Dom da Piedade na Divina Vontade

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O dom da piedade e seus efeitos
609. O dom da piedade é uma
energia ou influxo com que o Espírito Santo abranda e liqüefaz a vontade humana,
movendo-a para tudo o que pertence ao
agrado do Altíssimo e bem do próximo.
Com esta docilidade e suave doçura, a
vontade fica disposta e a memória atenta
para, em todo tempo, lugar e acontecimento, louvar, bendizer e dar graças e
honra ao sumo bem, como também para
sentir terna e amorosa compaixão pelas
criaturas, prontificando-se a auxiliá-las em
seus trabalhos e necessidades.
Este dom não é maculado pela
inveja, não conhece o ódio, nem avareza,
tibieza e mesquinhez de coração. Nele produz forte e suave inclinação que o leva,
doce e amorosamente, a empreender todos
atos do amor de Deus e do próximo. Quem
possui esse dom torna-se benévolo,
prestativo, dedicado e diligente. Por isto
disse o Apóstolo que o exercício da piedade era útil para todas as coisas (ITm 4,8),
e lhe está prometida a vida eterna, por ser
nobilíssimo agente da caridade.

O dom de piedade nos leva a amar Deus profundamente e viver em comunhão com Ele, desejando sempre fazer a Sua vontade. Às vezes, esse dom é mal entendido pelos que a representam de mãos juntas, olhos baixos e orações intermináveis.

O dom da piedade nos leva a amar e reverenciar tudo que é de Deus: a oração individual, a oração litúrgica, a vida sacramental, a adoração ao Santíssimo Sacramento, a reza do santo terço, o desejo de pregar a Palavra de Deus, a meditação da Palavra, a leitura de bons livros, o zelo pelas coisas sagradas etc.

Esse dom nos faz devotos. A devoção é a rainha das virtudes. A prática da devoção tem de atender a nossa saúde, as nossas ocupações e deveres particulares. A verdadeira devoção nada destrói; ao contrário, tudo aperfeiçoa. Se tens uma vontade sincera de entrar nas veredas da devoção, procura um guia sábio e prático que te conduza”, disse São Francisco de Sales.

A palavra “piedade”, no seu sentido original, diz respeito à atitude de uma criança para com seus pais: uma combinação de amor, confiança e reverência. Se essa é a nossa disposição habitual para com o nosso Pai, estamos vivendo o dom de piedade.

Esse dom do Espírito Santo leva-nos a praticar a virtude, a manter uma atitude de confiante intimidade e familiaridade com Deus. Leva-nos a conversar com Ele como um filho conversa com seu pai ou com sua mãe, com naturalidade, espontaneidade, confiança e amor.

O dom do Espírito nos orienta divinamente em todas as relações que temos com Deus e com o próximo, tornando-as mais profundas e perfeitas. São Paulo se refere a este dom quando escreve: “Recebestes o espírito de adoção filial, pelo qual bradamos: “Abbá, ó Pai” (Rm 8, 15). O Espírito Santo, mediante o dom da piedade, faz-nos, como filhos adotivos, reconhecer Deus como Pai.

E pelo fato de reconhecermos Deus como Pai, consideramos as criaturas com olhar novo, inspirado pelo mesmo dom, o qual nos leva a não considerar tanto os benefícios recebidos da parte de Deus, mas, muito mais, o fato de que Ele é sumamente santo e sábio: “Nós vos damos graças por vossa grande glória”, diz a Igreja no hino da liturgia eucarística; é, sim, próprio de um filho olhar a honra e a glória de seu pai sem levar em conta os benefícios que ele possa receber do mesmo.

É o dom da piedade que leva os santos a desejar, acima de tudo, a honra e a glória de Deus, “… para que em tudo seja Deus glorificado”, diz São Bento; ao passo que Santo Inácio de Loiola exclama: “… para a maior glória de Deus”.

É também o dom da piedade que desperta no cristão viva e inabalável confiança em Deus Pai, confiança e entrega como, por exemplo, dá testemunho Santa Teresinha de Lisieux na sua doutrina sobre a infância espiritual.

O dom de piedade não estimula os cristãos apenas a cumprir seus deveres para com Deus de maneira filial, mas os leva também a experimentar interesse fraterno para com todos os seus semelhantes. Típico exemplo desse sentimento encontra-se na vida de São Francisco de Assis: quando este, certo dia, sonhando com as glórias de um cavaleiro medieval, avistou um leproso, sentiu-se movido a superar qualquer repugnância e a dar-lhe o beijo que exprimia a fraternidade de todos os homens entre si.

