A Beleza da Alma da Divina Vontade é o conhecimento não virtudes!

Reino da Divina Vontade
A Beleza da Alma da Divina Vontade é o conhecimento não virtudes!
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Depois de algum tempo em que tentei exercitar-me nestas coisas, às vezes fazendo e às vezes caindo (se bem que vejo claro que ainda me falta este espírito de retidão e sempre fico mais confusa pensando em tanta ingratidão minha)Jesus falou comigo e me fez entender a necessidade do espírito de mortificação, (se bem me lembro que em todas estas coisas que me dizia, acrescentava-me sempre que tudo devia ser feito por amor seu, e que as virtudes mais belas, os sacrifícios maiores, tornavam-se insípidos se não tinham princípio no amor. A caridade, dizia-me, é uma virtude que dá vida e esplendor a todas as demais, de modo que sem ela todas estão mortas e meus olhos não sentem nenhum atrativo, e não têm nenhuma força sobre meu coração; esteja, pois, atenta e faz que tuas obras, mesmo as mínimas sejam investidas pela caridade, isto é, em Mim, comigo e por Mim) Vol.1

4-102 Janeiro 14, 1902 Não se é digno de Jesus se não se esvazia de tudo.

(1) Estando em meu estado habitual veio meu adorável Jesus e me disse: (2) ” Minha filha, não pode ser verdadeiramente digno de Mim, senão só quem esvaziou tudo de dentro de si, e se encheu tudo de Mim, de modo a formar de si mesmo um objeto todo de amor divino, tanto, que meu amor deve chegar a formar sua vida e a me amar não com seu amor, mas com meu amor”.

A Verdadeira exaltação da alma

Depois acrescentou: “O que significam aquelas palavras: “Depôs do trono os poderosos e tem exaltado os pequenos?” Que a alma destruindo-se totalmente a si mesma se enche toda de Deus, e amando a Deus com o próprio Deus, Deus exalta a alma a um amor eterno, e esta é a verdadeira e a maior exaltação e ao mesmo tempo a verdadeira humildade.

3-10 Novembro 19, 1899 Males da soberba.

(1) Continua a vir meu adorável Jesus, e como minha mente, antes de que viesse estava pensando em certas coisas que me havia dito em anos passados, e que não recordo bem, Ele, como para me lembrar disse:
(2) “Minha filha, a soberba roe a graça. Nos corações dos soberbos não há outra coisa que um vazio todo cheio de fumaça, que produz a cegueira. A soberba não faz mais que fazer de si mesmo um ídolo, assim que a alma soberba não tem o seu Deus consigo; com o pecado procurou destruí-lo em seu coração, e levantando um altar nele, se põe em cima e se adora a si mesmo”.

(3) Oh! Deus, que monstro abominável é este vício, a mim me parece que se a alma está atenta a não deixá-lo entrar nela, estará livre de todos os outros vícios, mas se por sua desventura se deixa dominar por ele, como é mãe monstruosa e má, lhe parirá todos seus filhos díscolos, os quais são os outros pecados. Ah Senhor, mantenha-a longe de mim!

4-108 Fevereiro 17, 1902 Explica-lhe o que é a morte.
(1) Esta manhã, depois de ter esperado muito, finalmente encontrei a mim dulcíssimo Jesus e queixando me com Ele lhe disse: “Amado Bem meu, como me fazes esperar tanto? Acaso não sabes que sem Ti não posso viver e minha alma sente um contínuo morrer?”

(2) E Ele: “Amada minha, cada vez que você me busca a Mim, prepara-se para morrer, porque na realidade, o que é a morte senão a união estável e permanente Comigo? Tal foi a minha vida, um contínuo morrer por amor de ti, e esta contínua morte foi a preparação para o grande sacrifício de morrer na cruz por ti. Deve saber que quem vive em minha Humanidade e se alimenta das obras dela, forma de si mesmo uma grande árvore, cheia de flores e frutos abundantes, e estes formam o alimento de Deus e da alma. Quem vive fora da minha humanidade, suas obras são odiosas a Deus e infrutíferas para si mesmo”.

