ESTUDO 12 – LIVRO DO CÉU VOL. 10 AO 20 – ESCOLINHA DA DIVINA VONTADE

Escolinha da Divina Vontade
ESTUDO 12 – LIVRO DO CÉU VOL. 10 AO 20 – ESCOLINHA DA DIVINA VONTADE
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10-12
Janeiro 15, 1911
O interesse é o veneno do sacerdote. Deus não é compreendido por quem não está
despojado de tudo e de todos.
(1) Continuando meu habitual estado, meu adorável Jesus fazia-se ver chorando, porque me tinha
trazido a Celestial Mãe para que o tranquilizasse, e eu fazia o que podia para consegui-lo,
beijavao, acariciava-o, apertava-o, dizia-lhe: “O que queres de mim? Não quer amor para que se sinta feliz
e acalme seu pranto? Não me disse Você mesmo outras vezes, que sua felicidade é meu amor? E
eu te amo muito, muito, mas te amo junto Contigo, porque por mim só não sei te amar; dai-me teu
alento ardente que converte todo meu ser em uma chama de amor, e depois te amo por todos, te
amo com todos, te amo nos corações de todos”. Mas quem pode dizer todas as minhas loucuras?
Então parecia que se acalmava um pouco, e para fazer que meu doce Jesus não chorasse mais
lhe disse: “Minha vida e meu tudo, santifica-te, agora que façam as casas de reunião de
sacerdotes, ó! como será consolado”.
(2) E Ele rapidamente: Ah, minha filha, o interesse é o veneno do sacerdote, e se infiltrou tanto
neles que lhes envenenou o coração, o sangue e até a medula óssea. Oh! como o demônio os tem
sabido enredar, tendo encontrado neles a vontade disposta para ser entrelaçada. Minha Graça tem
usado toda sua arte para formar neles o tecido do amor e dar-lhes o contrário do interesse, mas
não encontrando sua vontade disposta, pouco ou nada tem tecido de divino, por isso o demônio
não pode impedir de tudo estas casas de reunião de sacerdotes, o que causou-lhe muita perda, se
contenta em manter o tecido que os teceu com o veneno do interesse. Ah! se visses quão poucos
são os que estão dispostos a separar-se da família e a derramar este veneno do interesse,
chorarias Comigo, não vês como discutem entre eles a respeito deste ponto, como ficam agitados,
como se inflamam os ânimos? Eles acreditam que é um absurdo e que isso não se aplica ao seu
estado”.
(3) Enquanto dizia isto, via os sacerdotes dispostos a isso, e quão escasso era o número deles.
Jesus desapareceu e encontrei-me em mim mesma. Agora, sentindo repugnância de escrever
estas coisas que correspondem aos sacerdotes, mas tendo feito o sacrifício porque assim o quer a
obediência, meu amado Jesus veio e me deu um beijo para recompensar-me pelo sacrifício feito e
acrescentou:
(4) “Filha amada minha, não disseste tudo sobre os inconvenientes que traria se o sacerdote
ficasse estorvado pela atadura da família, as tantas vocações equivocadas pelas quais a Igreja
chora amargamente nestes tristes tempos; certamente não se veriam tantos modernistas, tantos
sacerdotes vazios de verdadeira piedade, tantos deles dados aos prazeres, à incontinência e
tantos outros que veem como se perdem as almas como se não fosse nada, sem a mínima
amargura, e tantos outros desatinos que fazem, estes são sinais de vocações erradas. E se as
famílias virem que não há nada mais a esperar da parte dos sacerdotes, a ninguém virá vontade de
incitar os seus filhos a tornarem-se sacerdotes, nem aos filhos virá o pensamento de enriquecer, de
elevar a família por meio do seu ministério”.
(5) E eu: “Ah! meu doce Jesus, em vez de me dizer estas coisas, vê os dirigentes, os bispos,
porque eles que têm a autoridade podem conseguir te contentar neste ponto, mas eu, tão pobre, o
que posso fazer? Não outra coisa que compadecer-te, amar-te e reparar-te”.
(6) E Jesus: “Minha filha, aos dirigentes, aos bispos? O veneno do interesse invadiu a todos, e
como quase todos estão presos por esta febre pestífera, falta-lhes o valor de corrigir e de pôr um
travão àqueles que deles dependem. E além disso, Eu não sou compreendido por quem não está
despojado de tudo e de todos, minha voz soa muito mal a seus ouvidos, mas bem lhes parece um
absurdo, uma coisa que não é conveniente à condição humana; mas se falo contigo nos
compreendemos suficientemente, e se não encontro outra coisa, Eu encontro um alívio para a
minha dor e tu vais amar-me demais, porque sabes que estou amargo”.
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11-12
Março 15,1912
Quem faz a Vontade de Deus opera ao Divino. A Divina Vontade é a Santidade das
santidades.
