Dicionário da Purificação da Mente
ABSOLVIÇÃO
Significado de Absolvição
substantivo feminino
Perdão; ação de absolver, de perdoar os pecados, os erros ou as culpas.
Solução; ação que resulta na resolução de um problema. [Religião] Cerimônia ou ritual fúnebre e oração ou prece pelos mortos.
absolvição
Do latim, absolutio, que advém de absolvo, absolvere (absolver, desatar, perdoar, declarar livre de culpa ou obrigação).
Em vida, Jesus Cristo perdoava, pessoal e directamente, aos pecadores. Agora, é a Igreja que perdoa em nome de Cristo, que, com a sua absolvição, torna partícipes do triunfo de Cristo na sua Cruz sobre o mal e o pecado: «àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados» (Jo 20,23 e cf. Mt 16,19).
A absolvição eclesial pode ter um sentido «indicativo» e «declarativo» («eu te absolvo»), ou ainda «deprecativo» e «optativo», na forma de súplica a Deus («que perdoe os nossos pecados»).
No acto penitencial, no início da Eucaristia, o presidente pronuncia o que a edição latina do Missal chama absolutio e os Missais traduzem como «oração de conclusão». É uma forma de absolvição de tom «deprecativo»: «Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.» O próprio sacerdote se inclui na súplica e na condição pecadora de toda a comunidade.
Distinto é o sentido da absolvição no Sacramento da Reconciliação penitencial. «Ao pecador, que manifestou ao ministro da Igreja a sua conversão na confissão sacramental, Deus concede o seu perdão pelo sinal da absolvição» (CP 6). A absolvição é a resposta à palavra de humilde acusação do penitente. Ao «eu me acuso» responde o «eu te absolvo», em nome de Deus.
A nova fórmula da absolvição individual é muito rica: «Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo» (CP 46). «A fórmula da absolvição indica que a reconciliação do penitente vem da misericórdia do Pai; mostra a ligação entre a reconciliação do pecador e o Mistério Pascal de Cristo; põe em relevo a função do Espírito Santo na remissão dos pecados; por fim, manifesta o aspecto eclesial do sacramento pelo facto da reconciliação com Deus ser pedida e dada através do ministério da Igreja» (CP 19; cf. 60).
Para os casos previstos pelo Ritual (n. 31) e pelo Código (960-961) para a confissão e absolvição geral, o Ritual oferece uma fórmula mais longa, onde se explicita mais o protagonismo do Deus Trino, no acontecimento da Reconciliação (cf. CP 151).
Estas fórmulas de absolvição misturam o tom deprecativo («te conceda o perdão e a paz») com o declarativo («eu te absolvo»), pondo em relevo, por um lado, o protagonismo de Deus e, por outro, a mediação eclesial.
O presidente desta celebração de¬ve dizer a absolvição com voz clara, audível pelo penitente, e não sobreposta ao «acto de contrição» deste. O gesto é, agora, durante a primeira parte da absolvição (a deprecativa), a imposição das mãos, ou pelo menos da mão direita, sobre a cabeça do penitente; e, durante a segunda (declarativa), o sinal da cruz. Ambos os gestos estão carregados de sentido bíblico e são facilmente compreensíveis.
A absolvição, com as suas palavras e os seus gestos, é o momento culminante do sacramento (cf. CP 60.63). Nela se torna visível e audível a aplicação a cada penitente da reconciliação que Cristo nos obteve na sua entrega pascal da Cruz.
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Livro do Ceu vol1. (21) Depois de ter aplicado a minha alma a sua dor, então pareceu-me disposta a receber a absolvição. Toda humilhada e confusa como estava, e prostrada aos pés do bom Pai Jesus, com os raios que enviava à minha mente tratava de me excitar principalmente à dor dizendo, se bem não recordo tudo: “Grande, sumo foi o mal que fiz a Ti. Estas potências minhas e estes sentidos do corpo deviam ter sido tantas línguas para te louvar, ah, em troca foram como tantas víboras venenosas que te mordiam e procuravam até mesmo te matar. Mas, Santo Padre, perdoe-me, não queira me jogar de Ti pelo grande mal que te fiz pecando” (22) E Jesus: “E tu, prometes não pecar mais e afastar do teu coração qualquer sombra de mal que possa ofender o teu Criador?” (23) E eu: “Ah sim, com todo o coração te prometo. mas bem quero mil vezes morrer que voltar a pecar, nunca mais, nunca mais”.
