Estudo 50 – Livro do Céu Vol. 12 ao 20 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 50 – Livro do Céu Vol. 12 ao 20 – Escola da Divina Vontade
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12-53
Julho 2, 1918

Enquanto a alma se abandona em Jesus, Ele abandona-se na alma.

(1) Eu estava dizendo ao meu amado Jesus: “Jesus, eu te amo, mas meu amor é pequeno, por
isso te amo em seu amor para torná-lo grande; eu quero adorá-lo com suas adorações, rezar
em sua oração, agradecer-lhe em seus agradecimentos”. Agora, enquanto dizia isto, o meu
amável Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, assim que puseste o teu amor no meu para me amar, o teu amor ficou fixo no
meu e se ampliou e se ampliou no meu, e me senti amar como queria que a criatura me
amasse; e conforme adoravas nas minhas adorações, rezavas, agradecias, assim ficavam fixos
em Mim, e sentia-me a adorar, rezar e agradecer com as minhas adorações, orações e
agradecimentos. ¡ Ah! minha filha, é preciso grande abandono em Mim, e à medida que a alma
se abandona em Mim, assim Eu me abandono nela, e enchendo-a de Mim faço Eu mesmo o
que ela deve fazer para Mim; mas se não se abandona em Mim, então o que faz fica fixado
nela, não em Mim, e sinto o obrar da criatura cheio de imperfeições e misérias, o que não
poderá me agradar”.

12-56
Julho 16, 1918

Quem quer fazer bem a todos, deve estar na Vontade de Deus.

(1) Esta manhã meu doce Jesus veio e me disse:
(2) “Minha filha, não estejas em ti, na tua vontade, senão entra em Mim e na minha Vontade. Eu
sou imenso, e só quem é imenso pode multiplicar os atos por quantos quer; quem está no alto
pode dar luz ao baixo, não vê o sol? Porque está no alto é luz de cada olho, aliás, cada homem
pode ter o sol à sua disposição como se fosse todo seu; mas as plantas, as árvores, os rios, os
mares, porque estão no baixo não estão à disposição de todos, não podem dizer deles como do
sol; “Se quero, faço tudo Meu, mesmo que os outros possam também goza-los.” No entanto
todas as coisas do baixo recebem o benefício do sol, quem a luz, quem o calor, a fecundidade,
a cor, etc. Agora, Eu sou a luz eterna, estou no ponto mais alto, e quanto mais alto, mais me
encontro em toda parte e até no mais baixo, e por isso sou vida de todos, e como se fosse só
para cada um. Então, se queres fazer bem a todos, entra na minha imensidão, vive no alto,
desapegada de tudo e até de ti mesma, de outra maneira se fará terra em torno de ti, e então
poderás ser uma planta, uma árvore, jamais um sol, e em vez de dar deves receber, e o bem
que farás será tão limitado que se poderá numerar”.

12-57
Agosto 1, 1918

Efeitos da privação de Jesus.

(1) Passo-a entre privações e ânsias, e freqüentemente me lamento com meu doce Jesus,
então Ele veio e aproximando-se me apertou ao seu coração e me disse:
(2) “Bebe do meu lado”.
(3) Eu bebi o santíssimo sangue que brotava da chaga de seu coração. Como me sentia feliz!
Mas Jesus não ficou feliz em me fazer beber a primeira vez, disse-me para beber a segunda e
depois a terceira. Eu fiquei maravilhada de sua bondade, pois sem pedir, Ele mesmo queria que
eu bebesse. Depois acrescentou:
(4) “Minha filha, cada vez que te lembras que estás privada de Mim e sofres, teu coração fica
ferido com uma ferida divina, a qual sendo divina tem virtude de refletir-se em meu coração e
feri-lo; esta ferida é doce, é bálsamo para meu coração, E eu me sirvo dela para adoçar-me das
feridas cruéis que me fazem as criaturas, da indiferença a Mim, dos desprezos que me fazem,
até chegar a esquecer-se de Mim. Assim, se a alma se sente fria, árida, distraída, e por isso
sente pena por causa de Mim, fica ferida e me fere, e por isso fiquei aliviado”.