(3) Depois disto, o Senhor derramou abundantemente em mim amarguras e doçuras misturadas, logo giramos um pouco no meio das nações, e eu não podia separar o meu olhar do rosto do meu amado Jesus, e Ele vendo isto me disse:

(4) “Minha filha, quem se deixa seduzir pelas obras do Criador, deixa suspensas as obras das criaturas“.

(5) Ele desapareceu e eu encontrei em mim mesma

Mas me resultava amarguíssimo quando mudava a cena, e em vez de sofrer eu, era espectadora de ver sofrer a meu amadíssimo Jesus as penas da dolorosa Paixão. Ah, quantas vezes eu estava no meio dos judeus junto com a Mãe Rainha para ver meu amado Jesus sofrer! Ah, sim, como é verdade que é mais fácil sofrer-se a si mesmo do que ver sofrer a pessoa amada! Vol. 1

12-95 Março 20, 1919 As mortes e as penas que a Divindade fazia sofrer à humanidade de Jesus por cada alma, não foram só de intenção, mas reais.
(1) Sentia minha pobre mente imersa nas penas de meu amável Jesus, e como me tinha sido dito que parecia impossível que Jesus pudesse sofrer tantas mortes e tantas penas por cada um como está dito anteriormente, meu Jesus me disse:

(2) “Minha filha, o meu Querer contém o poder de tudo, bastava apenas amá-lo para que tudo acontecesse, e se isto não fosse assim, então o meu Querer, no poder, devia ter um limite, enquanto em todas as minhas coisas sou sem limite e infinito, e por isso tudo o que quero faço-o. Ah! que pouco sou compreendido pelas criaturas, por isso não sou amado. Vem tu na minha Humanidade e te farei ver e tocar com a mão o que te disse”.

(3) Então encontrei-me em Jesus, ao qual era inseparável a Divindade e o Querer Eterno; e este Querer, só por querer, criava as mortes repetidas, as penas sem número, os golpes sem flagelos, as picadas agudíssimas sem espinhos, com uma tal facilidade, como quando com um só Fiat criava milhões de estrelas, não foram necessários tantos Fiat por quantas estrelas criava, mas bastou um só, mas com este não saiu à luz uma só estrela e as demais permaneceram na mente divina, ou bem na intenção, senão que todas em realidade saíram, e cada uma tem sua própria luz para adornar nosso firmamento; assim era no céu da Humanidade santíssima de Nosso Senhor, que o Divino Querer com seu Fiat criador criava a vida e a morte por quantas vezes queria. Então, encontrando-me em Jesus, encontrei-me naquele ponto quando Jesus sofria a flagelação pelas mãos divinas; só com que o Querer Eterno o quis, sem golpes, sem chicotes, as carnes da Humanidade de Jesus caíam em pedaços, formavam-se os profundos rasgões, Mas em modo de rasgar em as partes mais íntimas. Era tanta a obediência de Jesus àquele Querer Divino, que por Si mesmo se submetia, mas em modo tão doloroso, que a flagelação que lhe deram os judeus se pode dizer que foi a imagem, ou a sombra da que sofria por parte do Querer Eterno, e além disso, só com que o Querer Divino o queria, sua Humanidade se recompunha; assim acontecia quando sofria as mortes por cada alma e todo o resto. Eu tomei parte nestas tristezas de Jesus, e oh! como compreendia ao vivo que o Querer Divino pode nos fazer morrer quantas vezes queira e depois nos dar de novo a vida. Oh, Deus, são coisas inenarráveis, excessos de amor, mistérios profundos, quase inconcebíveis à mente criada! Eu me sentia incapaz de voltar à vida, ao uso dos sentidos, ao movimento depois daquelas penas sofridas.

