Estudo 15 Livro do Céu Volume 12 ao 20 – Escola da Vontade Divina

Escola da Divina Vontade
Estudo 15 Livro do Céu Volume 12 ao 20 – Escola da Vontade Divina
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LUZES SUPER INÉDITAS!
12-15
Julho 18, 1917

A alma que vive na Divina Vontade vive em Jesus e à custa Dele.

(1) Continuando o meu estado habitual, eu tentei verter-me toda no Santo Querer de Jesus, e pedi-lhe que Ele derramasse tudo em mim, de modo de não me sentir mais eu mesma, mas todo Jesus. Então o bendito Jesus veio e me disse:
(2) “Minha filha, quando a alma vive de minha Vontade e tudo o que faz o faz em meu Querer, Eu a sinto por toda parte, sinto-a na mente, seus pensamentos correm nos meus, e como Eu difundo a vida da inteligência nas criaturas, Ela se difunde junto Comigo nas mentes das criaturas, e quando vê que me ofendem ela sente minha dor; sinto-a em meu coração, mas bem sinto um batimento em dois em meu coração, e conforme meu amor se derrama nas criaturas, ela se derrama junto Comigo e ama Comigo, e se não sou amado, ela me ama por todos para me corresponder no amor e me consola; em meus desejos sinto o desejo da alma que vive em meu Querer; em minhas obras sinto as suas, em tudo; assim pode dizer que vive de Mim, às custas de Mim”.

(3) E eu: “Meu amor, Tu fazes tudo por Ti mesmo e não tens necessidade da criatura, por que então amas tanto que a criatura viva em ti e do teu Querer?”
(4) E Jesus: “Claro que de nada tenho necessidade e faço tudo por Mim mesmo, mas o amor para ter vida quer seu desabafo. Supõe um sol que não tem necessidade de luz porque tem suficiente para si e para os demais, mas havendo outras pequenas luzes, apesar de que não tem necessidade as quer em si como companhia, para desafogar-se e para engrandecer-se às pequenas luzes, que injúria não fariam as pequenas luzes se o rejeitassem? ¡ Ah, minha filha, a vontade quando está sozinha é sempre estéril; o amor isolado definha e se apaga, e Eu amo tanto a criatura que a quero unida com minha Vontade para fazê-la fecunda, para dar-lhe vida de amor; e nisto Eu encontro meu alívio, porque só para desabafar no amor criei a criatura, não para outra coisa, e por isso é todo o meu empenho!”

13-16
Setembro 6, 1921

Conforme se conhecem as verdades, assim se forma nova união com Jesus. Jesus quer fazer conhecer o que fazia sua Vontade em sua Humanidade para fazer herdeiras às novas gerações de sua Vontade, dos efeitos, do valor que Ela contém.

(1) Estava eu toda no Santo Querer do meu doce Jesus, e dizia-lhe: “Meu amor, entro em teu Querer e aqui encontro todos os pensamentos de tua mente e todos os das criaturas, e eu faço coroa com meus pensamentos e com os de todos meus irmãos em torno dos teus, e depois os uno todos e faço de todos um só, para te dar a homenagem, a adoração, a glória, o amor, a reparação de sua própria inteligência”. E enquanto dizia isto, o meu Jesus mexeu-se dentro de mim e, levantando-se, disse-me:
(2) “Filha inseparável de minha Vontade, como estou contente ao ouvir repetir o que fazia minha Humanidade em minha Vontade, e Eu beijo teus pensamentos nos meus, tuas palavras nas minhas, teu batimento no meu”.
(3) E enquanto dizia isto, cobria-me de beijos. Então lhe disse: “Minha vida, por que gozas tanto e fazes festa cada vez que manifestas outro efeito da tua Vontade?”
(4) E Jesus: “Tu deves saber que cada vez que te manifesto uma verdade a mais sobre a minha Vontade, é uma união a mais que formo entre tu e Eu e com toda a família humana; é uma união maior, um vínculo mais estreito, é um maior participar na minha herança, e conforme as manifesto formo a escritura da oferta de alimentos, e vendo os meus filhos mais ricos, e tomando parte na herança, sinto novos contentes e faço festa. Acontece-me a mim como a um pai, que possui muitas posses, mas estas posses não são conhecidas pelos filhos, assim que não sabem que são filhos de um pai tão rico. Agora, vindo o pai os filhos à idade mais velha, dia após dia lhes vai dizendo que possui tal e tal fazenda; os filhos ao ouvi-lo festejam e estreitam- se com um maior vínculo de amor em torno do pai; este, ao ver a festa dos filhos, faz também festa e prepara-lhes uma surpresa maior e diz-lhes: Tal província é minha, depois tal reino. Os filhos ficam encantados e não só fazem festa, mas se sentem afortunados de ser filhos de tal pai. Mas o pai não só faz conhecer suas posses aos filhos, senão que os constitui herdeiros de seus bens. Assim me sucede a Mim, até agora fiz conhecer o que fez minha humanidade, suas virtudes, suas penas, para constituir a família humana herdeira dos bens de minha Humanidade, mas agora quero ir mais além, quero fazer-lhes conhecer o que fazia minha Vontade em minha Humanidade para constituir herdeiras de minha Vontade, dos efeitos, do valor que Ela contém às novas gerações, por isso sei atenta em me escutar e não perca nada dos efeitos e do valor de minha Vontade, para que possas ser fiel relator destes bens e primeiro vínculo de união com o meu Querer e de comunicação para as demais criaturas”.