14-51
Agosto 15, 1922

Os atos de Jesus e os da Santíssima Virgem na Divina Vontade.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, estava a abandonar-me nos braços da Santíssima
Vontade de Deus, e o meu doce Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, em meu Querer não só encontrará todos os atos que fez minha Humanidade,
nos quais entrelaçava todas as criaturas juntas, senão que encontrará também tudo o que fez
minha amada Mamãe, que entrelaçando-se junto Comigo, suas ações formavam um só com os
meus. Assim que fui concebido em seu seio, Ela começou o entrelaçamento com meus atos, e
como minha humanidade não tinha outra vida, outro alimento, outra finalidade que a única
Vontade de meu Pai, que correndo em tudo me constituía ato de cada criatura, para restituir ao
Pai os direitos de Criador por parte das criaturas, e para dar-me como vida a todas elas, por
isso, assim que começou seu entrelaçamento Comigo, assim também Ela restituía em nome de
todos, os direitos de Criador, e se dava a todas as criaturas, assim, todas as criaturas recebiam
como vida, junto com meus atos os de minha Mãe.

(3) Agora no Céu abraça toda a glória de cada criatura, e por parte de cada uma meu Querer
lhe dá tal glória, que não há glória que Ela não contenha, nem glória que dela não desça. E
como Comigo entrelaçou suas obras, seu amor, suas penas, etc., agora no Céu está
circundada de tal glória por quantos entretecidos fez em minha Vontade, por isso supera tudo,
abraça tudo e concorre a tudo. Eis o que significa viver em meu Querer. Jamais minha amada
Mamãe teria podido receber tanta glória, se todos seus atos não houvessem corrido em meu
Querer, os quais a constituem Rainha e coroa de todos.

(4) Agora quero-te a ti no meu Querer, a fim de que o entrelaçamento não seja entre dois mas
entre três; a minha Vontade quer expandir-se, a fim de que encontre numa criatura todas as
criaturas juntas. Olha o grande bem que te virá, quanta glória me darás, e quanto bem farás a
todos”.

16-48
Fevereiro 18, 1924

Todas as coisas criadas têm um só Eu TE amo, e um amor diferente.

(1) Estava segundo meu costume fundindo-me no Divino Querer para encontrar todas as coisas
criadas e poder nelas dar minha correspondência de amor por mim e por todos. Enquanto fazia isto
pensava : “Meu Jesus diz que tudo criou por amor de mim e por amor de cada um, mas como pode
ser isto se muitas coisas criadas eu nem sequer as conheço? Como tantos peixes que se agitam
no mar, tantos pássaros que voam pelo ar, tantas plantas, tantas flores, tanta variedade de beleza
que contém todo o universo, quem os conhece? Apenas em pequeníssimo número; portanto, se eu
nem sequer sei, especialmente eu que levo anos e anos confinada em uma cama, como pode dizer
que todas as coisas criadas têm a marca, o selo de seu te amo para mim?” Enquanto isso pensa-
va, meu doce Jesus se moveu em meu interior em ato de prestar atenção para me ouvir e me dis-
se:

(2) “Minha filha, e no entanto é verdade que todas as coisas criadas têm cada uma amor distinto
para você; também é verdade que você não as conhece todas, mas isto diz nada, é mais, te revela
principalmente meu amor e te diz a claras notas que meu te amo por ti está perto e longe, escondi-
do e à vista. Eu não faço como as criaturas que quando estão perto são todo amor, mas assim que
se afastam se esfriam e não sabem mais amar; meu amor é estável e fixo, e não importa se está
perto ou distante, escondido e secreto, tem um mesmo som nunca interrompido: te amo. Olhe, vo-
cê conhece a luz do sol, é verdade, e recebe sua luz e seu calor por quanto quer, mas outra luz te
sobra, tanto, que enche toda a terra.

