Estudo 54 Livro do Céu Vol. 1 ao 10 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 54 Livro do Céu Vol. 1 ao 10 – Escola da Divina Vontade
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2-60
Agosto 16, 1899

Continue fazendo de mãe a Jesus.

(1) Jesus continua querendo que lhe faça de mamãe, e fazendo-se parecer como graciosíssimo menino chorava, e para acalmá-lo o pranto, tendo-o entre meus braços comecei a cantar, e acontecia que quando eu cantava parava de chorar, e quando não, voltava a chorar. Eu teria querido deixar no silêncio o que cantava, primeiro porque não me lembro de tudo, pois estando fora de mim mesma dificilmente recordo todas as coisas que acontecem, e também porque acredito que são desatinos, mas a senhora obediência, sendo demasiado impertinente não me quer conceder; basta com que se faça como ela quer, se contente ainda que sejam desatinos. Eu não sei, diz-se que esta senhora obediência é cega, mas a mim parece-me melhor que é toda olhos, porque olha até as mínimas coisas, e quando não se faz como ela diz, torna-se tão impertinente que não te dá paz. Então para ter paz da parte desta bela senhora obediência, porque além disso é tão boa quando se faz como ela diz, que tudo o que se quer,
por meio dele se obtém, por isso me disponho a dizer o que recordo que cantava:
(2) Menino, és pequeno e forte, de Ti espero todo consolo; menino gracioso e belo, Tu apaixonas até as estrelas; menino, róbam-me o coração para enchê-lo de teu amor; menino terno, faz-me a minha menina; menino, és um Paraíso, ah! me faça ir me divertir no eterno sorriso.

* * * * * *

2-61
Agosto 17, 1899

Jesus fala da obediência.

(1) Esta manhã, tendo recebido a Comunhão, estava dizendo ao meu amável Jesus: “Como é que esta virtude da obediência é tão impertinente e às vezes tão forte, que chega a tornar-se caprichosa?”

(2) E Ele: “Sabe por que esta nobre senhora obediência é como você diz? Porque dá morte a todos os vícios, e naturalmente alguém que deve fazer sofrer a morte a outro deve ser forte, valente, e se não o conseguir com isto se serve das impertinências e dos caprichos. Se isto é necessário para matar o corpo que é tão frágil, muito mais para dar morte aos vícios e às próprias paixões, que é tão difícil que muitas vezes enquanto parecem mortas, começam a reviver de novo. Eis por que esta diligente senhora está sempre em movimento e continuamente vigiando, e se vê que a alma põe a mínima dificuldade ao que lhe é mandado, então temendo que algum vício possa começar a reviver em seu coração, lhe faz tanta guerra e
não lhe dá paz até que a alma se prostra a seus pés e adora em silêncio o que ela quer; eis por que é tão impertinente e quase caprichosa como você diz.

Ah! sim, não há verdadeira paz sem obediência, e se parece que se goza de paz, é paz falsa, e digo parece, porque vai de acordo
com as próprias paixões, mas jamais com as virtudes e se acaba com arruinar-se, porque separando-se da obediência se separam de Mim, que fui o Rei desta nobre virtude. Além disso, a obediência mata a própria vontade e a torrentes verte a Divina, tanto, que se pode dizer que a alma obediente não vive de sua vontade, senão da Divina; e se pode dar vida mais bela, mais santa, que o viver da Vontade de Deus mesmo? Por isso, com as outras virtudes, mesmo com as mais sublimes, pode estar junto o amor próprio, mas com a obediência jamais”.

3-60
Abril 16, 1900

As três assinaturas do passaporte da bem-aventurança na terra.

