Estudo 46 Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 46 Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade
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LIVRO DO CÉU VOLUME 1 

(9) Recordo que às vezes, depois de renovadas estas crucifixões me dizia:

(10) “Amada do meu coração, desejo ardentemente não só crucificar-te a alma e comunicar-te as
dores da cruz ao corpo, mas desejo selar-te também o corpo com o selo das minhas chagas, e
quero ensinar-te a oração para obter esta graça, a oração é esta: “Eu me apresento diante do trono
supremo de Deus, banhada no sangue de Jesus Cristo, pedindo-lhe que, pelo mérito de suas
preclaríssimas virtudes e de sua Divindade, me conceda a graça de crucificar-me”.

(11) E eu, apesar de que sempre tive aversão a tudo o que pode aparecer exteriormente, como
ainda a tenho, no ato em que Jesus dizia, isto me sentia infundir tal anelo de satisfazer o desejo
que Ele mesmo dizia, que também eu me atrevia a dizer a Jesus que me crucifica na alma e no
corpo, e algumas vezes lhe dizia: “Esposo Santo, coisas exteriores não gostaria, e se alguma vez
me atrevo a dizê-lo, é porque Tu mesmo me dizes, e também para dar um sinal ao confessor de
que és Tu quem obra em mim. De resto não queria outra coisa senão que aquelas dores que me
fazes sofrer quando me renovas a crucificação, fossem permanentes, não queria essa diminuição
depois de algum tempo, e só isso me basta, e que da aparência externa, quanto mais o possas
manter oculto, tanto mais me contentará”.

2-47
Julho 18, 1899

(1) Continua quase sempre o mesmo. Desta vez me parecia que em meu coração estivesse
Jesus Sacramentado, e desde a hóstia santa espargia tantos raios de luz em meu interior, e a
meu coração saíam tantos fios de luz, que se entrelaçavam todos esses raios de luz, parecia-
me que Jesus com seu amor atraía todo meu coração, e meu coração com aqueles fios atraía
e amarrava Jesus a estar comigo.

* * * * * *

2-48
Julho 22, 1899

Como a cruz torna a alma transparente.

(1) Esta manhã o meu adorável Jesus fazia-se ver com uma cruz de ouro pendurada ao
pescoço, toda resplandecente, e que ao olhá-la se comprazia imensamente. De repente,
encontrou-se presente o confessor e Jesus disse-lhe: “Os sofrimentos dos dias passados
aumentaram tanto o resplendor da cruz que, olhando para ela, sinto-me muito feliz”.

(2) Depois se dirigiu a mim e me disse: “A cruz comunica tal resplendor à alma, de torná-la
transparente e assim como quando um objeto é transparente lhe podem dar todas as cores que
se queira, assim a cruz, com sua luz dá todas as linhas e formas mais belas que jamais se
possam imaginar, não só pelos outros, mas também pela própria alma que os
experimenta. Além disso, em um objeto transparente logo se descobre o pó, as pequenas
manchas e até qualquer escurecimento; assim é a cruz, como faz transparecer à alma, logo
descobre os pequenos defeitos, as mínimas imperfeições, tanto que não há mão mestra mais
hábil que a cruz, para ter a alma preparada para torná-la digna habitação do Deus do Céu”.
(3) Quem pode dizer o que compreendi da cruz e quão invejável é a alma que a possui?

(4) Depois disto me transportou para fora de mim mesma e me encontrei sobre uma escada
altíssima, sob a qual havia um precipício e por acréscimo os degraus desta escada eram
móveis e tão estreitos que mal se podia apoiar a ponta dos pés; o que mais dava terror era o
precipício e o não poder encontrar apoio de nenhum tipo, e querendo agarrar-se dos degraus,
estes se caíam junto; ver que quase todas as outras pessoas caíam infundia calafrio nos
ossos; Mas não se podia evitar passar por aquela escada. Então o tentei, mas assim que subi
dois ou três degraus, vendo o grande perigo que corria de cair no abismo, comecei a chamar a
Jesus para que viesse em minha ajuda, então, sem saber como, encontrei a Jesus junto a mim
e me disse:

(5) “Minha filha, isto que tu viste é o caminho que percorrem todos os homens nesta terra; os
degraus móveis, sobre os quais não podem apoiar-se para ter um sustento, são os apoios
humanos, as coisas terrenas, que se querem apoiar sobre elas, em vez de lhes dar uma ajuda
dão-lhes um empurrão para precipitarem-se mais cedo no inferno. O meio mais seguro é o
caminhar quase voando, sem se apoiar sobre a terra, à força dos próprios braços, com os
olhos em si mesmos, sem olhar aos demais e também tendo-os todos atentos a Mim para ter
ajuda e força, assim se poderá facilmente evitar o precipício”.

