Estudo 11 – Vida Intima de Ns Jesus Cristo – Escola da Vontade Divina

Estudo 11 – Vida Intima de Ns Jesus Cristo – Escola da Vontade Divina
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MEDITAÇÃO PROFUNDA

AMOR DE JESUS PELO PAI.

Eu, portanto, esposa minha, vendo o Pai tão amoroso e liberal para comigo, e tão pronto a conceder-me tudo o que lhe pedia em prol de meus irmãos, desfiz-me em amor e gratidão para com Ele e quisera que todo o mundo o tivesse conhecido como tal, e por isso todos o amassem, louvassem, glorificassem e correspondessem a tanta bondade e a tanto amor. Oferecia, portanto, com muita freqüência, este desejo ao Pai e suplicava-lhe aceitasse meu anelo e a boa vontade para suprir a carência daqueles ingratos, descuidados de conhecê-lo, e amá-lo. Mostrava-me desejoso de sofrer todas as penas preparadas para o tempo da Paixão, todas conhecidas, urna por uma, e desejava que logo chegasse a ocasião assaz feliz de poder mostrar ao Pai o amor que lhe dedicava. Não existe criatura que tanto haja ansiado e anelado pelo prazer, quanto eu anelava e ansiava por sofrer, evidenciando diante do mundo inteiro o amor dedicado ao Pai, porque sempre desejei, desde a infância, fazer aquilo que era do seu agrado e gosto; e como quisesse minha morte e Paixão em resgate do gênero humano, eu aspirava a ela e a desejava desde o nascimento, em todo o tempo da vida, até que chegou a hora por mim tão esperada, por ser esta a vontade e o gosto do meu Pai. A mente humana não é capaz de entender como se comprazia o Pai neste meu desejo, e como lhe satisfazia. Sabei que, acerca de qualquer oferta e desejo expressos a este respeito, mostrava-se contente e satisfeito comigo, como se então já houvesse sofrido e tivesse sido morto na realização de sua vontade e da salvação do mundo. Pedia-lhe quisesse receber esse gosto e complacência em troca do que faziam aqueles ingratos que não se persuadem a sofrer coisa alguma por seu amor, recusando, o mais possível, sofrer, mesmo o que sabem ser do gosto e da vontade de seu Criador. Por todos estes procurava satisfazer ao Pai, aplacá-lo para com meus irmãos ingratos, que costumam viver no mundo com tantas delícias, sem agradecerem ao Criador.

Tomo 1 Vida Intima de Ns Senhor Jesus Cristo-49

Tomo 1 Vida Intima de Ns Senhor Jesus Cristo-50

OFERTA DOLOROSA

Depois de ter-me a querida Mãe tido algum tempo nos braços, de termos fruído dos afetos mútuos, entre nós dois, e tendo eu ainda tido alguma complacência nos afetos inocentes e amorosos, oferecendo-os ao Pai, vi que Ele esperava de mim uma oferta de dor. Não deixei de atendê-lo logo, mostrando-me sempre pronto a fazer qualquer uma de suas vontades. E voltando o pensamento à minha dolorosa Paixão, fixei o olhar da mente na minha desapiedada captura, e nos danos a minha pessoa da parte dos servos cruéis e desumanos. Turbou-se-me de repente o rosto com esta lembrança e cai em copioso pranto, considerando maltratarem-me tanto aqueles por cuja salvação viera ao mundo. Pensava ainda na dignidade de minha pessoa, pois sendo o Verbo, era verdadeiro Filho de Deus, até Deus mesmo. Quantos sentimentos, esposa caríssima, quanta dor por causa de tal excesso! Oh, como me afligi! Vendo-me desta maneira, a Mãe dileta foi traspassada por crudelíssimo pesar. Manifestei-lhe, no entanto, com palavras internas a causa de meu pranto e perturbação. Falavam-se os nossos corações e tudo era manifesto ao seu. Dizia-lhe; “Mãe, virá o dia em que me vereis, senão com os olhos corporais, com os do espírito, nos braços dos esbirros, maltratado, ultrajado, batido sem piedade e compaixão. Segurai-me, pois, agora entre vossos amorosos braços, porque virá o tempo em que estarei nos braços de carrascos ferozes para ser atormentado”. A estas palavras, traspassada de dor, a Mãe dileta desfez-se em amargo pranto. e muito mais apertava-me ao peito e amorosamente me acariciava. Ofereci, esposa caríssima, ao Pai as lágrimas e as dores que experimentava, e rogava-lhe que se dignasse recebê-las em paga dos pecados de meus irmãos, especialmente por aqueles que tão barbaramente tratam os inocentes, e aos que não têm culpa alguma, sujeitam-nos a pancadas e prisões; como sabia constituir grande ofensa a meu Pai semelhante crueldade, tanto mais chorava e afligia-me. Oferecia-lhe minhas dores em paga desses pecados. O Pai declarava estar satisfeito por minhas lágrimas de tanta dor, e achar-se aplacada a justiça divina, pronta a perdoar aos que incorrem em tais excessos e crueldades. Além disso, pedia-lhe se dignasse dar virtude e graça para meus irmãos oferecerem de bom grado os maus tratos e barbáries que sofrem quando presos pelos inimigos da santa fé, e que, por serem muito atormentados, estão em perigo de abandonar a fé e negar a adoração ao verdadeiro Deus. Ao Pai muito isto agradou e prometeu-me para todos graça e assistência particulares, e que jamais seriam abandonados por ele, mas sempre socorridos com ajudas especiais; e só pereceriam e renegariam a fé os que tivessem querido, descurando os auxílios divinos e a graça celeste, que deveras a ninguém jamais falta, pelo contrário lhes é dispensada com abundância pela divina bondade.