(1) Depois de ter passado dias amargos de privação e de reprovações do bendito Jesus por minhas ingratidões e resistências a seu Querer e a suas graças, esta manhã ao vir me disse:
(2) “Minha filha, o passaporte para entrar na felicidade que a alma pode possuir sobre esta terra, deve ser assinado com três assinaturas, e estas são: resignação, humildade e obediência.
(3) A resignação perfeita a meu Querer é cera que funde nossos querer e deles forma um só, é açúcar e mel, mas se há uma pequena resistência a meu Querer a cera se desune, o açúcar se torna amargo e o mel se converte em veneno. Agora, não basta estar resignada, senão que a alma deve estar convencida que o maior bem para si mesma e o maior modo de glorificar-me é fazer sempre minha Vontade. Eis a necessidade da assinatura da humildade, porque a humildade produz este conhecimento. Mas quem enobrece estas duas virtudes? Quem as fortifica? Quem as faz perseverantes? Quem as acorrenta juntas para não se poder separar? Quem as coroa? A obediência.

Ah sim! A obediência destruindo de todo o próprio querer e tudo o que é material, espiritualiza tudo, e como coroa se põe ao redor, assim que a resignação e a humildade sem a obediência estarão sujeitas a instabilidade, mas com a obediência serão firmes e estáveis, e eis a estreita necessidade da assinatura da obediência, para fazer que este passaporte possa correr para passar ao reino da bem-aventurança espiritual que a alma pode gozar daqui. Sem estas três assinaturas o passaporte não terá valor, e a alma será sempre rejeitada do reino da bem-aventurança e estará obrigada a estar no reino da inquietação, dos temores e dos perigos, e para sua desgraça terá por deus a seu próprio eu, e este estará cortejado pela soberba e pela rebelião”.

(4) Depois disto me transportou para fora de mim mesma, dentro de um jardim, que parecia ser o jardim da Igreja, no qual via que se desviavam, por causa de cinco ou seis pessoas, sacerdotes e leigos, que unindo-se com os inimigos da Igreja moviam uma revolução. Que pena dava ver a Jesus bendito chorar o triste estado destas pessoas! Depois vi no ar e vi uma nuvem de água cheia de grandes pedaços de gelo que caíam sobre a terra. Oh!, quanto destroço faziam sobre as colheitas e sobre a humanidade!. Mas espero que queira aplacar-se. Então, mais aflita que antes
voltei a mim.

4-66
Abril 19, 1901
Lamentos pela privação. Jesus consola-a e explica-lhe algo sobre a Graça.

(1) Continuo meus dias privada de meu adorável Jesus, ao mais vem como sombra ou como raio, meu pobre coração está sobremaneira amargo, sinto tanto sua privação, que todas minhas fibras, os nervos, meus ossos, até as gotas de meu sangue, me contendem continuamente e me dizem:
“Onde está Jesus? Como! você o perdeu? O que você fez que não vem mais? Como vamos ficar sem Ele? Quem nos consolará tendo perdido a fonte de toda a consolação? Quem nos fortificará na debilidade, quem nos corrigirá e descobrirá nossos defeitos, tendo ficado privada daquela luz,
que mais que fio elétrico penetrava os mais íntimos esconderijos, e com a doçura mais inefável corrigia e curava nossas chagas? Tudo é miséria, tudo é esquálido, tudo é tétrico sem Ele, como faremos?” E ainda que no fundo da minha vontade me sinto resignada e vou oferecendo sua mesma privação como o maior sacrifício por amor seu, todo o resto me faz guerra contínua e me põem em tortura. Ah Senhor! quanto me custa te haver conhecido, e a que alto preço me faz pagar suas passadas visitas. Agora, estando neste estado, por breves instantes se fez ver e me disse:

(2)”Sendo Minha Graça parte de Mim mesmo, possuindo-a tu, com razão e de estreita necessidade tudo o que forma teu ser não pode estar sem Mim, eis a razão pela qual tudo te pede a Mim e és torturada continuamente, porque estando embebida de Mim e cheia só em parte de Mim mesmo,
então não se estão em paz, pois só têm paz e ficam contentes quando me possuem não só em parte, mas em tudo”.

(3) E tendo-me arrependido de minha dura situação acrescentou:
(4) “Também Eu no curso da minha Paixão senti um extremo abandono, embora minha Vontade estivesse sempre unida com o Pai e com o Espírito Santo; isto quis sofrer para divinizar em toda a cruz, tanto que, contemplando-me a mim e contemplando a cruz, encontrarás o mesmo esplendor,
nos mesmos ensinamentos e o mesmo espelho no qual poderás refletir-te continuamente, sem diferença entre um e outro”.