O dom de piedade, tornando o cristão consciente de sua participação na família dos filhos de Deus, move-o a ultrapassar as categorias do direito e do dever, a fim de testemunhar uma generosidade que não regateia nem mede esforços desde que sirva aos irmãos. É o que manifesta o apóstolo ao escrever: “Quanto a mim, de bom grado me despenderei, e me despenderei todo inteiro, em vosso favor” (2Cor 12, 15).

12-18 Agosto 14, 1917 Jesus não fazia outra coisa que dar-se em poder da Vontade do Pai. Exemplo da Santidade de viver no Divino Querer.
(1) Encontrando-me no meu estado habitual, meu doce Jesus, depressa veio e me disse: (2) “Minha filha, Eu não fazia outra coisa senão dar-me em poder da Vontade do Pai, se pensava, pensava na mente do Pai; se falava, falava na boca e com a língua do Pai; se operava, operava nas mãos do Pai; também o respiro respirava nele, e tudo o que fazia ia ordenado como Ele queria. Assim eu podia dizer que minha Vida a desenvolvia no Pai, e Eu era o portador do Pai, porque tudo encerrei em seu Querer e nada fazia por Mim, meu ponto principal era a Vontade do Pai, porque Eu não punha atenção a Mim mesmo, nem pelas ofensas que me faziam interrompia meu curso, senão que sempre voava mais a meu centro, e minha Vida natural terminou quando em tudo cumpri a Vontade do Pai. Assim, tu filha minha, se te deres em poder de minha Vontade, não terás mais pensamento de nada, minha mesma privação que tanto te atormenta e te consome, correndo em minha Vontade encontrará o sustento, meus beijos 16 escondidos, minha Vida em ti vestida de ti, em tua mesma batida de coração sentirás o meu, ardente e dolorido, e se não me vês, sentes-me, meus braços te estreitam, e quantas vezes não sentes meu movimento, meu alento refrescante que acalma teus ardores? Você sente tudo isto, e quando faz por ver quem te estreitou, quem te deu seu alento, e não me vê, Eu te sorrio e te beijo com os beijos de meu Querer e me escondo mais em você, para te surpreender de novo e para te dar um avanço de mais em minha Vontade. Por isso não me amargures com afligir-te, senão deixa-me fazer, o voo do meu Querer não se detenha jamais em ti, de outra maneira impedirias a minha Vida em ti, enquanto com o viver do meu Querer, Eu não encontro impedimento e faço crescer e desenvolver a minha Vida como quero”. (3) Agora, para obedecer quero dizer duas palavras acerca da diferença do viver resignado à Divina Vontade, e o viver no Divino Querer: (4) Primeiro, viver resignado segundo meu pobre parecer, significa resignar-se em tudo à Vontade Divina, tanto nas coisas prósperas como nas adversas, olhando em todas as coisas à Divina Vontade, a ordem das disposições divinas que tem sobre todas as criaturas, e que nem sequer um cabelo pode cair de nossa cabeça se o Senhor não o quer. Parece-me que é como um bom filho que vai aonde quer o pai, sofre o que quer o pai; rico ou pobre lhe é indiferente, porque está contente só de ser o que o pai quer; se recebe ou pede ordens de ir a alguma parte para o desempenho de alguma empresa, ele vai somente porque o quis o pai, mas enquanto dura o tempo de estar longe deve tomar um descanso, deter-se para descansar, tomar o alimento, tratar com pessoas, portanto deve pôr muito de seu querer apesar de que vai porque o quis o pai, mas em tantas coisas se encontra na ocasião de fazer por si mesmo, portanto pode estar os dias, os meses, longe do pai, sem estar em todas as coisas especificada a vontade do pai. Assim, a quem vive resignado ao Divino Querer é quase impossível não misturar sua vontade no que faz, será um bom filho, mas não terá em todos os pensamentos, as palavras, a vida do pai retratada de todo nele, porque devendo ir, voltar, seguir, tratar com outros, o amor fica quebrado, porque só a união contínua faz crescer o amor, e jamais se rompe, e a corrente da vontade do pai não está em comunicação contínua com a corrente da vontade do filho, e naqueles intervalos o filho pode habituar-se a fazer a própria vontade; no entanto, eu acho que é o primeiro passo para a santidade. (5) Segundo, viver no Divino Querer, queria a mão de meu amável Jesus para escrevê-lo. Ah!