(1) Continuando meu estado habitual, eu sentia um grande desejo de fazer a Vontade
Santíssima de Jesus bendito, e Ele ao vir me disse:
(2) “Minha filha, minha Vontade é a Santidade das santidades, assim que a alma que faz minha
Vontade, por quanto fosse pequena, ignorante, ignorada, deixa atrás a todos os demais santos,
apesar dos portentos, das conversões estrepitosas, dos milagres que tenham feito, é mais,
confrontando-os, as almas que fazem minha Vontade são rainhas, e todas as demais estão
como a seu serviço. A alma que faz minha Vontade parece que não faz nada, mas faz tudo,
porque estando em minha Vontade obram ao divino, ocultamente e em modo surpreendente,
assim que é luz que ilumina, são ventos que purificam, são fogo que queima, são milagres que
fazem fazer os milagres, e quem os faz são apenas os canais, porque é nelas que reside o poder
para fazê-los, assim que é o pé do missionário, a língua dos pregadores, a força dos fracos, a
paciência dos enfermos, o regime dos superiores, a obediência dos súditos, a tolerância dos
caluniados, a firmeza nos perigos, o heroísmo dos heróis, o valor dos mártires, a santidade dos
santos, e assim por diante, porque estando na minha Vontade concorrem a todo o bem que pode
haver no Céu e na terra. Eis porque posso dizer que são minhas verdadeiras hóstias, mas
hóstias vivas, não mortas, porque os acidentes que formam a hóstia não estão cheios de vida
nem fluem em minha Vida, em troca a alma está cheia de vida, e fazendo minha Vontade flui e
concorre a tudo o que faço Eu, Eis por que me são mais queridas estas hóstias consagradas por
minha Vontade do que as mesmas hóstias sacramentais, e se tenho alguma razão de existir
nestas, é para formar as hóstias sacramentais da minha Vontade. Minha filha é tanto o prazer
que tomo de minha Vontade, que ao só ouvir falar dela me estremeço de alegria e chamo a todo
o Céu a fazer festa; imagine você mesma o que será daquelas almas que a fazem. Eu encontro
todos os contentes nelas e dou todos os contentes a elas, sua vida é a vida dos bemaventurados,
somente duas coisas lhes interessam, desejam, anseiam: Minha Vontade. o Amor.
Pouco têm que fazer, enquanto fazem tudo, as mesmas virtudes ficam absorvidas em minha
Vontade e no Amor, assim que não têm mais o que fazer com elas, porque minha Vontade
contém, possui, absorve tudo, mas em modo divino, imenso e interminável; esta é a vida dos
bem-aventurados”.
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12-12
Junho 14, 1917
Quanto mais a alma se despe de si, tanto mais Jesus a veste dele.
(1) Continuando o meu estado habitual, estava a pedir ao meu amável Jesus que viesse em
mim a amar, a rezar, a reparar, porque eu não sabia fazer nada, e o doce Jesus movido a
compaixão pela minha nulidade, veio, ficando comigo a rezar, amando e reparando junto
comigo, e depois me disse:
(2) “Minha filha, quanto mais a alma se despoja de si, tanto mais a visto de Mim; quanto mais
crê que não pode fazer nada, tanto mais faço eu nela e faço tudo; sinto que a criatura põe em
ação todo meu amor, minhas orações, minhas reparações, etc., e para fazer-me honra a mim
mesmo, Vejo o que quer fazer: Amar? Vou a ela e amo junto com ela. Quer rezar? Rezo junto
com ela; em suma, seu despojar-se de si e seu amor, que é meu, me amarram e me obrigam a
fazer junto com ela o que quer fazer, e Eu dou à alma o mérito de meu amor, de minhas
orações e reparos, e com sumo prazer meu sinto repetir minha Vida, e faço descer a bem de
todos, os efeitos do meu agir, porque não é da criatura que está escondida em Mim, mas meu”.
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13-12
Agosto 13, 1921
A tristeza não entra na Divina Vontade. A Divina Vontade contém a substância de todas
as alegrias, a fonte de todas as felicidades.
(1) Sentia-me muito aflita, e o meu amável Jesus movendo-se dentro de mim disse-me:
(2) “Minha filha, coragem, não te quero afligida, porque em quem vive na minha Vontade aflora
sobretudo o seu ser o sorriso do Céu, o contentamento dos bem-aventurados, a paz dos
santos. A minha Vontade contém a substância de todas as alegrias, a fonte de todas as
felicidades, e quem vive no meu Querer, mesmo na dor sente misturados, dor e alegria,
lágrimas e sorrisos, amargura e doçura; o contentamento é inseparável da minha Vontade. Tu
deves saber que, conforme pensas na minha vontade, conforme falas, conforme obras,
conforme amas, etc., tantos filhos pares a meu Querer por quantos pensamentos fazes, por
quantas palavras dizes, por quantas obras e atos de amor emites; estes filhos se multiplicam ao
infinito em meu Querer e giram pelo Céu e por toda a terra, levando ao Céu nova alegria, nova
glória e contente, e à terra nova graça, girando por todos os corações levam-lhes meus
suspiros, meus gemidos, as súplicas de sua Mãe que os quer salvos e que lhes quer dar sua
Vida. Agora, estes filhos, partos do meu Querer, para serem reconhecidos como meus filhos,
devem semear-se, ter os mesmos modos da Mãe que os deu à luz; se se virem tristes serão
expulsos do Céu e lhes será dito: “Em nossa habitação não entra a tristeza”. E às criaturas não
lhes causarão impressão, porque, vendo-as tristes, duvidarão que sejam verdadeiros filhos
legítimos do meu Querer, e, além disso, quem é triste não tem a graça de insinuar-se nos
outros, de as vencer e dominar; Quem é triste não é capaz de heroísmo nem de dar-se para o
bem de todos. Muitas vezes estes filhos ficam abortados ou morrem no parto, sem sair à luz do
Divino Querer”.