CONSOLAÇÃO AO TOMAR O LEITE

Tendo estado assim por algum tempo pesaroso, tanto eu como a dileta Mãe, e vendo o Pai plenamente satisfeito e contente, procurei alguma restauração para a manutenção de minha humanidade. Pedi-o à querida Mãe, fazendo-lhe sentir a ela mesma tal necessidade. Tomou logo a querida Mãe o primeiro impulso e deu-me de seu puríssimo leite. Ao mesmo tempo que tomava o leite, senti a restauração em minha humanidade; ela também experimentava a mesma consolação, de modo que se dissipavam pouco a pouco as angústias e as dores de que estava repleta a sua alma; igualmente eu ia me consolando e agradecia ao Pai pelo consolo que nos transmitiu. Agradecia-lhe ainda por parte de meus irmãos, especialmente dos que depois de serem consolados por Ele não se recordam de prestar-lhe um ato de ação de graças, demonstrando-se assim ingratos para com os benefícios divinos e fazendo a bondade divina se afastar, e não se mostrar mais liberal e cortês para com eles. O Pai ficou satisfeito com tal oferta e agradecimento, e revelou-se um tanto aplacado para com os ingratos e prometeu-me que em virtude de minha oferta e orações, não deixaria de beneficiar meus irmãos, por mais que se lhe demonstrassem ingratos, pois eu já havia satisfeito em seu lugar, mas os que se mostram gratos tornam-se capazes de receber graças maiores.

O SONO DE JESUS

Um tanto restaurado quanto a minha humanidade e prestadas ao Pai as devidas graças por mim e por meus irmãos, como disse acima, foi surpreendida a minha humanidade por sono pesado e fiz a querida Mãe entender que me deitasse na manjedoura. A este aviso ficou de novo aflita a Mãe por ter de privar-se da consolação que experimentava em ter-me nos castos braços, e pelo sofrimento que eu havia de passar nesse duro leito. Logo, porém, e com toda a resignação colocou-me na manjedoura para repousar e, prostrada com seu esposo José, ambos adoraram-me e adoraram os decretos divinos. Animada, pois, a querida Mãe e confortada com a virtude divina, pôs-se a cantar um cântico de louvor ao Pai, que servia para fazer-me repousar suavemente. Aquela voz tão suave descansava a minha humanidade e a minha alma se regozijava. Oferecia ao Pai o prazer que me trazia aquela alma tão agradável ao Pai e a mim, para a qual olhávamos com amor incomparável, e que era cada vez mais repleta de graça. Oferecia estes louvores ao Pai e pedia-lhe se dignasse recebê-los por parte de todos os meus irmãos e principalmente daqueles que não se resolvem a louvar o Criador, mas estão inteiramente atentos a louvar e dar satisfação às criaturas. O Pai apreciava muito tais louvores, e sabendo disso, a querida Mãe freqüentemente o fazia. Estava, pois, assim a descansar, e a minha Mãe com José genuflexos a adorar-me. Quando a Mãe terminou os cânticos, roguei a meu Pai se dignasse elevar mais o seu espírito e fazer-lhe conhecer o que se passava entre nós dois, e como nos comprazíamos nela. Logo, o Pai o fez e elevada em profundo êxtase, participou de nossa complacência.

