ESTUDO 07 – LIVRO DO CÉU VOL. 10 AO 20 – ESCOLINHA DA DIVINA VONTADE

Escolinha da Divina Vontade
ESTUDO 07 – LIVRO DO CÉU VOL. 10 AO 20 – ESCOLINHA DA DIVINA VONTADE
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10-7 Dezembro 22, 1910

Para poder realizar coisas grandes para Deus, é necessário destruir a estima própria, o respeito humano e a própria natureza.

(1) Continuando meu habitual estado, via diante de minha mente vários sacerdotes, e o bendito Jesus dizia:

(2) “Para ser hábil em fazer coisas grandes para Deus, é necessário destruir a estima própria, o respeito humano e a própria natureza, para reviver da Vida Divina e preocupar-se só com a estima de Nosso Senhor e do que corresponde à sua honra e glória; é necessário triturar, pulverizar o que concerne ao humano para poder viver de Deus; e eis que não vós, mas Deus em vós falará, trabalhará, e as almas e as obras a vós confiadas terão esplêndidos efeitos, e terão os frutos desejados por vós e por Mim, como a obra das reuniões dos sacerdotes que eu lhe disse antes, e um destes poderia ser hábil para promover e também realizar esta obra, mas um pouco de estima própria, de temor vão, de respeito humano torna-o inábil, e a graça quando encontra a alma circundada por estas baixezas, voa e não se detém e o sacerdote fica homem e age como homem, e tem no seu agir os efeitos que pode ter um homem, não já os efeitos que pode ter um sacerdote animado pelo Espírito de Jesus Cristo”.

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11-7 Fevereiro 26,1912

O mendigo de amor. A criatura é feita só de amor.

(1) Retornando meu tudo e sempre amável Jesus, me disse:

(2) “Minha filha, Eu sou Amor, e fiz às criaturas todo amor: os nervos, os ossos, as carnes, são tecidos de amor; e depois de havê-las tecido de amor fiz correr em todas as suas partículas, como as cobrindo com um vestido, o sangue, para dar-lhes vida de amor, Assim que a criatura não é outra coisa que um complexo de amor, e não se move por nenhuma outra coisa senão só por amor; no máximo pode haver diversidade de amores, mas sempre por amor se move, pode haver amor divino, amor de si mesma, amor de criaturas, amor perverso, mas sempre amor, não pude fazer de outra maneira porque sua vida é amor, criada pelo Amor Eterno, portanto, levada por uma força irresistível ao amor, assim que a criatura, ainda no mal, no pecado, no fundo deve ter um amor que a empurra a fazer esse mal. ¡Ah, minha filha! qual não será a minha dor ao ver nas criaturas a propriedade de meu Amor que pus nelas, profanado, contaminado em outro uso? Eu, para guardar este amor saído de Mim e dado às criaturas, estou em torno delas como um pobre mendigo, e conforme a criatura se move, palpita, respira, obra, fala, caminha, vou mendigando-lhe tudo, e lhe peço, suplico-lhe e rogo-lhe que me dê tudo a Mim dizendo:

“Filha, não te peço senão o que te dei, é para teu bem, não me roubes o que é meu: O respiro é meu, respira só para Mim; o batimento, o movimento é meu, bate e move-te só por Mim, e assim de todo o resto”.

Mas com grande dor sou obrigado a ver que o bater do coração toma um caminho, o respiro outro caminho, e Eu, o pobre mendigo, fico em jejum, enquanto o amor de si mesma, das criaturas, das mesmas paixões, ficam saciados; pode haver injustiça maior que esta?

Minha filha quero desabafar contigo meu Amor e minha dor, pois só quem me ama pode compadecer-me”.

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12-7 Maio 2, 1917

Como Jesus morria pouco a pouco.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, estava a lamentar-me com o meu doce Jesus das suas privações, dizendo-lhe: “Meu amor, quem poderia pensar, que a tua privação me devia custar tanto?

Sinto-me morrer pouco a pouco, cada ato meu é uma morte que sinto, porque não encontro a vida, mas morrer e viver é mais cruel ainda, melhor, é dupla morte”. E meu amável Jesus, de carreira veio e me disse:

(2) “Minha filha, ânimo e firmeza em tudo, ou o que, não queres me imitar? Também eu morria pouco a pouco, conforme as criaturas me ofendiam em seus passos, Eu sentia o rasgo em meus pés, mas com tal acerbidade de espasmos, capazes de me dar a morte, e enquanto me sentia morrer não morria; conforme me ofendiam com suas obras Eu sentia a morte em minhas mãos, e pelo cruel rasgo Eu agonizava, sentia-me desfalecer, mas a Vontade do Pai me sustentava, morria e não morria; conforme as palavras más, as blasfêmias horrendas das criaturas se repercutiam em minha voz, Eu me sentia sufocar, afogar, amargar a palavra e sentia a morte em minha voz, mas não morria. E meu coração dilacerado conforme pulsava, sentia em meu coração as vidas más, as almas que se arrancavam, e meu coração estava em contínuos dilaceramentos e lacerações; agonizava e morria continuamente em cada criatura, em cada ofensa, não obstante o amor, O Querer Divino, obrigavam-me a viver. Eis por que de sua morte pouco a pouco, te quero junto Comigo, quero sua companhia em minhas mortes, não está contente?”