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14-12
Março 13, 1922
O grande bem que leva ouvir as verdades.
(1) Encontrando-me fora de mim mesma, encontrei-me no meio de um vale florido no qual
encontrei o meu confessor defunto, morto no dia 10 do corrente2, e segundo o seu costume de
quando vivia aqui abaixo disse-me:
(2) “Diz-me: que te disse Jesus?”
(3) E eu: “Falou-me em meu interior, com palavras não me disse nada, e você sabe que as
coisas que ouço em meu interior não as levo em conta”.
(4) E ele: “Quero ouvir também o que te disse em teu interior”.
(5) E eu, como obrigada, disse-me:
(6) “Minha filha, eu te carrego em meus braços; meus braços te servirão de barquinha para te
fazer navegar no mar interminável de minha vontade, tu, depois, conforme fizeres teus atos em
meu Querer formarás as velas, o mastro, a âncora, que servirão não só como adorno da
barquinha, mas para fazê-la andar com mais velocidade. É tanto o amor que tenho a quem vive
em meu Querer, que a levo em meus braços sem jamais deixá-la”.
(7) Mas, enquanto dizia isto, vi os braços de Jesus em forma de barquinho, e eu no meio
dela. O Confessor ao ouvir isto me disse:
(8) “Deves saber que quando Jesus te fala e te manifesta suas verdades, são raios de luz que
chovem sobre ti, depois tu, quando as manifestavas a mim, não tendo sua virtude, as
manifestavas a mim em gotas, e minha alma ficava toda cheia daquelas gotas de luz, e aquela
luz me incitava mais e me dava mais desejos de ouvir outras verdades para poder receber mais
luz, porque as verdades levam o perfume celestial, a sensação divina, e isto só ao ouvi-las, o
que será para o que as pratique? É por isso que amava e desejava tanto ouvir o que Jesus te
dizia, e queria dizê-lo aos demais, era a luz, o perfume que sentia e queria que outros
tomassem parte nisso. ¡Se soubesse o grande bem que recebeu minha alma ao escutar as
verdades que te dizia Jesus! Como ainda goteja luz e expande perfume celestial, que não só
me dá refrigério, senão que me serve de luz a mim, e a quem está perto de mim, e como tu
fazes teus atos no Querer Divino, eu tomo parte especial, porque eu sinto a semente que você
colocou em mim do seu Querer Santíssimo”.
(9) E eu: “Deixe-me ver sua alma, como é que a luz goteja.” E ele abrindo-se pela parte do
coração me fazia ver sua alma toda jorrando luz; essas gotas se uniam, se separavam, uma
corria sobre a outra, era muito bonito vê-lo.
(10) E ele: “Você viu? Como é bonito ouvir as verdades! Quem não escuta as verdades goteja
trevas que dão horror”.
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15-12
Março 27, 1923
Dores da Vida Sacramental de Jesus. Graças com as quais nos previne para recebê-lo.
(1) Tendo recebido a comunhão, meu doce Jesus fez-se ver, e eu apenas o vi me lancei a seus
pés para beijá-los e me estreitar toda a Ele. E Jesus estendendo-me a mão disse-me:
(2) “Minha filha, entre meus braços e até dentro de meu coração, cobri-me dos véus eucarísticos
para não infundir temor, desci no abismo mais profundo das humilhações neste Sacramento para
elevar a criatura até Mim, fundindo-a tanto em Mim de formar uma só coisa Comigo, e com fazer
correr meu sangue sacramental em suas veias constituir-me vida de sua batida, de seu
pensamento e de todo seu ser. Meu amor me devorava e queria devorar a criatura em minhas
chamas para fazê-la renascer como outro Eu, por isso quis me esconder sob estes véus
eucarísticos, e assim entrar nela para formar esta transformação da criatura em Mim; mas para que
esta transformação acontecesse, eram necessárias disposições por parte das criaturas e o meu
amor chegando ao excesso, enquanto instituía o Sacramento Eucarístico, assim punha fora de
dentro da minha Divindade outras graças, dons, favores, luz para bem do homem, para torná-lo
digno de me poder receber; poderia dizer que pus tanto bem fora de ultrapassar os dons da
Criação, quis agradecer-lhe primeiro para me receber, e depois dar-me para lhe dar o verdadeiro
fruto da minha Vida Sacramental. Mas para preparar com estes dons às almas, necessita-se um
pouco de vazio delas mesmas, de ódio à culpa, de desejo de receber-me, estes dons não descem
na podridão, na lama, portanto sem meus dons não têm as verdadeiras disposições para receber-me,
e eu descendo nelas não encontro o vazio para comunicar a minha Vida, estou como morto
para elas, e elas mortas para Mim; Eu ardo e elas não sentem as minhas chamas, sou luz e elas
ficam mais cegas. Ai de Mim! quantas dores na minha Vida Sacramental, muitas por falta de
disposições, não sentindo nada de bem no receber-me, chegam a enjoar-me, e se continuam a
receber-me é para formar o meu contínuo calvário e a sua eterna condenação, se não é o amor
que as leva a receber-me, é uma afronta de mais que me fazem, é uma culpa de mais que
agregam suas almas. Por isso reza e repara pelos tantos abusos e sacrilégios que se fazem ao
receber-me Sacramentado”.