3-57 Abril 2, 1900

Jesus julga não segundo as obras que se fazem, mas segundo a vontade com que se obra.

(1) Esta manhã sofri muito pela ausência de meu amado Jesus, mas Ele recompensou minhas
penas satisfazendo um desejo meu de querer saber uma coisa que há muito desejava. Então,
depois de ter girado e girado em busca de Jesus, e que agora o chamava com a oração, agora
com as lágrimas, agora com o canto, pois talvez pudesse ficar ferido por minha voz e se deixasse
encontrar, mas tudo em vão. Tenho repetido meus gemidos; a quem encontrava perguntava sobre
Ele, finalmente, quando meu coração se sentia despedaçado e que não podia mais, o encontrei,
mas o via de costas, e lembrando-me de uma resistência que lhe fiz, a que direi no livro do
confessor (3) pedi perdão e assim parece que nos pusemos de acordo, tanto que ele mesmo me
perguntou o que queria, e eu lhe disse: “Diga-me para conhecer sua Vontade sobre meu estado,
especialmente o que devo fazer quando me encontro com poucos sofrimentos e Você não vem, e
se você vem é quase como sombra; então, não te vendo, meus sentidos os sinto em mim mesma,
e encontrando-me nesta posição sinto como se pusesse do meu e não fosse necessário esperar a
vinda do confessor para sair daquele estado”.
(2) E Jesus: “Sofras ou não sofras, venha Eu ou não venha, teu estado é sempre de vítima, muito
mais que esta é minha Vontade e a tua, e Eu julgo não segundo as obras que se fazem, senão
segundo a vontade com que se obra”.
(3) E eu: “Senhor meu, está bem como dizes, mas me parece que estou inútil e se perde muito
tempo, e sinto um incômodo, um temor, e além disso fazer vir ao confessor, me atormenta a alma
que não fosse Tua vontade”.
(4) E Ele: “Pensas tu que seja pecado fazer vir ao confessor?”
(5) E eu: “Não, mas temo que não seja Tua Vontade”.
(6) E Ele: “Deves fugir do pecado, mesmo da sua sombra, mas do resto não deves preocupar-te”.
(7) E eu: “E se não fosse a tua vontade, em que aproveitaria estar assim?” (8) E Ele: “Ah, me
parece que minha filha quer fugir do estado de vítima, não é verdade?”
(9) E eu, ficando vermelho, disse: “Não Senhor, digo isto pelas vezes que não me fazes sofrer e
não vens, de resto faz-me sofrer e eu não me preocuparei”.
(10) E Jesus: “E a mim parece-me que queres fugir. Além disso, você sabe que horas eu reservei
para vir aqui e comunicar minhas dores, se a primeira, a segunda, a terceira, ou talvez a última
hora? Por isso distraindo-te de Mim e esforçando-te por sair ocupar-te-ás em outra coisa, e Eu
vindo não te encontrarei preparada, darei a volta e irei a outra parte”.
(11) E eu toda assustada “Jamais seja, ó Senhor. Não quero saber outra coisa senão a tua
Santíssima Vontade”.

(12) E Ele: “Permanece calma e espera o confessor”.
(13) Dito isto, ele desapareceu. Parece que me sinto aliviada de um grande peso por este falar de
Jesus, mas com tudo isto não diminuiu em mim a pena dolorosa quando Jesus me priva Dele.

4-102
Janeiro 14, 1902

Não se é digno de Jesus se não se esvazia de tudo.
Em que consiste a verdadeira exaltação.