Se você quiser mais luz, o sol a daria, e ainda toda. Agora,
toda a luz do sol te diz meu te amo, a próxima e a distante, é mais, conforme percorre a terra assim
leva a melodia de meu te amo para ti, sem dúvida você não conhece nem os caminhos que perco-
rre a luz, nem as terras que ilumina, nem as pessoas que apreciam a influência benéfica de raios
solares, mas enquanto você não sabe tudo que faz a luz, você está nessa mesma luz, e se não a
tomar toda é porque te falta a capacidade de ser capaz de absorver tudo em você, mas apesar dis-
so você não pode dizer que toda a luz do sol não te diz te amo, é mais, faz mais desabafo de amor,
porque conforme vai invadindo a terra vai narrando a todos meu te amo; assim também todas as
gotas de água, você não as pode beber tudo e trancá-los em você, mas apesar disso você não po-
de dizer que não dizem te amo. Assim que todas as coisas criadas, conhecidas ou não conheci-
das, todas têm o selo de meu amo-te, porque todas servem à harmonia do universo, ao decoro da
Criação, à maestria de nossa mão criadora. Eu fiz como um pai rico e terno, amante de seu filho, e
devendo o filho sair da casa paterna para tomar estado, o pai prepara um suntuoso palácio com
incontáveis aposentos, onde cada uma contém algo que possa servir a seu filho, mas como estas
estadias são muitas, o filho nem sempre as vê, é mais, algumas nem as conhece, porque não teve
necessidade de se servir delas, e apesar disto, se pode acaso negar que em cada estadia não
tenha havido um amor paterno especial para com o filho, havendo ainda a bondade paterna provi-
da ao que ao filho podia não ser necessário? assim tenho Feito eu, este filho saiu de dentro de
meu seio e nada quis que lhe faltasse, é mais, criei muitas e muito variadas coisas, e um goza de
uma coisa e outro de outra, mas tudo só tem um som: eu te amo”.

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16-49
Fevereiro 20, 1924

Se outras almas antes de Luisa tivessem vivido na Divina Vontade, Jesus teria feito uso de sua Potência para fazer transparecer fora o
modo sublime de viver em seu Querer. Viver no Divino Querer significa uma troca contínua de vontade humana e Divina.

(1) De tudo o que o meu doce Jesus me disse sobre o seu Santíssimo Querer, estava a pensar en-
tre mim: “Pode ser possível que não tenha havido antes uma alma que tenha vivido no Divino Que-
rer, e que eu seja a primeira? Quem sabe quantas outras houve antes de mim e em modo mais
perfeito e mais ativo que eu”. E enquanto isso dizia, meu sempre amável Jesus Mexeu-se dentro
de mim e disse:
(2) “Minha filha, porque não queres reconhecer o dom, a graça, a tua missão de ter sido modo todo
especial e novo para viver no meu Querer? Se tivesse havido outras almas em minha Igreja antes
de você, sendo o viver em meu querer a coisa mais importante, a que mais me interessa e que tan-
to me pressiona, já estariam os traços, as normas, os ensinamentos em minha Igreja de quem ti-
vesse tido a sorte de fazer vida em minha Vontade, já estariam os conhecimento, os incentivos, os
efeitos, os bens que contém este viver no meu Querer. Se tivesse havido outras manifestações já
teria feito Eu uso de minha potência, fazendo translúcir fora o modo sublime do viver em meu Que-
rer; em vista de minha grande complacência e ao me ver honrado pela alma com a glória de minha
mesma Vontade, teria posto em tais apuros para aquela alma, que não poderia ter resistido em
manifestar o que Eu queria, e assim como estão os ditos e os ensinamentos do viver resignado,
paciente, obediente, etc., estaria também isto de viver no meu Querer; seria verdadeiramente es-
tranho que a coisa que mais amo a devesse ter oculta; e mais, quanto mais você ama uma coisa,
mais você quer torná-la conhecida; Quanto mais complacência e glória me dá um modo de viver,
mais quero difundi-lo. Não é natureza do amor verdadeiro esconder o que pode fazer os outros feli-
zes e enriquecer. Se você soubesse como suspirava este tempo em que viria à luz minha pequena
recém-nascida em Minha vontade, para te fazer viver em meu Querer, e que cortejo de graça
preparava para obter o tentativa, você ficaria atordoada e me estaria mais agradecida e mais atenta.