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16-12
Agosto 5, 1923
Para cumprir a Redenção, Jesus abriu as portas da Vontade Suprema.
Assim para cumprir o Fiat Voluntas Tua, abre de novo as portas de sua Vontade.
(1) Estava toda a pensar no Santo Querer de Deus, e o meu doce Jesus investindo-me de Uma luz
suprema me disse:
(2) “Minha filha, minha Humanidade, por quão santa e pura, se a minha Vontade Suprema não lhe
tivesse dado a entrada à minha vontade humana na Vontade Divina, não teria podido formar a
completa Redenção. A minha vontade humana teria faltado a onividência, e portanto não teria
podido ver a todos; lhe teria faltado a imensidão, e não teria podido abraçar a todos; a onipotência, e
não teria podido salvar a todos; a eternidade, e não teria podido tomar tudo como um ponto único e
remediar tudo. Então a primeira parte da Redenção teve minha Divina Vontade, a segunda, minha
Humanidade; se não fosse pela Vontade Divina, a Redenção teria sido de poucos e limitada no
tempo, porque faltando-me a luz da onividência, que faz conhecer a todos, não poderia ter-me
estendido a todos. Portanto, para poder formar a Redenção, não fiz outra coisa que abrir as portas da
Vontade Suprema a Minha humanidade, portas que o primeiro homem havia fechado, e dando-lhe
campo livre a fiz Operar a Redenção propriamente no seio Dela. Desde então até agora nenhum
outro entrou no meu Querer Divino para poder agir como dono, com plena liberdade, como se fora
dele, para poder gozar de todo o poder e os bens que Ela contém. Minha Vontade é em Mim como
a alma ao corpo, e se para os santos tem sido a maior graça em fazer minha Vontade, a qual como
reflexos entrou neles, o que será não só receber os reflexos mas entrar nela e gozar de toda a sua
plenitude?
(3) Agora, se para formar a Redenção foi necessário que a minha humanidade e vontade humana
tiveram entrada nesta Divina Vontade, assim agora é necessário que para o cumprimento do Fiat
Voluntas Tua como no Céu assim na terra, abra de novo as portas da Vontade eterna e faça entrar
outra criatura, e dando-lhe campo livre a faça fazer do maior ao menor ato dela na onividência,
imensidão e poder da minha Vontade. A medida que entrares nela e emitires os teus pensamentos,
as tuas palavras, as obras, os passos, reparos, penas, amor, agradecimentos, assim o Querer
Supremo cunhará todos os seus atos e receberão a imagem Divina, com o valor de atos divinos,
que sendo infinitos podem suprir por todos, chegar a todos, e ter tal ascendência sobre a Divindade,
de fazer descer à terra esta Suprema Vontade e levar os bens que Ela contém. Sucederá como
ao metal, ao ouro, à prata, até que não é cunhada a imagem do rei não pode ser dado o valor de
moeda, mas assim que é cunhada adquire o valor de moeda e corre por todo o reino, e não há cidade,
povo, lugar importante onde não goze seu prestígio de moeda, e não há criatura que possa
viver sem ela; poderá ser seu metal vil ou precioso, isto não importa, desde que esteja impressa
nela a imagem do rei ela corre por todo o reino e goza da supremacia sobre todos e se faz amar e
respeitar por todos. Assim, tudo o que a alma faz em meu Querer, estando cunhada nela a imagem
divina, corre no Céu e na terra, tem a supremacia sobre todos, não se nega a dar-se a quem o
quer, não há ponto em que não se aproveite de seus efeitos benéficos”.
(4) Agora, enquanto dizia, rezamos juntos, e Jesus fazia entrar a minha inteligência em sua Vontade,
e juntos oferecemos à Majestade Suprema a homenagem, a glória, a Submissão, a adoração
de todas as inteligências criadas. Ao contato da Vontade Suprema nas homenagens, nas adorações,
ficava impressa uma imagem divina, e se difundiam sobre todas as inteligências criadas como
tantos mensageiros falantes, que se punham em ordem na Criação e todos como em relações
com a Vontade Suprema. Mas quem pode dizer o que se via e compreendia? E meu dulcíssimo
Jesus acrescentou:
(5) “Minha filha, viste? Só entrando na minha Vontade pode acontecer tudo isto, por isso continua a
fazer entrar os teus olhares, as tuas palavras, o teu coração e todo o resto de ti, e verás coisas
surpreendentes”.
(6) E depois de ter passado mais de três horas na Divina Vontade, fazendo o que Jesus me dizia e
junto com Ele, encontrei-me em mim mesma. Mas quem pode dizê-lo tudo? Minha pobre inteligência
me sinto incapaz, se Jesus quiser poderei continuar, por agora ponho…
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17-12
Setembro 11, 1924
Terríveis efeitos das oposições da alma à Vontade de Deus.
No Céu toda a eternidade se colocará em torno da alma que viveu
na Divina Vontade, para enriquecê-la, felicitá-la e não
a priva de nada do que ela contém.
(1) Me sentia muito perturbada e pedia a Jesus que tivesse compaixão de mim, que tomasse Ele
todo o cuidado de minha pobre alma, e lhe dizia:.
(2) “Afasta-me de todos, para que eu fique sozinha, Tu só me bastas. Depois de tanto tempo
deverias ter-me contentado, muito mais que não te peço mais que a Ti só”..