14-15
Março 21, 1922

O duplo selo do Fiat em todas as coisas criadas.

(1) Continuando meu estado habitual, estava pensando no Santo Querer Divino, e meu sempre adorável Jesus me tem estreitada entre seus braços, e suspirando forte eu sentia seu alento que me penetrava até no coração, e depois me disse:
(2) “Filha de meu Querer, meu sopro onipotente te dá a vida de meu Querer, porque a quem faz minha Vontade meu Querer lhe fornece seu fôlego por vida, e conforme lhe dá o alento lhe afasta tudo o que não pertence a Mim, e ela não respira outra coisa que o ar de minha Vontade, e assim como o ar que se respira se recebe e se tira, assim a alma é um contínuo receber a Mim, e um dar-se em cada respiro a Mim.
(3) Sobre tudo o que foi criado bate a minha Vontade, não há nada em que o meu Querer não tenha o seu selo; assim que pronunciei o Fiat ao criar as coisas, o meu Querer tomou sobre elas o domínio e fez-se vida e conservação de todas as coisas. Agora, este meu Querer quer todas as coisas sejam encerradas Nele, para receber a correspondência de seus mesmos atos nobres e divinos, quer ver pairar sobre todos os atos humanos o ar, o vento, o perfume, a Luz de seu Querer, de maneira que tremulando juntos os atos seus com os da criatura, se confundam e formem uma só coisa. Isto foi o único fim da Criação, que as emanações dos quereres fossem contínuas; quero-o, pretendo-o, espero-o, por isso tenho tanta pressa de que se conheça meu Querer, seu valor e seus efeitos, para fazer que as almas que vivam em meu Querer, com suas emanações contínuas em minha Vontade, conforme façam seus atos, como ar os difundirão sobretudo, multiplicar-se-ão em todos os atos humanos, investindo e cobrindo  tudo, como atos de minha Vontade, e então terei a finalidade da Criação, minha Vontade repousará nelas e formará a nova geração, e todas as coisas criadas terão o duplo selo de meu Querer: o Fiat da Criação e o eco de meu Fiat das criaturas”.

15-18
Abril 25, 1923
A Vontade de Deus é o caminho real que conduz à Santidade da semelhança do Criador. Luisa continuando de onde ficou Adão, Deus a constitui como cabeça de todos e portadora da felicidade e bens que haviam sido atribuídos a todos.

(1) Estava rezando e meu doce Jesus veio, pondo-se junto a mim para rezar junto comigo, mas bem sua inteligência se refletia na minha e eu rezava com a sua, sua voz ecoava na minha e  rezava com sua palavra; mas quem pode dizer os efeitos intermináveis desta oração? Depois o meu amado Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, quis rezar juntamente contigo para te reafirmar em minha Vontade e te dar a graça de te encontrar ante a Majestade Suprema no ato da criação do homem, e como o dotamos de todos os bens e sua vontade era a nossa, e a nossa a sua, tudo era harmonia entre Ele e Nós, o que queria tomava de Nós: santidade, sabedoria, poder, felicidade, etc., era nosso protótipo, nosso retrato, nosso filho feliz, Assim que Adão no princípio de sua existência teve uma época em que cumpria a maravilha a finalidade para a qual foi criado, provou o que significa viver do Querer de seu Criador, éramos felizes mutuamente ao ver reproduzir em nossa imagem nossos mesmos atos. Logo, assim que rompeu a sua vontade com a nossa, ficou dividido de nós; portanto os primeiros atos do homem estão em nossa vontade, e eu não quero outra coisa de ti, senão que venhas em nosso Querer para seguir de onde Adão deixou, para poder ligar em ti todas as harmonias que ele rompeu; e assim como esta primeira criatura tendo sido criada por nós como cabeça de toda a família humana, com subtrair-se do nosso Querer levou a infelicidade a todos, assim tu com vir a continuar de onde ele deixou, constituímos-te como cabeça de todos, e portanto portadora daquela felicidade e bens que tinham sido atribuídos a todos se tivessem vivido em nosso Querer”.

(3) E eu: “Meu Jesus, como pode ser possível isto, se com vir Tu mesmo sobre a terra a redimir-nos e a sofrer tantas penas, não se adquiriu a felicidade que o primeiro homem perdeu para si e para todos, Como pode ser agora que ao me vincular em teu Eterno Querer possa restituir esta felicidade perdida?”