Ah, você não sabe o que significa viver em meu Querer! Significa fazer-me retornar as puras ale-
grias da finalidade da Criação, meus inocentes entretenimentos do por que criei o homem; significa
tirar-me toda a amargura que a pérfida vontade humana me deu quase ao nascer da Criação; signi-
fica um intercâmbio contínuo de vontade humana e Divina, e a alma, temendo a sua, vive de a
minha, e esta Minha Vontade vai enchendo a alma de gozos, de amor e de bens infinitos. Oh, co-
mo me sinto feliz ao poder dar o que quero a esta alma, porque minha Vontade contém amplitude
tal de poder receber tudo! Assim que entre Eu e ela não há mais divisões, senão estável união de
agir, de pensar, de amar, porque a minha Vontade a supre em tudo, por isso estamos em acordo
perfeito e em comunidade de bens. Tinha sido esta a finalidade da criação do homem, fazê-lo viver
como nosso filho e colocar em comum com ele nossos bens, a fim de que Ele fosse feliz em tudo e
Nós ficássemos satisfeitos por sua felicidade.

(3) Agora, viver no meu Querer é precisamente isto: é fazer-nos restituir a finalidade, os gozos e as
festas da Criação, e você diz que devia tê-lo escondido em minha Igreja, sem fazê-lo sair? Teria
movido Céu e terra, teria aquecido os ânimos por uma força irresistível para fazer conhecer o que
será cumprimento da Criação. Vês o quanto me interessa este viver em meu Querer, que põe o
selo a todas minhas obras para que todas estejam Completas? A ti talvez te pareça nada, ou que já
haja coisas semelhantes na minha Igreja, não, não, para Mim em vez disso é o cumprimento de
minhas obras, e como tal deve apreciá-lo e ser mais atenta em cumprir a missão que quero de ti”.

19-50
Agosto 25, 1926

A Divina Vontade forma de toda a Vida de Nosso Senhor um ato só em seu interior.

(1) Estava a recordar todos os atos de Nosso Senhor para me unir com Ele, e não só isto, mas
para encontrar a sua Santíssima Vontade obrante em todos os seus atos, para poder fundir-me
com Ela e fazer um ato só com o meu, assim que teria querido ficar concebida com Jesus, nascer
com Jesus, gemer, chorar, sofrer, rezar, derramar o meu sangue junto com o dele e morrer junto
com Jesus. Agora, enquanto eu pensava nisso, ele mexeu-se dentro de mim, fazendo-me sentir
que estava no meu coração, e levantando os braços para me abraçar a Ele, disse-me:.
(2) “Minha filha, toda minha Vida foi um só ato proveniente daquele ato único do Eterno, que não
tem sucessão de atos, e se em minha Humanidade externamente se viram pouco a pouco a
sucessão de meus atos, isto é, conceber, nascer, crescer, obrar, caminhar, sofrer, morrer, no
interior de minha Humanidade, minha Divindade, o Verbo Eterno unido a minha alma, formava um
ato só de toda minha Vida, assim que a sucessão dos atos externos que se viam em minha
Humanidade era a desembocadura do ato único, que transbordando fora formava a sucessão de
minha Vida externa, Mas no meu íntimo, quando fui concebido, ao mesmo tempo nascia, chorava,
gemia, caminhava, operava, falava, pregava o Evangelho, instituía os Sacramentos, sofria e ficava
crucificado. Assim, tudo o que se via no exterior de minha Humanidade que acontecia pouco a
pouco, dentro de Mim era um só ato, longo e continuado, e que continua ainda.

Assim, quando fui concebido, partindo do ato único do Eterno, fiquei em ato de conceber-me sempre, de nascer
sempre, de gemer e chorar sempre, em suma, tudo o que fiz ficou em ato e como ato contínuo,
porque tudo o que sai de Deus e fica em Deus não sofre mutações, nem aumento nem diminuição,
feito o ato fica com a plenitude da vida que jamais termina e que pode dar vida a todos, por quantos
a queiram; assim que minha Vontade manteve e mantém tudo em ato, toda minha Vida, como
mantém em ação a vida do sol, sem fazê-lo crescer ou diminuir em sua luz, no calor e em seus
efeitos; assim como conserva a extensão do céu com todas as estrelas, sem jamais restringir-se ou
perder uma só estrela; e de tantas outras coisas criadas por Mim, assim meu Supremo Querer
mantém a vida a todos os atos de minha Humanidade, sem perder um único fôlego. Agora, minha
Vontade onde reina não sabe fazer atos separados, sua natureza é um ato só, múltiplo nos efeitos,
mas no ato é sempre único, por isso chama a alma que se faz dominar por Ela à união de seu ato
único, a fim de que encontre todos os bens, todos os efeitos que somente um único ato de um
Deus pode possuir. Portanto, tua atenção esteja em permanecer unida àquele ato único do Eterno
se queres encontrar em ato toda a Criação e toda a Redenção, neste ato único encontrarás a
largura de minhas penas, de meus passos, minha continuada crucificação, tudo encontrarás, minha
Vontade não perde nada e tu nela ficarás fundida em minhas ações e tomarás o fruto de toda
minha Vida. Se isto não fosse assim não haveria grande diferença entre meu agir e o obrar de
meus santos, em vez de ser meu obrar um ato único, entre o meu agir e o deles há a diferença que
existe entre o sol e a pequena chama, entre o grande mar e a gota de água, entre a vastidão dos
céus e o pequeno buraco. “Só a potência de meu ato único tem o poder de dar-se a todos e
abraçar tudo, e enquanto dá nunca perde nada”..