“Minha filha, minha Vontade contém a potência criadora, e assim como minha Vontade deu vida a todas as coisas, assim também tem o poder para destruí-las. Agora, a alma que vive em meu Querer tem também o poder de dar vida ao bem e morte ao mal, em sua imensidão se encontra no passado, e onde há vazios de minha glória, ofensas não reparadas, amor que não me foi dado, ela enche os vazios de minha glória, faz-me as reparações mais belas e dá-me amor por todos. No meu Querer se difunde ao presente, se estende aos séculos futuros, e por toda parte e por todos me dá o que a Criação me deve. Eu sinto na alma que vive em meu querer o eco de meu poder, de meu amor, de minha santidade; em todos os meus atos ouço o eco dos seus, corre em qualquer lugar, diante, atrás e até dentro de mim; onde quer que está o meu querer está o seu, conforme se multiplicam os meus atos assim se multiplicam os seus. vol. 13.1

…para quem vive em meu Querer tudo é harmonia, suas coisas e as minhas harmonizam juntas, Eu estou com ela na terra e ela está Comigo no Céu; um é o interesse, uma é a vida, uma é a Vontade.

“Minha querida filha, é-me necessário o repouso depois de te ter falado tanto, quero em ti os primeiros efeitos das minhas palavras, tu trabalhas fazendo o que te ensinei e Eu repouso, e quando tiveres posto em prática os meus ensinamentos, Eu voltarei de novo para falar-te de coisas mais altas e sublimes, para poder encontrar em ti um repouso mais belo. E além disso, se não descanso nas almas que vivem em meu Querer, em quem poderia esperar repouso? Só as almas que vivem em meu Querer são capazes de me dar repouso; viver em meu Querer me forma a permanência, os atos feitos em minha Vontade me formam o leito, os atos repetidos e a constância em repeti-los são os arrulhos, a música e o ópio para conciliar o sono. Mas enquanto durmo Eu te vigio, de modo que tu

Minha filha, o maior milagre que a minha onipotência pode realizar é que uma alma viva do meu Fiat. Parece-te pouco que minha Vontade santa, imensa, eterna, desça em uma criatura, e pondo juntas minha Vontade com a sua a perco em Mim e me faço vida de todo o obrar da criatura, ainda das mais pequenas coisas? Assim, o seu palpitar, a palavra, o pensamento, o movimento, o respiro, é do Deus vivo na criatura; esconde nela Céu e Terra e, aparentemente, vê-se uma simples criatura. 13.4

O meu Fiat ficou como centro de vida na minha humanidade, mas não ficou como centro de vida nas criaturas, aliás, se a sua vontade não se adere à minha, deixam inúteis os frutos da minha Redenção; em troca o meu Fiat, ao fazer viver a criatura no meu Querer, Eu fico como centro de vida da criatura, e por isso te repito, como outras vezes, que meu Fiat Voluntas Tua será a verdadeira glória da obra da Criação, e o cumprimento dos copiosos frutos da obra da Redenção. Eis a causa pela qual não quero outra coisa de você, senão que meu Fiat seja sua vida, que não olhe outra coisa que meu Querer, porque quero ser centro de sua vida”.

Eu não te quero céu tachado de estrelas, me agradaria, encontraria minha obra, mas não me satisfaria, porque não me encontraria a Mim mesmo; não te quero sol, se bem me agradaria, encontraria a sombra de minha luz e de meu calor, mas não encontrando a minha Vida passaria por muito; não te quero terra cheia de flores, de plantas e de frutos, pois se bem me poderia agradar porque encontraria o fôlego dos meus perfumes, as pegadas da minha doçura, a maestria da minha mão criadora, em suma, encontraria as minhas obras, mas não a minha Vida, por isso passaria adiante de tudo, continuaria a girar sem me deter, para encontrar o quê? Minha Vida. E onde encontrarei esta minha Vida? Na alma que vive da minha Vontade.

