Sabemos que como não existiria a Europa sem não fosse a Igreja Católica, também em consequência devemos concluir, que não existiria o Brasil como nós o conhecemos hoje, senão fosse por causa da Igreja Católica.
A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, nasceu de uma batalha religiosa, onde os índios combateram em favor da igreja, em defesa do catolicismo e um milagre incrível aconteceu, pois olharam para o céu em pleno campo de batalha e lhes apareceu a visão de São Sebastião no céu. E ainda, outro grande milagre foi testemunhado, quando São José de Anchieta estava rezando numa igreja, e caiu uma chuva de flechas indígenas sobre o local. Toda a igreja foi atingindo, e por um milagre incrível somente no local onde o Padre José de Anchieta estava, não caiu nenhuma, o deixando totalmente ileso àquele ataque. Este santo que também fundou a cidade de São Paulo, com uma escola de latim. Conforme biografia do santo, escrito por Pero Rodrigues, que descreveu todas as memórias incríveis desse mártir católico jesuíta que evangelizou o Brasil de forma tão heróica.
Salvador também foi fundada pela igreja católica.
Quando chegou no Brasil, Pedro Alvares Cabral, participava de uma ordem militar religiosa católica, o que mais lhe preocupava, logo que pisou em terras brasileiras, foi a preocupação de assistir uma missa nessas terras desconhecidas conforme a primeira carta de Pero Vaz de Caminha. Tanto que tem um quadro dessa Santa Missa, onde retrata os índios que se ajoelham diante da Sagrada Eucaristia do pintor Vitor Meirelles.
Essa própria carta de Pero Vaz de Caminha, fala de tantas riquezas do Brasil, mas o principal elemento que ele escreve que considera de riquezas, são na verdade as almas do Brasil, que eram a maior riqueza do país, que estavam para serem catequizadas.
Então precisamos entender, o quanto o Brasil é importante para o contexto da formação do Reino da Divina Vontade.
A História da nossa igreja, estamos entendendo bem com o nosso estudo dos Evangelhos de Maria Valtorta, porém, podemos ressaltar alguns elementos principais: A promessa da vinda do Messias ao povo hebreu, um povo que acreditou sempre num Deus único, verdadeiro criador de todas as coisas.
E essa promessa do Messias, é a promessa da vitória sobre a morte. Sobre a vinda da libertação da alma, das garras do pecado e da morte. Os pagãos se voltam para si mesmos, a um esforço humano para serem melhores moralmente. Porém, eles não têm nenhum horizonte sobre como salvar suas almas da morte eterna.
E a vinda de Jesus Cristo, que se declarou o enviado de Deus, revelando ser o salvador de nossas almas. Essa difusão aconteceu através dos seus apóstolos, após a ressurreição de Jesus, e a vida do Espírito Santo.
Eles foram enviados para difundir a boa Nova da salvação para todo o mundo.
Ide e batizai a todos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Houve logo ao princípio um conflito grave contra os pagãos romanos na época, pois não aceitavam a idolatria que era feita ao governador romano. E assim, a cristianização dessa nação romana, foi de muita perseguição aos que os romanos, à princípio por comando do Imperador romano, usou de todo seu poder para buscar matar todos os cristãos, que eram os que poderiam causar a ele essa deposição do seu poder.
São Pedro, que recebeu as chaves do reino, foi crucificado em Roma. E até hoje pode-se ir visitar onde Pedro está enterrado. Pois Papa Pio XII, precisou cavar e descobrir o túmulo de Pedro, exatamente onde fica hoje o Vaticano. E muitíssimos outros cristãos, como São Paulo e mártires diversos da igreja desse período. E daí em diante foram assumindo esse poder do Papa, os seus sucessores, mantendo fielmente a tradição apostólica na igreja. Passando a fé de pessoa a pessoa.
O credo dos apóstolos foi difundido nesse período, nas várias celebrações eucarísticas já celebradas em comunidades e casas de cristãos. Os Evangelhos começaram a serem escritos: dois por dois apóstolos e outros dois discípulos dos apóstolos . E muitas vezes foi copiado para conhecimento da vida de Cristo e seus ensinamentos. Surgiu o Didaquê, que com ele facilitou o conhecimento da catequese da tradição cristã nos primórdios da igreja.
