Estudo 36 Mística Cidade de Deus – Escola da Vontade Divina

Escola da Divina VontadeMistica Cidade de Deus
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CAPÍTULO 6
A VIRTUDE E O EXERCÍCIO DA FÉ EM MARIA SANTÍSSIMA.

Fundamento e medida desta virtude em Maria

488. Em breves palavras resumiu Santa Isabel – como refere o
evangelista S. Lucas, 1, 45 – a grandeza da fé em Maria Santíssima, quando
lhe disse: – Bem-aventurada és porque creste, e por isto cumprir-se-ão
em ti as palavras e promessas do Senhor. Pela felicidade e bem aventurança desta grande Senhora, e
por sua inefável dignidade, deve ser medida sua fé. Foi tal e tão excelente
que, por haver crido, chegou à maior grandeza, depois do próprio Deus.
Acreditou no maior dos sacramentos e mistérios que nela seria realizado.
Tal foi a prudência e a ciência divina de Maria, senhora nossa, para dar
crédito à esta verdade, tão nova e nunca vista, que transcendeu todo o humano
e angélico entendimento. Somente na sabedoria divina pôde ser forjada a sua
fé, como em oficina do imenso poder do Altíssimo, onde todas as virtudes desta
Rainha foram fabricadas pelo braço de Sua Alteza.
Sinto-me sempre tolhida e embaraçada para falar destas virtudes,
principalmente das interiores. Enquanto a inteligência e luz que delas me são
dadas são muito vastas, extremamente limitados são os termos humanos, para
expressar os conceitos e atos de fé, concebidos no entendimento e espírito da
mais fiel de todas as criaturas. Direi o que puder, reconhecendo minha incapacidade, para satisfazer meu desejo e ainda
mais o assunto.

Grandeza da fé em Nossa Senhora. O que é a fé?

489. A fé da Virgem Santíssima foi assombro para toda natureza criada,
e ostensivo prodígio do poder divino.
Nela encontrou-se esta virtude no supremo e perfeitíssimo grau que pôde
atingir, e de certo modo, satisfez a Deus pela falta e mediocridade da fé em todos
os demais homens.
Aos mortais viadores concedeu o Altíssimo esta virtude para, sem impedimento da carne mortal, receberem
conhecimento da divindade, de seus mistérios e obras admiráveis. Conhecimento com verdade tão certa, infalível e segura,
como se O vissem face a face, assim como O vêem os anjos e os bem-aventurados. O
mesmo objeto e a mesma verdade que eles possuem claramente, nós cremos sob o
véu e obscuridade da fé.

Valor da fé: quão pouco é apreciada. Maria compensou esta falha das criaturas

490. Este inestimável benefício, mal conhecido e menos agradecido pelos mortais, bem faz entender –
olhando-se para a terra – quantas nações, reinos e províncias o têm desmerecido,
desde o princípio do mundo. Quantas, infelizmente, rejeitaram a fé, quando o
Senhor, com liberal misericórdia, lha havia concedido. Quantos fiéis,
recebendo-a sem merecer, a inutilizam e a possuem como farsa, ociosa, sem proveito, nem utilidade para com ela se
encaminhar ao último fim, onde os devia dirigir e guiar.
Convinha, pois, à divina equidade, que este lamentável prejuízo tivesse alguma compensação; que tão incomparável
benefício recebesse adequada e proporcionada correspondência, quanto fosse
possível às criaturas. E, que entre estas, se encontrasse alguma, na qual esta virtude
alcançasse grau perfeitíssimo, para ser modelo e medida para todos os mais.
Maria, modelo e mestra de fé para os mortais.

491. Tudo isto se achou na fé da Virgem Santíssima. Somente por Ela, e para
Ela, – ainda que esta Senhora fosse a única criatura do mundo – seria muitíssimo
conveniente que Deus criasse esta excelente virtude da fé. Somente Maria Santíssima
satisfez à divina Providência, para que, a nosso modo de entender, a formação desta
virtude não ficasse frustrada pela falta de correspondência dos mortais. Esta falha
foi preenchida pela fé da soberana Rainha realizando em si, com suma e possível
perfeição, a divina idéia desta virtude.
Todos os demais crentes podem se regular e medir pela fé desta Senhora, e
serão mais ou menos fiéis, quanto mais ou menos se ajustarem à perfeição de sua
incomparável fé. Para isto foi escolhida e eleita mestra e modelo de todos os crentes,
inclusive dos patriarcas, profetas, apóstolos, mártires, e de todos quantos, como
eles. creram ou crerão os artigos da fé cristã, até o fim do mundo.

