LIVRO DO CÉU – Volume 1-4
E assim passava a segunda hora do dia, e depois, pouco a pouco o restante, que dizer tudo causaria aborrecimento. E isto fazia-o às vezes de joelhos e quando era impedida de fazê-lo pela família, fazia-o mesmo trabalhando, porque a voz interior não me dava nem trégua nem paz se não fizesse o que queria, dessa forma o trabalho não me era impedimento para fazer o que devia fazer. Assim passei os dias da novena. Quando chegou a véspera, sentia-me ainda mais acendida por um insólito fervor. Eu estava sozinha no quarto quando o menino Jesus pareceu na minha frente, todo bonito, sim, mas tremendo, em atitude de querer me abraçar,
eu me levantei e corri para abraçá-lo, mas no momento em que ia estreitá-Lo, desapareceu; isto repetiu-se três vezes. Fiquei tão comovida e acesa de amor, que não sei explicar; mas depois de algum tempo não o levei mais em conta, e não o disse a ninguém; de vez em quando, caía nas faltas habituais. A voz interior, desde então não me deixou nunca mais; em cada coisa me
repreendia, corrigia, animava, em suma, o Senhor fez comigo como um bom pai com um filho que tende a desviar-se, e usa todas as diligências, os cuidados para mantê-lo no reto caminho, de modo a formar nele a sua honra, a sua glória, a sua coroa. Mas, ó Senhor!
Muito ingrata Te tenho sido.
Dê seu testemunho sobre seu encontro com a Divina Vontade