Todos os mártires desse início morriam com total convicção da certeza da vida eterna, e isso foi convertendo os romanos. Que se deixaram conduzir por essa fé e a Igreja ali se instalou perpetuamente até hoje. Durante o desenvolvimento da vida cristã, surgiu o grande desafio de como levar adiante essa fé, lutando constantemente contra heresias que se contrapunham a convicção Ortodoxa da Igreja. As heresias são provocadas por pessoas, que escolhem sua própria doutrina. Que não querem seguir a tradição perpetuada pelos sucessores fieis aos seus antecessores e os documentos disponíveis deixados pelos primeiros apóstolos.
Para proteger a fé das heresias, surgiram os nossos Primeiros Pais da Igreja, homens muito zelosos e estudiosos que estudaram incansavelmente para manterem fixa a doutrina verdadeira:
Padres da Igreja, Santos Padres, Pais Apostólicos ou simplesmente Pais da Igreja foram influentes teólogos, professores e mestres cristãos, na grande maioria importantes bispos de igrejas cristãs primitivas. Seus trabalhos acadêmicos foram utilizados como precedentes doutrinários nos séculos subsequentes. Os padres da Igreja foram classificados entre os séculos II e VII. O estudo dos escritos dos Padres da Igreja é denominado Patrística.
As igrejas Católica Apostólica Romana, Católica Ortodoxa e parte das igrejas protestantes (incluindo as igrejas Luterana, Presbiteriana, Anglicana e Batista) acreditam que os pais da igreja proporcionaram a interpretação correta da Sagrada Escritura e distinguiram as autênticas doutrinas, combatendo veementemente as heresias da época.
Os escritos dos padres da Igreja podem ser definidos como “o primeiro conjunto de literatura cristã posterior ao Novo Testamento”. Apesar de muitas diferenças, esses escritos apresentam características comuns, como a simplicidade intelectual e doutrinária, a grande reverência pelo Antigo Testamento, além da preocupação com a liderança eclesiástica, numa época em que a Igreja começava a experimentar forte processo de institucionalização.
Desses intelectuais se destacaram muito como grandes defensores e apologistas da fé foram São Basílio, São Gregório Nissa e São Gregório Nazianzeno. E nos Concílios chegaram numa conclusão definitiva contra muitas heresias. Um exemplo fascinante de um dos grandes Concílios da Igreja que foi determinante para acabar com uma grande heresia difundida dentro da igreja, foi o de Nicéia, onde se lutou ferrenhamente por Santo Atanásio, São Nicolau, dentre outros contra o Arianismo, que afirmavam que Jesus não era realmente Deus. Nesse Concílio São Nicolau chegou a ser preso, e retiraram suas roupas de bispo. E por milagre extraordinário, as suas roupas foram restituídas na prisão de forma milagrosa ao mesmo, e assim foi restituído seu posto.
Pouco a pouco, o império romano foi assumindo a religião católica como religião do império. Santo Agostinho, quem declarou que o Império Romano iria cair, e não se sustentaria como estava. E ele afirma que a fé cristã permanece, e por isso escreveu sua regra, para que a cultura apesar da queda do Império seja preservada.
Os princípios essenciais da Regra de Santo Agostinho são:
A Pobreza, a Castidade,a Obediência, o desapego do mundo, a repartição do trabalho, o dever mútuo de superiores e irmãos, a caridade fraterna, a oração, a abstinência comum e proporcional à força do indivíduo, o cuidado dos doentes, o silêncio, a leitura e a vida em fraternidade.