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13-7 Junho 28, 1921

As almas que vivem no Divino Querer, o que faz Deus fazem elas. O verdadeiro reinar é não estar excluído de nenhuma coisa criada por Deus.

(1) Estava me colocando toda no Divino Querer e meu doce Jesus me disse:

(2) “Minha filha, as almas que vivem em meu Querer são o reflexo de todos e de tudo, e como refletem em tudo, por consequência recebem o reflexo de todos, e como minha Vontade é vida de tudo, elas em meu Querer correm a dar vida a tudo, Assim que também as coisas inanimadas e os vegetais recebem seus reflexos, e elas recebem o reflexo de tudo o criado, harmonizam no meu Querer com todas as coisas criadas por Mim, no meu Querer dão a todos, são amigas e irmãs com todos, e recebem amor e glória de todos. Meu Querer as torna inseparáveis, e por isso o que faço Eu o fazem elas, meu Querer não sabe fazer coisas diferentes de Mim. O reino de minha Vontade é reinar, por isso todas elas são rainhas, mas o verdadeiro reinar é não estar excluído de nenhuma coisa criada por Mim”.

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14-7 Fevereiro 26, 1922

Jesus nos cobriu de beleza na Redenção.

(1) Estava pensando no grande bem que o bendito Jesus nos fez com nos redimir, e Ele todo bondade me disse:

(2) “Minha filha, Eu criei a criatura bela, nobre, de origem eterna e divina, plena de felicidade e digna de Mim; o pecado a derrubou desta altura e a fez cair até o fundo, tirou-lhe a nobreza a deformou e a tornou a criatura mais infeliz, sem poder crescer, porque o pecado o impedia de crescer e a cobria de chagas, que só de vê-la era horror. Agora, minha Redenção resgatou a criatura da culpa, e minha humanidade não fez outra coisa que, como uma terna mãe com seu recém-nascido, que não podendo tomar outro alimento, para dar a vida a seu bebê, se abre o seio, põe a seu peito a sua criança, e do seu sangue transformado em leite fornece-lhe o alimento para lhe dar a vida. Mais do que mãe minha humanidade se fez abrir em Si mesma, a golpes de chicote, tantos orifícios, quase como tantos seios que faziam sair rios de sangue para fazer que meus filhos, colando-se a eles pudessem chupar o alimento para receber a vida e desenvolver seu crescimento, e com as minhas chagas cobria a sua deformidade, tornando-os mais belos do que no princípio; e, se os criei, fiz-lhes céus altíssimos e nobres, na Redenção os adornei riscando-os com as estrelas brilhantíssimas de minhas chagas para cobrir sua feiura e torná-los mais belos; em suas chagas e deformidade Eu punha os diamantes, as pérolas, os brilhantes de minhas penas, para esconder todos os seus males e vesti-los com tal magnificência de superar o estado de sua origem, por isso com razão a Igreja diz:´ Feliz culpa’, porque pela culpa veio a Redenção, e minha humanidade não só os alimentou com seu sangue, não só os vestiu com sua mesma Pessoa e os adornou com sua mesma beleza, senão que meus seios estão sempre cheios para alimentar a meus filhos. Qual não será a condenação daqueles que não querem se apegar a elas para receber a vida e crescer, e para serem cobertos em sua deformidade?”

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15-7 Fevereiro 16, 1923

A Cruz que deu a Divina Vontade a Nosso Senhor. Jesus para operar a Redenção perfeita e completa devia fazê-la no âmbito da eternidade.

(1) Estava a fazer a minha adoração ao Crucifixo, abandonando-me toda em seu amável Querer, mas enquanto isso senti que o meu amável Jesus se movia em meu interior e me dizia:

(2) “Minha filha, vamos, vamos, apresse-se, faça seu curso no meu Querer, vá repassando tudo o que fez minha Humanidade na Suprema Vontade, a fim de que a meus atos e aos de minha Mãe se juntem os seus. Está decretado que se uma criatura não entra no Querer Eterno para voltar triplos nossos atos, este Supremo Querer não desce à terra para fazer seu caminho nas gerações humanas, quer o cortejo dos atos tríplices para fazer-se conhecer, por isso se apresse”.

