LIVRO DO CÉU VOLUME 5-8
Abril 21, 1903
Jesus suspende Luisa de seu habitual estado para poder castigar.
(1) Tendo passado dias amargos de privações e lágrimas, com o acréscimo de me ver na possibilidade de que o Senhor me suspendesse do estado de vítima, como de fato me aconteceu, que porque me esforçava não podia perder os sentidos, Mas fiquei surpreendida por muitas dores internas que me inquietavam, sem que o pudesse compreender. Apenas um sonho na noite, no qual me parecia ver um anjo que me levava dentro de um jardim, no qual estavam todas as plantas enegrecidas, mas eu não fiz só pensava em como Jesus me tinha expulsado de Si. Então, ao fim da tarde, o confessor chegou, e encontrando-me em mim mesma, disse-me que as vinhas tinham congelado. Fiquei aflita ao pensar nas pobres pessoas, e no temor de que não me fizesse cair em meu estado acostumado para poder livremente castigar. Mas esta manhã o Bendito Jesus veio-me fazendo cair no meu estado habitual, e eu mal o vi lhe disse:
(2) “Ah! Senhor, e ontem que fizeste? Então você saiu com a sua, e além disso, nem sequer me disse nada, que pelo menos teria implorado para evitar em parte o castigo”.
(3) E Ele:
“Minha filha, era necessário que te suspendesse, de outra maneira tu me terias impedido, e Eu não poderia estar livre; e além disso, quantas vezes não fiz Eu o que tu quiseste? Ah! minha filha, é necessário que no mundo chovam os flagelos, de outra maneira por cuidar dos corpos se perderão as almas”.
(4) Dito isto desapareceu e eu me encontrei fora de mim mesma, sem meu doce Jesus, por isso ia buscando-o, e nesse momento via no céu um Sol diferente do sol que nós vemos, e junto uma multidão de santos, os quais ao ver o estado do mundo, a corrupção, e como se fazem zombaria de Deus, todos a uma voz gritavam:
“Vingança de tua honra, de tua glória, faz uso da justiça enquanto o homem não quer reconhecer mais os direitos de seu Criador; mas como falavam em latim, eu pensava que fosse este o significado; ao ouvir isto eu tremia, me sentia gelar e implorava piedade e misericórdia.”
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