemente estavam infligindo. Pedia ao Pai retirasse os castigos e usasse para com eles de sua infinita misericórdia, perdoando-os, esperando a penitência, estimulando-lhes as consciências ao arrependimento, à emenda dos próprios erros e à devida estima de sua graça e de sua honra. Reconhecessem a obrigação em que incorrem de honrarem e amarem o Criador. Estas súplicas apraziam a meu amoroso e dileto Pai, que se mostrava, também Ele, desejoso de ser por todos temido e amado, não já por interesse próprio, pois Ele disto não tem necessidade alguma, mas pelo bem daqueles que, portando-se quais verdadeiros filhos, tornam-se dignos de sua graça e de seu amor. Sendo, portanto, por Ele amados e estando em sua graça, tornam-se por conseguinte dignos da eterna glória, que meu Pai lhes preparou. Feitas todas essas preces e obtidas as mencionadas graças para meus irmãos, agradecia ao dileto Pai por quanto me concedia em prol de meus irmãos. Agradecia-lhe ainda pelo amor com o qual se dignava ouvir-me, pelo agrado que encontrava em mim. Rogava-lhe atendesse igualmente os meus irmãos, ouvindo e escutando seus justos pedidos. Agradecia-lhe também por parte daqueles nos quais Ele se comprazia por bondade e que sem refletir nisto, deixam freqüentemente de agradecer ao Pai a complacência que neles deposita. Supri esta omissão.

Agradecia-lhe pois por todos os respiros que davam as criaturas, porque tudo era dom de sua beneficência. A criatura não pode por si respirar sem a graça de meu Pai. Agradecia-lhe pelo ar que lhes concedia para nutri-las e conservá-las, pelo alimento para Pai criou para o bem e a manutenção das criaturas. Por tudo agradecia e suplicava, em suma, por tudo que o Pai havia criado que lhe se dignasse manter e conservar  para o bem e a subsistência das criaturas. Agradecia por tudo e suplicava-lhe se dignasse manter e conservar o que Ele havia criado para benefício e utilidade do homem. Fazia amiúde estes agradecimentos em parte de cada um, em preces por parte de todos em geral, e em particular. Isto agradava muito a meu Pai, e assim dava lhe gosto e satisfação pela obrigação de meus irmãos. Depois de ter praticado todos esses atos no meu íntimo, relativamente ao Pai, sentia grande consolação pelo prazer Dele, e pela utilidade de todos. Mas quão amargurada, era esta minha consolação quando depois, ao volver o olhar para meus irmãos ingratos e desagradecidos para comigo e pageiam-me (cuidam-me) com ingratidão.Esta sua ingratidão, esposa minha, traspassava-me o coração de pesar, pois enquanto eu me consumia todo inteiro em seu favor, eles não tem um só pensamento de gratidão para comigo, ao menos para agradecer-me. Como ficava aflito por vezes, ao representar-me ao vivo, mentalmente todas as ingratidões de meus irmãos, tão beneficiados por mim, e tão ingratos para comigo.  Via como entre eles mesmos, empregavam tantas afeições, tantos agradecimentos, tanto empenho pelos mútuos serviços, com os quais me alegrava. Mas ao ver que só de mim, vivem esquecidos, como seu eu nada tivesse feito por eles, afligia-me muito, e assim temperava-se-me com amargura toda consolação e à medida mesma em que me regozijava de tratar com meu amoroso Pai dos interesses de meus irmãos, afligia-me depois vê-los tão esquecidos e desafeiçoados para comigo.

A BÊNÇÃO DOS SEUS.

Terminados todos os atos de súplica e de do com José agradecimento, ia me entretendo com José, enquanto o ajudava no trabalho. Depois de algum tempo, deixava-o para ir conversar com minha querida Mãe, que vivia em ardente desejo de amor, quando não me tinha à vista, a mim, seu amado Filho. José ficava muito confortado por ter usufruído de minha companhia por algum tempo, e ele mesmo me mandava ir consolar a sua amada esposa, ciente da pena que lhe advinha de minha ausência. Tinha a caridade perfeita, pois se alegrava de privar-se da consolação para ser consolada a esposa amada. Quando me afastava deles, procurava seu beneplácito e pedia a bênção tanto à querida Mãe como a José. Causava-lhes este ato de submissão e humildade muita confusão, e uma vez que eu o reclamava, depressa abençoavam-me, mas primeiro prostravam-se em terra, pedindo a graça e a bênção de meu Pai. Depois abençoavam-me com grande amor e humanidade. Também eu humildemente recebia a bênção, e depois de havê-la recebido, invocava sobre eles a bênção de meu Pai, o qual a concedia em abundância. Com esta bênção impetrada por mim, ficavam muito confortados e consolados, de modo que depois não sentiam tanto pesar por minha ausência, que seria insofrível, mesmo de um só momento, por ser tão grande a consolação e a alegria causadas a sua alma por minha presença visível. Assim, ficar privados dela por um momento, ser-lhes-ia tormento e pena insofrível. Oferecia, por conseguinte, esta submissão e ato de humildade a meu Pai e pedia-lhe, em virtude deste ato, se dignasse dar muita a graça a todos os meus irmãos, a fim de que, a minha imitação, não desdenhassem humilhar-se e sujeitar- se não só a seus maiores e iguais, mas ainda aos inferiores. Pedi-o para todos; mais especialmente, contudo, para os religiosos, porque esta virtude lhes é muito necessária. Assim como a soberba e a ambição têm para abatê-las e dominá-las. Por isso, procurei obter-lhes essa graça de meu Pai, o qual se mostrou muito pródigo, prometendo conceder-me a cada um, quantas fossem precisas, segundo o respectivo estado. Então, apresentou-se-me ao meu espírito toda a graça que meu Pai haveria de dar a meus irmãos. Ao ver tamanha abundância de graça, dada com tão grande amor, a criaturas de tal modo ingratas, fiquei muito confundido, por parte de meus irmãos e muito admirado, da bondade de meu Pai. Agradeci-lhe com afeto assaz grande, enquanto por meu amor mostrava-se tão pródigo de suas graças para com meus irmãos, os quais via, um a um. Por causa daqueles que aproveitavam, alegrava-me muito e relativamente aos que abusavam dela, sentia grande desgosto. Por uns, rendia graças ao meu Pai, e impetrava-lhes graça maior; para outros pedia perdão por sua negligência, e suplicava não retirasse deles a sua graça, contanto que resolvessem prevalecer-se dela. Para alguns, via que era muito útil essa súplica, porque no fim se emendavam; mas para outros não; porque devido à obstinação, a graça divina não produzia em sua mente impressão alguma, e assim acabam mal, sob o reinado da soberba e da ambição. Estes deixavam-me muito amargurado e principalmente se eram pessoas dedicadas ao serviço divino. Estas últimas me afligiam mais, por estarem mais estreitamente unidas à mim. Daí ser imenso o meu pesar, assim sempre me achava angustiado, devido aos meus irmãos desobedientes e ingratos. Oferecia essa aflição ao Pai, para que se aplacasse a sua ira e ficasse satisfeita a sua Justiça.

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