(3) Jesus fez silêncio e eu me senti como se estivesse voltada para o Santo Querer Eterno, mas não sei o que fazia, só sei dizer que encontrava todos os atos de Jesus, e eu neles colocava o meu. Depois voltou a falar-me:

(4) “Minha filha, quantas coisas fará conhecer minha Vontade do que fez minha Humanidade nesta Vontade Divina; minha Humanidade para obrar a Redenção completa e perfeita devia fazê-la no âmbito da eternidade, eis a necessidade de uma Vontade Eterna. Se minha vontade humana não tivesse tido consigo uma Vontade eterna, todos meus atos teriam sido atos limitados e finitos; em troca com Ela eram intermináveis e infinitos, por isso minhas penas, minha cruz, deviam ser intermináveis e infinitas, e a Vontade Divina fazia encontrar a minha humanidade todas essas penas e cruzes, tanto, que Ela me estendia sobre toda a família humana, desde o primeiro até o último homem, e eu absorvia todas as espécies de penas em Mim, e cada criatura formava minha cruz, assim que minha cruz foi tão longa por quanto é e será a largura de todos os séculos, e tão larga por quanto são as gerações humanas. Não foi só a pequena cruz do Calvário onde me crucificaram os hebreus, esta não era outra coisa que uma semelhança da grande cruz na qual me tinha crucificado a Suprema Vontade, assim que cada criatura forma o comprimento e a largura da cruz, e à medida que a formavam ficavam enxertadas na mesma cruz, e o Querer Divino me estendendo sobre ela e crucificando-me, não só formava a minha cruz, mas a de todos aqueles que formavam essa cruz. Eis por que necessitava do âmbito da eternidade, onde devia ter esta cruz, o espaço terrestre não teria bastado para contê-la. Oh, quanto me amarão quando souberem o que fez minha humanidade na Divina Vontade, o que me fez sofrer por seu amor. Minha cruz não foi de madeira, não, foram as almas, eram elas que me sentiam palpitantes na cruz na qual me estendia a Divina Vontade, e nenhuma me escapava, a todas dava seu lugar, e para dar lugar a todas me distendia em modo tão dilacerante e com penas tão atrozes, que as penas da Paixão poderiam chamá-las pequenas e aligeiras. Por isso te apresse, a fim de que meu Querer faça conhecer tudo o que o Querer Eterno operou em minha Humanidade, este conhecimento resgatará tanto amor, que as criaturas se renderão e o farão reinar em meio delas”.

(5) Agora, enquanto dizia isto mostrava tanta ternura e tanto amor, que eu maravilhada lhe disse: “Meu amor, por que mostras tanto amor quando falas de tua Vontade, que parece como se de dentro de Ti quisesses fazer sair outro Tu mesmo pelo grande amor que mostras, enquanto se falas de outras coisas não se vê em Ti este excesso de amor?”

(6) E ele: “Minha filha, queres saber? Quando Eu falo de Minha Vontade para fazê-la conhecer a criatura, Eu quero infundir-lhe minha Divindade, por isso outro Eu mesmo, e meu amor transborda tudo para fazê-lo, e a amo como a Mim mesmo. Eis por que você vê que enquanto falo de meu Querer, meu amor parece como se saísse de seus confins para formar a sede de minha Vontade no coração da criatura, ao contrário quando falo de outra coisa, são minhas virtudes que infundindo, e segundo as virtudes que lhe vou manifestando, agora a amo como Criador, agora como Pai, agora como Redentor, agora como Mestre, agora como Médico, etc., portanto não há aquela exuberância de amor como quando quero formar outro Eu mesmo”.

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16-7 Julho 23, 1923

O Divino Querer está em contínuo encontro com a criatura para lhe dar todos os seus bens.

(1) Estava segundo o meu costume abandonando-me toda no Santo Querer Divino, e meu doce Jesus se fazia ver que vinha a meu encontro para receber-me em sua Santíssima Vontade, e me disse:

(2) “Minha filha, a minha Vontade está em contínuo encontro com a vontade da criatura, e em quanto o querer humano se encontra com o meu, recebe a luz, a santidade, a força que contém minha Vontade, Ela está em contínuo ato de dar-se à criatura para dar-lhe a vida do Céu antecipado. Se ela me recebe, então fica com esta Vida Celestial; se ao contrário, em cada ato que faz não recebe este Querer Supremo, faz fracassar toda tentativa para seu bem, para fazê-la feliz, forte, santa, divina e como transformada numa aurora de luz celestial, e fica com seu único querer humano que a faz débil, miserável, enlameada, que a circunda com vis paixões, tanto de dar piedade, não vê quantas almas se arrastam por debilidade de não saber vencer a fazer o bem, outras que não sabem dominar-se a si mesmas, outras inconstantes como canas ao mover-se do vento, outras que não sabem rezar sem mil distrações, outras sempre descontentes, outras que parecem ter nascido para fazer o mal? Todas são almas que em todas as suas coisas não encontram o meu Querer, no entanto o meu Querer está para todos, mas como o evitam não recebem o bem que meu Querer contém, é justa pena de quem quer viver envolto em todas as misérias. Mas a este Querer meu ao que não têm querido encontrar em vida para lhes dar tantos bens por quantas vezes o tivessem encontrado, o encontrarão em morte, para dar-lhes tantas penas por quantas vezes fugiram d’Ele, porque fugindo se tornaram culpados, se mancharam, enlameados; é justo que tenham uma pena, formando-se para eles tantos encontros dolorosos por quantas vezes não se tem encontrado com a minha Vontade na terra, mas estes encontros dolorosos serão sem méritos, sem novas aquisições, como deveriam ter sido se o tivessem encontrado vivo, oh! quantos gemidos de dor saem das prisões do purgatório, quantos gritos de desespero se ouvem desde o inferno porque meu Querer não foi encontrado na terra; por isso filha minha, seu primeiro ato seja de encontrar-se com meu Querer, seu primeiro pensamento, seu batimento cardíaco, seja de encontrar-te com o batimento eterno do meu Querer, para que tu recebas todo o meu amor. Em tudo trata de fazer contínuos encontros, a fim de que fiques transformada em meu Querer e Eu no teu, para poder te dispor a fazer o último encontro com minha Vontade em tua última hora, assim não terá nenhum encontro doloroso depois de sua morte”.

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17-7 Julho 29, 1924

Os atos feitos na Divina Vontade formam um apoio de repouso a Jesus e à alma.

(1) Esta manhã, depois de muito esperar, meu sempre amável Jesus se fazia ver em meu interior, cansado e como se quisesse descansar, e estando em mim um certo apoio, estendia seus braços para abraçar-se a esse apoio, e recarregando sua cabeça repousava, mas não só repousava Ele, mas convidava-me a descansar junto com Ele. ¡ Como se estava bem, apoiada nesse apoio junto com Jesus, para tomar depois de tantas amarguras um pouco de repouso!

Então me disse:

(2) “Minha filha, quer saber que coisa é este apoio que tanto nos alivia e nos dá repouso? São todas as tuas ações feitas em Minha Vontade que formaram este apoio para Mim e para Ti, que é tão forte que pode sustentar o peso do Céu e da terra que em Mim contenho e me dou repouso. Só minha Vontade contém esta força e esta virtude tão grande. Os atos feitos em minha Vontade vinculam Céu e terra e encerram neles a potência divina para poder sustentar a um Deus”. (3) Então ao ouvir isto lhe disse: “Meu amor, porém, com todo este apoio que Tu dizes eu temo que Tu me deixes, que farei eu sem Ti? Tu sabes como sou miserável e boa para nada, por isso temo que deixando-me Tu, também a tua Vontade se aparte de mim”.

(4) E ele: “Minha filha, por que temes? Este temor é a tua vontade humana que gostaria de sair em campo para fazer um pouco de caminho; a minha Vontade exclui todo temor, porque não tem de que temer; aliás, é segura de Si e é irremovível. Deves saber que quando a alma decide fazer-se possuir por minha Vontade e vive nela, como minha Vontade está vinculada com todas as coisas criadas, não há coisa sobre a qual Ela não tenha seu domínio, assim a alma fica vinculada com todas as coisas criadas, e enquanto vai fazendo seus atos assim vão ficando escrita com caracteres indeléveis em todas as coisas criadas sua filiação com minha Vontade, sua morada, sua posse. Olha um pouco em todo o universo, no céu, nas estrelas, no sol, em tudo, e verás teu nome escrito com caracteres indeléveis, tua filiação com minha Vontade; portanto, como pode ser possível que esta Mãe Eterna e Divina deixe a sua querida filha, nascida dela e feita crescer com tanto amor? Por isso tira todo temor se não queres me amargurar”.. (5) Enquanto dizia isto, olhei para o céu, para o sol e para todo o resto, e via escrito o meu nome com o título de filha da sua vontade. Seja tudo para glória de Deus e para confusão de minha pobre alma.

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18-7 Outubro 17, 1925

A Sabedoria Eterna estabeleceu que o alimento da alma do homem seja a Vontade de Deus.

(1) Depois de dois dias de amargas privações de meu sumo bem Jesus, senti-o mover-se em meu interior, parecia-me ver que em meu interior estava sentado com sua cabeça apoiada em um de meus ombros e com sua boca dirigida para a minha em ato de fornecer-me as palavras. Eu o apertei e me pus a escutá-lo, abandonando-me toda nele. Então parecia que me dizia:.