O título, Regra de Santo Agostinho, foi aplicado a cada um dos seguintes documentos:
- Carta 221, dirigida para comunidades compostas por mulheres;
- Sermões 355 e 356, intitulados “De vita et moribus clericorum suorum”;
- Consortia monachorum, uma parte da Regra elaborada por clérigos;
- Regula Secunda (Regra Segunda);
- De vitâ eremiticâ ad sororem liber;
E se abre o caminho para a Idade Média. Onde houve a queda real do Império Romano. Nesse período, houve muitos desafios em meio às perseguições dos pagãos. Poucos homens heróicos se levantam para defender a fé. Surgem muitos livros para resgatar a tradição, nomes como Boécio dentre outros. Surge daí muitos países como França pelo Batismo de Clovis, após uma revelação divina; a Polônia é criada por uma união de cristãos que estavam sendo perseguidos; A Irlanda ganha sua identidade com ajuda de São Patrício; a Inglaterra com os beneditinos e São Gregório interferem muito na cultura desse tempo; em meio a um tempo chamada de idade das trevas, surgem grandes luzeiros na história do mundo cristãos que são os únicos que se dedicam ao estudo e cultura; Surgem daí a educação impulsionada pela Igreja, com grandes faculdades e escolas catedrais, que espalham a educação de base para todos os que puderam conceder.
Desse período de estudiosos, surge o grandíssimo intelectual São Tomás de Aquino, que incrivelmente mudou a história da Igreja. Porém, surge cada vez mais, imenso ódio contra a Igreja por parte dos rebeldes heréticos. Derivando muitas guerras religiosas resultando na Grande divisão da Cristandade. Grande combate ao Islã, que conquistam uma grande parte das regiões onde eram todas cristãs. Nesse período que houve as Grandes Cruzadas, buscando evitar essas conquistas do Islã sobre regiões antes totalmente cristãs, por exemplo Turquia antes totalmente católica; Istambul era a Constantinopla que era totalmente cristã, dentre muitas outras regiões de onde foram expulsos os cristãos. Porém, foi um período muito violento. E a conhecida Inquisição, nada mais era, um tribunal para julgar os que eram heréticos que matavam pessoas na época, como mulheres grávidas e eram linchados em público pelo povo. E a Inquisição buscava descobrir realmente se os que eram acusados de heresias, realmente assim o eram, para os entregarem para as autoridades civis.
Contudo isso, disseram que houve muitos abusos na Inquisição, porém, todo tribunal humano é falho. Mas devemos lembrar que a Revolução Francesa foi a que mais matou pessoas nesse período da história, que deu consequência à muitas ditaduras na história francesa. Um dos lemas da revolução francesa era matar todos os padres, pois eram plenamente contra a fé cristã.
Muitos cientistas foram cristãos católicos, até padres e religiosos e a Igreja fundou muitas universidades especializadas e hospitais. Fornecendo educação para a civilização humana.
Na modernidade, estamos acostumados a viver numa sociedade secular que exila a religião para a esfera privada. “Não falamos de Deus”, proclamou há alguns anos um político britânico de destaque. Nada poderia se opor mais à visão católica da sociedade tal como enunciada por Leão, particularmente em sua encíclica Immortale Dei. Embora a Igreja não tenha preferência por nenhum tipo de governo, toda autoridade na sociedade tem origem em Deus e está sujeita à lei divina.
Portanto, é terrível para a Igreja defender um conjunto de valores enquanto o Estado arvora-se em princípios completamente opostos aos dela. Na sociedade moderna, todas as religiões são tratadas igualmente como verdadeiras, falsas ou com indiferença. Mas para a Igreja católica, o que é vital para o homem é a prática de sua religião e a família como bases incontestáveis para o desenvolvimento social humano. O Século XX, é o século dos mártires, foi o período que mais assassinou cristãos como serem cristãos.
No século XXI, a religião é considerada irrelevante e o casamento, reduzido a uma “preferência de estilo de vida”; condições sociais e econômicas tornam cada vez mais difícil a obtenção de propriedade, enquanto as ideologias liberal e socialista continuam a atacar os valores da civilização cristã. Neste contexto, não podemos senão restabelecer a ligação com os valores apresentados por Leão XIII, os quais poderiam formar a base para a reconstrução de nossa sociedade destroçada e lançar as sementes de uma contrarrevolução cristã.
Dê seu testemunho sobre seu encontro com a Divina Vontade