(4) E Jesus: “Minha filha, todos os tempos estão em minhas mãos, dou a quem quero, e para isso me sirvo de quem quero. Muito bem poderia ter trazido a felicidade que contém minha Vontade sobre a terra, mas não encontrei nenhuma vontade humana que quisesse fazer vida perene na minha, para retomar os vínculos da Criação e dar-me novamente todos os atos do primeiro homem como se os tivesse feito todos com o selo da Vontade Suprema, e por isso pôr à disposição de todos a felicidade perdida. É verdade que estava a minha amada Mãe, mas Ela devia cooperar junto Comigo à Redenção. Além disso, o homem era escravo, aprisionado por suas mesmas culpas, doente, coberto de chagas, as mais asquerosas, e Eu como pai amante vinha a desembolsar meu sangue para resgatá-lo, vinha como médico a curá-lo, como professor a ensinar-lhe o caminho, o meio para não deixá-lo precipitar no inferno; pobre enfermo, como poderia ter-se espaçado nos eternos vôos de meu Querer se não sabia caminhar; se Eu tivesse querido dar a felicidade que contém minha Vontade, teria sido como dá-la aos mortos e fazê-la pisotear, o homem estava indisposto para receber tanto bem e por isso quis ensinar a oração para dispô-los, e me conformei em esperar outras épocas, deixar passar séculos e séculos para fazer conhecer o viver em meu Querer, para dar o princípio a esta felicidade”.
(5) E eu: “Meu amor, se com a tua Redenção nem todos se salvam, como pode a tua Vontade dar a todos esta felicidade?”
(6) E Jesus: “O homem será sempre livre, não lhe tirarei jamais os direitos que lhe dei ao criá-lo; só que na Redenção vim abrir tantos caminhos, sendas, atalhos para facilitar a salvação, a santidade do homem; com a minha Vontade venho abrir o caminho real e direto que conduz à santidade da semelhança do seu Criador e que contém a verdadeira felicidade, mas apesar de tudo isto serão sempre livres de ficar, quem no caminho real, quem nos caminhos, e quem fora de tudo, mas estará no mundo o que agora não há, a felicidade do Fiat Volutas Tua como no Céu assim na terra. O homem fez os primeiros atos em meu Querer e depois se subtraiu, por isso arruinou tudo, e como era a cabeça de todos, junto se arruinaram os membros. Minha Humanidade formou o plano de todos os atos humanos na Vontade Divina, minha Mãe me seguiu fielmente, assim que tudo está preparado; agora não se necessita outra coisa, que outra criatura que querendo viver perenemente neste Querer, venha a tomar a posse do plano feito por Mim, e abra este caminho real a todos, o qual conduz à felicidade terrena e Celeste”.

16-17
Agosto 28, 1923

Não basta possuir, senão se requer cultivar e guardar o que se possui.

(1) Sentia-me extremamente aflita pela privação do meu doce Jesus, porque o chamava e rogava, não se dignava retornar a sua pequena exilada daqui abaixo. Ai, como é duro meu exílio! Meu pobre coração agonizava pela dor que sentia, porque Aquele que forma sua vida estava distante de mim; mas enquanto suspirava seu retorno, veio o confessor, e Jesus, precisamente então, depois de tanto esperar se moveu em meu interior, estreitando-me forte o coração se fazia ver e eu lhe disse:
(2) “Meu Jesus, não podias ter vindo antes? Agora devo obedecer; se te parece bem virás quando te receber no Santíssimo Sacramento, então ficaremos sós outra vez e Estaremos livres para ficarmos juntos”.

(3) E Jesus, com um aspecto digno e descuidado, disse-me:
(4) “Minha filha, quereis que destrua a ordem da minha Sabedoria e que retire esse poder dada à minha Igreja?”
(5) E, enquanto dizia, fazia-me participar nas suas penas. Depois disse-lhe:

(6) “Mas diz-me, meu amor, porque não vens? Fizeste-me esperar tanto, quase até me fazer perder a esperança de seu retorno, e meu pobre coração, pela dor, se debate entre a vida e a morte”.

(7) E Jesus todo bondade: “Minha filha, tendo posto em ti a propriedade do meu querer, quero que não só seja possuído por ti, mas que o saibas conservar bem, cultivar, ampliar, de maneira de multiplicá-lo; assim que as penas, as mortificações, a vigilância, a paciência, e até minha mesma privação servem para ampliar e guardar os confins de minha Vontade em tua alma. Não basta possuir, mas saber possuir; de que serve ao homem possuir uma propriedade se não se toma o cuidado de semeá-la, cultivá-la, guardá-la, para depois recolher os frutos de suas fadiga? Se você não trabalhar seu terreno, mesmo que você o possui você pode dizer que você não terá com o que tirar a fome, assim que não é possuir o que faz rico e feliz ao homem, senão o saber cultivar bem o que possui. Assim são minhas graças, meus dons, especialmente minha Vontade que como Rainha tenho posto em ti, quer o alimento de ti, quer o trabalho de tuas penas, de tuas ações, quer que em cada coisa, sua vontade toda submetida à sua lhe dê as honras e o cortejo que como a Rainha convém, e Ela em cada coisa que faça ou sofra terá disposto o alimento com que nutrir tua alma. E assim tu por um lado e minha Vontade pela outra, alongareis os confins da minha Suprema Vontade em ti”.