13-5 (3) Tens de saber que a tua vida deve ser o Fiat, o meu Fiat trouxe-te à luz, e qual nobre rainha levando no teu seio o Fiat Criador, deves caminhar o campo da vida sobre as asas do mesmo Fiat, lançando por toda a parte a semente da minha Vontade, para poder formar outros tantos centros de minha Vida sobre a terra, e depois voltar em meu próprio Fiat ao Céu. Seja fiel e minha Vontade te será vida, mão para te conduzir, pés para caminhar, boca para falar, em suma, se substituirá a tudo”.

“Quem vive em meu Querer deve ser como centro de tudo; olha o sol no alto, no céu se vê o centro de sua luz, sua circunferência, mas a luz e o calor que expande tocam e enchem toda a terra, fazendo-se vida e luz de toda a natureza; assim quem vive em meu Querer deve viver como fundido em meu mesmo centro, o qual é vida de tudo; estas almas são mais que sol, são luz, calor e fecundidade de todos os bens, assim que quem não vive de todo em meu Querer, podem-se chamar plantas, flores, árvores, que recebem luz, calor, fecundidade e vida destes sóis, e vivendo no baixo estão sujeitos a crescer e a decrescer, estão expostos aos ventos, às geadas, às tempestades, ao contrário quem vive no meu Querer, como o sol tem a primazia sobre tudo, triunfa e conquista tudo, e enquanto ele toca tudo e se faz vida de tudo, ela é intangível, não se deixa tocar por ninguém, porque vivendo no alto nenhum o pode alcançar”.

“Minha filha, as almas que vivem em meu Querer são o reflexo de todos e de tudo, e como refletem em tudo, por conseqüência recebem o reflexo de todos, e como minha Vontade é vida de tudo, elas em meu Querer correm a dar vida a tudo. 13.7

Assim é de minha Vontade, sendo vida de tudo, as criaturas, ou a terão com elas com amor ou com ódio, mas apesar de tudo estarão obrigadas a fazer correr meu Querer nelas, como o sangue nas veias, e quem quisesse subtrair-se de meu Querer seria como suicidar-se a própria alma; mas meu Querer não o deixaria, seguiria sobre ele o curso da justiça, não tendo podido seguir sobre ele o curso dos bens que contém meu Querer Se o homem soubesse o que significa fazer ou não fazer minha Vontade, todos tremeriam de espanto ao só pensamento de subtrair-se por um só instante de meu Querer “. 13.10

” O mar é minha Vontade, a máquina é a alma que vive em meu Querer, o motor é a vontade humana que opera no Divino Querer. Cada vez que a alma faz suas intenções especiais em meu Querer, o motor põe em movimento a máquina, e como minha Vontade é vida dos bem-aventurados, como também o é da máquina, não é maravilha que minha Vontade, que brota desta máquina, entre no Céu e resplandeça de luz, de glória, derramando-se sobre todos, até em meu trono e depois desça de novo no mar da minha vontade na terra para bem dos peregrinos. Minha Vontade está por toda parte, e os atos feitos em minha Vontade correm por toda parte, no Céu e na terra; correm ao passado, porque minha Vontade existia; ao presente, porque nada perdeu de sua atividade; ao futuro, porque existirá eternamente. Como são belos os atos em minha Vontade, e assim como minha Vontade contém sempre novos contentamentos, assim estes atos são os novos contentamentos dos mesmos bem-aventurados, são os suplentes dos atos dos santos que não foram feitos em meu Querer, são as novas graças de todas as criaturas“.