(2) “Minha filha, minha Vontade é mais que alimento; o alimento dá força ao corpo, aquece-o, aumenta o sangue, reaviva a inteligência se está debilitada, dá força a todos os membros e empurra a criatura a novas obras e sacrifícios; em troca, uma que está em jejum, Não dando o alimento necessário a seu corpo é débil, fria, pobre de sangue, a inteligência debilitada, esgotada em todos os seus membros, o que a leva à tristeza e a empurra a não fazer nada, sem vontade de sacrificar-se em nada. Pobrezinha, sente-se faltar a vida em toda sua pessoa, tão é verdade, que quando uma enfermidade é mortal para uma criatura, abandona o alimento, e abandonando o alimento se dispõe à morte. Então, havendo estabelecido a Eterna Sabedoria que também a alma tivesse seu alimento, foi-lhe designado como alimento refinado a Vontade Suprema, assim que quem toma esse alimento é forte no obrar o bem, está como impregnado no amor a Deus, este alimento aumenta o sangue divino para formar o crescimento da Vida de Deus nela, como sol se reflete em sua inteligência para fazê-la conhecer seu Criador e formar-se a sua semelhança, Põe-lhe a força em toda a alma para pôr em vigor todas as virtudes e empurra-a a novos trabalhos e a sacrifícios inauditos. O alimento da Minha Vontade se dá a cada instante, a cada respiro, de noite, de dia, em cada coisa e quantas vezes se queira, não há que temer como com o alimento corporal, que se se toma em excesso faz mal e produz enfermidades, não, não, quanto mais se toma mais fortifica e tanto mais eleva a alma à semelhança do seu Criador, pode-se estar sempre com a boca aberta em ato de tomar este alimento celestial; tudo ao contrário para quem não toma este alimento da minha Vontade: Para quem não o toma de nenhuma maneira, pode-se dizer que se dispõe a morrer eternamente; para quem se alimenta dele raramente, é débil e inconstante no bem, é frio no amor, é pobre de sangue divino, de maneira que cresce como anêmica nele a Vida Divina; a luz em sua inteligência é tão escassa, que pouco ou nada conhece de seu Criador, e não conhecendo-o sua semelhança está tão distante dele, porque está distante o alimento de sua Vontade; está sem brio no agir o bem, porque não tem alimento suficiente, e agora ele perde a paciência, agora a caridade, agora o desapego de tudo, assim que as pobres virtudes vivem como estranguladas sem o alimento suficiente de minha Vontade. Ah! se se pudesse ver uma alma privada deste alimento celestial, seria de chorar, tantas são as misérias e as sujidades com que está coberta, porém é muito mais de compadecer se se vê uma criatura em jejum do alimento corporal, porque muitas vezes lhe faltam os meios para comprá-lo, ao contrário o alimento da minha Vontade se dá gratuitamente, portanto quem não o toma merece a condenação, e a condena se a forma ela mesma porque rejeita o alimento que lhe dava a vida”.

(3) Depois disso ouvi que várias pessoas haviam sofrido conflitos, humilhações e outras coisas, e meu doce Jesus continuou falando:

(4) “Minha filha, assim como quando o corpo contém sangue mau que infecta a boa é necessário aplicar lavagens, sangrias, punções para tirar o sangue mau, de outra maneira corre perigo de ficar paralisado por toda a vida, assim a alma à qual falta o contínuo alimento de minha Vontade, contém tantos humores maus, e é necessário aplicar-lhe lavados de humilhações para fazer sair o humor mau da própria estima, sangrias para fazer sair o humor infectado da vanglória do próprio eu, súbitas punções para fazer sair o sangue mau dos pequenos apegos que se vai formando no próprio coração para as pessoas às quais se aproxima ao fazer o bem, Caso contrário, esses humores cresceriam tanto que infectariam tudo o que fazem, de modo que ficariam paralisados no bem por toda a vida. As punções aproveitam sempre, são as sentinelas do coração, que mantêm puro o sangue, isto é, reta a intenção da alma no obrar o bem. Por isso, se todos obrassem o bem para cumprir somente minha Vontade, as punções não seriam necessárias, porque Ela é salvaguarda de todos os humores maus, assim que as punções são também penas de quem não toma o alimento suficiente de minha Vontade”..

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19-7 Março 19, 1926

A Santíssima Vontade eclipsa tudo, mesmo à própria Criação e Redenção, e sendo vida de tudo dará frutos maiores.

(1) Escrevo só para obedecer e cumprir a Vontade de Deus. Estava pensando entre mim:

“Meu sempre amável Jesus me diz tantas vezes que eu devo ser cópia de minha Mãe Celestial, portanto abraçar tudo, suprir por todos para poder conseguir o suspirado Fiat, assim como a Soberana Rainha conseguiu o suspirado Redentor, mas como o posso fazer? Ela era santa, concebida sem a mancha de origem; mas eu sou uma das mais pequenas e pobres criaturas, concebida como todos os filhos de Adão, com o pecado original, cheia de misérias e fraquezas, como poderei então seguir os voos da Soberana Senhora no Querer Divino para conseguir o tão suspirado Fiat sobre a terra, que meu doce Jesus quer que reine?”