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19-51
Agosto 27, 1926

Jesus dá o título ao livro sobre a sua Vontade.

(1) Encontrando-me em meu estado habitual, meu sempre amável Jesus me fazia ver ao reverendo
pai que deve ocupar-se da publicação dos escritos sobre a adorável Vontade de Deus, e Jesus,
pondo-se próximo a ele, lhe dizia:.
(2) “Meu filho, o título que darás ao livro que publicarás sobre a minha Vontade será este: O Reino
da minha Divina Vontade entre as criaturas. Livro do Céu. Chamar as criaturas à ordem, ao seu
posto e à finalidade para a qual foram criadas por Deus’. Olha, também o título quero que
corresponda à grande obra de minha Vontade, quero que a criatura compreenda que seu posto,
atribuído a ela por Deus, é em minha Vontade, e até enquanto não entre nela estará sem posto,
sem ordem, sem finalidade, será uma intrusa na Criação, sem direito de permanência, e por isso irá
errante, sem paz, sem herança, e Eu, movido a compaixão dela lhe gritarei continuamente: Entra
em teu posto, vem à ordem, vem tomar tua herança, a viver em tua casa, por que queres viver em
casa estranha? Por que queres ocupar um terreno que não é teu?

E, não sendo teu, vives infeliz e és o servo e motivo de chacota de todas as coisas criadas. Todas as coisas criadas por Mim,
porque permanecem em seu posto, estão na ordem e em perfeita harmonia com toda a plenitude
de seus bens que Deus lhes confiou, só você quer ser infeliz, mas infelicidade voluntária, por isso
vêem a seu posto, a ele te chamo e aí te espero’. Por isso, aquele ou aquela que se prestará a
fazer conhecer minha Vontade será meu porta-voz, e Eu lhe confiarei os segredos do Reino dela”.
(3) Depois disto fazia ver toda a Criação, como todas as coisas criadas estão no posto querido por
Deus, e portanto na ordem perfeita e na completa harmonia entre elas e a Suprema Vontade,
porque todas as coisas estão em seu posto, mantêm sua existência íntegra, bela, fresca e sempre
nova, e a ordem leva a felicidade comum e a força universal a todos. Que encanto ver a ordem, a
harmonia de toda a Criação, e Jesus retomando a sua palavra acrescentou:.

(4) “Minha filha, como são belas nossas obras, são nossa honra e nossa glória perene, todas estão
em seu posto e cada uma das coisas criadas cumpre perfeitamente seu ofício, só o homem é
nossa desonra em nossa obra criadora, Porque, subtraindo-se da nossa Vontade, caminha com a
cabeça para baixo, na terra, e com os pés no ar, que desordem, que horror é vê-la! Caminhando
com a cabeça para baixo arranha a terra, se desordena tudo, transforma-se, à vista lhe falta o
espaço necessário para olhar, não pode difundir-se no espaço para conhecer as coisas, nem
defender-se se o inimigo lhe está detrás, nem fazer muito caminho, porque, pobrezinho! com a
cabeça deve arrastar-se, não caminhar, porque o ofício de caminhar é dos pés e o da cabeça é o
de dominar. Então, fazer a própria vontade é a ruína perfeita e verdadeira do homem e a desordem
da família humana. Por isso me interessa tanto que minha Vontade seja conhecida, a fim de que a
criatura retorne a seu posto, não mais se arraste com a cabeça para baixo, senão que caminhe
com os pés, não forme mais minha e sua desonra, senão minha e sua honra. olhe você mesma,
não dão uma feia aparência as criaturas ao vê-las andar com a cabeça por terra? Não te
desagrada ainda a ti vê-las tão desordenadas?”.