17-15
Setembro 22, 1924

Raiva diabólica porque se escreve sobre a Divina Vontade. Viver no Divino Querer leva consigo a perda de qualquer direito de vontade própria.

(1) Continuo: Enquanto escrevia o que estava dito acima, via o meu doce Jesus que apoiava a sua boca na parte do meu coração e com o seu alento infundia-me as palavras que estava a escrever, e ao mesmo tempo ouvia um horrível escândalo ao longe, como de pessoas que brigavam e batiam com tanto estrondo que infundia espanto. E eu, dirigindo-me ao meu Jesus, disse-lhe:.
(2) “Meu Jesus, meu amor, quem são os que fazem tanto escândalo? Acho que eles são demônios enfurecidos, o que eles querem que brigam tanto?.
(3) E Jesus: “Minha filha, são precisamente eles, gostariam que tu não escrevesses sobre a minha Vontade, e quando te vêem escrever verdades mais importantes sobre o viver no meu Querer sofrem um duplo inferno, e atormentam demais todos os condenados; temem tanto que possam publicar-se estes escritos sobre minha Vontade, porque vêem perdido seu reino sobre a terra, adquirido por eles quando o homem, subtraindo-se da Vontade Divina, deu livre passo a sua vontade humana. Ah! sim, foi precisamente então que o inimigo adquiriu o seu reino sobre a terra; e se o meu Querer pudesse reinar sobre a terra, o inimigo, ele mesmo se esconderia nos mais obscuros abismos. Eis por que pelejam com tanto furor, sentem a potência de minha Vontade nestes escritos, e só ante a dúvida de que podem sair fora, montam em fúria e buscam com todo seu poder impedir um bem tão grande. Tu não lhes dês ouvidos, e disto aprende a apreciar os
meus ensinamentos”.
(4) E eu: “Meu Jesus, sinto que é necessária a tua mão onipotente para me fazer escrever o que Tu dizes sobre viver no teu querer. Devido às tantas dificuldades que os outros colocam, especialmente quando me repetem: Será possível que nenhuma outra criatura tenha vivido em sua Santíssima Vontade? Sinto-me tão aniquilada que gostaria de desaparecer da face da terra, a fim de que ninguém mais me visse, mas apesar de mim sou obrigada a permanecer para cumprir a tua Santa Vontade”.
(5) E Jesus: “Minha filha, viver em meu Querer leva consigo a perda de qualquer direito de vontade própria, todos os direitos são por parte da Vontade Divina, e se a alma não perde os próprios direitos, não se pode dizer verdadeiro viver em meu Querer, no máximo se pode dizer viver resignada, uniformada, porque viver em meu Querer não é a única ação que faça segundo minha
Vontade, senão que todo o interior da criatura não dê lugar nem a um afeto, nem a um pensamento, nem a um desejo, nem sequer a um respiro no qual meu Querer não tenha seu lugar, nem meu Querer toleraria ainda um afeto humano do qual Ele não fosse a vida; teria asco de fazer viver a alma em minha Vontade com seus afetos, pensamentos, etc., que pudesse ter uma vontade
humana. E achas que é fácil para uma alma perder os seus direitos voluntariamente? Oh, como é difícil! Mas há almas que quando chegam ao ponto de perder todos os direitos sobre sua vontade, se deitam para trás, e se contentam em levar uma vida mediana, porque perder os próprios direitos é o maior sacrifício que a criatura pode fazer, e que dispõe a minha bondade a abrir-lhe as portas de meu Querer, e fazendo-a viver nela, recompensá-la com meus direitos divinos. Por isso sê atenta e não saias jamais dos confins de minha Vontade”.

18-15
Novembro 22, 1925
O grande bem que a alma recebe ao viver no Querer Supremo. Os atos feitos nele formam um orvalho celestial que cobre todas as criaturas.