“Minha filha, como? Queres fugir ao meu Querer? Tarde demais, depois de te teres amarrado na minha Vontade, ela para te ter mais segura amarrou-te com correntes duplas.
Viveste como Rainha na minha Vontade, habituaste-te a viver com alimentos delicadíssimos e substanciais, não dominada por nenhum, mas dominadora de tudo, até de ti mesma; estás habituada a viver com todas as comodidades, imersa em imensas riquezas. Se tu saíres da minha Vontade, de imediato sentirias a miséria, o frio, o domínio perdido, todos os bens te desaparecerão e de rainha te converterás em vilíssima serva. Assim que você mesma, advertindo o grande contraste que há entre viver em meu Querer e sair dele, te jogaria mais ao fundo de minha Vontade, por isso te digo: “Muito tarde”. Além disso me tirarias um grande contentamento; tu deves saber que Eu te fiz como um rei que quer amar a um amigo muito ao contrário dele na condição, mas é tanto seu amor, que decidiu fazê-lo semelhante a ele. Agora, este rei não pode fazer tudo de um só golpe e fazer do amigo rei como ele mesmo, senão que o faz pouco a pouco, primeiro lhe prepara a morada real semelhante à sua, depois lhe manda os ornamentos para adornar o palácio, lhe forma um pequeno exército, a seguir dá-lhe metade do reino, de modo que pode dizer: “O que possuis eu possuo eu, rei sou eu, rei és tu”. 13.15

Jesus falou que não somos virtuosos, buscando ser elogiados por virtudes.
Mas somos SOL, a nossa beleza é o conhecimento sobre Deus! E seu conhecimento que é sua beleza! Não virtudes! A verdade é muito dificil pro humano, pois a verdade atual da terra é maldade e trevas. E você sabe a verdade, entende tudo o que Deus tira do mal o BEM.
Então para conhecer a beleza da alma cheia de luz. SOL. Reflexo de Jesus! Você vai valorizar a verdade que ela fala.
Que te ilumina, te acalma e tranquiliza! ( Não se importa como que essa alma vai falar a verdade!)
Quem não quer conhecer o desabafo do coração de Deus, que são muitas tristezas e amarguras… Vive por seu gosto humano.

21 de agosto de 1899 Efeitos de agradar somente a Jesus.

(1) Depois de ter passado dois dias de sofrimentos, Jesus mostrava-se todo afabilidade e doçura. Em meu íntimo eu dizia: “Como é bom comigo o Senhor, porém não encontro em mim nada de bom que lhe possa agradar”. E Jesus, respondendo, disse-me:
(2) ” Amada minha, assim como você não encontra outro prazer nem outro contentamento, que te entreter e conversar Comigo e dar-me gosto só a Mim, de modo que todas as outras coisas que não são minhas te desgostam, assim Eu, meu prazer e minha consolação é vir a me entreter e falar contigo. Tu não podes entender a força que tem sobre meu coração, de me atrair a ela, uma alma que tem a única finalidade de me agradar só a Mim; sinto-me tão unido com ela que estou obrigado a fazer o que ela quer”.

(3) Enquanto Jesus assim dizia, compreendi que falava no modo como em dias passados, enquanto sofria acerbos dores, em meu interior ia dizendo: “Meu Jesus, tudo por teu amor, estas dores sejam tantos atos de louvor, de honra, de homenagem que te ofereço, estas dores sejam tantas vozes que te glorifiquem e tantos testemunhos que digam que te amo”.
* * * * * *
Estava fundindo-me toda no Santo Querer do meu doce Jesus, e dizia-lhe: “Meu amor, entro em teu Querer e aqui encontro todos os pensamentos de tua mente e todos os das criaturas, e eu faço coroa com meus pensamentos e com os de todos meus irmãos em torno dos teus, e depois os uno todos e faço de todos um só, para te dar a homenagem, a adoração, a glória, o amor, a reparação de sua própria inteligência “. 13-16
13-16

Setembro 6, 1921
Conforme se conhecem as verdades, assim se forma nova união com Jesus.