(5) Eu olhei e as vi com a cabeça para baixo e os pés no ar. Jesus desapareceu e eu fiquei olhando
este feio espetáculo das gerações humanas, e rogava de coração que sua Vontade fosse
conhecida.

20-54
G.M. Janeiro 30, 1927

Por que Jesus não escreveu. Como nestas manifestações não há nem ameaças, nem
alarmes, mas sim o eco da Pátria Celestial. Quando virá este reino. As penas da Virgem
Santíssima e as de Nosso Senhor eram penas de ofício, e como Eles possuíam a verdadeira
felicidade. Poder das penas voluntárias, felicidade do Reino do Fiat Supremo.

(1) Estava pensando em mim: “Meu doce Jesus me disse tantas vezes que eu devo imitá-lo em
tudo, porém Ele não escreveu jamais, uma só vez diz o Evangelho que escreveu, mas nem sequer
com pena, mas com o dedo; em troca para mim quer que escreva, assim quer que me faça sair de
sua imitação, de fato Ele não escreveu e eu devo escrever tanto”. Agora, enquanto pensava isto,
veio como gracioso menino, que entrando em meus braços e aproximando seu rosto ao meu me
disse:
(2) “Minha filha, dá-me teus beijos e Eu te dou os meus”.
(3) Então depois de tê-lo beijado várias vezes, Ele me incitava a beijá-lo mais e depois me disse:
(4) “Minha filha, queres saber por que Eu não escrevi? Porque devia escrever por meio de ti, sou
Eu que animo a tua inteligência, que te ponho as palavras, que dou movimento com a minha mão à
tua para te fazer segurar a pena e te fazer escrever as palavras no papel, assim que sou Eu que
escrevo, não tu; tu não fazes outra coisa senão prestar atenção ao que quero escrever, por isso
todo seu trabalho é a atenção, o resto o faço tudo Eu, e você mesma não vê muitas vezes que não
tem força de escrever e se decide a não fazê-lo, e Eu para te fazer tocar com a mão que sou Eu
quem escrevo te invisto e te animo de minha mesma Vida escrevo o que quero, quantas vezes não
experimentou?

Agora, devendo passar uma época para fazer conhecer o Reino do Fiat Supremo,
para dar tempo para fazer conhecer primeiro o Reino da Redenção e depois o outro do Fiat Divino,
decretei não escrever então, mas escrever junto contigo, por meio teu, quando este Reino
estivesse mais próximo, e também para dar uma nova surpresa às criaturas do excesso do amor
desta minha Vontade, o que fez, o que sofreu e o que quer fazer por amor delas. Muitas vezes
minha filha, as novidades levam nova vida, novos bens, e as criaturas são levadas tanto às
novidades e se deixam como se transportar por elas. Muito mais que as novidades das novas
manifestações sobre meu Divino Querer, que têm uma força divina e um doce encanto, que
choverão como orvalho celeste sobre as almas queimadas pela vontade humana, serão portadoras
de felicidade, de luz e de bens infinitos. Não há ameaças nestas manifestações, nem medo, e se
alguma coisa de medo existe, é para quem quiser ficar no labirinto da vontade humana, mas em
tudo o resto não se vê outra coisa que o eco, a linguagem da Pátria Celestial, o bálsamo de lá de
cima que santifica, diviniza e dá a garantia da felicidade que só reina na Pátria bem-aventurada.