Agora, enquanto eu pensava isso, meu doce Jesus saiu de dentro de mim e me apertando forte em seus braços me disse:

(2) “Minha filha, minha Mãe foi concebida sem mancha original para poder conseguir o suspirado Redentor, porque era justo e decoroso que quem devia ser minha Mãe, nem sequer o germe da culpa teria tido jamais existência nela, e devia ser a mais nobre, a mais santa de todas as criaturas, mas de uma nobreza divina e de uma santidade totalmente similar à do seu Criador, para poder encontrar nela tanta graça e capacidade, de poder conceber o Santo dos Santos, o Verbo Eterno. Muitas vezes as criaturas fazem algo semelhante a isto, pois se devem conservar coisas preciosas e de grande valor, preparam ricos vasos de um valor equivalente às coisas preciosas que se devem conservar neles, ao contrário se são coisas ordinárias e de pouco valor, se preparam vasos de gesso e de pouquíssimo valor, não se tem o cuidado de os ter à chave como ao recipiente de material riquíssimo, mas têm-nos expostos, assim que da preciosidade do vaso e do modo como se tem guardado, pode-se saber se as coisas que contém são preciosas e de grande valor; agora, devendo Eu receber seu sangue por ser concebido em seu seio, era justo que tanto a alma como seu corpo fossem puríssimos e enriquecidos de todas as graças, privilégios e prerrogativas possíveis e imagináveis que Deus pode dar e a criatura receber. Agora minha filha, se tudo isto foi na minha amada Mãe porque devia fazer descer o suspirado Redentor à terra, também a ti, havendo-te escolhido para o suspirado Fiat, suspirado pelo Céu e pela terra, suspirado com tanto amor e ânsias pela mesma Divindade, é mais, suspirado mais por Deus que pelos homens, devia dar-te tanta Graça para não pôr em uma alma e corpo corrupto os conhecimentos pertencentes a minha Vontade, e não só os conhecimentos senão sua própria Vida que devia formar e desenvolver em ti, portanto, fazendo uso de seu poder, se não te isentou da mancha de origem, com o seu poder abateu e se mantém firme sobre o germe, a fim de que não produzisse seus corruptos efeitos, assim que em ti a mancha de origem minha Vontade a tem esmagada e sem vida, isto era justo e necessário à nobreza, ao decoro e à Santidade da Suprema Vontade; se em ti houvesse efeitos não bons, minha Vontade encontraria as sombras, a névoa e não poderia expandir seus raios de verdade como o sol em seu pleno meio-dia, muito menos formar em ti o centro do desenvolvimento de sua Vida Divina, Porque ela é tão suave e santa que não sabe estar nem adaptar-se a viver junto com a mínima sombra do mal”..

(3) Eu, ao ouvir isto, tremia, e disse: “Jesus, que dizes? Será possível tudo isto? Não obstante eu me sinto tão miserável e pequena que sinto a necessidade de Ti, de sua assistência, e de sua presença para poder continuar vivendo, e tu sabes a que estado tão lamentável me reduzo quando me privas de Ti”.

E Jesus interrompeu-me acrescentou:.

(4) “Minha filha, não te admires, isto requer a Santidade do meu Querer, e como se trata da coisa maior que existe no Céu e na terra, trata-se de que se na Redenção vim salvar o homem, agora se trata de pôr a salvo minha Vontade nas criaturas, e, portanto, de fazer conhecer a finalidade da Criação, da Redenção, os bens que quer dar o meu Querer, a Vida que quer formar em cada criatura, os direitos que a Ele convêm. Portanto, pôr a salvo uma Vontade Divina no meio das criaturas é a coisa maior, e minha Vontade conhecida e reinante superará os frutos da Criação e Redenção, será a coroa de minhas obras e o triunfo de nossas obras, e se minha Vontade não chegar a ser conhecida, amada e cumprida, nem a Criação nem a Redenção terão sua plena finalidade nem o fruto completo. A Criação, a Redenção, saíram de dentro de meu Fiat Onipotente, e para fazer que nossa glória seja completa e a criatura receba todos os efeitos e os bens que contêm, tudo deve retornar em nossa Vontade”.

(5) Agora, quem pode dizer como minha pobre mente nadava na imensidão do Querer eterno? O que compreendia? Mas o que mais me impressionava era que o Fiat devia superar o mesmo bem da Redenção, com o acréscimo de uma relutância terrível de manifestar o que está dito acima, pelo temor que a obediência me impusesse escrevê-lo. Oh! como teria querido calar-me, mas com o Fiat não se discute, porque de qualquer modo a vitória deve ser sempre sua. Depois meu doce Jesus, sempre benigno, voltando me disse:.