“Filha inseparável de minha Vontade, como estou contente ao ouvir repetir o que fazia minha Humanidade em minha Vontade, e Eu beijo teus pensamentos nos meus, tuas palavras nas minhas, teu batimento no meu”.
(3) E enquanto dizia isto, cobria-me de beijos. Então lhe disse: “Minha vida, por que gozas tanto e fazes festa cada vez que manifestas outro efeito da tua Vontade?”
(4) E Jesus: “Tu deves saber que cada vez que te manifesto uma verdade a mais sobre a minha Vontade, é uma união a mais que formo entre tu e Eu e com toda a família humana; é uma união maior, um vínculo mais estreito, é um maior participar na minha herança, e conforme as manifesto formo a escritura de doação de alimentos, e vendo os meus filhos mais ricos, e tomando parte na herança, sinto novos contentamentos e faço festa. Acontece-me a mim como a um pai, que possui muitas posses, mas estas posses não são conhecidas pelos filhos, assim que não sabem que são filhos de um pai tão rico. Agora, vendo o pai os filhos à idade mais velha, dia após dia lhes vai dizendo que possui tal e tal fazenda; os filhos ao ouvi-lo festejam e estreitam-se com um maior vínculo de amor em torno do pai; este, ao ver a festa dos filhos, faz também festa e prepara-lhes uma surpresa maior e diz-lhes: Tal província é minha, depois tal reino. Os filhos ficam encantados e não só fazem festa, mas se sentem afortunados de ser filhos de tal pai. Mas o pai não só faz conhecer suas posses aos filhos, senão que os constitui herdeiros de seus bens. Assim me sucede a Mim, até agora fiz conhecer o que fez minha humanidade, suas virtudes, suas penas, para constituir a família humana herdeira dos bens de minha Humanidade, mas agora quero ir mais além, quero fazer-lhes conhecer o que fazia minha Vontade em minha Humanidade para constituir herdeiras de minha Vontade, dos efeitos, do valor que Ela contém às novas gerações, por isso seja atenta em me escutar e não perca nada dos efeitos e do valor de minha Vontade, para que possas ser fiel relator destes bens e primeiro vínculo de união com o meu Querer e de comunicação para as demais criaturas”.

13.17 Minha filha, a santidade em minha Vontade cresce a cada instante, não há nada que se escape do crescer e que a alma não possa fazer correr no mar infinito de minha Vontade; as coisas mais indiferentes, o sono, o alimento, o trabalho, etc., podem entrar em meu Querer e tomar nele seu posto de honra como obras de meu Querer; só que a alma o queira, e todas as coisas, desde as maiores até as menores podem ser ocasiões para entrar em meu Querer, o que não acontece com as virtudes, Porque as virtudes, se se quiser exercitar, muitas vezes falta a ocasião, se se quiser exercitar a obediência, necessita-se de alguém que dê ordens, e pode acontecer que por dias e por semanas falte quem dê novas ordens para fazê-la obedecer, e então, por quanto boa vontade tenha de obedecer, a pobre obediência ficará ociosa; assim da paciência, da humildade e de todas as outras virtudes, pois como são virtudes deste submundo, são necessárias as outras criaturas para exercitá-las, em troca minha Vontade é virtude de Céu, e Eu só basto para tê-la a cada instante em contínuo exercício, para Mim é fácil mantê-la tão elevada, assim de noite ou de dia, para tê-la exercitada em meu Querer”.

Os bem-aventurados, refletindo-se em uma destas luzes, ficavam arrebatados, mas não chegavam a penetrar toda a imensidão daquela luz, de modo que passavam a uma segunda luz sem compreender a fundo a primeira. Assim, os bem-aventurados no Céu não podem compreender perfeitamente a Deus, porque é tanta a Imensidão, a Grandeza, a Santidade de Deus, que mente criada não pode compreender um Ser incriado. Agora, os bem-aventurados refletindo-se nestas luzes, parecia-me que vinham participar nas virtudes destas luzes, assim que a alma no Céu se assemelha a Deus, com esta diferença: que Deus é aquele Sol grandíssimo, e a alma é um pequeno sol. Mas quem pode dizer tudo o que nessa beata morada se compreende?
Enquanto a alma se encontra nesta prisão do corpo é impossível, enquanto na mente se escuta algo, os lábios não encontram palavras para poder explicar-se, me parece como uma criança que começa a balbuciar, que gostaria de dizer tantas e tantas coisas, Mas afinal parece que ele não sabe dizer uma palavra clara…. Vol. 1