Fé e visão em Maria

492. Alguém poderia objetar que não se adequava na Rainha do céu o exercício da fé, suposto haver muitas vezes
recebido a clara visão da divindade e, outras muitas, a visão abstrativa, o que também
dá a evidência do que o entendimento conhece, como disse acima , e adiante
tomarei a repetir.
A dúvida procederá de que a fé é a substância das coisas que esperamos e
argumentos das que não vemos, como diz o Apóstolo (Hb 11,1). Quer dizer que, das
coisas que esperamos na futura vida e bem-aventurança, não temos outra presença, nem substância ou essência,
enquanto somos viadores, senão aquela que a fé contém em seu objeto, crido obscuramente como por um espelho.
Mas, a força deste hábito infuso que inclina a crer o que não vemos, e a
certeza infalível do que é crido, produzem para o entendimento argumento eficaz e
infalível, e leva a vontade a crer, segura e sem temor, o que deseja e espera
Conforme a esta doutrina, se a Virgem Santíssima, nesta vida, chegou a
ver e possuir a Deus – o que é o mesmo – sem o véu da fé obscura, parece que não lhe
ficaria obscuridade para crer mediante a fé, o que havia visto claramente face a face.
Mais ainda, sabendo-se que em seu entendimento permaneciam as espécies
recebidas na visão, clara ou evidente, da divindade.

Concordância entre fé e visão, na alma de Maria Santíssima

493. Esta dúvida não derroga a fé em Maria Santíssima, antes a eleva e
engrandece. Desejou o Senhor que sua Mãe fosse tão admirável no privilégio
desta virtude da fé – como também na esperança – que transcendesse a qualquer ordem comum dos outros viadores.
Quis que seu excelente entendimento, para vir a ser mestra e artífice destas
grandes virtudes, fosse ilustrado, umas vezes por atos perfeitíssimos de fé e
esperança, e outras vezes com a visão ou posse, ainda que de passagem, do
fim e objeto que acreditava e esperava.
Em sua origem, conheceria e saborearia as verdades que, como mestra dos
crentes, teria que ensinar a crer pela virtude da fé. Unir ambas as coisas na alma
santíssima de Maria era fácil ao poder de Deus. Além disso, era como devido à sua
Mãe puríssima, a quem nenhum privilégio, por grande que fosse excedia, nem poderia faltar.

Quando exercitava a fé obscura

494. Verdade é que, com a clareza do objeto conhecido, não se
coaduna a obscuridade da fé, mediante a qual cremos o que não vemos, nem a
posse pode coexistir com a esperança.
Quando Maria Santíssima gozava destas evidentes visões, ou quando usava das
espécies que, com evidência, ainda que abstrativa, lhe manifestavam os objetos,
também não exercitava os atos obscuros da fé, nem usava deste hábito, mas apenas o da ciência infusa.
Mas, nem por isto lhe permaneciam ociosos os hábitos das virtudes
teologais da fé e esperança. Para Maria Santíssima exercitá-los,
o Senhor suspendia o concurso, ou detinha o uso das
espécies claras e evidentes, com que cessava a ciência atual, deixando operar a fé
obscura. Neste perfeitíssimo estado, permanecia em certos tempos a soberana
Rainha, ocultando-lhe o Senhor as notícias claras, como sucedeu no altíssimo
mistério da Encarnação do Verbo, conforme direi em seu lugar .