Só Ele poderia dizer tudo o belo, o bom e o santo do viver no Divino Querer, eu sou incapaz, tenho muitos conceitos na mente mas faltam-me as palavras. Jesus meu, converte-te em minha palavra, e eu direi o que posso: (6) Viver no Divino Querer significa inseparabilidade, não fazer nada por si mesmo, porque diante do Divino Querer se sente incapaz de tudo, não pede ordens nem as recebe, porque se sente incapaz de ir sozinho e diz: “Se queres que faça, façamos juntos, e se queres que vá, vamos juntos”. Portanto, faz tudo o que o Pai faz: Se o Pai pensa, faz seus os pensamentos do 17 Pai, e não faz nem mais um pensamento do que faz o Pai; se o Pai olha, se fala, se age, se caminha, se sofre, se ama, também ela olha para o que olha o Pai, repete as palavras do Pai, age com as mãos do Pai, caminha com os pés do Pai, sofre as mesmas penas do Pai e ama com o amor do Pai; vive não fora mas dentro do Pai, por isso é o reflexo e o retrato perfeito do Pai; O que não é para quem vive somente resignado. A este filho é impossível encontrar sem o Pai, nem o Pai sem ele, e não só externamente, mas todo o seu interior se vê como entrelaçado com o interior do Pai, transformado, perdido tudo, tudo em Deus. ¡Oh, os vôos rápidos e sublimes deste filho no Querer Divino! Este Querer Divino é imenso, a cada instante circula em todos, dá vida e ordena tudo, e a alma espaçando-se nesta imensidão voa para todos, ajuda a todos, ama a todos, mas como ajuda e ama o mesmo Jesus, o que não pode fazer quem vive só resignado, Assim, a quem vive no Divino Querer é impossível fazer por si só, mas bem sente náusea de seu obrar humano, ainda que seja santo, porque no Divino Querer, as coisas, ainda as menores, tomam outro aspecto, adquirem nobreza, esplendor, santidade divina, potência e beleza divinas, multiplicam-se ao infinito, e num instante faz tudo e depois que fez tudo, diz:
“Não fiz nada, fez Jesus, e este é todo meu contentamento, que miserável qual sou, Jesus me deu a honra de ter-me no Divino Querer para fazer-me fazer o que fez Ele”. Assim que o inimigo não pode molestar a esta filha em se fez bem ou mal, pouco ou muito, porque tudo o fez Jesus, e ela junto com Jesus, esta é a mais pacífica, não está sujeita a ansiedades, não ama a nenhum e ama a todos, mas divinamente, pode-se dizer: “É a repetidora da Vida de Jesus, o órgão da sua voz, o bater do seu coração, o mar das suas graças”. (7) Só nisto, creio, consiste a verdadeira santidade; todas as outras coisas são sombras, larvas, espectros de santidade. No Querer Divino as virtudes tomam lugar na ordem divina; ao contrário, fora Dele, na ordem humana, estão sujeitas a estima própria, a vanglória, a paixões. ¡ Oh! quantas boas obras e quantos sacramentos freqüentados são de chorar diante de Deus, e de reparar-se, porque estão vazios do Divino Querer, portanto sem frutos. Queira o Céu que todos compreendessem a verdadeira santidade, oh! como todas as outras coisas desapareceriam. (8) Portanto, muitos se encontram no caminho falso da santidade, muitos a põem nas pias práticas de piedade, e ai de quem as estorve! Oh! como se enganam, se seus querer não estão unidos com Jesus, e também transformados nele, o que é contínua oração, com todas as suas pias práticas sua santidade é falsa, e se vê que estas almas passam com muita facilidade das pías práticas aos defeitos, às diversões, a semear discórdias e a tantas outras coisas. ¡Oh, como é desonrosa esta espécie de santidade! Outros põem a santidade em ir à igreja e assistir a todas as funções, mas seu querer está distante de Jesus, e se vê que estas almas pouca atenção põem