(3) Agora, enquanto isto e outras coisas dizia, meu Jesus tomou-me um braço, como se quisesse
Ele libertar-me e fazer-me assim o ofício de meu confessor. Oh! como me sentia feliz ao ver Jesus
fazer isto e pensava entre mim: “Finalmente terminou o mais duro de meus sacrifícios”. Mas
felicidade vã e passageira, enquanto Jesus me tomou o braço, ao mesmo tempo desapareceu e eu
fui deixada em meu habitual estado, sem poder reagir. Como chorei e pedi que tivesse compaixão
de mim. Depois de algumas horas meu amável Jesus retornou, e me vendo chorar e toda amarga
me disse:.
(4) “Minha filha, não chores, não queres confiar-te do teu Jesus? Deixa-me fazer, deixa-me fazer,
não leves as coisas de ânimo leve; mas, ó! quantas coisas tristes estão para acontecer, minha
justiça não pode conter os flagelos para punir as criaturas; todos estão para lançar-se uns contra os
outros, e quando ouvires os males de teus irmãos sentirás remorso por tuas oposições a teu
habitual sacrifício, como se também tu tivesses tomado parte em empurrar a justiça a punir as
criaturas”.
(5) E eu ao ouvir isto lhe disse: “Jesus meu, jamais seja, não quero subtrair-me da tua Vontade,
mas rogo-te que me livres da mais feia das desventuras, que eu não faça a tua Santíssima
Vontade; não te peço que me livres do sofrimento, mas que mo aumentes, só te rogo, como graça
que quero de Ti, sempre se Tu o queres, que me libertes do aborrecimento que dou ao confessor,
isto é me demasiado duro e sinto que não tenho a força para suportá-lo, portanto, se a Ti te agrada
libertar-me, ou então dá-me mais força, mas não permitas que não se cumpra tua Santíssima
Vontade em mim”..
(6) E Jesus continuando a sua fala disse-me: “Minha filha, lembra-te que te pedi um sim na minha
Vontade, e tu pronunciaste-o com todo o amor; aquele sim existe ainda e tem o primeiro lugar na
minha Vontade interminável. Tudo o que tu fazes, pensas e dizes, está ligado àquele Sim’, ao qual
nada lhe escapa, e minha Vontade goza e faz festa ao ver uma vontade de criatura viver em minha
Vontade, e vou enchendo-a de novas graças, e constituiu todos os teus atos em atos divinos; este
é o maior portento que existe entre o Céu e a terra, é o objeto para Mim mais querido, que, jamais
seja, me fosse arrancado, me sentiria arrancar a Mim mesmo e choraria amargamente por isso.
Olha, conforme tu fazias essa pequena oposição, esse sim teu tremeu de espanto; ante esse
estremecimento os fundamentos dos céus tremeram; todos os santos e anjos, e todo o âmbito da
eternidade viram isto com horror e com dor, sentindo-se arrancar um ato da Vontade Divina, porque
minha Vontade envolvendo tudo e a todos fazia sentir teus atos feitos uma só coisa com eles, e
portanto todos sentiam o doloroso rasgo, poderia te dizer que todos se punham em atitude de
profunda dor”..
(7) E eu, atemorizada por falar de Jesus, disse: “Meu amor, que dizes? É possível todo este mal?
Tu falar faz-me morrer de tristeza, ah! me perdoe, tenha misericórdia de mim que sou tão má, e
confirma meu sim’ com ataduras mais fortes em tua Vontade, e mais, me faça morrer antes que me
faça sair de tua Vontade”..
(8) E Jesus de novo: “Minha filha, acalma-te, como imediatamente te puseste de novo em meu
Querer, todas as coisas se acalmaram e se puseram em atitude de nova festa. Seu sim continua
seus rápidos giros na imensidão de minha Vontade. Ah! filha, nem você nem os que te dirigem
conheceram o que significa viver em meu Querer, por isso não o apreciam e se tem como coisa de
nenhuma importância,- e isto é uma dor minha- enquanto é a coisa que mais me interessa e que
deveria mais que qualquer coisa interessar a todos; mas, ai de mim! presta atenção a outras
coisas, a coisas que para Mim são menos agradáveis ou indiferentes, em lugar do que mais me
glorifica e que dá a eles, mesmo sobre esta terra, bens imensos e eternos, e os faz proprietários
dos bens que minha Vontade possui. Olha, minha Vontade é uma e abraça toda a eternidade;
agora, a alma vivendo em minha Vontade e fazendo-a sua, vem a tomar parte em todas as alegrias
e nos bens que minha Vontade contém e se torna como proprietária deles, e se, estando ela na
terra, não sente todas essas alegrias e bens, tendo o depósito de todos em sua vontade, por força
da minha feita na terra, morrendo e encontrando-se no céu, sentirá todas aquelas alegrias e bens
que minha Vontade colocou fora no Céu enquanto ela vivia sobre a terra. Nada lhe será tirado,
antes lhe será multiplicado, porque se os santos gozaram da minha Vontade porque vivem nela,
mas é sempre desfrutando como vivem, em troca a alma que vive na minha Vontade na terra vive
sofrendo, Não é justo que ela tome essas alegrias e aqueles bens que os demais tomaram no Céu
enquanto ela vivia na terra naquela mesma Vontade em que viviam eles? Então, quantas riquezas
imensas não toma quem vive em minha Vontade? Posso dizer que toda a eternidade se porá em
torno dela para enriquecê-la, para fazê-la feliz, nada lhe priva do que Ela contém, é sua filha e a
ama tanto que de nada quer privá-la. Por isso sê atenta minha filha, não queiras opor-te aos meus
desígnios que fiz sobre ti.
