Nosso Deus nunca impõe qualquer forma de reconhecimento arbitrário, de adoração formal, ou de serviço
escravizante às criaturas inteligentes e dotadas de vontade. Os habitantes existentes criados no tempo e espaço, por si mesmos, devem – nos seus corações – reconhecer, amar e voluntariamente adorá-Lo.
O Criador recusa-Se a exercer coação de submissão sobre os livres-arbítrios espirituais das suas criaturas materiais.
A dedicação afetuosa da vontade humana, de fazer a vontade do Pai, é a dádiva mais bem escolhida que o homem pode oferecer a Deus; de fato, uma consagração assim, da sua vontade de criatura, constitui a única dádiva possível de valor verdadeiro, do homem, ao Pai Criador. Em Deus, o homem vive, move-se e tem o seu ser; não há nada que o homem possa dar a Deus, a não ser essa escolha de ater-se à vontade do Pai; e uma decisão como essa, efetivada pelas criaturas volitivas inteligentes da terra, na realidade, constitui a verdadeira adoração, que satisfaz muito plenamente ao Pai Criador, em cuja natureza o amor é preponderante.
Quando realmente vos houverdes tornado conscientes de Deus, após descobrirdes verdadeiramente a majestade do Criador e houverdes experimentado e compreendido a presença espiritual do divino, que em vós reside, então, segundo o vosso esclarecimento e de acordo com a maneira e o método pelo qual o Filho Divino revela o Pai, vós encontrareis sentido verdadeiro em chamá-lo de seu Pai, nome que expresse adequadamente o vosso conceito da Primeira Grande Fonte e Centro de tudo o que existe.
“Que doce lembrança é a criação do homem. Ele era feliz e nós também, sentíamos o fruto da felicidade de nossa obra, sentíamos muito gosto em amá-lo e em ser amados. Nossa Vontade Divina o conservava fresco e belo, e levando-o entre seus braços de luz nos fazia contemplar como era bela a obra criada por Nós, nosso amado filho, e como filho o tínhamos em nossa casa, em nossos bens intermináveis, e por consequência, como era filho, atuava como dono.
Teria sido contra a natureza de nosso amor não fazer senhor a quem tanto amávamos e nos amava; no verdadeiro amor não há teu e meu, mas sim tudo é em comum.
E além disso, ao fazê-lo dono nada nos vinha de mal, nos alegrava, nos fazia sorrir, nos divertia, nos dava as belas surpresas de nossos mesmos bens, e além disso como não deveria ser dono se possuía nossa Vontade Divina que senhoria tudo e domina tudo? Para não torná-lo dono devíamos pôr em servidão a nossa Vontade, o que não podia ser, onde Ela reina não existe servidão, mas sim tudo é domínio. Por isso, até que o homem viveu em nosso Fiat Divino, não conheceu servidão; enquanto pecou, subtraindo-se de nosso Querer Divino, perdeu o senhorio e se reduziu à escravidão. Que mudança, de filho para servo! Perdeu o comando sobre as coisas criadas, tornou-se o servo de todos. O homem que se retirou de nosso Fiat Divino sentiu-se abalado até no mais profundo, e sua própria pessoa a sentiu vacilante, sentiu o que é debilidade, e se sentiu servo de paixões que o faziam envergonhar-se de si mesmo, e chegou a perder seu domínio. Assim não estava mais em seu poder, como antes, a força, a luz, a graça, a paz, mas a devia mendigar de seu Criador com lágrimas e orações. Vê então o que significa viver em meu Querer Divino? Ser dono; quem faz sua vontade é servo”. Fevereiro 26, 1930
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