NO COLO DE MARIA.

Tendo voltado a si a querida Mãe e dado graças ao Pai e a mim, pelo favor recebido, esperava a olhar-me na manjedoura, e de novo afligia-se ao ver-me naquele sofrimento, de modo que saindo do sono, fitei-a e convidei-a a tomar-me novamente no colo, a fim de receber dela algum conforto para meus membros enregelados. Sofria em tal posição grande frio. E sabia-o a querida Mãe, e sofria mais por não dar-me algum alívio, porque eu assim queria, ávido como estava de sofrer; meu Coração alegrava-se nas próprias penas, porque era a vontade de meu Pai, e satisfazia deste modo à justiça divina pelos pecados do gênero humano. Oferecia o sofrimento ao Pai, ao qual era tão agradável. E, na realidade, esposa caríssima, causava compaixão ver-me naquela tenra idade tão aflito e dolorido, atormentado pelo rigor da estação, da rigidez da atmosfera, até ficar inteiramente gélido. Podia impedir mas não o quis, nem valer-me de minha divindade para subtrai-lo. Oferecia-o ao Pai em desconto por meus irmãos, aqueles que se serviam até da mínima autoridade que detêm, pra sofrer qualquer coisa, mesmo leve, e muitas vezes ainda da observância da Lei divina e dos mandamentos da Igreja, como se a autoridade que detêm lhes tivesse sido dispensada por Deus para viverem a seu modo e em maiores delícias, quando, na verdade, lhes foi dada para com exatidão e rigor observarem os preceitos divinos e sujeitarem-se ao sofrimento, dando bom exemplo aos inferiores. Aceitou o Pai com grande complacência tais ofertas, e prometeu-me que não deixaria de insinuar aos corações desses tais, por santas inspirações, como deviam se portar e como estariam pela própria autoridade mais obrigados a observar a Lei divina e a imitar-me perfeitamente; assim o vai praticando. Mas muito poucos são os que utilizam as inspirações divinas, porque a maioria quer viver a seu modo. Tudo me era conhecido, esposa caríssima, e sentia com isto dor muito grande. Por esta e outras desordens de meus irmãos, vivia muito dolorido e aflito, tanto mais que, apesar de tantos sofrimentos, não conseguia induzi-los a andarem pela verdadeira estrada da virtude e perfeição, que eu viera lhes ensinar. Embora trilhada por mim, verdadeiro Filho de Deus, eles, os servos, recusam-se a caminhar por ela.

A MÃE DA VIDA — DO AMOR — DAS GRAÇAS.

Depois daquele conforto no colo da querida Mãe e um pouco aquecido, ofereci o pequeno alívio e consolo a meu Pai, e pedi-lhe se dignasse, em virtude do consolo que recebera em minha humanidade, aquecer no divino amor os corações gélidos de todos os meus irmãos, e que o amor divino se inflamasse em seus corações, por intercessão de Maria; como por seu intermédio vinha-me o calor natural, assim por meio dela se acendesse no coração de cada um o calor celestial. O Pai atendeu-me e prometeu-me que qualquer um que dele se aproximasse por meio de verdadeira devoção, ficaria inflamado de amor divino. Como tive no decurso da vida e especialmente na infância muitas consolações e muitos confortos em minha humanidade, por meio da dileta Mãe, assim os meus irmãos recebessem muitas graças do Pai por seu intermédio. E como, através do puríssimo leite, ela me conservou a vida temporal assim conservará a vida espiritual de meus irmãos, se eles se aproximarem e tomarem o leite puríssimo de sua doutrina e exemplo, imitando suas raras virtudes.

EXORTAÇÃO A SUA ESPOSA.

Imitai-a vós, esposa caríssima, e avizinhai-vos cada vez mais dela, pondo em prática quanto vos mostrei, do modo como nesta obra e em outras vos fiz escrever e vo-lo insinuo, a fim de serdes verdadeira imitadora de minhas virtudes e das virtudes de minha querida Mãe. E conhecei o favor particular que vos concedo só por bondade. Certificai-vos, ó filha, de que havereis de prestar-me estreitas contas de todas as graças e favores que vos comuniquei, se delas não tirardes o proveito que pretendo obter de vós. Eis o lembrete que vos deixo no fim deste capítulo.

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