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18-12
Novembro 9, 1925
Fundir-se no Querer Divino é o ato maior e o que mais honra ao nosso Criador.
(1) Estava segundo meu costume Fundindo-me no Santo Querer Divino, para logo fazer minha
adoração a meu crucificado bem, e como mais de uma vez enquanto estava fazendo meus atos no
Querer Supremo tinha-me surpreendido o sonho, o que antes jamais me acontecia, por isso não
havendo cumprido o um nem feito a adoração, disse entre mim: “Primeiro faço a adoração ao
crucifixo, e se não me surpreende o sono me fundirei no Querer Divino para fazer meus
acostumados atos”. Mas enquanto isso pensava, meu doce Jesus saiu de dentro de mim, e
colocando seu rosto junto ao meu me disse:.
(2) “Minha filha, quero que primeiro te fundas em meu Querer, que venhas diante à Majestade
Suprema para reordenar todas as vontades humanas na Vontade de seu Criador, para reparar com
minha mesma Vontade todos os atos das vontades das criaturas opostas à minha. Vontade saiu de
Nós para divinizar a criatura, e vontade queremos, e quando esta Vontade é rejeitada por elas para
fazer a própria, é a ofensa mais direta ao Criador, é o desconhecer todos os bens da Criação e
afastar-se de sua semelhança. E te parece pouco que tu, fundindo-te em minha Vontade tomes
como em teu regaço toda esta Vontade minha, que se bem que seja uma, a cada criatura leva seu
ato divinizador e tu, reunindo-os todos juntos estes atos de minha Vontade me traz ante a
Majestade Suprema para correspondê-los com a tua junto à Minha, com teu amor refazendo todos
os atos opostos das criaturas, e tomada esta minha mesma Vontade, que surpreenda de novo as
criaturas com atos mais repetidos, a fim de que a conheçam, a recebam nelas como ato primeiro, a
amem e cumpram em tudo esta Santa Vontade? A adoração a minhas chagas mais de uma me
faz, mas devolver os direitos a minha Vontade como ato primeiro que fiz para o homem, não me faz
nenhum, por isso cabe a você, que tem uma missão especial em minha Vontade, fazê-lo. E se,
enquanto isso, o sono te surpreender, nosso Pai Celestial olhará para você com amor ao vê-lo
dormir em seus braços, vendo sua pequena filha, que ainda dorme, tem em seu pequeno colo
todos os atos de sua Vontade para repará-los, Corresponder-lhes em amor e dar a cada ato de
nossa Vontade a honra, a soberania e o direito que lhe convém. Por isso, primeiro cumpre o teu
dever, e depois, se puderes, farás também a adoração às minhas chagas”.
(3) Sejam sempre dadas graças a Jesus, esta noite, por sua bondade, fiz uma coisa e outra.
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19-12
Abril 16, 1926
Para viver no Divino Querer é necessário o pleno abandono nos
braços do Pai Celestial. O nada deve ceder a vida ao Tudo.
(1) Sentia-me tão pequena e incapaz de fazer qualquer coisa, que chamei em minha ajuda a minha
Rainha Mãe, a fim de que juntas pudéssemos amar, adorar, glorificar ao meu sumo e único Bem
por todos e em nome de todos. Enquanto estava nisto, encontrei-me numa imensidão de luz e toda
abandonada nos braços de meu Pai Celestial, mais bem tão fundida como se formasse uma só
coisa com Ele, de modo que não sentia mais minha vida senão a de Deus. Mas quem pode dizer o
que eu sentia e fazia? Depois disso, meu doce Jesus saiu de dentro de mim e me disse:.
(2) “Minha filha, tudo o que sentiste, o teu pleno abandono nos braços de nosso Pai Celestial, o
não sentir mais tua mesma vida, é a imagem do viver em meu Querer, porque para viver nele devese
viver mais de Deus que de si mesma, mais bem, o nada deve ceder a vida ao Todo para poder
fazer tudo, e ter seu ato no topo de todos os atos de cada uma das criaturas. Assim foi a Vida de
minha Mãe Divina, Ela foi a verdadeira imagem de viver em meu Querer, seu viver foi tão perfeito
nele, que não fazia outra coisa senão receber continuamente de Deus o que lhe convinha fazer
para viver no Supremo Querer, assim que recebia o ato da adoração suprema, para poder colocar
se no topo de cada adoração que todas as criaturas estavam obrigadas a fazer para com o seu
Criador, porque a verdadeira adoração tem vida na Três Divinas Pessoas: Nossa concórdia
perfeita, nosso amor mútuo, nossa única Vontade, formam a adoração mais profunda e perfeita na
Trindade Sacrossanta. Portanto, se a criatura me adora e sua vontade não está de acordo Comigo,
é palavra vã mas não adoração. Por isso minha Mãe tudo tomava de Nós, para poder difundir-se
em tudo e colocar-se no topo de cada ato de criatura, no topo de cada amor, de cada passo, de
cada palavra, de cada pensamento, no topo de cada coisa criada. Ela punha seu ato primeiro sobre
todas as coisas e isto lhe deu o direito de Rainha de todos e de tudo, e superou em santidade, em
amor, em graça, todos os santos que foram e serão e a todos os anjos unidos juntos. O Criador se
derramou sobre Ela para dar-lhe tanto amor, para que tivesse amor suficiente para poder amá-lo
por todos, lhe comunicou a suma concórdia e a Vontade única das Três Divinas Pessoas, de modo
que pôde adorar em modo divino por todos e suprir a todos os deveres das criaturas; se isto não
tivesse sido assim, não seria uma verdade que a Mãe Celestial superou a todos na santidade, e no
amor, mas um modo de dizer, mas Nós quando falamos, são ações e não palavras. Por isso tudo
encontramos nela, e assim tendo encontrado tudo e todos, tudo lhe demos, constituindo-a Rainha e
Mãe do mesmo Criador.