a seus próprios deveres, e se são impedidas se enfurecem, choram porque sua santidade lhes vai pelo ar, lamentam-se, desobedecem, são as chagas das famílias; oh, que falsa santidade! Outros a colocam nas confissões freqüentes, na direção detalhada, em fazer 18 escrúpulo de tudo, mas logo não se fazem escrúpulo de que seu querer não corre junto com o Querer de Jesus, e ai de quem as contradiz! ; estas almas são como os balões inflados, que assim que lhes faz um pequeno buraco, sai o ar e sua santidade se esfuma, e caem por terra, estes pobres balões têm sempre que dizer, são facilmente levados à tristeza, vivem sempre em dúvida, e por isso queriam um diretor para eles, que em cada pequena coisa os aconselhasse, os tranquilizasse, os consolasse, mas logo estão mais agitados que antes. Pobre santidade, como é falsificada, gostaria das lágrimas de meu Jesus para chorar junto com Ele sobre estas santidades falsas e fazer conhecer a todos como a verdadeira santidade está em fazer a Divina Vontade e viver no Divino Querer, esta santidade lança as suas raízes tão profundas, que não há perigo de que oscile, porque enche Céu e terra, e onde quer que encontre o seu apoio; é firme, não sujeita a inconstâncias, a defeitos voluntários, atenta aos próprios deveres, é a mais sacrificada, desapegada de todos e de tudo, mesmo das mesmas direções, e como suas raízes são profundas, eleva-se tão alto, que as flores e os frutos florescem no Céu, e está tão escondida em Deus que a terra pouco ou nada vê desta alma; o Querer Divino a tem absorvida nele; Só Jesus é o artífice, a vida, a forma da santidade desta invejável criatura, não tem nada de seu, senão tudo é em comum com Jesus, sua paixão é o Divino Querer; sua característica é o Querer de seu Jesus, e o Fiat é seu movimento contínuo. (9) Ao contrário, a pobre e falsa santidade dos balões está sujeita a contínuas inconstâncias, e enquanto parece que os balões de sua santidade se inflam tanto, que parecem voar pelo ar a uma certa altura, tanto que muitos e os mesmos diretores ficam admirados, mas logo se desengaçam; e basta para fazer esvaziar estes balões, uma humilhação, uma preferência usada pelos diretores com qualquer outra pessoa, acreditando-lhes um roubo que lhes fazem, pois se acreditam as mais necessitadas, portanto, enquanto se fazem escrúpulo de tolices, depois chegam a desobedecer; é a inveja e a traça destes balões, que roendo-lhes o bem que fazem, vai tirando-lhes o ar e o pobre balão se esvazia e cai por terra, chegando a sujar-se de terra, e então se vê a santidade que havia no globo; E o que se encontra? Amor próprio, ressentimento, paixões escondidas sob aspecto de bem, e se tem ocasião para dizer: Fizeram-se brinquedo do demônio; assim que de toda a santidade, não se encontrou outra coisa que um amasso de defeitos, aparentemente disfarçados de virtude. Mas quem pode dizer tudo? Só Jesus conhece os males piores desta falsa santidade, desta vida devota sem fundamento, porque está apoiada sobre uma falsa piedade. Estas falsas santidades são as vidas espirituais sem fruto, estéreis, que são causa de fazer chorar, quem sabe quanto, ao meu amável Jesus; são o mal humor da sociedade, as cruzes dos mesmos diretores, das famílias. Pode-se dizer que levam junto a eles um ar maléfico que danifica a todos. (10) ¡ Oh, que diferente é a santidade da alma que vive no Querer Divino! Estas almas são o sorriso de Jesus, estão afastadas de todos, mesmo dos mesmos diretores, só Jesus é tudo para elas, assim que não são suplício para nenhum; o ar benéfico que possuem embalsama a  todos, são a ordem e a harmonia de todos. Jesus, zeloso destas almas, faz-se ator e espectador do que fazem, nem sequer um batimento cardíaco, um respiro, um pensamento que Ele não regule e domine. Jesus as tem tão absorvidas no Divino Querer, que dificilmente podem lembrar-se que vivem no exílio.