(6) “Minha filha, é necessário que o manifestes, não por ti, mas pelo decoro e santidade que convém ao meu Querer; acreditas tu que todo o trabalho que fiz dentro da tua alma por mais de quarenta anos foi só por ti, pelo bem que te amei e te amo? Ah, não, foi mais que tudo pelo decoro que lhe convinha a minha Vontade, para fazer que vindo Ela a reinar em ti encontrasse meu trabalho, minhas orações incessantes que a convidavam a vir, o trono de minhas obras, de minhas penas, onde pudesse dominar e formar sua morada, a luz de seu próprio conhecimento e assim pudesse encontrar em ti as honras e sua mesma glória divina! Por isso eram necessárias as tantas manifestações minhas acerca da Suprema Vontade, pela decência que lhe convém. Agora você deve saber que minha Vontade é maior e mais interminável que a mesma Redenção, e o que é maior leva sempre frutos e bens maiores. Minha Vontade é eterna, no tempo e na eternidade não teve princípio nem terá jamais fim, em troca a Redenção, ainda que seja eterna na mente divina, mas no tempo teve seu princípio e foi um produto da Eterna Vontade, Assim, não foi a Redenção que deu vida ao Divino Querer, mas foi o meu Querer que deu vida à Redenção, e o que tem o poder de dar vida, por natureza e por necessidade deve tornar-se mais frutuoso do que quem recebeu a vida. Mas isto não é tudo, na Criação, a Divindade tirou de Si as sombras de sua luz, as sombras de sua sabedoria, de sua potência, derramou todo seu Ser em tudo o que foi criado, assim que a Beleza, a harmonia, a ordem, o amor, a bondade de Deus que se vê em toda a Criação, são semelhanças divinas, sombras da Majestade Suprema; em troca minha Vontade, não nossa semelhança, nossa sombra, mas que Ela saiu fora no campo da Criação como vida de todas as coisas criadas, assim que Ela é vida, base, sustento, vivificação e conservação de tudo o que saiu de nossas mãos criadoras, por isso à Suprema Vontade tudo se deve, Minha própria Redenção, diante dela dobrou os joelhos para implorar que se constituísse vida de cada ato meu, de meu coração, de meu sofrer e até de meu fôlego, a fim de que pudesse fazer correr nas criaturas as ajudas vitais para salvá-las. A minha Redenção pode ser chamada a árvore, cuja raiz é a Divina Vontade, e assim como esta raiz produziu o tronco, os ramos, as folhas, as flores de todos os bens que há na Igreja, assim também deve produzir o fruto de vida que contém a raiz desta árvore. E além disso, a Criação saiu de Nós com o único fim de que nossa Vontade fosse conhecida, amada mais que a mesma vida, e por isso se constituiu vida de tudo, a fim de que fosse cumprida; todas as outras coisas criadas por Nós, e até a mesma Redenção, foram dadas como ajudas para facilitar a nossa finalidade, portanto, se não obtivermos a nossa primeira finalidade, como podemos obter nossa glória completa e como a criatura poderia receber o bem estabelecido por nós? Além disso, a Criação, a Redenção e o Fiat Voluntas Tua como no Céu assim na terra, simbolizam a Trindade Sacrossanta, na qual as Divinas Pessoas são inseparáveis entre Elas, assim também estas são inseparáveis entre elas, uma dá a mão à outra, uma ajuda à outra, mas o triunfo, a glória, é das três, e como nossa Vontade teve seu posto primário em todas nossas obras, por isso a Criação e a Redenção ficam eclipsadas e como perdidas na imensidão e interminabilidade da Suprema Vontade. Ela tudo envolve e tem as mesmas coisas feitas por Nós como seu trono onde reina e domina, portanto, se Ela é tudo, por que te maravilhas de que dará frutos maiores que as outras obras nossas? E o homem receberá aquela Vida que tem e não conhece, a qual a tem como comprimida, afogada, debilitada, e Ela geme, suspira, porque quer desenvolver sua Vida e não lhe é concedido; por isso, sê atenta, porque o conhecimento de minha Vontade sacudirá ao homem, e será como cimento à traça que produziu o pecado original à árvore das gerações humanas, e assim, reforçada a raiz, a criatura poderá fazer viver em si aquela Vida que com tanta ingratidão rejeitou”.. .

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20-7 Outubro 6, 1926

Martírio novo. Quem não faz a Vontade Divina trunca a Vida Divina nela. Privação dos escritos. Jesus consola-a fazendo-a ver tudo escrito no fundo da sua alma.

