Caderno de Valtorta – Carta aos Romanos – Jesus e sua natureza de filho de Deus

Carta aos Romanos
Caderno de Valtorta – Carta aos Romanos – Jesus e sua natureza de filho de Deus
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2 de janeiro de 1948

[1] O Autor Ss. diz :
   «“Declarado Filho de Deus pela sua própria virtude”. Qual? A? Muitos? De que natureza? Eu vou te dizer.
   Primeiro. De natureza divina.
   O Filho do Pai é Deus como o Pai, e o fato de ter assumido a carne humana não destruiu nem interrompeu a união entre o Pai de quem o Filho é gerado e em quem o Filho o Pai se compraz. Não somente. O Filho de Deus não deixa de ser Deus por ter assumido a natureza do homem. Gerado por Deus Pai, por expansão natural do Amor perfeito, que por sua natureza precisa amar e que por sua dignidade precisa amar uma Perfeição igual ao seu infinito – todos os outros amores de Deus, exceto aquele pelo Santíssimo, o nosso amor , é a bondade de Deus – Só Ele, com o amor do Filho e do Filho de Deus, satisfaz a Deus com um amor digno dele.
   Evito a sua objeção dizendo-lhe: Ao amar Maria, Deus ainda ama a si mesmo, porque. Ele a formou cheia de Graça, por um pensamento de Graça, para que dê origem à Graça ao mundo. Pode-se dizer que Maria é: o ventre de Deus, porque deu à luz o Filho de Deus, da Graça de que foi plena, e deu um Homem, na Terra, digno do Amor paterno.
   Como um viveiro circular onde as águas correm sem nunca chegar à foz, assim Maria, a água mais pura de uma fonte selada, emergiu do fervor incandescente do Pensamento eterno e correu pelas margens da paz, trazendo consigo a paz e a pureza, e voltou a Deus para acolher Deus e gerar o Filho de Deus, e voltou às arenas selvagens para dar aos desertos dos corações a Luz, a Verdade, a Vida, e mais uma vez, cumprida a sua missão, como a água sugada pelo sol, ele o levou para o ventre místico que te fez nascer, para que a Salvação te desse à luz. E aí está: Fonte inviolável de pureza, único espelho digno da Perfeição que esquece tudo o que se ofende ao olhar para a Imaculada.
   O Verbo não deixa de ser Deus porque se tornou Homem. A humanidade tomada não é uma degradação da Divindade, da sua Natureza eterna. Mas a Humanidade eleva-se, sem perder a sua natureza, à perfeição da união com a Divindade, algo atestado pelas maravilhas realizadas por Cristo. O Pai sempre com o Filho. O Filho é sempre Deus como o Pai. Porque a Divindade não pode ser dividida ou mudar sua natureza através de aparente divisão e aniquilação em uma natureza inferior à divina.
   Jesus Cristo é, portanto, Filho de Deus pela natureza divina do Verbo gerado pelo Pai, encarnado pela obra do Espírito Santo para a saúde da humanidade.
   Mas – segunda via – mas ele se declarou Filho de Deus também por natureza humana, virtuoso de forma perfeita.
Jesus Cristo, o Filho feito ao Pai pela semente de Davi, tinha livre arbítrio. E como Deus e como homem. Essa liberdade de sua vontade é demonstrada por suas ações, feitas de acordo com o que ele quis, quando quis, com quem quis. Nem os elementos nem as criaturas poderiam se opor à sua vontade, que era perfeita com a própria liberdade de Deus.
   Eles não podiam. Apenas uma vez que puderam. Mas então foi porque o Filho de Deus não prevaleceu. Ele não abusou do seu poderoso livre arbítrio para escapar da morte na cruz. Se ele tivesse feito isso, teria cometido roubo, abuso, abuso de seus infinitos poderes como Filho de Deus. E Lúcifer, ainda mais que Lúcifer, teria se tornado um rebelde.
   Mas Cristo nunca foi rebelde. Nada, nem mesmo a repugnância humana natural à tortura, o tornou assim. Porque acima do seu livre arbítrio estava a Vontade do Pai. E o Filho divino perfeitíssimo, de natureza igual à do Pai, não se aproveitou disso, mas com amor reverencial disse sempre Àquele que o gerara: “seja feita a tua vontade”, e manso e obediente estendeu-se seus pulsos torcidos para serem arrastados para o sacrifício.
   Ele, portanto, tinha livre arbítrio. Mas ele usou isso para ser perfeito como homem, assim como ele era perfeito como Deus.
   É dito: “Ele não podia pecar”. Esta palavra seria correta se Cristo fosse apenas Deus. Deus não pode pecar por ser perfeição. Mas a sua segunda natureza está sujeita à tentação. E as tentações são um meio para pecar se não forem rejeitadas. E duras tentações foram desencadeadas contra o Homem. Todo o ódio contra Ele. Todo o rancor, o medo, a inveja do Inferno e dos homens, contra Ele, contra o Forte que eles sentiam ser o Vencedor, mesmo que ele tivesse a mansidão de um cordeiro.
   Mas Jesus não queria pecar. Dar ao Forte o devido reconhecimento da sua fortaleza. Ele não pecou porque não queria pecar. E também por causa desta perfeição de justiça, contra todas as armadilhas e acontecimentos, Ele se declarou Filho de Deus.
   Não foi dito também a vós: “Sede deuses e filhos do Altíssimo”?
   Foi assim porque em sua humanidade, igual à sua, era deus e filho do Altíssimo para a justiça de cada um de seus atos.
   A sabedoria diz-vos, ó homens, que a declaração da filiação divina em Jesus nascido de Maria da linhagem de David, bem como da palavra do Pai, dos milagres, da palavra do Mestre e da sua ressurreição, é dada pelo seu senhorio sobre as paixões do homem e sobre as tentações dadas ao Homem. Santo por natureza divina, quis ser também santo segundo a natureza humana, verdadeiro primogênito da família eterna dos filhos de Deus, co-herdeiros do Reino dos Céus.
   Finalmente, ele se declarou Filho de Deus através de sua ressurreição espontânea. Deus: Ele, para si mesmo: Deus-Homem, morto pelos homens para sua saúde, tendo consumado o sacrifício, dada a prova certa de ter estado morto, soprou vida novamente em si mesmo, e por si mesmo, sem expectativas ou julgamento, glorificou também seu Corpo vitorioso sobre todas as misérias resultantes do primeiro pecado original”.

Tabela de Conteúdo

[1] As referências aos trechos da carta paulina, que colocamos de forma abreviada, são as mesmas que Maria Valtorta coloca, por extenso, após as datas e antes de começar a escrever os “ditados” das lições. Somente na 1ª e 3ª lições ele acrescenta o texto da passagem à referência, que omitimos, tanto por uniformidade com as outras lições, como porque trouxemos todo o texto da Carta aos Romanos de volta ao início.

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