Estudo 53 – Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 53 – Livro do Céu Vol. 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade
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2-58
Agosto 13, 1899

Ameaça de castigos e tenta acalmá-lo.

(1) Esta manhã Jesus continuava a fazer-se ver, ameaçando sempre com castigos, e enquanto
eu me punha a rogar-lhe que se acalmasse, como um relâmpago desaparecia. A última vez que
ele veio se fazia ver crucificado, então me aproximei para beijar suas santíssimas chagas,
fazendo várias adorações, mas enquanto isso fazia, em vez de Jesus Cristo vi minha mesma
imagem. Fiquei surpreendida e disse: “Senhor! O que estou a fazer? Estou a fazer as minhas
próprias adorações? Isto não pode ser feito”. Nesse momento mudou-se na pessoa de Jesus
Cristo e me disse:

(2) “Não te admires de que tenha tomado tua mesma imagem; se Eu sofro continuamente em
ti, que maravilha é que tenha tomado tua mesma forma? E além disso, não é para fazer-te
imagem minha que te faço sofrer?”

(3) Eu fiquei toda confusa e Jesus desapareceu. Seja tudo para sua glória, seja bendito sempre
seu santo nome.

* * * * * *

2-59
Agosto 15, 1899

Jesus ordena-lhe a caridade. Festa da Mãe Celestial. Dá-lhe o ofício de mãe na terra.

(1) Esta manhã meu dulcíssimo Jesus veio todo alegre, trazendo entre as mãos um ramo de
belíssimas flores, e pondo-se em meu coração, com aquelas flores agora se rodeava a cabeça,
agora as tinha entre suas mãos, recriando-se e agradando-se tudo. Enquanto se divertia com
estas flores, como se tivesse feito uma grande aquisição, virou-se para mim e disse-me:
(2) “Amada minha, esta manhã vim para pôr em ordem no teu coração todas as virtudes. As
outras virtudes podem estar separadas uma da outra, mas a caridade ata e ordena tudo. Eis o
que quero fazer em ti, ordenar a caridade”.

(3) Eu disse-lhe: “Sozinho e único Bem meu, como podes fazer isto sendo eu tão má e cheia de
defeitos e imperfeições? Se a caridade é ordem, estes defeitos e pecados não são desordem
que têm tudo em desordem e revolta a minha alma?”
(4) E Jesus: “Eu purificarei tudo e a caridade porá tudo em ordem. E além disso, quando a uma
alma a faço partícipe das penas de minha Paixão, não pode haver culpas graves, a mais algum
defeito venial involuntário, mas meu amor, sendo fogo, consumirá tudo o que é imperfeito em
tua alma”.
(5) Assim parecia que Jesus me purificava e ordenava tudo; depois derramava como um rio de
mel de seu coração no meu e com esse mel regava todo meu interior, de modo que tudo o que
estava em mim ficava ordenado, unido, e com a marca da caridade.
(6) Depois disto me senti saindo de mim mesma na abóbada dos céus, junto com meu amado
Jesus; parecia que tudo estava em festa, Céu, terra e purgatório; todos estavam inundados de
uma nova alegria e júbilo. Muitas almas saíam do purgatório e como raios chegavam ao Céu
para assistir à festa da nossa Rainha Mãe. Também eu me punha no meio daquela imensa
multidão de pessoas, isto é, anjos, santos e almas do purgatório, que ocupavam aquele novo
Céu, que era tão imenso, que o nosso que vemos, comparado com aquele me parecia um
pequeno buraco, muito mais do que tinha a obediência do confessor. Mas enquanto olhava,
não via outra coisa que um Sol luminosíssimo que espargia raios que me penetravam toda, de
lado a lado, e me tornavam como um cristal, tanto que se descobriam muito bem os pequenos
defeitos e a infinita distância que há entre o Criador e a criatura; tanto mais que aqueles raios,
cada um tinha sua marca: Um delineava a Santidade de Deus, outro a pureza, outro a potência,
outro a sabedoria, e todas as outras virtudes e atributos de Deus. Assim que a alma, vendo seu
nada, suas misérias e sua pobreza, se sentia aniquilada e em vez de olhar, prostrava-se com o
rosto na terra ante aquele Sol Eterno, ante o Qual não há ninguém que possa estar frente a
Ele.
(7) Mas o mais era que para ver a festa de nossa Mãe Rainha, se devia ver desde dentro
daquele Sol, tanto parecia imersa em Deus a Virgem Santíssima, que olhando desde outros
pontos não se via nada. Agora, enquanto me encontrava nestas condições de aniquilamento
ante o Sol Divino e a Mamãe Reina tendo em seus braços o menino, Jesus me disse:
(8) “Nossa Mãe está no Céu, dou a você o ofício de me fazer de mãe na terra, e como minha
vida está sujeita continuamente aos desprezos, à pobreza, às penas, aos abandonos dos
homens, e minha Mãe estando na terra foi minha fiel companheira em todas estas penas, e não
só isso, mas procurava aliviar-me em tudo, por quanto podiam suas forças, assim também tu,
fazendo-me de mãe me farás fiel companhia em todas as minhas penas, sofrendo tu em vez
minha por quanto possas, e onde não possas, buscarás dar-me ao menos um consolo. Saiba
que quero que preste atenção em mim. Serei ciumento até do teu respiro se não o fizeres por
Mim, e quando vir que não estás toda atenta para me contentar, não te darei nem paz nem
repouso”.
(9) Depois disto, comecei a fazer-lhe de mãe, mas oh! quanta atenção era necessária para
satisfazê-lo. Para vê-lo feliz não se podia nem olhar para outra parte. Agora queria dormir,
agora queria beber, agora queria que o acariciasse e eu devia encontrar-me pronta a tudo o
que queria; agora dizia: “Mamãe minha, me dói a cabeça, ah, me alivie!” E eu imediatamente
lhe revistava a cabeça, e encontrando espinhos, tirava-os e, pondo-lhe o meu braço debaixo da
cabeça, o fazia repousar. Enquanto fazia que repousasse, de repente se levantava e dizia:
“Sinto um peso e um sofrimento no coração, tanto de sentir-me morrer; vê que há”. E olhando
para o interior do coração, encontrei todos os instrumentos da Paixão, e um a um tirei-os e
coloquei-os no meu coração. Depois, vendo-o aliviado, comecei a acariciá-lo e a beijá-lo e
disse: “Meu único e único tesouro, nem sequer me deixaste ver a festa de nossa Rainha Mãe,
nem ouvir os primeiros cânticos que lhe cantaram os anjos e os santos no ingresso que fez no
Paraíso”.