17-17 Outubro 6, 1924 A Divina Vontade é pulsação primária da alma e de todas as coisas criadas.

(1) Estava me fundindo toda no Santo Querer Divino, e meu doce Jesus movendo-se em meu interior me disse:.
(2) “Minha filha, como é belo ver uma alma fundir-se em minha Vontade, enquanto a alma se funde nela, o batimento criado toma lugar e vida no batimento incriado e formam um só, e corre e bate junto com o batimento eterno. Esta é a maior felicidade do coração humano, bater na batida eterna do seu Criador. Meu Querer o põe em vôo e o batimento humano se lança no centro de seu Criador”.
(3) Então eu lhe disse: “Diz-me, meu amor, quantas vezes gira o teu Querer em todas as criaturas?”.
(4) E Jesus: “Minha filha, meu Querer, em cada batida de criatura forma seu giro completo em toda a Criação, e assim como o batimento na criatura é contínuo, e se cessa o batimento cessa da vida, assim minha Vontade, mais que pulsação, para dar Vida Divina às criaturas gira e forma o batimento da minha Vontade em cada coração. Veja então como está minha Vontade em cada criatura, como batimento primário, porque o seu é secundário. Aliás, se há pulsação de criatura, é em virtude do bater da minha Vontade, mas sim, esta minha Vontade forma dois batimentos, um para o coração humano como vida do corpo; e outro para a alma, como batida e vida da alma. Mas 27 queres saber o que faz este batimento da minha vontade na criatura? Se pensa, minha Vontade corre e circula como sangue nas veias da alma e lhe dá o pensamento divino, a fim de que faça a um lado o pensamento humano e dê o lugar primário ao pensamento de minha Vontade; se fala, quer o lugar a palavra de minha Vontade; se obra, se caminha, se ama, minha Vontade quer o lugar da obra, do passo, do amor. É tanto o amor e o zelo de minha Vontade na criatura, que enquanto bate, se a criatura quer pensar se faz pensamento, se quer olhar se faz olho, se quer falar se faz palavra, se quer obrar se faz obra, se quer caminhar se faz pé, se quer amar se faz fogo, em suma, corre e gira em cada ato da criatura para tomar nele seu lugar primário que lhe é devido; mas com grande dor nossa a criatura lhe nega este lugar de honra e dá este lugar a sua vontade humana, e a minha Vontade é forçada a estar na criatura como se não tivesse nem pensamento, nem olho, nem palavra, nem mãos, nem pés, sem poder desenvolver a Vida da minha Vontade no centro da alma da criatura. ¡ Que dor! Que grande ingratidão! Mas você quer saber quem me dá campo livre e faz a minha Vontade trabalhar como batida de vida em sua alma? Quem vive na minha Vontade. Pois bem, oh! como nela desenvolve bem sua Vida e se constitui pensamento de seu pensamento, olho de seu olho, palavra de sua boca, batido de seu coração e assim de tudo o resto. Oh! como nos entendemos imediatamente, e minha Vontade consegue a tentativa de formar sua Vida na alma da criatura. E não só na criatura racional minha Vontade tem seu lugar primário e é como bater que dando a circulação à vida da alma, corre a dar vida a todos os atos da criatura, senão que em todas as coisas criadas minha Vontade tem seu lugar primário e circula como latido de vida, desde a mais pequena coisa criada até à maior, e ninguém pode separar-se da potência e imensidão da minha Vontade. Ela se faz vida do céu azul e mantém nele sempre novo e vívido a cor celeste, não pode descolorar-se, nem mudar-se, nem perder o brilho, porque minha Vontade assim quis que fosse, e uma vez estabelecido assim, Ela não muda; minha Vontade é vida da luz e do calor do sol, e com a sua pulsação de vida conserva sempre igual e viva a luz e o calor, e mantém-no imóvel na minha Vontade, sem poder afastar-se, nem crescer nem decrescer no bem que deve fazer a toda a terra. Minha Vontade é vida do mar e nele forma o murmúrio das águas, o serpentear dos peixes, as ondas estrondosas. Oh! como a minha Vontade faz festa da potência que contém e desenvolve a sua Vida com tanta majestade e absoluto domínio nas coisas criadas, que nem o mar pode deixar de murmurar, nem o peixe de nadar; aliás, poderia dizer que é a minha Vontade que murmura no mar, Minha vontade que nada no peixe, minha Vontade que forma as ondas e com seu ruído faz ouvir que aí está sua Vida, que pode fazer tudo como lhe parece e como gosta. Minha Vontade é pulsação de vida no pássaro que trina, no piar do pintinho, no cordeiro que bale, na rola que geme, nas plantas que vegetam, no ar que todos respiram, em suma, em toda minha Vontade tem sua Vida e forma com sua potência o ato que Ela 28 quer, assim, tem a harmonia em todas as coisas criadas e forma nelas os vários efeitos, cores, ofícios que cada uma contém. Mas sabes para quê? para me fazer conhecer pela criatura, para ir a ela, para cortejá-la, para amá-la com tantos atos diversos de minha Vontade por quantas coisas criei. Meu Amor não ficou contente em colocar no fundo da alma a minha Vontade como batimento de vida, senão que quis pôr minha Vontade em todas as coisas criadas, a fim de que também por fora minha Vontade não a deixasse jamais, e assim pudesse conservar-se e crescer na santidade de minha mesma Vontade, e todas as coisas criadas lhe fossem de incentivo, de exemplo, de voz e de reclamo contínuo para fazê-la sempre correr no cumprimento de minha Vontade, finalidade única para a qual foi criada. Mas a criatura se faz surda às tantas vozes da Criação, cega à vista de tantos exemplos, e se abre os olhos os fixa em sua vontade. ¡ Que pena! Por isso te recomendo que não queiras jamais sair de minha Vontade se não queres multiplicar minha dor e perder a finalidade para a qual foste criada”..

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