(1) Estava segundo meu costume Fundindo-me no Santo Querer Divino, tratando por quanto a mim é possível de abraçar tudo em meu pequeno colo, para poder pôr meu pequeno “te amo” sobre todas as coisas, meu “obrigado”, minha “adoração”, meu “te bendigo” com a potência do Fiat Supremo para poder fazer companhia a esta Suprema Vontade espalhada com tanto amor na Criação. Mas enquanto fazia isso, pensava entre mim: “O que recebe a alma vivendo nesta atmosfera celestial da Suprema Vontade?” Enquanto eu estava nisto, meu amável Jesus saiu de dentro de mim e me apertando toda a Ele me disse:.
(2) “Minha filha, queres saber o que recebe a alma vivendo em minha Vontade? Recebe a união da Vontade Suprema com a sua, e nesta união minha Vontade assume o trabalho de dar a paridade da sua com a vontade da alma. Assim, minha Vontade é santa, é pura, é luz, e quer pôr a alma em santidade, pureza e luz, e se o trabalho da alma é o de viver em minha Vontade, o trabalho da minha é dar em modo perfeito minha semelhança à vontade da alma, e por isso te quero sempre nela, para fazer com que não só te tenha na sua companhia, mas que te faça crescer à sua semelhança, e por isso te dou o alimento dos seus conhecimentos, para te fazer crescer de modo divino e com a sua perfeita semelhança; e é por isso que te quer junto, onde quer que a minha Vontade opera, a fim de que te possa dar o ato de seu obrar, o valor que contém o obrar de uma Vontade Divina e você possa recebê-los”.
(3) Eu ao ouvir isto disse: “Meu amor, a Tua Vontade está por toda parte, assim que todos vivem nela, porém nem todos recebem esta semelhança”. E Jesus imediatamente adicionou:.
(4) “E quanto a isso, minha filha? É verdade que todos vivem em minha Vontade, porque não há ponto onde Ela não se encontre, mas quase todos vivem nela como estranhos, ou como mercenários, outros forçados, outros rebeldes; estes tais vivem nela e não a conhecem nem possuem seus bens, São mais usurpadores daquela mesma vida que receberam da minha Vontade. Cada ato destes é um desequilíbrio que adquirem entre sua vontade e a do seu Criador, é a confirmação de sua pobreza, de suas paixões e das densas trevas das quais se enchem, de modo que são cegos para tudo o que é Céu. Para chegar à paridade de minha Vontade não se pode viver como estranhos, senão como donos, deve olhar todas as coisas como suas coisas, ter todo o cuidado com elas, por isso é necessário conhecê-las para amá-las e possuí-las.

Por quanto bela e boa seja uma coisa, se não é totalmente sua, não se ama, não se estima, não se põe todo o cuidado que merece, se tem sempre um olho frio ao olhá-la e um batimento sem vida para amá-la; em vez disso se a coisa fosse sua, é todo olhos para olhá-la e todo coração para amá-la, a estima e chega a tanto, que faz dela um ídolo para seu próprio coração; a coisa em si mesma não se fez mais bela, tal qual era, é, não sofreu nenhuma mudança, a mudança foi sofrida pela pessoa ao adquiri-la e tê-la como coisa exclusivamente sua. Eis o que recebe a alma com viver em minha Vontade: A recebe como sua, a possui, sente sua aura celestial, sua Vida de Céu, a semelhança d’Aquele que a criou, e como vive em meu Querer se sente adornada pelos reflexos de seu Criador, em tudo sente a potência daquele Fiat que dá vida a todas as coisas, e no oceano dos bens que possui diz: Como sou feliz, a Vontade de Deus é minha, a possuo e a amo! ‘Por isso todos os atos feitos em meu Querer se difundem sobre todos, e todos tomam parte. Olha, quando tu ao primeiro surgir do dia dizias: Surja minha mente na Vontade Suprema para cobrir todas as inteligências das criaturas com tua Vontade, a fim de que todas surjam nela, e eu em nome de todas te dou a adoração, o amor, a submissão de todas as inteligências criadas. Enquanto isto dizias um orvalho celestial caía sobre todas as criaturas, que as cobria para levar a todas a correspondência do teu ato. Ah! como era belo ver cobertas todas as criaturas com este orvalho celestial que formava a minha Vontade, do qual é símbolo o orvalho noturno que na manhã se encontra sobre todas as plantas para embelezar e fecundá-las, e às que estão por secar para impedir que se possam secar; com seu toque celestial parece que ponha um toque de vida para fazê-las viver. “Como é encantador o orvalho da manhã, mas muito mais encantador e belo é o orvalho dos atos que forma a alma na minha Vontade”.
(5) E eu: “No entanto, meu amor e minha vida, com todo este orvalho as criaturas não mudam”.

(6) E Jesus: “Se o orvalho noturno faz tanto bem às plantas, contanto que não caia sobre lenha seca, cortada das plantas, ou sobre coisas que não contêm vida alguma, e se bem que estas estejam cobertas de orvalho e como embelezadas, mas para elas está como morto e o sol quanto desponta, pouco a pouco se retira; muito mais bem faz o orvalho que faz descer minha Vontade sobre as almas, desde que não estejam completamente mortas à graça; no entanto, com a virtude vivificante que possui, se estiverem mortas procura infundir-lhes um sopro de vida, mas todos os demais sentem, quem mais, quem menos, segundo suas disposições, os efeitos deste orvalho benéfico”..

19-15
Abril 28, 1926

A Criação e a Mãe Celestial são os exemplares mais perfeitos do viver no Divino Querer. A Virgem superou a todos no sofrer.