(10) E Jesus: “O primeiro canto que fizeram a minha Mãe foi a Ave Maria, porque na Ave Maria
estão os louvores mais belos, as maiores honras, e renova-se-lhe a alegria que teve ao ser
feita Mãe de Deus, por isso, Vamos recitá-la juntos para honrá-la e quando você vier ao
Paraíso, eu a encontrarei como se a tivesse dito com os anjos aquela primeira vez no Céu”.

(11) E assim recitamos a primeira parte da Ave Maria juntos. ¡ Oh, como era terno e comovedor
saudar a nossa Mãe Santíssima junto com seu amado Filho! Cada palavra que Ele dizia, levava
uma luz imensa na qual se compreendiam muitas coisas sobre a Virgem Santíssima, mas
quem pode dizê-las todas? Muito mais pela minha incapacidade, por isso passo-as em silêncio.

3-58
Abril 9, 1900

Abandono em Deus.

(1) Tendo recebido a comunhão esta manhã, encontrava-me num mar de amarguras porque não
via o meu sumo Bem Jesus, todo o meu interior me sentia inquieto, quando num instante se fez ver
e me disse quase repreendendo:
(2) “Você não sabe que não se abandonar em Mim é um querer usurpar os direitos de minha
Divindade, fazendo-me uma grande afronta? Por isso abandona-te e aquieta teu interior tudo em
Mim e encontrarás a paz, e encontrando a paz me encontrarás a Mim mesmo”.
(3) Dito isto, como relâmpago desapareceu sem se fazer ver mais. Oh! Senhor, me tenha Você
toda abandonada e bem apertada em seus braços, de modo que não possa fugir jamais, de outra
maneira eu farei sempre minhas escapadinhas!
+ + + +

3-59
Abril 10, 1900

Os desejos de ver Jesus atraem-no à alma.