A dificuldade da alma Que está cheia de luz e vive na prisão do corpo na terra … que tem dificuldade de colocar em palavras as luzes que recebe.
Ela se vira nos 30 … pra conseguir fazer as luzes darem frutos.

Não tem se preocupar com virtudes.
Mas em passar a luz. Pra frente.
Mesmo que não fique perfeito aos olhos humanos
Mas vai obedecendo as luzes. E transborda. Com sua pequena natureza falha humana

Tal sou Eu, quero dar e não há quem tome, assim que as criaturas são causa de me fazer derramar lágrimas amargas e de ter uma dor contínua; mas você sabe quem enxuga minhas lágrimas e me muda a dor em alegria? Quem quer estar sempre junto Comigo, quem toma com amor e com filial confiança minhas riquezas, quem se alimenta a minha mesma mesa e quem se veste com minhas mesmas vestes; a estes Eu dou sem medida, são meus confidentes e os faço repousar sobre meu próprio seio”. 13.19

LUISA E A VIRTUDE QUE ELA NÃO TEM

Depois disto, tendo ouvido falar da humildade, estou convencida de que esta virtude não existe em mim, nem eu penso nela jamais; e ao vir meu doce Jesus lhe disse a minha pena, e Ele me disse:

(5) “Minha filha, não temas, Eu te criei no mar, e quem vive no mar não se entende da terra. Se se quisesse perguntar aos peixes como é a terra, como são seus frutos, as plantas, as flores, se tivessem razão responderiam: “Nós nascemos no mar, vivemos no mar, a água nos nutre, e se os demais ficassem afogados nele, nós nos movemos nele e ele nos dá a vida, e se aos demais seres lhes congelaria o sangue nas veias, a nós nos dá o calor, o mar é tudo para nós, nos serve de quarto, de cama, passeamos nele, somos os únicos seres afortunados que não devemos nos fatigar para encontrar o alimento; o que queremos, tudo está pronto a nossa disposição, assim podemos falar do mar, não da terra; a água nos serve para tudo e nela encontramos tudo”. Mas se em troca lhes perguntasse aos pássaros, estes responderiam:
“Conhecemos as plantas, a altura das árvores, as flores, os frutos; diriam quantas fadigas passam para encontrar uma semente para alimentar-se, um esconderijo para proteger-se do frio, da chuva”.

(6) Semelhança do mar é para quem vive em minha Vontade; semelhança da terra é para quem caminha pelo caminho das virtudes. Por isso, vivendo tu no mar da minha vontade, não é de admirar que só a minha vontade te baste para tudo; se a água serve e faz tantos ofícios diversos aos peixes: de alimento, de calor, de cama, de habitação, de tudo, muito mais o pode fazer e de modo mais admirável a minha Vontade, aliás, na minha Vontade as virtudes são no grau mais heróico e divino. (JESUS E MARIA) Minha Vontade absorve tudo e liquefaz tudo em Si, e a alma fica absorvida em minha Vontade, dela se alimenta, nela caminha, só a Ela conhece e lhe basta para tudo, pode-se dizer que entre todas as criaturas é a única afortunada que não deve mendigar um pão, não, mas a água de minha Vontade a inunda por cima, por baixo, à direita, à esquerda, e se quiser o alimento come, se quiser a força a encontra, se quiser dormir encontra a cama mais suave para descansar, tudo está pronto e à sua disposição”.
VOL.  13-20

 

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