(1) Estava pensando entre mim: “Meu doce Jesus quando fala de seu Querer une quase sempre à Soberana Rainha do Céu, ou bem à Criação, parece que se deleita tanto de falar de Uma ou da outra, que vai buscando ocasiões, pretextos, reencontros para manifestar o que faz sua Santíssima Vontade tanto na Mãe Celestial como na Criação”. Agora, enquanto pensava nisso, o meu amável Jesus moveu-se dentro de mim e todo ternura me apertou a Si e me disse:.
(2) “Minha filha, se faço isto tenho fortes razões para fazê-lo. Você deve saber que minha Vontade somente na Criação e em minha Mãe Celestial sempre foi íntegra e teve livre seu campo de ação.
Agora, devendo chamar-te a viver em meu Querer como uma delas, devia propor-te como exemplo, como uma imagem à qual tu deves imitar. Assim, para poder fazer coisas grandes, de maneira que todos possam receber daquele bem, a menos que não o queiram, a primeira coisa é que minha Vontade deve operar integralmente na alma; olha a Criação, como minha Vontade está íntegra nela, e porque Ela está íntegra, a Criação está em seu posto e contém a plenitude daquele bem com o qual foi criada, e por isso se mantém sempre nova, nobre, pura, fresca, e pode participar a todos o bem que possui, mas o belo é que enquanto se dá a todos, ela nada perde e está sempre tal como foi criada por Deus; que coisa perdeu o sol com dar tanta luz e calor à terra? Nada; o que é que o céu azul perdeu por estar espalhado na atmosfera, na terra, por produzir tantas e tão variadas plantas? Nada; e assim de todas as coisas criadas por Mim. ¡ Oh, como a Criação exalta em modo admirável aquele ditado que dizem de Mim: É sempre antigo e sempre novo! Assim, minha Vontade na Criação é centro de vida, é plenitude de bem, é ordem, harmonia; todas as coisas as tem no posto querido por Ela. Onde você poderá encontrar um exemplo mais belo, uma imagem mais perfeita de viver em meu Querer, senão na Criação? Por isso Eu te chamo a viver no meio das coisas criadas como uma irmã delas, a fim de que aprendas a viver no Supremo Querer para poder estar também tu no lugar querido por Mim, para poder encerrar em ti a plenitude do bem que meu Querer quer encerrar em ti, a fim de que quem quiser possa tomar daquele bem, e como tu estás dotada de razão, deves superá-las a todas e corresponder ao seu Criador em amor e glória por cada coisa criada, como se todas estivessem dotadas de razão, assim que serás a provedora de toda a Criação, e ela te servirá de espelho onde te olhar para poder copiar o viver em meu Querer, a fim de que não te separes de teu posto; te servirá de guia e te fará de mestra dando-te as lições mais altas e perfeitas sobre o viver em meu Querer.
(3) Mas a que supera a todos é minha Mãe Celestial, Ela é o novo céu, é o sol mais fulgurante, é a lua mais brilhante, é a terra mais florida, tudo, tudo encerra em Si, e se cada coisa criada encerra a plenitude de seu bem recebido por Deus, minha Mãe encerra todos os bens juntos, porque dotada de razão e vivendo minha Vontade íntegra nela, a plenitude da Graça, da luz, da Santidade, crescia a cada instante, cada ato que fazia eram sóis, estrelas que meu Querer formava nela, Então ele ultrapassou toda a Criação, e minha Vontade íntegra e permanente nela fez a maior coisa e obteve o suspirado Redentor. Por isso minha Mãe é Rainha em meio à Criação, porque ultrapassou tudo e minha Vontade encontrou nela o alimento de sua razão, que íntegra e permanentemente a fazia viver nela, havia sumo acordo, davam a mão mutuamente; não havia fibra de seu coração, palavra, pensamento, sobre o qual a minha Vontade não possuía a sua Vida. E o que um Querer Divino não pode fazer? Tudo, não há potência que lhe falte nem coisa que não possa fazer, por isso se pode dizer que tudo fez, e tudo o que os demais não puderam fazer nem poderão fazer todos juntos, o fez Ela sozinha..
(4) Portanto não te admires se te aponto a Criação e a Soberana Rainha, porque devo indicar-te os exemplares mais perfeitos onde minha Vontade tem Vida perene e onde jamais encontrou obstáculo a seu campo de ação divina para poder operar coisas dignas de Si. Por isso minha filha, se queres que meu Fiat Supremo reine como no Céu, que é a maior coisa que nos resta fazer para as humanas gerações, faz com que meu Querer tenha o posto de soberano e que viva íntegro e permanente em ti, de todo o resto não tenhas nenhum pensamento, nem de tua incapacidade, nem das circunstâncias, nem das coisas novas que podem surgir em torno de ti, porque reinando em ti meu Querer, servirão como matéria e alimento para que meu Fiat tenha seu cumprimento”.
(5) Depois eu estava pensando entre mim: “É verdade que minha Rainha Mãe fez o maior dos sacrifícios, que nenhum outro fez, isto é, não querer saber de modo algum sua vontade, mas só a de Deus, e nisto abraçou todas as dores, todas as penas, até o heroísmo do sacrifício de sacrificar a seu próprio Filho para cumprir o Querer Supremo, mas uma vez que fez este sacrifício, tudo o que sofreu depois foi o efeito de seu primeiro ato, não teve que lutar como nós nas diversas circunstâncias, nos encontros imprevistos, nas perdas inesperadas, é sempre luta, até sangrar o próprio coração por temor de ceder à nossa combatente vontade humana; com quanta atenção se necessita estar para que o Querer Supremo tenha sempre seu posto de honra e a supremacia sobre tudo, e muitas vezes é mais dura a luta que a mesma pena”. Mas enquanto isso eu pensava, meu amável Jesus se moveu dentro de mim dizendo:.
(6) “Minha filha, tu te equivocas, não foi um o máximo sacrifício de minha Mãe, senão foram tais e tantos, por quantas dores, penas, circunstâncias e encontros foi exposta sua existência e a minha; as penas nela sempre eram duplicadas, porque minhas penas eram mais que penas suas, e além disso minha Sabedoria não mudou nunca direção com minha Mamãe, em cada pena que devia tocá-lo eu perguntava-lhe sempre se queria aceitá-las, para ouvir-me repetir por Ela aquele Fiat em cada pena, em cada circunstância e até em cada respiro; aquele Fiat me soava tão doce, tão suave e harmonioso, que o queria ouvir repetir a cada instante de sua vida, e por isso lhe perguntava sempre: Mamãe, quer fazer isto? Queres sofrer esta dor?