(3) Agora filha da minha Suprema Vontade, quem quer tudo deve fechar tudo e colocar-se no topo,
como ato primeiro dos atos de todos, assim que a alma deve estar no topo de cada amor, de cada
adoração, de cada glória de cada uma das criaturas. Minha Vontade é tudo, eis por que a missão
da Soberana Rainha e a tua se pode dizer que é uma só, e tu deves seguir passo a passo o modo
como Ela estava com Deus para poder receber a capacidade divina, para poder ter em ti um amor
que diz amor por todos, uma adoração que adora por todos, uma glória que se difunde por todas as
coisas criadas. Você deve ser nosso eco, o eco de minha Mãe Celestial; e porque somente Ela
viveu perfeita e plenamente no Supremo Querer, por isso pode te ser guia e te fazer de mestra. ¡
Ah, se tu soubesses com quanto amor te estou ao redor, com quanto zelo te vigio a fim de que não
seja interrompido teu viver em meu eterno Querer! Tu deves saber que estou a fazer mais contigo
do que com a minha Mãe Celestial, porque Ela não tinha tuas necessidades, nem tendências, nem
paixões que pudessem minimamente impedir o curso da minha Vontade Nela, com suma facilidade
o Criador se via Nela e Ela nele, Assim que minha Vontade estava sempre triunfante Nela, por isso
não tinha necessidade nem de empurrá-la nem de admoestações; em troca contigo devo ter mais
atenção, e quando vejo que alguma passividade, alguma pequena tendência quer surgir em ti, e
também quando tua vontade humana quisesse ter algum ato de vida própria em ti, devo te advertir,
a potência de meu Querer deve estar em ato de demolir o que surge em ti e que não lhe pertence a
Ele, e minha graça e meu amor, devem correr naquilo podre que a vontade humana vai formando,
ou então impedir com graças antecipadas que esta podridão se possa formar em tua alma, porque
Eu amo tanto, me custa tanto a alma na qual reina meu Querer e na qual tem seu campo de ação
divina o Fiat Supremo, fim único de toda a Criação e da mesma Redenção, que a amo e me custa
mais que toda a Criação e que a mesma Redenção, porque a Criação foi o princípio da nossa obra
para com as criaturas, a Redenção foi o meio, o Fiat será o fim, e as obras, quando cumpridas,
amam-se mais e adquirem o valor completo. Enquanto uma obra não está cumprida há sempre o
que fazer, o que trabalhar, o que sofrer, não se pode calcular seu justo valor, ao contrário quando
está cumprida somente o possuir e o gozar a obra feita, e seu valor completo vem a completar a
glória d’Aquele que a formou, por isso a Criação e a Redenção devem fechar-se no Fiat Supremo.
Vês o quanto me custas e o quanto sinto por te amar? O Fiat operante e triunfante na criatura é
para Nós a maior coisa, porque a glória que Nós havíamos estabelecido receber por meio da
Criação nos vem dada, nossos fins, nossos direitos, adquirem seu pleno poder. ”Eis por que
minhas ansias todas para ti, minhas manifestações a ti, meu amor por toda a Criação e Redenção,
todo concentrado em ti, porque em ti quero ver o triunfo de minha Vontade”.
+ + + +

20-12
Outubro 17, 1926
Luisa gira em toda a Criação e Redenção e pede o Fiat. Como Este
é a base e fundamento do reino.