Sua fé no mistério da Encarnação

495. Não convinha que à Mãe de Deus faltasse a recompensa destas
virtudes infusas da fé e esperança. Para consegui-la tinha que merecê-la, e para
merecê-la devia exercitar os atos proporcionados à recompensa. Como esta foi
incomparável, assim o foram os atos de fé que praticou esta grande Senhora, em
todas e em cada uma das verdades católicas. Conheceu e creu a todas,
explicitamente, com altíssima e perfeitíssima crença de viadora.
E certo que, quando o entendimento possui a evidência do que conhece
não aguarda para crer o consentimento da vontade. Antes que ela lho mande,
é compelido pela mesma clareza a dar firme
assentimento. Tal ato de crer o que não pode negar, não é meritório.
Quando, porém, Maria Santíssima anuiu à embaixada do Arcanjo, foi digna de
incomparável prêmio, porque o mereceu, na aceitação de tal mistério. O mesmo sucedeu em outros que acreditou. Em tais
ocasiões, o Altíssimo dispunha que usasse da fé infusa, e não da ciência, ainda que
com esta também teria mérito, pelo amor com que a exercitava, como em diferentes
passagens eu disse.

A fé que Maria exercitou na perda do Menino Jesus e na Paixão

496. Tampouco foi-lhe dado o uso da ciência infusa, quando perdeu o
Menino, ao menos para saber onde ele se encontrava, assim como conhecia outras
coisas mediante aquela luz. Nestas ocorrências, também não gozava das espécies
claras da divindade, como aconteceu ao pé da cruz, quando o Senhor suspendeu na
alma santíssima de sua Mãe, a visão e as operações que lhe impediriam a dor. Então
convinha que sofresse somente com fé e esperança.
Tal não aconteceria, se gozasse de qualquer visão ou notícia, ainda que
fosse abstrativa, da divindade, porque este gozo naturalmente impediria a dor, se Deus
não fizesse novo milagre, para pena e gozo subsistirem juntos. Não convinha tal milagre, pois irmanavam-se bem, na Rainha do
céu, o mérito e imitação de seu Filho Santíssimo pelo padecer, com as graças e
excelências de Mãe.
Por isto, procurou o Menino com aflição (Lc 2,48) conforme Ela o disse, na
fé viva e esperança. Praticou-as também na paixão e ressurreição de seu único e amado
Filho. Nesta ocasião, foi Ela a única depositária da fé da igreja, ficando essa virtude
concentrada toda em sua Mestra e Fundadora.

A continuidade de sua fé

497. Três qualidades, ou excelências particulares, podem ser consideradas
na fé em Maria Santíssima: a continuidade a intensidade e a inteligência com que
acreditava.
A continuidade era interrompida somente quando, com claridade intuitiva
ou evidencia abstrativa, via a divindade como já disse. Para discriminar os atos
interiores do conhecimento de Deus que tinha a Rainha do céu, ainda que somente
o Senhor que os concedia pôde saber quando e em que tempos sua Mãe
santíssima exercitava uns e outros atos, não resta dúvida que seu entendimento
jamais esteve ocioso, e nunca perdeu a Deus de vista sequer um instante, desde o
primeiro de sua conceição. Se a fé se suspendia, era porque gozava da divindade
por clara visão ou por altíssima ciência infusa. Se o Senhor lhe ocultava este conhecimento, operava a fé.
A sucessão e diversidade destes atos formavam harmoniosíssima melodia
na mente de Maria Santíssima, para cuja consideração o Altíssimo convidava os
espíritos angélicos, conforme disse nos Cânticos (cap. 8,13): Tu, que habitas nos
jardins, nossos amigos estão atentos; jaze me ouvir a tua voz Sua intensidade

498. A eficácia ou intensidade da fé desta soberana Princesa, excedeu a de
todos os apóstolos, profetas e santos juntos, e atingiu ao supremo que pôde caber
em pura criatura. Não somente ultrapassou todos os crentes, mas teve a fé que faltou
a todos os infiéis que não têm crido, e com sua fé todos poderiam ter sido iluminados.
Foi sua fé, de tal modo firme e constante, como se viu no tempo da paixão, quando os Apóstolos duvidaram. Se
fossem reunidas todas as tentações, enganos, erros e falsidades do mundo, não
poderiam fazer oposição, nem abalar a invencível fé da Rainha dos fiéis. A Fundadora e Mestra da Fé a todos venceria, e de
todos sairia triunfante.