E a Ela meu Fiat lhe levava os mares de bens que contém e lhe fazia entender a imensidão da pena que aceitava, e este entender com luz divina o que passo a passo devia sofrer, dava-lhe tal martírio que supera infinitamente a luta que sofrem as criaturas, porque, faltando nela o germe da culpa, faltava o germe da luta, e a minha vontade devia encontrar outro meio para fazer que não fosse menor do que as outras criaturas no sofrimento, porque, sendo justo, deve adquirir o direito de rainha das dores, devia superar todas as criaturas juntas nas penas. Quantas vezes não sentiu você mesma, que enquanto não sentia nenhuma luta, meu Querer, fazendo-te entender as penas a que te sujeitava, você ficava petrificada pela força da dor, e enquanto ficava destroçada na pena, você era a pequena cordeirinha em meus braços, pronta a aceitar outras penas às quais meu Querer te queria submetida; ah! Não sofrias tu mais que com a mesma luta? A luta é sinal de paixões veementes, enquanto que minha Vontade, se leva a dor, ao mesmo tempo dá a intrepidez, e com o conhecimento da intensidade da pena lhe dá tal mérito, que só uma Vontade Divina pode dar. “Por isso, como faço contigo, que em cada coisa que quero de ti primeiro te pergunto se queres, se aceitas, assim fazia com a minha Mãe, a fim de que o sacrifício seja sempre novo e me dê a ocasião de conversar com a criatura, de entreter-me com ela, e que o meu Querer tenha o seu campo de ação divino na vontade humana”.

(7) Agora, enquanto estava escrevendo o que está escrito acima, não pude seguir adiante porque minha mente ficou alienada por um canto belo e harmonioso, acompanhado por um som jamais
ouvido, Este cântico punha a todos em atenção e harmonizava com toda a Criação e com a pátria celeste. Tudo isto escrevo por obedecer. Enquanto ouvia o canto, meu Jesus me disse:.
(8) “Minha filha, escuta como é belo este som e canto, é um cântico novo formado pelos anjos como homenagem, glória e honra à união da Vontade Divina com sua vontade humana, é tanta a
alegria de todo o Céu e da Criação toda, que não podendo contê-la soa e canta”.
(9) Dito isto encontrei-me em mim mesma.

20-16
Outubro 26, 1926

Em todos os atos que Jesus fez, sua finalidade era o reino do Fiat Divino. Adão se sente dando de novo a honra perdida por Ele.

