“As igrejas estão cheias de corrupção e foram construídas por homens corruptos… as religiões são todas tão diferentes de qualquer maneira. Eu sou uma boa pessoa; o que mais é necessário?”

Como é bom que você seja espiritual! Muitos neste mundo hoje rejeitam até mesmo a existência do espiritual e do sobrenatural; insistindo que as nossas vidas e, na verdade, todo o universo nada mais são do que a fruição sem sentido de uma equação vazia que governa a mecânica da matéria.

Pessoas “espirituais, não religiosas” vêem os credos e os mandamentos como tetos e paredes que os cercam e impedem o seu crescimento.

Os religiosos espirituais , no entanto, reconhecem-nos pelo que são: chão sob os seus pés e cercas à beira de um penhasco. A partir do fundamento sólido que eles nos dão, podemos contemplar verdadeiramente os mistérios de Deus; embora, é claro, nunca possamos compreendê-los completamente. É fácil criticar e zombar desta natureza “rígida” da religião organizada, mas sem uma base sólida estamos, na melhor das hipóteses, pisando na água (o que só traz um eventual afundamento) e talvez até em queda livre.

A própria religião organizada está plenamente consciente desta dinâmica. A religião mais organizada da história, a Igreja Católica, ensina-o claramente: “A dimensão mariana da Igreja precede a petrina”. (do próprio Catecismo!)

Uma forma de compreender este ensinamento é que a ligação espiritual entre a alma e o seu Criador é de maior importância (embora nunca contradiga) os dogmas e mandamentos. Este facto é esquecido por alguns membros da Igreja que pregam apenas os seus aspectos institucionais e negligenciam todo o resto. Talvez você se considere “espiritual, mas não religioso” por causa da influência de membros escrupulosos, legalistas ou rígidos da Igreja que não conseguiram compreender a verdadeira natureza da Igreja. Mas você não deve permitir que isso atrapalhe seu progresso em direção ao poder superior que você sabe que existe.

Você acredita em um poder superior; por uma questão de conveniência, permita-me chamar esse poder superior de Deus. Se existe um Deus, será que Ele realmente nos teria deixado sem o conhecimento da Sua Vontade, na qual podemos ter confiança suficiente para vivermos as nossas vidas? Faz sentido que este Deus que nos considerou dignos de gastar Seu tempo para criar do nada nos considere indignos de gastar Seu tempo nos guiando de volta a Ele mesmo?

Todos nós sabemos em nossos corações a resposta óbvia para essas perguntas: Não. Aquele que nos criou considerou que valia a pena lutar por nós (na verdade, valia a pena morrer). Ele nos deixou verdades nas quais podemos acreditar sem medo do erro que nos condenaria à incerteza por toda a vida – isto é, Dogmas . Ele nos deixou Leis que podemos seguir sem nos preocuparmos se elas são realmente do nosso interesse, mas sabendo, em vez disso, que elas nos libertarão – isto é, Mandamentos . Ele nos deixou com a capacidade de nos conectarmos com Ele sempre que desejarmos – Oração e Sacramentos. No seu conjunto, esta Tradição sagrada permaneceu essencialmente inalterada, mas tornou-se cada vez mais bela durante milhares de anos.

O que você vê agora como correntes são na verdade asas. Por qualquer padrão concebível, aqueles que alcançaram o maior domínio espiritual da história são os santos , aqueles que reverenciaram e honraram a sua Igreja, a sua religião organizada, mais do que ninguém. Só há uma coisa que determina se você se tornará um deles: se você quer ou não.