Por isso me deleito tanto em escrever o que se refere ao Fiat Divino, porque escrevo coisas que
pertencem a minha Pátria. Será demasiado pérfido e ingrato quem não reconhecer nestas
manifestações minhas o eco do Céu, a longa cadeia de amor do Querer Supremo, a comunidade
dos bens de nosso Pai Celestial que quer dar às criaturas, e como querendo pôr tudo de lado o que
aconteceu na história do mundo, quer começar uma era nova, uma nova criação, como se agora
começasse a nova história da Criação. Por isso deixe-me fazer, porque o que faço é de suma
importância”.
(5) Depois disto lhe disse: “Meu amor, parece que mais do que tudo amas muito este Reino do
Eterno Fiat, nele Tu concentras todo o teu amor, todas as tuas obras e quase como que sentes o
triunfo de que todas servirão a este Reino; se tanto o amas, quando virá? Por que não o chama
logo?” E Jesus acrescentou:

(6) “Minha filha, quando os conhecimentos de meu Divino Querer tiverem feito seu caminho, em
vista do grande bem que eles contêm, bens nos quais nenhuma criatura pensou até agora, que o
Reino de minha Vontade será o desabafo do Céu, o eco da felicidade celeste, a plenitude dos bens
terrenos, então em vista de tão grande bem, suspirarão, pedirão a unanimidade que venha em
breve o meu Reino. Assim, tanto toda a Criação em sua linguagem muda, muda só em aparência,
pois dentro dela está minha Vontade que com voz forte e eloquente pede seus direitos de que seja
conhecida, domine e reine sobre todos, por isso um será o eco de um ponto ao outro da terra, um o
suspiro, uma a oração que sairá de todos os seres:

Que venha o Reino do Fiat Supremo.‟ Então triunfante virá no meio das criaturas, eis a necessidade
do conhecimento, estes serão incitamentos, estimularão o apetite das criaturas para saborear um alimento
tão requintado, sentirão toda a vontade, a ânsia de viver num Reino tão feliz para se libertar da tirania e escravidão nas quais as
teve o próprio querer. E conforme se adentrem a conhecer todas as manifestações, os bens que há
no Fiat Supremo encontrarão as tuas normas, como puseste Céu e Terra virados para baixo,
girando por toda a parte e pedindo que logo fosse conhecido este Reino, encontrarão o que
sofreste para obter-lhes um bem tão grande, como devem comportar-se, o que devem fazer para
poder ter livre acesso a viver nele. Por isso é necessário que se faça conhecer tudo, para fazer que
meu Reino esteja todo completo, para fazer que nada falte, tanto as coisas maiores quanto as
menores, por isso certas coisas que a ti parecem pequenas, poderão ser uma pedra divina
transformada em ouro puríssimo que fará parte dos fundamentos do Reino da minha Suprema
Vontade”.
(7) Depois disto pensava em mim: “Meu doce Jesus exalta tanto a felicidade do Reino do Fiat
Supremo, no entanto Ele mesmo, que era a mesma Vontade Divina, minha Mãe Celestial que a
possuía íntegra, não foram felizes sobre a terra, mas foram os que mais sofreram na terra; também
de mim mesma, que diz que sou a filha primogênita de sua Vontade, Eu tive quarenta e três anos e
mais confinada dentro de uma cama, e só Jesus sabe o que sofri, é verdade que fui prisioneira feliz
e não trocaria minha feliz sorte ainda que me oferecessem cetros e coroas, porque o que Jesus me
deu me tornou mais que feliz, mas aparentemente ao olho humano desaparece esta felicidade,
portanto parece que choca esta felicidade dita por Jesus se se pensa em suas penas e naquelas
da Soberana Rainha e em meu estado, última de suas criaturas”. Mas enquanto pensava assim, o
meu doce Jesus surpreendeu-me e disse-me:

(8) “Minha filha, há uma diferença grandíssima entre quem deve formar um bem, um reino, e quem
deve recebê-lo para o gozar. Eu vim à terra para expiar, para redimir, para salvar ao homem, para
fazer isto me tocavam as penas das criaturas, tomá-las sobre Mim como se fossem minhas; minha
Mãe Divina que devia ser regente não devia ser contrária de Mim, é mais, as cinco gotas de
sangue que me deu de seu coração puríssimo para formar minha pequena Humanidade, saíram de
seu coração crucificado; para nós as penas eram ofícios que vimos a cumprir, por isso todas eram
penas voluntárias, não imposição da frágil natureza. Mas você deve saber que apesar de tantas
tristezas nossas que tínhamos para desempenhar nosso ofício, era inseparável de Mim e de minha
Mamãe Rainha a suma felicidade, alegrias que jamais terminavam e sempre novas, paraíso
contínuo, para Nós era mais fácil separar-nos das penas porque não eram coisas nossas,
intrínsecas, coisas de natureza, mas coisas de ofício, que nos separar do oceano das imensas
felicidades e alegrias que produzia em Nós, como coisas nossas e intrínsecas, a natureza de nossa
Vontade Divina que possuíamos.