(24) E Jesus: “E Eu te perdoo e aplico à tua alma os méritos de minha Paixão e quero lavá-la em meu sangue”. (25) E, enquanto dizia isto, levantou a sua mão direita abençoada e pronunciou as palavras da absolvição, exatas às palavras que o sacerdote diz quando dá a absolvição, e no ato em que isto fazia, de sua mão corria um rio de sangue, e minha alma ficava toda inundada por ela. (26) Depois disso me disse: “Vem, ó filha, vem fazer penitência por teus pecados beijando minhas feridas”.
(27) Toda tremula me levantei e lhe beijei suas sacratíssimas chagas e depois me disse:
(28) “Minha filha, sê mais atenta e vigilante, porque hoje te dou a graça de não cair mais no pecado venial voluntário”.
(29) Depois me fez outras exortações que não recordo bem e desapareceu. Quem pode dizer os efeitos desta confissão feita a Nosso Senhor? Sentia-me toda encharcada na graça, e ficou-me tão gravada que não posso esquecê-la, e cada vez que me lembro, sinto correr um arrepio nos ossos, e ao mesmo tempo sinto horror ao pensar qual é a minha correspondência a tantas graças que o Senhor me fez.
(30) Outras vezes o Senhor se dignou a dar-me Ele mesmo a absolvição, às vezes tomando o aspecto de sacerdote, e eu me confessava como se fosse sacerdote, se bem sentia diversos efeitos, e depois de terminada se fazia conhecer que era Jesus; e às vezes abertamente vinha fazendo-se conhecer que era Jesus; também algumas vezes tomava o aspecto do confessor, tanto que eu acreditava que falava com o confessor e lhe dizia todos meus temores, minhas dúvidas;
mas pelo modo de responder-me, pela suavidade da voz, entrelaçada agora como a voz do confessor e agora como a de Jesus, por seu trato amável e pelos efeitos internos, descobria eu quem era. Ah, se eu quisesse dizer tudo sobre estas coisas me estenderia muito! Por isso termino e ponho ponto.
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Livro do céu vol 3. 25
(3) Enquanto dizia isto, eu compreendia a feiura do pecado e sentia tal pena, que nem sequer sei explicá-la. E Jesus, vendo-me toda compenetrada, levantou a sua mão direita abençoada e pronunciou as palavras da absolvição. Depois acrescentou: (4) “Assim como o pecado fere e dá morte à alma, assim o sacramento da confissão dá a vida e a cura das feridas, e restitui o vigor às virtudes, e isto mais ou menos, segundo as disposições da alma, assim opera a virtude do sacramento”. (5) Pareceu-me que minha alma recebia nova vida, depois que Jesus me deu a absolvição não sentia mais aquele incômodo de antes. Seja sempre glorificado o Senhor e sempre lhe sejam dadas as graças.
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Livro do Céu vol.14.74
(3) Mais tarde estava recebendo a absolvição e dizia entre mim: “Meu Jesus, em teu Querer quero recebê-la”. E Jesus, súbito, sem me dar tempo acrescentou: (4) “E Eu na minha Vontade te absolvo, e enquanto te absolvo, meu Querer põe em caminho as palavras da absolvição para absolver a quem quiser ser absolvido e para perdoar a quem quiser o perdão. Meu Querer toma a todos, não toma um só, senão que quem está disposto toma mais que todos”.