(1) Continua o bendito Jesus sem vir. Oh! Deus, que pena indescritível é sua privação! Quanto
mais podia estar em paz e toda abandonada nele, mas que, meu pobre coração não podia mais,
fazia o mais que podia para acalmá-lo, dizia-lhe: “Meu coração, esperemos outro pouco, talvez
venha, usemos alguma estratagema de amor para atraí-lo a que venha”. E, dirigindo-me a Ele,
dizia: “Senhor, vem, faz-se tarde e Tu ainda não vens. Esta manhã procuro por quanto mais posso
estar calma, não obstante não se faz encontrar. Senhor, ofereço-te o martírio de tua privação
como testemunho de amor, e para te fazer um presente para te atrair a vir. É verdade que não sou
digna, mas não é porque seja digna que te busco, senão por amor, e porque sem Ti me sinto falta
da vida”. E como não vinha, dizia: “Senhor, ou vens ou te cansarei com minhas palavras, e quando
estiveres cansado, nem sequer então virás?” Mas quem pode dizer todos os meus desatinos?
Dizia-lhe tantos, que me alongaria muito se quisesse dizê-los todos.
(2) Depois disto via o meu doce Jesus que se movia dentro do meu interior, como se despertasse
de um sonho, então se fez ver mais claro, e me transportando para fora de mim mesma me disse:

(3) “Assim como o pássaro quando deve voar move as asas, assim a alma nos vôos dos desejos
move as asas da humildade, e nesses movimentos envia um ímã que me atrai, de modo que
enquanto ela empreende seu vôo para vir a Mim, Eu empreendo o meu para ir a ela”.
(4) Ah Senhor, se vê que me falta o ímã da humildade! Se eu em meu caminho expandisse por
toda parte o ímã da humildade, não sofreria tanto em esperar e esperar sua vinda!

4-63
Abril 5, 1901

Compadecendo-se da Mãe, compadece-se de Jesus.
No calvário, na crucificação, vê em Jesus todas as gerações.

(1) Continuando o estado de privação, esta manhã parece que o vi por um pouco junto com a
Rainha Mãe, e como o adorável Jesus tinha a coroa de espinhos, a tirei e o compadeci tudo; e
enquanto isso fazia me disse:
(2) “Compadece ao mesmo tempo a minha Mãe, porque sendo eu sofrer a razão de suas dores,
compadecendo-a a Ela vens a compadecer-me a Mim mesmo”.
(3) Depois disso, eu parecia me encontrar no Monte Calvário no momento da e enquanto sofria a
crucificação via, não sei como, em Jesus, todas as gerações passadas, presentes e futuras, e
como Jesus, tendo-nos a todos n’Ele, sentia todas as ofensas que cada um de nós lhe fazia e
sofria por todos em geral e por cada indivíduo em particular, de modo que descobria também as
minhas culpas e as penas que por mim sofria especialmente, como também via o remédio que a
cada um de nós, sem punir ninguém, ele nos fornecia para os nossos males e para a nossa
salvação eterna. Mas quem pode dizer tudo o que via em Jesus bendito? Desde o primeiro até o
último homem. Agora, estando fora de mim mesma via as coisas claras e distintas, mas
Encontrando-me em mim mesma as vejo todas confusas. Assim que para evitar disparates termino.

 

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4-64
Abril 7, 1901

Vê a Ressurreição de Jesus. Fala da obediência.

(1) Meu adorável Jesus continua me privando de sua presença, sinto uma amargura e como
trespassado o coração por uma faca, que me dá tal dor, de me fazer chorar e gritar como um
menino. Ah! Parece-me verdadeiramente ter-me tornado como uma criança, que por pouco que se
afaste a mãe chora e grita tanto, que transtorna toda a casa, e não há nenhum remédio para fazê-la
parar de chorar enquanto não se vê de novo nos braços da mãe. É assim que eu sou, verdadeira
menina na virtude, que se me fosse possível transtornaria Céus e terra para encontrar o meu sumo
e único Bem, e só me acalmo quando me encontro em posse de Jesus. Pobre criança que sou,
sinto ainda que as fraldas da infância me cobrem, não sei caminhar por mim mesma, sou muito
fraca, não tenho a capacidade dos adultos que se deixam guiar pela razão, e esta é a soma
necessidade que tenho de estar com Jesus, com razão ou sem razão, Não quero saber nada, o
que quero saber é que quero Jesus. Espero que o Senhor queira perdoar a esta pobre menina, que
às vezes comete desatinos.