4-67
Abril 21, 1901

A necessidade dos castigos é para não permitir que o homem se corrompa principalmente.

(1) Continuando o meu estado habitual, vi o meu doce Jesus com uma cruz na mão, em atitude de atirá-la sobre as nações e disse-me:
(2) “Minha filha, o mundo é sempre corrupto, mas há certos tempos em que chega a tal corrupção, que se eu não derramar sobre as nações parte de minha cruz, pereceriam todos na corrupção, como foi nos tempos em que vim Eu ao mundo, A única cruz salvou muitos da corrupção em que
estavam mergulhados. Assim nestes tempos, chegou a tanto a corrupção, que se Eu não derramasse os flagelos, os espinhos, as cruzes, fazendo-os derramar até o sangue, ficariam submersos nas ondas da corrupção”.

(3) E enquanto isso dizia parecia que agitava aquela cruz sobre as pessoas e sucediam castigos.

6-64
Agosto 14, 1904

A alma, quanto mais golpes da cruz a abatem, tanto mais luz adquire.

(1) Encontrando-me um pouco sofredora, o bendito Jesus ao vir me disse:
(2) “Filha amada minha, quanto mais atingido o ferro, mais brilho adquire, e ainda que o ferro não tivesse ferrugem, os golpes servem para mantê-lo brilhante e sem pó; assim que qualquer que se aproxima facilmente se olha refletido naquele ferro como se fosse um espelho. Assim a alma, quanto mais os golpes da cruz a abatem, tanta luz adquire e se mantém limpa qualquer mínima coisa, de modo que qualquer que se aproxima se olha dentro como se fosse espelho, e naturalmente sendo espelho faz seu ofício, isto é, de fazer ver se os rostos estão manchados ou limpos, se bonitos ou feios, e não só isso, senão que Eu mesmo me deleito de ir a me olhar nela, pois não encontro nela nem pó nem outra coisa que me impeça de fazer refletir nela minha imagem, por isso a amo sempre mais”.

+ + + + +

6-65
Agosto 15, 1904
A melancolia é para a alma como o inverno às Plantas. O triunfo da Igreja não está longe.

(1) Esta manhã sentia-me muito oprimida, e sentia uma melancolia que me enchia toda a alma.
Parece que o bendito Jesus não me fez esperar tanto, e ao me ver tão oprimida me disse:
(2) “Minha filha, o que tem com esta melancolia? Não sabes tu que a melancolia é para a alma como o inverno para as plantas, que as despoja de folhas e as impede de produzir flores e frutos, tanto que se não viesse a alegria da primavera e do calor, as pobres plantas ficariam desativadas
e terminariam por secar-se? Assim é a melancolia à alma, a despoja da frescura divina que é como chuva que lhe faz reverdecer todas as virtudes; a inabilita para fazer o bem, e se o fizer, fá-lo-á cansativamente e quase por necessidade, mas não por virtude; impede-a de crescer na graça, e se
não se agita com uma santa alegria, que é uma chuva primaveril que dá em brevíssimo tempo o desenvolvimento às plantas, terminará por secar-se no bem”.
(3) Agora, enquanto dizia isto, dentro de um relâmpago vi toda a Igreja, as guerras que devem sofrer os religiosos e que devem receber dos demais; guerras entre a sociedade, parecia uma briga geral; parecia também que o Santo Padre devia servir-se de pouquíssimas pessoas religiosas, tanto para reduzir a boa ordem o estado da Igreja, os sacerdotes e outros, como pela sociedade neste estado de perplexidade. Agora, enquanto via isto, o bendito Jesus disse-me:
(4) “Acreditas tu que o triunfo da Igreja está distante?”
(5) E eu: “Certo, quem deve pôr a ordem a tantas coisas transtornadas?
(6) E Ele: “Ao contrário, digo-te que está próximo, é um choque que deve acontecer, mas forte, e por isso permitirei tudo junto entre os religiosos e os leigos para abreviar o tempo. E neste choque que trará um transtorno forte, acontecerá o choque bom e ordenado, mas em tal estado de mortificação, que os homens se verão perdidos, e aí lhes darei tanta graça e luz, para conhecer o mal e abraçar a verdade, fazendo-te sofrer também por este propósito. Se com tudo isto não me escutam, então te levarei ao Céu, e as coisas acontecerão ainda mais graves e esperarão mais para que chegue o desejado triunfo”.