(1) Continuava unindo-me junto com os atos que Jesus fez na Redenção, e meu sempre amável Jesus me disse:
(2) “Minha filha, olha como todos os atos que fiz ao redimir ao homem, ainda meus mesmos milagres que fiz em minha vida pública, não eram outra coisa que chamar o reino do Fiat Supremo no meio das criaturas, no ato de fazê-los pedia a meu Pai Celestial que o fizesse conhecer e o restabelecesse no meio das gerações humanas. Se eu olhava para os cegos, o meu primeiro ato era pôr em fuga as trevas da vontade humana, causa primária da cegueira da alma e do corpo, e que a luz da minha iluminasse as almas de tantos cegos, a fim de que obtivessem a vista para olhar minha Vontade para amá-la, a fim de que também seus corpos estivessem livres de perder a vista; se desse o ouvido aos surdos, primeiro pedia a meu Pai que adquirissem o ouvido para
escutar as vozes, os conhecimentos, os prodígios de meu Querer Divino, a fim de que entrasse em seus corações como caminho para dominá-los, a fim de que não mais surdos existissem no mundo, nem na alma nem no corpo; também quando ressuscitei os mortos pedia que ressuscitassem as almas em meu Eterno Querer, também aquelas apodrecidas e mais que cadáveres pela vontade humana. E quando tomei as cordas para lançar aos profanadores do templo, era à vontade humana que lançava, a fim de que entrasse a minha, reinante e dominante, para que fossem verdadeiramente ricos na alma e não mais sujeitos a pobreza natural. E até quando eu entrei triunfante em Jerusalém, no meio da multidão, rodeado de honra e de glória, era o triunfo da minha
Vontade que estabelecia no meio dos povos, não houve um ato que eu fizesse estando na terra em que não pusesse a minha Vontade como ato primeiro para restaurá-la no meio das criaturas, porque era a coisa que mais me importava. E se não fosse assim, que em tudo o que fiz e sofri não tivesse tido como ato primeiro o reino do Fiat Supremo para restaurá-lo no meio das criaturas, a minha vinda à terra teria trazido às gerações humanas um bem pela metade, não completo, e a glória de meu Pai Celestial não teria sido completamente reintegrada por Mim, porque como minha Vontade é princípio de todo bem, é finalidade única da Criação e Redenção, portanto é fim de cumprimento de todas as nossas obras. Assim, sem Ela, nossas obras mais belas são iniciadas e sem cumprimento, porque é Ela sozinha a coroa de nossas obras e o selo de que nossa obra está cumprida. Eis por que, por honra e glória da mesma obra da Redenção, devia ter como ato primeiro a finalidade do Reino da minha Vontade”.
(3) Depois disto estava começando meu giro na Divina Vontade e pondo-me no Éden terreno, onde Adão havia feito o primeiro ato de subtração de sua vontade à Divina, dizia a meu doce Jesus:
“Meu amor, quero aniquilar meu querer no teu, para que jamais tenha vida, para fazer que em tudo e para sempre tenha vida a tua, para reparar o primeiro ato que fez Adão, para voltar a dar toda aquela glória a teu Supremo Querer como se Adão não se tivesse subtraído d‟Ele. Oh! como gostaria de voltar a dar-lhe a honra perdida por ele porque fez sua vontade e rejeitou a tua, e este ato tento fazê-lo por quantas vezes todas as criaturas têm feito sua vontade, causa de todos seus males e têm rejeitado a tua, princípio e fonte de todos os bens, por isso te rogo que venha logo o Reino do Fiat Supremo, a fim de que todos, desde Adão até todas as criaturas que fizeram sua vontade, recebam a honra, a glória perdida e teu Querer receba o triunfo, a glória e seu cumprimento”. Agora, enquanto dizia isto, o meu Sumo Bem Jesus comoveu-se todo e abrandado, e fazendo-me presente ao meu primeiro pai Adão, fez com que ele me dissesse com uma ênfase de amor todo especial:
(4) “Filha bendita, finalmente meu Senhor Deus depois de tantos séculos, fez sair à luz do dia aquela que devia pensar em voltar a dar-me a honra e a glória que perdi ao fazer infelizmente minha vontade. Como me sinto duplicada minha felicidade, até agora ninguém pensou em voltar a dar-me esta honra que perdi, por isso agradeço vivamente a Deus que te fez sair à luz, e agradeço a ti, como filha a mim muito amada, que tenhas tomado o empenho de voltar a dar a Deus a glória como se jamais sua Vontade tivesse sido ofendida por mim, e a mim a grande honra de que o Reino do Fiat Supremo seja restabelecido no meio das gerações humanas. É justo que te ceda o lugar que a mim me tocava, como primeira criatura que saiu das mãos do nosso Criador”.
(5) Depois disto meu amável Jesus me apertando a Ele me disse:
(6) “Minha filha, não só Adão, mas todo o Céu esperam tuas ações em meu Querer, a fim de que recebam a honra que lhes tirou seu querer humano; tu deves saber que pus mais graça em ti que não pus em Adão, para fazer que meu Querer te possuísse e com triunfo te dominasse, e o teu se sentisse honrado de nunca ter vida e cedesse o posto à minha Vontade. Nele não pus a minha humanidade como ajuda e força sua e como cortejo da minha vontade, porque não a tinha então, em ti a pus para te fornecer todas as ajudas que se precisa para fazer com que a tua esteja em seu posto e a minha possa reinar, e junto contigo seguir teus giros no meu Eterno Querer para estabelecer o seu Reino”.
(7) Eu, ao ouvir isto, como surpreendida disse: “Meu Jesus, o que dizes? Eu acho que você quer me tentar e zombar de mim. Será possível que você colocou mais graça em mim do que em
Adão?”
(8) E Jesus: “Certo, certo filha minha, devia fazer de modo que tua vontade fosse sustentada por uma Humanidade Divina para fazer que não vacilasse e estivesse firme em minha Vontade, por
isso não me burlo, mas sim te digo a fim de que me correspondas e sejas atenta”.

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