Sua inteligência

499.A clareza ou inteligência com que acreditava, explicitamente, em todas
as verdades divinas, não se pode explicar por palavras, sem com elas obscurecê-la.
Sabia Maria puríssima tudo quanto acreditava, e acreditava em tudo quanto sabia,
porque a ciência infusa teológica da credibilidade dos mistérios da fé, e sua
inteligência, estiveram nesta sapientíssima Virgem e Mãe no mais alto grau possível em
pura criatura.
Possuía, em ato, esta ciência e memória de anjo, sem esquecer o que uma
vez aprendia. Sempre usava desta potência e dom para crer profundamente, salvo
quando, por divina disposição, Deus ordenava que por outros atos lhe fosse
substituída a fé, conforme acima disse .
Fora do estado de compreensora possuía, no de viadora, a mais alta e imediata inteligência, na esfera da fé, para
crer e conhecer a Deus com a notícia clara da divindade. Com isto, seu estado transcendia ao de todos os viadores,
constituindo Ela somente um singular gênero de viadora, ao qual ninguém pôde chegar.

Os méritos de sua fé e seu poder para conceder essa virtude

500. Ao praticar os atos de fé e esperança no estado mais inferior e ordinário, excedia a todos os santos e anjos;
amando mais que eles, os sobrepujou nos merecimentos. Qual seria então sua atividade, merecimento e amor, quando era
elevada pelo poder divino a outros benefícios, e estado mais sublime da visão
beatífica, ou claro conhecimento da divindade? Se, ao entendimento angélico faltaria
capacidade para entendê-lo e penetrá-lo, como terá palavras para o explicar uma
criatura terrena? Ao menos, quisera eu que os mortais conhecessem o valor e preço
desta virtude da fé, considerando-a neste divino modelo, onde ela chegou ao ápice
de sua perfeição, e adequadamente preencheu o fim para o qual foi formada.
Cheguem os infiéis, hereges, pagãos, idolatras, à mestra da fé, Maria
Santíssima, para serem iluminados em seus enganos e tenebrosos erros, e encontrarão
seguro caminho para atinar com o fim último para o qual foram criados.
Cheguem também os católicos e conheçam o copioso prêmio desta excelente virtude e peçam, como os Apóstolos ao
Senhor, que lhes aumente a fé (Lc 17, 5).
Não para igualar a de Maria Santíssima,
mas para imitá-la e segui-la, pois a sua fé nos instrui e dá esperança de conseguirmos tal graça, mediante seus altíssimos
merecimentos.

A fé do pai de todos os crentes, Abraão

501. São Paulo chamou o patriarca Abraão pai de todos os crentes (Rm 4,11), por haver sido o primeiro a receber as
promessas do Messias, e por ter crido em tudo quanto Deus lhe prometeu, esperando contra toda esperança (Rm 4,18).
Quis assim declarar quão excelente se mostrou a fé do Patriarca, pois acreditou nas promessas do Senhor quando,
humana e naturalmente, delas nada podia esperar. Creu que sua mulher Sara, estéril, lhe daria um filho;
creu ainda que depois deste filho ser oferecido em sacrifício, segundo lhe era ordenado,
lhe ficaria inumerável descendência (Gn 15,5), conforme lhe prometia o mesmo Senhor.
Tudo isto, que naturalmente era impossível, creu Abraão que Deus realizaria pelo seu poder sobrenatural.
Por esta fé, mereceu ser chamado pai de todos os crentes e receber a circuncisão, sinal dessa fé, pela qual havia sido justificado.

Maria, mãe de todos os crentes

502. Nossa preexcelsa senhora Maria, entretanto, tem maiores títulos que
Abraão para ser chamada Mãe da fé e de todos os crentes. Em sua mão está arvorado o estandarte e vexilo da fé para todos os
crentes da lei da graça. O patriarca foi o primeiro, na ordem do tempo, destinado
para pai e cabeça do povo hebreu. Grande e excelente foi sua fé no Cristo, nosso
Senhor prometido, e nas palavras do Altíssimo.
Todavia, em todas estas obras, foi a fé da Virgem Santíssima, sem comparação mais admirável e assim, primeira
em dignidade. Maior dificuldade e até impossibilidade do que uma anciã estéril, era uma virgem conceber, dar à luz.