Assim como a natureza do sol é dar luz, a da água tirar a sede, a
do fogo esquentar e converter tudo em fogo, e se isto não fizessem perderiam sua natureza, assim
é natureza em minha Vontade, que onde Ela reina faz surgir a felicidade, a alegria, o paraíso; a
vontade de Deus e a infelicidade não existem, nem pode existir, ou bem não existe toda sua
plenitude e por isso os rios da vontade humana formam as amarguras às pobres criaturas. Para
Nós, que a vontade humana não tinha nenhuma entrada em Nós, a felicidade estava sempre em
seu cúmulo, os mares das alegrias eram inseparáveis de Nós, até sobre a cruz, e minha Mãe
crucificada a meus pés divinos, a perfeita felicidade jamais se separou de Nós, e se isto pudesse
acontecer deveria ter saído da Vontade Divina e separar-me da Natureza Divina e agir só com a
vontade e natureza humana, por isso nossas penas foram todas voluntárias, escolhidas por Nós
mesmos para o ofício que viemos a cumprir, não frutos de natureza humana, de fragilidade ou de
imposição de natureza degradada. E além disso, não lembra que também suas penas são penas
de ofício, penas voluntárias? Porque quando te chamei ao estado de vítima perguntei-te se
voluntariamente aceitavas, e tu com toda a vontade aceitaste e pronunciaste o Fiat. Passou tempo
e repeti-lhe o meu refrão, se aceitavas viver na minha e com a minha Vontade Divina, e tu repetiste
o Fiat, que regendo-te a nova vida te constituía filha sua, para te dar o ofício e as penas que a ele
convêm, para o cumprimento do Reino do Fiat Supremo. Minha filha, as penas voluntárias têm tal
poder ante a Divindade, que têm a força, o império de abrir o seio do Pai Celestial, e desta abertura
que forma em Deus, faz transbordar os mares de graças que forma o triunfo da Majestade
Suprema e o triunfo da criatura que possui este império de suas penas voluntárias. Por isso, tanto
para o grande presságio da Redenção, quanto para o grande prodígio do Reino de meu Fiat,
necessitavam-se penas voluntárias, penas de ofício, as quais deviam ser animadas por uma
Vontade Divina, que imperando sobre Deus e sobre as criaturas, deviam dar o grande bem que seu
ofício encerrava. Por isso minha felicidade exaltada do Reino do Fiat Divino, não choca como você
diz, só porque Eu era a mesma Vontade Divina e sofri, e só porque te tive tanto tempo no leito;
quem deve formar um bem, um reino, convém que faça uma coisa, que sofra, que prepare as
coisas necessárias e que vença a Deus para fazê-lo dar; quem deve recebê-lo é conveniente que
faça outra coisa, ou seja, recebê-lo, apreciá-lo e ser agradecidos com quem lutou, sofreu, e tendo
vencido dá a eles suas conquistas para torná-los felizes.

Portanto, o Reino da minha Vontade no
meio das criaturas levará o eco da felicidade do Céu, porque uma será a Vontade que deve reinar
e dominar o um e o outro. E assim como a minha humanidade foi formada pelo sangue puríssimo
do coração crucificado da Soberana Rainha, e a Redenção foi formada pela minha contínua
crucificação, e sobre o calvário pus o selo da cruz ao Reino dos redimidos, assim o Reino do Fiat
Supremo sairá de um coração crucificado, do qual a minha Vontade, crucificando a tua, fará sair o
seu Reino e a felicidade aos filhos do seu Reino. Por isso desde que te chamei ao estado de vítima
te falei sempre de crucificação, e você acreditava que era a crucificação das mãos e dos pés, e Eu
fazia-te correr nesta crucificação, mas não era esta, não teria bastado para fazer sair o meu Reino,
se necessitava a crucificação inteira e contínua da minha Vontade em todo o teu ser, e era isto
exatamente o que Eu queria dizer-te, que sua vontade sofresse a contínua crucificação da minha
para fazer sair o Reino do Fiat Supremo”.

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