(2) Então, encontrando-me neste estado, por pouco tempo vi o meu adorável Jesus no momento
da sua Ressurreição, com um rosto tão resplandecente que não se pode comparar a nenhum outro
esplendor, e parecia-me que a Humanidade Santíssima de Nosso Senhor, ainda que fosse carne
viva, mas estava resplandecente e transparente de modo que se via com clareza a Divindade unida
à Humanidade. Agora, enquanto o via tão glorioso, uma luz que vinha dele, parecia que me
dissesse:
(3) “Tanta glória veio à minha humanidade por meio da perfeita obediência, que destruindo de todo
a natureza antiga me deu a nova natureza gloriosa e imortal. Assim a alma por meio da obediência
pode formar em si a perfeita ressurreição às virtudes, como por exemplo: Se a alma está afligida, a
obediência a fará ressurgir à alegria; se está agitada, a obediência a fará ressurgir à paz; se
tentada, a obediência lhe fornecerá a cadeia mais forte para atar o inimigo e a fará ressurgir
vitoriosa das insidias diabólicas; se assediada por paixões e vícios, a obediência matando-os a fará
ressurgir às virtudes. Isto à alma, e a seu tempo formará também a ressurreição do corpo”.
(4) Depois disto a luz se retirou, Jesus desapareceu, e eu fiquei com tal dor, vendo-me de novo
privada dEle, que me sentia como se tivesse uma febre ardente que me faz agitar e dar em delírio.
Ah! Senhor, me dê a força para te aguentar nestas demoras, porque me sinto desfalecer!

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52
4-65
Abril 9, 1901

Se os fervores e virtudes não estão bem arraigados na Humanidade de Jesus, diante das tribulações,
diante dos infortúnios, rapidamente secam.

(1) Encontrando-me na plenitude do delírio, dizia disparates, e creio que misturava também
defeitos; minha pobre natureza sentia todo o peso de meu estado, a cama parecia-lhe pior que o
estado dos condenados às prisões, tivesse querido desvincular-se deste estado, com agregado de
meu refrão, que meu estado não é mais Vontade de Deus e por isso Jesus não vem, e ia pensando
o que devia fazer. Enquanto fazia isso, meu paciente Jesus saiu de dentro de mim, mas com um
aspecto grave e sério que dava medo, e me disse:
(2) “O que você acha que eu teria feito se eu estivesse em sua situação?”
(3) No meu íntimo dizia: “Certamente a Vontade de Deus”.
(4) E Ele de novo: “Pois bem, faz tu isso”.
(5) E desapareceu. Era tanta a gravidade de Nosso Senhor, que naquelas palavras que disse
sentia toda a força de sua palavra, não só criadora, mas também destruidora. Meu interior ficou de
tal maneira sacudido, oprimido e amargurado por estas palavras, que não fazia outra coisa que
chorar, especialmente recordava a gravidade com a qual Jesus me tinha falado e não me atrevia a
dizer-lhe “vem”.
(6) Agora, estando durante o dia neste estado fiz minha meditação sem chamá-lo, quando no
melhor veio e com um aspecto doce, tudo mudou em comparação com a manhã me disse:
(7) “Minha filha, que ruína, que destruição está por acontecer!”
(8) E enquanto dizia isto senti todo o meu interior mudado, porque não era por outra coisa que não
vinha, senão pelos castigos; e enquanto estava nisto via quatro pessoas veneráveis que choravam
diante das palavras que Jesus tinha dito; mas Jesus bendito, como querendo distrair-se disse
algumas poucas palavras sobre as virtudes:
(9) “Há certos fervores e certas virtudes que se assemelham àqueles arbustos que nascem em
torno de certas árvores, e que não estando bem enraizados no tronco, um vento impetuoso, uma
geada um pouco forte e secam, e ainda que depois de algum tempo possa ser que reverdeçam de
novo, mas estando expostos à intempérie e portanto a mudar-se, jamais chegam a ser árvores
feitas. Assim são esses fervores e essas virtudes que não estão bem arraigados no tronco da
árvore da obediência, isto é, no tronco da árvore de minha Humanidade que foi toda obediência,
ante as tribulações, os infortúnios, súbito secam e jamais chegam a produzir frutos para a vida
eterna”.

6-62
Agosto 10, 1904

Deus sabe o número, o valor, o peso de todas as coisas criadas.