(1) Parece-me que não posso fazer menos que seguir meu giro na Vontade Suprema, sinto que é
minha verdadeira casa e só estou contente quando giro n‟Ela, porque encontro tudo o que pertence
a meu doce Jesus, que em virtude de sua Vontade tudo o que é seu também é meu. Portanto
tenho muito que dar a meu amado Bem, é mais, há tanto a dar-lhe que não termino jamais de dar-lhe
tudo, por isso me resta sempre o desejo de voltar a seguir meu giro para poder dar-lhe tudo o
que pertence a sua adorável Vontade; e pensando no grande bem que leva à alma o Querer
Supremo, enquanto girava pedia a Jesus que o fizesse conhecer a todos, a fim de que pudessem
tomar parte em tão grande bem, e para obter isto lhe dizia ao chegar a cada coisa criada: “Venho
no sol para fazer companhia à tua Vontade reinante e dominante nele, em todo o esplendor de sua
majestade, mas enquanto te faço companhia no sol, te rogo que teu Fiat Eterno seja conhecido, e
assim como rainha triunfante no sol, venha a reinar triunfante no meio das criaturas; olha, também
o sol te roga, toda sua luz se converte em oração e à medida que se estende sobre a terra e
investe com sua luz plantas e flores, montes e planícies, mares e rios, então reze para que o seu
Fiat seja um na Terra e se harmonize com todas as criaturas. Portanto, não sou só eu a pedir-te,
mas é a Potência da tua própria Vontade que reina no sol que implora, roga a luz, roga os seus
inumeráveis efeitos, os bens, as cores que contém, todos oram para que seu Fiat reine sobre
todos. Você pode resistir a uma massa de luz tão grande que roga com a Potência de seu próprio
Querer? E eu, pequena como sou, enquanto te faço companhia neste sol, bendigo, adoro, glorifico
tua Vontade adorável, com a magnificência e glória com que tua mesma Vontade se glorifica em
suas obras. Então só nas criaturas sua Vontade não deve encontrar a perfeita glória de suas
obras? Por isso venha, venha seu Fiat”. Mas enquanto faço isso, ouço toda a luz do sol implorando
que venha o Fiat Eterno, isto é, sua mesma adorável Vontade que investindo a luz roga, e eu
deixando-a em seu ato de rogar passo às outras coisas criadas para fazer minha pequena visita,
para fazer um pouco de companhia à adorável Vontade em cada ato seu que exercita em cada
coisa criada. Por isso passo no céu, nas estrelas, no mar, a fim de que o céu implore, as estrelas
implorem, o mar com o seu murmúrio roga que o Fiat Supremo seja conhecido e reine triunfante
sobre todas as criaturas como reina neles. Então, depois de haver girado sobre todas as coisas
criadas para fazer companhia ao Fiat Divino e pedir em cada coisa que venha a reinar sobre a
terra, como é belo ver, ouvir que toda a Criação roga que venha seu reino no meio das criaturas, e
descendo em tudo quanto fez o meu Jesus na redenção, nas suas lágrimas, nos seus gemidos
infantis, nas suas obras, passos e palavras, nas suas penas, nas suas chagas, no seu sangue, até
à sua morte, a fim de que as suas lágrimas peçam para que o seu Fiat venha; seus gemidos e tudo
o que fez supliquem todos em coro que seu Fiat seja conhecido e que sua mesma morte faça
ressurgir a Vida de sua Vontade Divina nas criaturas. Enquanto isso e mais eu fazia, mas eu iria
demorar muito se eu quisesse dizer tudo, meu doce Jesus apertando-me a Si me disse:
(2) “Pequena filha de meu Querer, tu deves saber que minha Vontade ficou reinante em toda a
Criação para dar o campo às criaturas de fazer-lhe tantas visitas por quantas coisas criou, queria a
companhia da criatura na linguagem muda de todo o universo. Como é duro o isolamento desta
Vontade tão santa, que quer santificar e não encontra a quem participar sua Santidade; tão rica
que quer dar, e não encontra a quem dar; tão bela, e não encontra a quem embelezar; tão feliz, e
não encontra ninguém para fazer feliz. Poder dar, querer dar e não ter a quem dar é sempre uma
dor e uma pena inenarrável, e para sua maior dor ser deixada só. Então, ao ver a criatura entrar no
campo da Criação para lhe fazer companhia, sente-se parabenizada e realizada a finalidade pela
qual se deixou reinante em cada coisa criada, mas o que a torna mais feliz, mais glorificada, é que
tu, enquanto chegas a cada coisa criada lhe pedes que seu Fiat seja conhecido e reine sobre tudo,
e move a minha mesma Vontade no sol, no céu, no mar, em tudo, a rogar que venha o reino de
meu Querer, porque estando em ti o meu Fiat, pode-se dizer que é Ela mesma que ora e que move
todas as minhas obras, até as minhas lágrimas e suspiros, para que venha o reino da minha
Vontade. Você não pode entender que contento me dá, que impressão é a meu coração e a minha
mesma Vontade ouvir todas as nossas obras que pedem, que querem nosso Fiat. Então vê a
minha alegria porque não te vejo pedir nada para ti, nem glória, nem amor, nem agradecimento, e
vendo a tua pequenez, pela qual não podes obter um Reino tão grande, giras em todas as minhas
obras, por todas as partes onde se encontra um ato da minha Vontade fazendo o seu ofício, e
fazes-me dizer a meu mesmo Fiat: „Venha a mim o teu Reino, ah! Faz com que seja conhecido,
amado e possuído pelas gerações humanas.‟ Uma Vontade Divina que ora junto com nossas
obras, junto com sua pequena filha, é o maior presságio, é uma potência à par da nossa que ora, e
não escutá-la favoravelmente nos é impossível. Como é santo, como é puro, nobre e todo divino,
sem sombra de humano o Reino de nossa Vontade! Sua base, seu fundamento e a profundidade
dele será o nosso próprio Fiat, que, estendendo-se abaixo, no meio e sobre estes filhos da família
celeste, lhes tornará firme o passo e inabalável para eles o reino da minha Vontade”.
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¨Mãe celeste, Rainha Soberana do Fiat Divino, toma-me pela mão e mergulha-me na Luz do querer Divino. Tu serás a minha guia, minha terna Mãe, e me ensinarás a viver e a manter-me na ordem e no recinto da Divina Vontade. Amém, Fiat.¨

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