Livro do Céu 1-63
“Minha filha, vem, roga a minha amada Mãe que
te faça um lugar no seu seio materno, a fim de que tu
mesma vejas o estado doloroso em que me encontro”.
Então com o pensamento, me parecia que nossa Rainha Mãe, para contentar a Jesus me fazia um pequeno lugar e me colocava dentro. Mas era tal e tanta a escuridão que não a via, só ouvia o seu respiro e Ele dentro de mim continuava a dizer-me: “Minha filha, olha outro excesso do meu Amor. Eu sou a luz eterna, o sol é uma sombra de minha luz, mas vê aonde me conduziu meu Amor? Em que obscura prisão estou? Não há nem um raio de luz, sempre é noite para Mim, mas noite sem estrelas, sem repouso, sempre acordado, que aflição! A estreiteza da prisão, sem poder me mover minimamente, as densas trevas; até a respiração, respiro por meio da respiração da minha Mãe, oh, como é difícil! E além disso, acrescenta as trevas das culpas das criaturas. Cada culpa era uma noite para Mim, que todas juntas formavam um abismo de escuridão sem confins. Que pena! Oh excesso do meu Amor, fazer-me passar de uma imensidão de luz, de
largueza, a uma profundidade de densas trevas e de tal estreiteza, até me faltar a liberdade de respirar, e isto, tudo por amor das criaturas!”
E enquanto isso dizia, gemia quase com gemidos sufocados por falta de espaço e chorava. Eu me desfazia em pranto, agradecia-lhe, compadecia-me, queria lhe fazer um pouco de luz com meu amor como Ele me dizia, mas quem pode dizer tudo? A mesma voz interior acrescentava: “Basta por agora. Passa ao sétimo excesso do meu Amor”.
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