(1) Estando em meu estado habitual veio meu adorável Jesus e me disse:
(2) “Minha filha, não pode ser verdadeiramente digno de Mim, senão só quem esvaziou tudo de
dentro de si, e se encheu tudo de Mim, de modo a formar de si mesmo um objeto todo de amor
divino, tanto, que meu amor deve chegar a formar sua vida e a me amar não com seu amor, mas
com meu amor”.
(3) Depois acrescentou: “O que significam aquelas palavras: “Depôs do trono os poderosos e tem
exaltado os pequenos?” Que a alma destruindo-se totalmente a si mesma se enche toda de Deus,
e amando a Deus com o próprio Deus, Deus exalta a alma a um amor eterno, e esta é a verdadeira
e a maior exaltação e ao mesmo tempo a verdadeira humildade”.
(4) Depois continuou: “O verdadeiro sinal para conhecer se se possui este amor, é se a alma não
se ocupa de nenhuma outra coisa senão de amar a Deus, de fazê-lo conhecer, e fazer que todos o
amem”.
(5) Depois, retirando-se em meu íntimo ouvi que rezava dizendo:
(6) “Sempre Santa e indivisível Trindade, vos adoro profundamente, vos amo intensamente, vos
agradeço perpetuamente por todos e nos corações de todos”.
(7) E assim a passei, ouvindo quase sempre que rezava dentro de mim e eu junto com Ele.

4-117
Março 10, 1902

A pena do amor é mais terrível que o inferno.

(1) Encontrando-me em meu habitual estado, sentia-me fora de mim mesma, e como ia buscando a
meu adorável Jesus e não o encontrava, repetia as buscas, os prantos, mas tudo em vão, não
sabia o que fazer, meu pobre coração agonizava e sentia uma dor tão aguda que não sei explicar,
Só sei dizer que não sei como fiquei viva. Enquanto me encontrava nesta dolorosa situação, mas
sempre procurando-o, sem poder nem um momento abster-me de fazer novas buscas, finalmente o
encontrei e lhe disse: “Senhor, como te fazes cruel comigo? Olhe um pouco Tu mesmo se são
penas que eu possa tolerar”. E toda sem forças me abandonei em seus braços, e Jesus
compadecendo-me toda e olhando-me disse:

(2) “Filha amada minha, tens razão, acalma-te, acalma-te que estou contigo e não te deixarei;
pobre filha, como sofres, a pena do amor é mais terrível que o inferno. Que coisa tiraniza mais, o
inferno, um amor contraposto, um amor odiado? O que pode tiranizar a uma alma mais que o
inferno? Um amor amado. Se você soubesse quanto sofro Eu ao te ver por minha causa tiranizada
por este amor; para não me fazer sofrer tanto deveria estar mais tranqüila quando te privo de
minha presença. Imagine você mesma, se Eu sofro tanto ao ver sofrer a quem não me ama e me
ofende, quanto mais sofrerei ao ver sofrer a quem me ama?”

(3) Então eu ao ouvir isto, toda comovida disse: “Senhor, diz-me ao menos se queres que me
esforce para sair deste estado sem esperar o confessor quando Tu não vens”.
(4) E Ele acrescentou: “Não, não quero que tu saias deste estado antes que venha o confessor,
deixa todo o temor, eu ponho-me no teu interior tendo as tuas mãos nas minhas, e ao contato de
minhas mãos saberá que estou com você”.
(5) Assim, quando me vem o desejo de querê-lo, sinto-me apertar as mãos pelas de Jesus, e
sentindo o contato divino me tranquilizo e digo: “É verdade, está comigo”. Outras vezes vindo mais
forte o desejo de vê-lo, sinto-me apertar mais forte as mãos pelas suas e me diz:
(6) “Luísa, minha filha, estou aqui, aqui estou, não me procure em outro lugar”.
(7) E assim parece que estou mais tranquila.

6-89
Dezembro 29, 1904

A fraqueza humana é falta de vigilância e de atenção.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, estava pensando nos acontecimentos mais
humilhantes que sofreu Nosso Senhor, e em mim mesma sentia horror, mas depois dizia entre
mim: “Senhor, perdoa aqueles que te renovam estes momentos dolorosos, porque é a muita
debilidade que o homem contém”. Enquanto estava nisto, o bendito Jesus, assim que veio, disse-
me:

(2) “Minha filha, o que se diz fraqueza humana, na maioria das vezes é falta de vigilância e de
atenção de quem é cabeça, isto é: pais e superiores, porque a criatura quando é vigiada e
observada, e não se dá a liberdade que quer, a debilidade não tendo seu alimento (o encobrir a
debilidade é alimento para piorar na debilidade), por si mesma se destrói”.
(3) Depois continuou: “Ah! Minha filha, assim como a virtude permeia a alma de luz, de beleza, de
graça, de amor, como uma esponja seca se impregna de água, assim o pecado, as fraquezas
encobertas impregnam a alma, como uma esponja se impregna de lama, de trevas e fealdade, e
até de ódio contra Deus”.