(1) Encontrava-me toda imersa na dor viva da privação do meu doce Jesus e dizia em mim:

“Meu Jesus, como não tens compaixão desta tua pequena filha, que enquanto se sente privada de Ti se sente arrancar a vida; não é somente uma pena que sinto, que seria mais tolerável, mas sim é vida o que me sinto falta; sou pequena, sou débil, e se não por outra coisa, pelo menos pela minha pequenez extrema, devias ter compaixão por esta pobre menina que está quase sempre a sentir-se perdida e a retomar a vida para se sentir como se estivesse a morrer novamente. Meu Jesus, meu amor, que novo martírio é este? Martírio jamais sentido, morrer tantas e tantas vezes e jamais morrer, sentir falta da vida sem a doce esperança de tomar o voo para minha pátria celestial”.

Enquanto isso eu pensava, meu sempre amável Jesus se moveu em meu interior e com sotaque terno me disse:

(2) “Pequena filha de meu Querer, ânimo, você tem razão que é vida o que sente falta, porque privando-se de Mim se sente falta, terminar a Vida de seu Jesus em você, e com razão você, pequenina como é, sente o duro martírio de que a vida termina em você. Mas você deve saber que minha Vontade é Vida, e cada vez que as criaturas não a fazem, a rechaçam, é uma Vida Divina que rechaçam e que destroem nelas, e te parece pouco a dor, o martírio contínuo do meu Querer ao sentir-se arrancado como por um golpe de um ferro assassino tantos atos de Vida que com tanta bondade quer fazer surgir nas criaturas? E em troca desta Vida Divina truncada nelas, fazem surgir a vida das paixões, do pecado, das trevas, das fraquezas. O não fazer minha Vontade é Vida Divina que perdem as criaturas, e por isso Ela reinante em ti, te faz sentir, ao privar-te de Mim, a dor de tantas Vidas Divinas que lhe cortam as criaturas, para reparar-se e refazer-se em ti todos estes atos de Vida que lhe fazem perder. Não sabes tu que para formar o Reino do Fiat Divino deve encontrar em ti tantos atos seus por quantos perdeu? E por isso a alternativa da minha presença e da minha ausência, para te dar ocasião de te fazer formar tantos atos de submissão à minha Vontade, para fazer reentrar em ti estes atos de Vida Divina que os demais rejeitaram. E além disso, não te lembras que te pedi quando te manifestei a tua missão sobre o Fiat Eterno, o sacrifício de sofrer tantas mortes por quantas criaturas saíam à luz do dia, por quantos haviam rejeitado a Vida de minha Vontade? Ah! minha filha, não fazer minha Vontade é Vida Divina que rejeitam as criaturas, não é como não praticar as virtudes, onde rejeitam as gemas, as pedras preciosas, os ornamentos, os vestidos, que não querendo-os se podem colocar de lado; em vez disso, rejeitar o meu Querer é rejeitar os meios para viver, destruir a fonte da vida, é o maior mal que pode existir, e por isso quem faz tanto mal não merece viver, mas bem merece morrer a todos os bens. Não queres então refazer a Minha Vontade de todas estas Vidas que lhe têm truncado as criaturas? E para fazer isto não é suficiente sofrer uma pena, e sim uma falta de Vida Divina, qual é a minha privação. Minha Vontade para formar seu Reino em ti, quer encontrar em ti todas as satisfações que as criaturas não lhe deram, todas as suas Vidas que devia fazer surgir nelas, de outra maneira seria um reino sem fundamento, sem lhe dar os direitos de justiça e sem as devidas reparações. Mas você deve saber que seu Jesus não vai deixá-lo por muito tempo, porque o sei também Eu, que você não pode viver sob a pressão de um martírio tão duro”

(3) Além disso, eu estava aflita porque, tendo vindo o Reverendo Padre, que deve ocupar-se da publicação dos escritos sobre a Santíssima Vontade de Deus, quis que lhe entregasse todos os escritos sem me deixar nem sequer aqueles dos quais ele já tinha as cópias. Então o pensamento de que as coisas mais íntimas entre Jesus e eu estavam fora, e não podia nem voltar a ver o que Jesus tinha me dito sobre seu Santo Querer, me atormentava.

E Jesus, voltando, disse-me:

(4) “Minha filha, por que tanta aflição? Tu deves saber que o que te fiz escrever no papel, o escrevi antes Eu mesmo no fundo de tua alma e depois te fiz passar ao papel, é mais, há mais coisas escritas em ti que no papel, por isso quando você sentir a necessidade de voltar a ver o que se refere às verdades do Fiat Supremo, basta que dê uma olhada em seu interior e em seguida verá novamente o que quer, e para que esteja segura do que te digo, olhe agora em sua alma e verá tudo em ordem o que te manifestei”.

(5) Enquanto dizia eu olhei para dentro de mim e com um só olhar via tudo, via também o que Jesus me tinha dito e eu tinha omitido escrever, portanto dei graças ao meu amado Bem e resignei-me, oferecendo todo o meu duro sacrifício a Ele, e pedindo-lhe que em compensação me desse a graça de que sua Vontade seja conhecida, amada e glorificada”.

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