Não estava o patriarca Abraão tão certo de que se executaria o sacrifício
de Isaac, como estava Maria Santíssima de que, efetivamente, seria sacrificado seu
Filho Santíssimo. Foi Ela quem creu e esperou em todos os mistérios, ensinando a
toda a igreja como deveria crer no Altíssimo e nas obras da Redenção. Assim, conhecida a fé da nossa Rainha Maria, não resta
dúvida, ser Ela a Mãe dos crentes, e modelo da fé e esperança católi.ca.
Para concluir este capítulo, digo que Cristo nosso Redentor e Mestre, sendo compreensor e gozando sua alma
santíssima da suma glória e visão beatífica não tinha fé, não podia praticá-la, nem ser mestre desta virtude. O que não pôde fazer
o Senhor, por si mesmo, quis fazê-lo por sua Mãe Santíssima, constituindo-a fundadora, mãe e exemplar da fé, da sua lgreja
evangélica. No dia do juízo universal, será esta soberana Senhora e Rainha, juiz que assistirá, particularmente, com seu Filho
Santíssimo, no julgamento dos que não têm crido, apesar de terem no mundo visto o seu exemplo.

DOUTRINA DA MÃE DE DEUS E SENHORA NOSSA.

Benefício da fé

503. Minha filha, o inestimável tesouro da virtude da fé divina, não é
descoberto pelos mortais de olhar carnal e terreno. Não sabem dar a estimação e o
apreço merecido por este dom e benefício de incomparável valor.
Considera, caríssima, qual era o estado do mundo sem a fé, e qual seria o de
hoje, se meu Filho não a conservasse!
Quantos homens que o mundo tem celebrizado por grandes, poderosos e sábios, precipitaram-se, por lhes faltar a luz
da fé, em abomináveis pecados, e das trevas da infidelidade, para as eternas trevas
do inferno! Quantos reinos e países cegaram-se, e hoje arrastam após si outros mais
cegos, até caírem todos no fosso das penas eternas! A estes seguem os maus fieis
e crentes que têm recebido esta graça e benefício da fé, mas vivem como se não a tivessem.

Valor da fé

504. Não te esqueças, minha amiga, de agradecer esta preciosa pérola.
Recebeste-a do Senhor, como penhor e vínculo do desposório que contigo celebrou, trazendo-te ao tálamo de sua santa
Igreja, para depois te levar ao de sua visão beatífica. Exercita sempre esta virtude da
fé, pois ela te aproxima do fim último para o qual caminhas, e do objeto que desejas
e amas. Ela ensina o caminho certo da eterna felicidade, ilumina as trevas da existência mortal dos viadores, e os conduz
seguros à posse de sua pátria, para onde deveriam caminhar, se não estivessem
mortos pela descrença e pecados. Ela desperta as demais virtudes, serve de alimento
ao justo e o sustenta em seus trabalhos. Ela confunde e atemoriza os infiéis e os crentes
tíbios e negligentes no agir, porque lhes recorda nesta vida os pecados, e o castigo
que os espera na outra.
A fé é poderosa para tudo, pois a quem crê nada é impossível (Mc 9,22) mas
tudo pode e consegue. Esta virtude ilumina e enobrece o entendimento humano,
orientando-o para não errar nas trevas de sua natural ignorância. Com ela, a inteligência ultrapassa a si mesma, para ver e
entender, com infalível certeza, o que não alcançaria com suas próprias forças.
Chega a crer, com tanta certeza, como se o visse com evidência. Ela liberta
o entendimento da grosseria que leva o homem a crer apenas naquilo que com sua
limitação alcança. Enquanto a alma vive no cárcere do corpo corruptível, muito pequeno e limitado é seu alcance, por estar o
entendimento sujeito ao grosseiro uso dos sentidos. Estima, pois, minha filha, esta
preciosa pérola da fé católica que Deus te concedeu, conserva-a e faz uso dela com apreço e reverência.

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