7-54
Outubro 14, 1906

A própria estima envenena a Graça. Purgatório de uma alma por ter negligenciado a comunhão.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, encontrei-me fora de mim mesma com Jesus
menino, e parecia que dizia a um sacerdote:
(2) “A auto-estima envenena a Graça em ti e nos demais, porque, devendo por teu ofício prover
a Graça, se as almas advertem, porque facilmente se adverte quando há este veneno, que o
que dizes e fazes o faz para ser estimado, a Graça já não entra sozinha, mas junto com o
veneno que tu tens, e portanto em vez de ressurgir à vida encontram a morte”.
(3) Depois acrescentou: “É necessário esvaziar-te de tudo para poder te encher do Todo que é
Deus, e tendo em ti o Todo, darás o Tudo a todos aqueles que virão a ti, e Tudo aos demais
encontrarás tudo à tua disposição, de modo que ninguém saberá negar-te nada, nem sequer a
estima, e mais, de humana a terás divina como convém ao Todo que habita em ti”.
(4) Depois disto via uma alma do purgatório que ao ver-nos se escondia e nos fugia, e era tal a
vergonha que ela sentia que permanecia como esmagada. Eu fiquei espantada, porque em vez
de correr para o menino, fugia; Jesus desapareceu e eu me aproximei dela perguntando-lhe a
causa desta atitude, mas ela estava tão envergonhada que não podia dizer palavra, e tendo-a
forçado me disse:
(5) “Justa justiça de Deus, que tem selado sobre minha testa a confusão e tal temor de sua
presença, que estou obrigada a evitá-lo, obro contra meu mesmo querer, porque enquanto me
consumo por querê-lo porque enquanto me consumo por amá-lo, outra pena me inunda e fujo
dele. Oh Deus, vê-lo e fugir dele são penas mortais e inexprimíveis! Mas me mereci estas
penas distintas das de outras almas, porque levando uma vida devota deixei muitas vezes de
comungar por coisas de nada, por tentações, por frialdades, por temores, e também, alguma
vez para poder acusar-me disso perante o confessor e fazer-me ouvir que não recebia a
comunhão. Entre as almas isto se tem como um nada, mas Deus faz disto um severísimo juízo,
dando-lhes penas que superam as outras penas, porque são faltas mais diretas ao amor. Além
de tudo isto, Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento arde de amor e pelo desejo de dar-se às
almas, sente-se morrer continuamente de amor, e a alma podendo aproximar-se a recebê-lo e
não o fazendo, é mais, fica indiferente com tantos inúteis pretextos, é uma afronta e um
desprezo tal que Ele recebe, que se sente delirar, queimar, e não pode dar desafogo a suas
chamas, sente-se como sufocar por seu amor, sem que encontre a quem dar parte, e quase
enlouquecendo vai repetindo:
(6) “Os excessos de meus amores não são tomados em conta, mas são esquecidos, mesmo
aquelas que se dizem minhas esposas não têm ânsias de me receber e de me fazer desabafar
ao menos com elas, ah, em nada sou correspondido! Ah, não sou amado, não sou amado!”
(7) E o Senhor, para me fazer purgar estas faltas, fez-me tomar parte na dor que Ele sofre
quando as almas não o recebem. Esta é uma pena, é um tormento, é um fogo que comparado
ao mesmo fogo do purgatório, pode-se dizer que este é nada”.
(8) Depois disto encontrei-me em mim mesma, atónita pensando na pena daquela alma,
enquanto para nós se tem verdadeiramente como um nada deixar a santa comunhão.

9-52
Novembro 1, 1910

A consumação na unidade de vontades, forma a unidade suprema

(1) Continuando meu habitual estado, assim que veio o bendito Jesus me disse:
(2) “Minha filha, a unidade suprema é quando a alma chega a tal estreiteza de união com minha
Vontade, que consome qualquer sombra de seu querer, de modo que não se distingue mais qual
seja meu Querer e qual o seu. Assim, o meu Querer é a vida desta alma, de maneira que tudo o
que disponho tanto sobre ela como sobre os outros, em tudo está contente, qualquer coisa lhe
parece conveniente para ela, a morte, a vida, a cruz, a pobreza, etc., as olha todas como coisas
suas e que servem para manter sua vida. Chega a tanto, que até os castigos não a assustam mais,
senão que em tudo está contente do Querer Divino, tanto que lhe parece que se Eu o quero ela o
quer, e se ela o quer o Senhor o faz, Eu faço o que ela quer, e ela faz o que quero Eu.