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Livro do céu vol.30. 32
O Sacramento da Penitência é dado quando cai no pecado, a minha própria Vida Sacramental é dada uma vez por dia, e a pobre criatura neste intervalo de tempo não sente sobre si a força, a ajuda das águas batismais que a regeneram continuamente, nem as palavras sacramentais do sacerdote que a fortalecem de maneira contínua ao dizer: ‘Eu te absolvo de seus pecados’, nem encontra em suas fraquezas e provas da vida, nem sequer a seu Jesus Sacramentado que possa recebê-lo em todas as horas do dia. Em troca minha Divina Vontade possuindo o ato primeiro de vida e de poder dar vida, com seu império tem o ato contínuo sobre a criatura, a cada instante se dá como vida, vida de luz, de santidade, de amor, vida de fortaleza, em resumo, para Ela como vida não existem tempos, circunstâncias, lugares, horas, não há restrições, nem leis, especialmente porque deve dar vida e a vida se forma com atos contínuos, não a intervalos. E por isso no ímpeto de seu amor, com seu império contínuo, pode-se dizer que é batismo contínuo, absolvição jamais interrompida, e comunhão a cada instante. Muito mais que esta nossa Vontade foi dada ao homem no princípio de sua criação como vida perene habitante nele. Esta era a substância, o fruto da Criação, a nossa Vontade que devia formar a nossa Vida na criatura. Com esta Vida Nós dávamos tudo, não havia coisa da que ele pudesse ter necessidade, que não pudesse encontrar em nossa Vontade, pode-se dizer que teria à sua disposição tudo o que quisesse: ajuda, força, santidade, luz, tudo vinha em seu poder, e minha Vontade tomava o empenho de lhe dar tudo o que queria, desde que lhe desse o domínio e a fizesse habitar em sua alma; por isso não era necessário instituir os Sacramentos quando foi criado o homem, porque em minha Vontade possuía o princípio e a vida de todos os bens; os Sacramentos como meios de ajuda, de medicina, de perdão, não tinham nenhuma razão de existir; mas quando o homem rejeitou nossa Vontade, retirando-se Ela ficou sem Vida Divina, portanto sem a virtude alimentadora, sem o ato contínuo de receber nova e crescente vida, e se não morria de todo, eram os efeitos que de acordo com suas disposições, circunstâncias e tempos, lhe dava minha Divina Vontade. Agora vendo nossa bondade paterna que o homem ia sempre se precipitando mais, para lhe dar um sustento, uma ajuda, deu-lhe a lei como norma de sua vida, porque na Criação não lhe deu nem leis, nem nenhuma outra coisa, senão minha Vontade Divina, a qual com dar vida contínua lhe dava em natureza nossa lei divina, de modo que devia senti-la em si mesmo como vida própria, sem ter necessidade que Nós lhe disséssemos, nem mandássemos. Muito mais que onde reina minha Vontade não há leis, nem mandatos, as leis são para os servos, para os rebeldes, não para os filhos; entre Nós e aqueles que vivem em nosso Querer, tudo se resolve em amor.
Cap.452 a evangelho Valtorta
Eis. O arrependimento do pecador, boa vontade em querer prestar reparação, são duas coisas nascidas de um verdadeiro amor para com o Senhor, que limpam a mancha da culpa e o tornam digno do perdão divino.
Quando Este que vos está falando tiver cumprido a sua missão sobre a terra, às absolvições do amor, do arrependimento e da boa vontade unir-se-á, poderosíssima, a absolvição que o Cristo vos terá obtido, a preço do seu Sacrifício. Mais cândidos em suas almas do que meninos há pouco nascidos, porque para quem crer em Mim, brotarão de seu seio rios de água viva que limpam até a culpa original, que é a causa primeira de toda fraqueza do homem, podereis aspirar ao Céu, ao Reino de Deus e aos seus Tabernáculos. Porque a graça que estou para dar-vos, vos ajudará a praticar a justiça a qual vai aumentando tanto mais, quanto mais for praticada, e esse direito vos dará um espírito sem mancha para entrar no Reino dos Céus.
Nele entrarão os pequenos e gozarão, pela felicidade dada gratuitamente, porque o céu é alegria. Mas nele entrarão os adultos, os velhos, aqueles que viveram, que lutaram e venceram, e que, à cândida coroa da Graça unirão a coroa multicor de suas obras santas, de suas vitórias sobre Satanás, sobre o mundo e a carne, e grande, muito grande será a sua felicidade de vencedores, grande a um tal ponto, que o homem nem pode imaginar.
452.7 Como se pratica a justiça? Como se conquista a vitória? Com a honestidade de palavras e de ações, com a caridade para com o próximo.
Reconhecendo que Deus é Deus, e não colocando os ídolos das criaturas, do dinheiro, no lugar de Deus Santíssimo. Dando a cada um o lugar que o espera, sem procurar dar mais ou dar menos do que é devido. Aquele que, porque alguém é seu amigo ou parente poderoso, o ama e o serve até nas coisas não boas, não é justo. Aquele, pelo contrário, dá prejuízo ao próximo, porque sobre ele não pode esperar levar vantagem daquela espécie, e jura contra ele, ou se deixa comprar com presentes, para depor contra o inocente, ou para julgar com parcialidade, não segundo a justiça, mas segundo os cálculos do que aquele injusto juízo lhe pode obter de quem é o mais poderoso entre os contendores, não é justo, e vãs são as suas orações, as suas ofertas, porque estão manchadas pela injustiça, aos olhos de Deus.