11-69
Março 14,1914

A alma que faz a Vontade de Deus, toma a todo Jesus.

(1) Hoje eu estava me sentindo toda em Jesus, mas tanto, de sentir ao vivo e real a todo Jesus em mim, e enquanto o sentia me disse, mas em um modo tão terno e comovedor, que meu pobre coração me sentia quebrado:
(2) “Minha filha, é-me muito duro não contentar a quem faz minha Vontade. Como vês, não tenho mais mãos, nem pés, nem coração, nem olhos, nem boca, nada me resta; na minha vontade que tomaste, de tudo te possuíste, e a mim nada me fica. Eis por que diante dos tantos males que
inundam a terra não chovem os flagelos merecidos, porque me é difícil não te contentar, e além disso como o posso fazer se não tenho mãos, e você não as cede. Se me tornarem absolutamente necessárias, serei obrigado a roubar-te, ou a convencer-te, de maneira que as cedas. Como é difícil para mim, como é difícil para mim desagradar a quem faz a minha Vontade!
Eu odiaria a Mim mesmo”.
(3) Eu fiquei espantada por este falar de Jesus, e não só isso, senão que em verdade via que eu tinha as mãos, os pés, os olhos de Jesus, e lhe disse: “Jesus, faz-me ir já ao Céu”.
(4) E Ele: “Dá-me outro pouco de vida em ti, e depois virás.

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11-70
Março 17,1914

Quem faz a Vontade de Deus entra a tomar parte das ações ad intra das Divinas Pessoas, e se torna inseparável delas.

(1) Continuando meu habitual estado, meu amável Jesus continuava fazendo-se ver em toda mim, e que eu possuía todos os seus membros, e mostrava-se tão contente, que parecendo que não podia conter esta alegria me disse:

(2) “Minha filha, quem faz minha Vontade entra a tomar parte das ações “ad intra” das Divinas Pessoas; só para quem faz meu Querer está reservado este privilégio, não só de tomar parte em todas as nossas obras “ad extra”, senão que destas passa às obras “ad intra”. Eis porque me é
difícil não contentar a quem vive de meu Querer, porque estando a alma em minha Vontade, está no íntimo de nossos corações, de nossos desejos, de nossos afetos, dos pensamentos; seu bater, seu respiro e o nosso são um só, assim que são tais e tantos os contentes que nos dá, as complacências, a glória, o amor, todos de modos e de natureza infinitos, nada ao contrário dos nossos, que assim como em nosso Amor eterno, Um rapta o Outro, o Um forma o contente do Outro, tanto, que não podendo muitas vezes conter este Amor e estes contentes saímos em obras “ad extra”, assim ficamos arrebatados e felicitados por esta alma que faz nosso Querer.

Portanto, como deixar descontente a quem tanto nos agrada? Como não amar como nos amamos a nós mesmos, não como amamos as demais criaturas, a quem nos ama com nosso Amor? Com esta alma não há véus de segredos entre Nós e ela, não há nosso e teu, mas tudo é em comum, e o que Nós somos por natureza, impecáveis, santos, etc., à alma a fazemos por graça, a fim de que nenhuma disparidade haja entre ela e Nós. E assim como Nós não podendo conter nosso Amor saímos em obras “ad extra”, assim não podendo conter o amor de quem faz nosso Querer, a tiramos de Nós e a assinalamos ante os povos como nossa favorita, nossa amada, e que só por ela e pelas almas semelhantes fazemos descer os bens sobre a terra, e que só por amor a elas conservamos a terra; logo a essa alma encerramos dentro de nós para gozá-la, porque assim como as Divinas Pessoas somos inseparáveis, Assim se torna inseparável
quem faz nosso Querer”.

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