(1) Encontrando-me fora de mim mesma, encontrei-me girando nas igrejas, fazendo a
peregrinação a Jesus Sacramentado com o anjo guardião, e tendo dito dentro de uma igreja:
“Prisioneiro de amor, Tu estás abandonado e sozinho, e eu vim fazer-te companhia e, enquanto te
faço companhia, tento amar-te por quem te ofende, louvar-te por quem te despreza, agradecer por
quem derramaste graças e não te rende o tributo do agradecimento, consolar-te por quem te aflige,
reparar-te qualquer ofensa, numa palavra, tento fazer-te tudo o que as criaturas estão obrigadas a
fazer-te por teres ficado no Santíssimo Sacramento, e tantas vezes tento repeti-las por quantas
gotas de água, quantos peixes e grãos de areia há no mar”. Enquanto dizia isto, diante da minha
mente puseram-se todas as águas do mar e dentro de mim dizia: “A minha vista não pode abranger
toda a vastidão do mar, nem conhece a profundidade e o peso daquelas imensas águas, mas o
Senhor conhece o número, o seu peso e medida”. E ficava toda maravilhada. Enquanto estava
nisto o bendito Jesus me disse:
(2) “Tola, tola que és, por que te admiras tanto? O que à criatura é difícil e impossível, ao Criador é
fácil e possível, e inclusive natural; acontece nisto como a alguém que olhando em um abrir e
fechar de olhos milhões e milhões de moedas, diz para si: “São inumeráveis, quem as pode
contar? Mas quem as pôs naquele lugar, numa palavra pode dizer tudo, são tantas, valem tanto,
pesam tanto; minha filha, eu sei quantas gotas de água pus Eu mesmo no mar, e ninguém pode
me perder nem sequer uma só, Eu numerei tudo, pesei tudo e avaliei tudo, e assim de todas as
outras coisas; então, que maravilha que saiba tudo”.
(3) Ao ouvir isto deixei de me admirar, mas bem me admirei de minha loucura.

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6-63
Agosto 12, 1904

O homem destrói a beleza com a qual Deus o criou.

(1) Continuava esperando, quando de improviso me encontrei toda eu mesma dentro de nosso
Senhor, e da cabeça dele descia um fio luminoso à minha que me amarrava toda para ficar dentro
de Jesus. Oh! Como estava feliz de estar dentro Dele, por quanto olhava não descobria outra coisa
que a Ele sozinho, e esta é minha máxima felicidade, só, só Jesus e nada mais, oh! como se está
bem. Enquanto isso me disse:
(2) “Coragem, minha filha, não vês como o fio da minha Vontade te ata toda dentro de Mim? Então,
se qualquer outra vontade quer amarrá-lo, se não é santa não pode, porque estando dentro de
Mim, se não é santa não pode entrar em Mim”.
(3) E enquanto dizia isto, via e via, e depois acrescentou:
(4) “Criei a alma de uma beleza singular, dotei-a de uma luz superior a qualquer luz criada, não
obstante o homem destrói esta beleza na fealdade e esta luz nas trevas”.

11-67
Novembro 27,1913

A Divina Vontade é o ponto mais alto que pode existir no Céu e na terra.

(1) Meu sempre amável Jesus continua me falando de sua santíssima Vontade:

(2) “Minha filha, por quantos atos completos de minha Vontade faz a criatura, tantas partes de
Mim toma em si, e por quanto mais toma de minha Vontade, tanta luz adquire e dentro de si
forma o sol, e como este sol se formou da luz que toma de minha Vontade, os raios deste sol
estão concatenados com os raios do meu Sol Divino, assim que um se reflete no outro, um
flecha ao outro e mutuamente se flecham, e enquanto isso fazem, o sol que minha Vontade
formou na alma vai se engrandecendo sempre mais”.
(3) E eu: “Jesus, estamos sempre aqui, em tua Vontade, parece que não tens outra coisa que
dizer”.
(4) E Jesus: “Minha Vontade é o ponto mais alto que pode existir no Céu e na terra, e quando a
alma chegou a Ela, subjugou tudo e fez tudo, e não lhe resta mais que habitar no alto destas
alturas, gozá-las e compreender sempre mais esta minha Vontade, ainda não bem
compreendida nem no Céu nem na terra. É preciso tempo para estar conosco, porque pouco
compreendeste e muito te falta compreender, a minha Vontade é tal, que quem a faz pode dizer-
se deus da terra, e como a minha Vontade forma a beatitude do Céu, Assim estes deuses que
fazem a minha Vontade formam a beatitude da terra e daqueles que estão com eles, e não há
bem que sobre a terra exista, que não se deva atribuir a estes deuses da minha Vontade, ou
como causa direta ou indireta, mas tudo a eles se deve. E assim como no Céu não há felicidade
que de Mim não saia, assim na terra não há bem que exista que não venha deles”.

+ + + +

11-68
Março 8,1914
Quem está na Divina Vontade, tudo o que Jesus faz, pode dizer é meu. Vivendo e
morrendo no Divino Querer não há bem que a alma não se leve com ela.

