Adão e Eva, sendo criaturas, quiseram “ser como deuses” (cf. Gen 3,5). Jesus, sendo Deus, fez-se Criatura.
Podemos dizer que a soberba é a “cultura do ego”. Você já reparou quantas vezes por dia dizemos a palavra “eu”?
“Eu vou, eu acho, eu penso que, eu prefiro (…)”.
A luta do cristão é para que essa “força” puxe-o para Deus e não para o ego.
Jesus, nosso modelo, afirmou: “Não busco a minha glória” (Jo 8,50). São Paulo insistia no mesmo ponto:
“É porventura, o favor dos homens que eu procuro ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens?
Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Deus” (Gl 1,10).
O soberbo se esquece de que é uma simples criatura, que saiu do nada pelo amor e chamado de Deus, e que, portanto, depende do Senhor em tudo.
Como disse Santa Catarina de Sena, a soberba “rouba a glória de Deus”, pois quer para si as homenagens e os aplausos que pertencem só a Ele.
São Paulo lembra aos coríntios que “nossa capacidade vem de Deus” (II Cor 3,5). Aos romanos ele disse:
“Não façam de si próprios uma opinião maior do que convém, mas um conceito razoavelmente modesto” (Rm 12,3).
“Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisas modestas. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos” (Rm 12,16).
Aos gálatas, o apóstolo dos gentios destacou: “Quem pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo” (Gl 6,3).
A soberba tem muitos filhos: orgulho, vaidade, vanglória, arrogância, prepotência, presunção, autossuficiência, amor-próprio, exibicionismo, egocentrismo, egolatria.
A soberba consiste em a pessoa sentir-se como se fosse a “fonte” dos seus próprios bens materiais e espirituais.
Acha-se cheia de si mesma e se esquece de que tudo vem de Deus e é dom do Alto, como disse São Tiago:
“Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes” (Tg 1,17).
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