Vós estais vendo que isto que Eu digo é ainda do Decálogo. Porque o bem, a justiça, a glória está no cumprimento do que o Decálogo ensina e ordena que se faça. Não existe outra doutrina. Outrora ela foi dada por entre os esplendores do Sinai. Agora é dada por entre os fulgores da Misericórdia, mas a Doutrina é aquela. E não muda. Nem pode mudar.
Muitos, para se desculparem, dirão em Israel, para justificarem o porquê não são santos, mesmo depois de sua passagem pela terra do Salvador: “Eu não tive nem modo para acompanhá-lo e escutá-lo.” Mas esta desculpa deles não tem valor algum. Porque o Salvador não veio para estabelecer uma Lei nova, mas veio reafirmar a primeira, a única Lei. E até mesmo veio para reafirmá-la em sua santa nudez, na sua simplicidade perfeita. Veio reafirmar com amor e com promessas do amor certo de Deus o que antes havia sido mandado com rigor, por um lado, e ouvido com temor, pelo outro.
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Evangelho Valtorta
– É verdade. Ontem, ele deu as frutas a um velho, dizendo-lhe: “Reza pelo pai de meu pai, que morreu há pouco tempo”, e eu lhe observei: “Ele está em paz, Marziam. Não crês que tenha sido válida a absolvição de Jesus? E ele me respondeu: “Creio que foi válida. Mas eu penso que, ao oferecer sufrágios[14] às almas, pelas quais ninguém reza, eu digo: se ao meu pai isto não é mais necessário, que estes sacrifícios sirvam para aqueles por quem ninguém reza.” E eu fiquei edificado com isso –diz Tiago de Alfeu.
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Evangelho Valtorta
Fazei que os pecadores vos amem, ó vós, doutores das almas. Fazei que sintam o sabor da Caridade celeste e se rendam a Ela, cheios do desejo de não procurarem nunca mais outro alimento. Fazei que sintam na vossa doçura um tal alívio, que o procurem para todas as suas feridas. É preciso que a vossa caridade expulse para longe deles todo o temor, porque, como diz a epístola[9] que leste hoje: “O temor supõe o castigo, e quem teme, não está perfeito na caridade.” Mas não o está também aquele que faz temer.
Não digais “Que foi que eu fiz?” Não digais “Vai-te embora” Não digais “Tu não podes gostar do amor bom.” Mas, dizei assim, dizei-o em meu nome “Ama, e eu te perdôo.” Dizei “Vem, os braços de Jesus estão abertos.” Dizei “Prova deste Pão angélico e desta Palavra, e esquece-te do piche do inferno e das zombarias de satanás.” Fazei-vos como animais de carga para suportar as fraquezas dos outros. O apóstolo terá de suportar as suas e as dos outros. E, enquanto estiverdes vindo a Mim, trazendo nos ombros as ovelhas feridas, tranquilizai a estas errantes, e dizei-lhes: “Tudo está esquecido, a partir deste instante.” Dizei: “Não tenhas medo do Salvador. Ele veio do Céu para ti, precisamente para ti. Eu não sou mais do que uma ponte para levar-te a Ele, que está te esperando, do outro lado do rio da absolvição penitencial, para conduzir-te às suas pastagens santas, cujos princípios estão aqui nesta terra, mas continuam depois, com uma beleza eterna que nutre e faz feliz nos Céus.”
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– O desejo da redenção já é uma absolvição. Ainda que ela tivesse morrido, teria sido perdoada, porque procurou a Verdade, pondo o Erro sob seus pés. Mas não morreu. Está subindo as primeiras ladeiras do monte da redenção. Eu a estou vendo… Curvada sob seu pranto de arrependimento;
mas o pranto a torna sempre mais forte, enquanto que o peso diminui. Eu a estou vendo. Procede rumo ao sol. Quando tiver subido toda a encosta, estará na glória do Sol-Deus. Vai subindo… Ajuda-a com a tua oração.
Cap137 Evangelho Valtorta
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Dê seu testemunho sobre seu encontro com a Divina Vontade