(1) Continuando o meu estado habitual, o meu sempre amável Jesus não deixou de me falar
continuamente da sua Santíssima Vontade; direi o pouco que recordo. Então, não estando bem,
ao vir o bendito Jesus me disse:

(2) “Minha filha, que está em minha Vontade, tudo o que Eu faço, a alma pode dizer é meu,
porque a vontade da alma está tão fundida com a minha, que o que faz minha Vontade faz ela,
assim que vivendo e morrendo em meu Querer não há bem que com ela não leve, porque não
há bem que a minha Vontade não contenha, e de todos os bens que fazem as criaturas a minha
Vontade é a vida, então, morrendo a alma na minha Vontade leva consigo todas as missas que
se celebram, as orações e as boas obras que se fazem, porque todas são frutos da minha
vontade, e além disso, tudo isto é muito menos em comparação com o agir mesmo da minha
vontade que a alma leva consigo como seu, basta um instante do agir da minha vontade para
superar todo o agir de todas as criaturas passadas, presentes e futuras Assim que a alma
morrendo em minha Vontade, não há beleza que a iguale, nem altura, nem riqueza, nem
santidade, nem sabedoria, nem amor, nada, nada a pode igualar, assim que a alma que morre
em minha Vontade, ao ingresso que fará na pátria celestial não somente se abrirão as portas do
Céu, senão que todo o Céu se abaixará para fazê-la entrar na celestial morada, para fazer honra
ao obrar de minha Vontade; que te dizer além disso, a festa, a surpresa de todos os bem-
aventurados ao ver esta alma toda selada pelo obrar da Vontade Divina; ao ver nesta alma que
tudo tem feito em meu Querer, que tudo o que tem feito em vida, cada palavra, cada
pensamento, obra, ação, etc., são tantos sóis que a adornam e um diverso do outro na luz e na
beleza; ao ver nesta alma os tantos rios divinos que inundarão todos os bem-aventurados, e que
não podendo contê-los o Céu correrão também na terra para bem dos viagantes.

(3) Ah! minha filha, a minha Vontade é o portento dos portentos, é o segredo para encontrar a
luz, a santidade, as riquezas; é o segredo de todos os bens, e não é conhecido, e portanto nem
apreciado nem amado. Pelo menos, o apraz e ama-o, e faze-o conhecer quantos quiseres”.
(4) Outro dia, estando sofrendo sentia que não podia fazer nada e me sentia oprimida por isto, e
Jesus me apertando toda me disse:
(5) “Minha filha, não te inquietes, busca somente o estar abandonada em minha Vontade, e Eu
farei tudo por ti, porque é mais um só instante em minha Vontade, que tudo o que poderias fazer
de bem em toda tua vida”.
(6) Recordo também que outro dia me disse:

(7) “Minha filha, que verdadeiramente faz a minha Vontade, pode dizer que tudo o que se
desenvolve nela, tanto na alma como no corpo, o que sente, o que sofre, pode dizer: “Jesus
sofre, Jesus está oprimido”. Porque tudo o que as criaturas me fazem chega-me até à alma na
qual habito, porque faz a minha vontade, assim que se as friezas das criaturas me chegam, a
minha vontade as sente, e sendo a minha Vontade vida dessa alma, por consequência acontece
que também a alma as sente, assim, em vez de afligir-se por estas friezas como suas, deve estar
ao redor de Mim para consolar-me e reparar-me pelas friezas que mandam as criaturas; assim
se sente distrações, opressões e outras coisas, deve estar ao redor de Mim para aliviar-me e
reparar-me, não como coisas suas mas como minhas, por isso a alma que vive de minha
Vontade sentirá muito diversas penas, segundo as ofensas que me fazem as criaturas, mas as
sentirá repentinamente e quase de sobressalto, como também sentirá gozos e contentamentos
indescritíveis, e se nas penas deve ocupar-se em consolar-me e em reparar-me, nas alegrias e
nos contentamentos deve ocupar-se em gozá-los, e então minha Vontade encontra sua
compensação, de outra maneira ficará contristada e sem poder desenvolver o que contém o meu
Querer”.

(8) Outro dia me disse: “Minha filha, que faz minha Vontade, absolutamente não pode ir ao
purgatório, porque minha Vontade purga a alma de tudo, e tendo tido em vida tão zelosamente
guardada em meu Querer, como poderei permitir que o fogo do purgatório a toque? Além disso,
quando mais lhe poderá faltar algum adorno, e minha Vontade antes de lhe revelar a Divindade,
vai adornando-a de tudo o que lhe falta e logo me revele”.

 

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