Este é o último ponto da consumação de tua vontade na minha, que tantas vezes te pedi, e que a
obediência e a caridade para com o próximo não te permitiram, tanto, que muitas vezes Eu tenho
cedido ante ti em não castigar, mas tu não cedeste a Mim, Por isso sou obrigado a esconder-me de
ti, para estar livre quando a justiça me atormenta e os homens chegam a provocar-me para tomar o
flagelo em minha mão para castigar as pessoas. Se te tivesse Comigo, com a minha vontade no
ato de açoitar, talvez houvesse diminuído o flagelo, porque não há poder maior nem no Céu nem
na terra, que uma alma que em tudo e por tudo está consumada em minha Vontade; esta chega a
debilitar-me e desarma-me como lhe aprouver. Esta é a unidade suprema; além disso, há a
unidade baixa, na qual a alma está resignada, sim, mas não vê minhas disposições como coisa
sua, como sua vida, nem se faz feliz nela, nem perde sua vontade na minha. A esta vejo, sim, mas
não chega a me apaixonar, nem chego a enlouquecer por ela como o faço com aquelas da unidade
suprema”.

+ + + +

9-53
Novembro 3, 1910

A alma: Paraíso de Jesus na terra.

(1) Esta manhã o bendito Jesus se fazia ver em meu interior em ato de recrear-se e aliviar-se de
tantas amarguras que lhe dão as criaturas, e disse estas simples palavras:
(2) “Tu és meu Paraíso na terra, minha consolação”.
(3) E desapareceu.

10-52
Fevereiro 3, 1912

Se não se encontra em uma alma a pureza, o justo agir e o amor, não pode ser espelho de Jesus.

(1) Continuando o meu estado habitual, o meu sempre amável Jesus veio, e pondo-me a sua santa
mão debaixo do queixo disse-me:
(2) “Minha filha, tu és o reflexo da minha glória”.

(3) Depois acrescentou: “No mundo me são necessários espelhos onde ir olhar-me. Uma fonte só
pode servir como espelho para que as pessoas possam olhar-se, quando a fonte é pura, mas não
ajuda que a fonte seja pura se as águas são turvas; é inútil àquela fonte vangloriar-se da
preciosidade das pedras nas quais está fundamentada se as águas são turvas; nem o sol pode
fazer perpendiculares seus raios para fazer aquelas águas prateadas e comunicar-lhes a variedade
das cores; nem as pessoas podem olhar um para o outro.

Minha filha, as almas virgens são a semelhança da pureza da fonte, as águas cristalinas e puras são o justo agir, o sol que faz
perpendiculares seus raios sou Eu, a variedade das cores é o amor. Então, se Eu não encontrar
em uma alma a pureza, o justo agir e o amor, não pode ser meu espelho, estes são meus espelhos
nos quais faço refletir minha glória, todos os demais, apesar de serem virgens, não só não posso
me olhar neles, mas querendo fazer não me reconheço neles. E o sinal de tudo isto é a paz, por
isso conhecerás quão escassos espelhos tenho no mundo, porque pouquíssimas são as almas
pacíficas”.

11-54
Maio 21,1913

Como se forma a verdadeira consumação.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, Jesus sempre gentil me disse:
(2) “Minha filha, Eu quero a verdadeira consumação em você, não fantástica, mas verdadeira,
mas de modo simples e factível. Suponha que lhe viesse um pensamento que não é para Mim,
você deve destruí-lo e substituí-lo com o divino, e assim terá feito a consumação do pensamento
humano e terá adquirido a vida do pensamento divino; assim também se o olho quer olhar
alguma coisa que me desagrada ou que não se refere a Mim, e a alma se mortifica, tem
consumado o olho humano e tem adquirido o olho da Vida Divina, e assim o resto de seu ser.

Oh! , como estas novas Vidas Divinas sinto-as correr em Mim e tomam parte em todo meu obrar,
amo tanto estas vidas, que por amor delas cedo a tudo. Estas almas são as primeiras diante de
Mim, e se as abençoo, através delas vêm abençoadas as demais; são as primeiras beneficiadas,
amadas, e por meio delas vêm beneficiadas e amadas as demais”.

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