Estudo 18 – Livro do Céu Vol. 1 ao 12 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 18 – Livro do Céu Vol. 1 ao 12 – Escola da Divina Vontade
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Volume 1 – 

(133) Neste período de tempo, recordo que houve uma epidemia de cólera, e que um dia que pedia ao meu bom Jesus que fizesse cessar esse flagelo, Ele me disse:
(134) “Contentar-te-ei contanto que aceites oferecer-te a sofrer o que Eu quiser”.
(135) Eu disse: “Senhor, não, não posso, Você sabe como eles pensam, a menos que tudo aconteça apenas entre Você e eu, só assim eu estaria disposta a aceitar tudo”.
(136) E Ele me disse: “Minha filha, se Eu tivesse pensado no que os homens pensavam e no que queriam fazer de Mim, não teria feito a Redenção do gênero humano, mas eu tinha meu olhar fixo em sua salvação, e o grande amor que me devorava me fazia fazer que quando via pessoas que pensavam mal de Mim e que davam ocasião de me fazer sofrer mais, Eu oferecia essas mesmas penas que eles me davam por sua própria salvação. Você esqueceu o que eu quero de ti é a imitação da minha Vida, e que quero que participes em tudo o que sofri? Não sabes tu que o ato mais belo, mais heróico, e mais agradável a Mim e que deves oferecer-me, é o de te oferecer por aqueles mesmos que te são contrários?”.

(137) Eu fiquei muda, não sabia o que lhe responder, aceitei tudo o que o Senhor queria, e assim até a tarde fui surpreendida por esse estado de sofrimentos no que estive três dias contínuos, e depois que voltei em mim não ouvi mais que houvesse cólera.
(138) Depois disso me veio outra mortificação, e foi a de ter que mudar confessor, porque sendo ele religioso foi chamado ao convento. Eu estava contente com ele, e a maior parte das coisas ditas acima aconteciam quando ele estava no campo, especialmente no último ano que foi meu confessor, pois pela cólera que havia na cidade permaneceu seis meses no campo; por isso não participou tanto nessas coisas, Ele me fazia ficar um dia nesse estado de sofrimento e vinha.
Depois de ter voltado do campo, não passou um mês em que soube que devia partir; isto foi doloroso para mim, não porque estivesse apegada a ele, mas pela necessidade que tinha. Então disse ao Senhor minha pena, e Ele me disse:
(139) “Não te aflijas por isso, Eu sou o dono dos corações, e posso Movê-los como me parece e me agrada. Se ele te fez o bem não foi mais que um instrumento que recebia de Mim e te dava a ti, assim farei com os demais, do que teme então? Amada minha, enquanto você tiver seu olhar, agora à direita, agora à esquerda, e a deixe que se pose agora em uma coisa, agora em outra, e não a mantenha fixa em Mim, não poderá caminhar livremente o caminho do Céu, mas irás sempre tropeçando e não poderás seguir o influxo da graça. Por isso quero que com santa indiferença olhe todas as coisas que acontecem ao seu redor, estando toda atenta somente a Mim”.

2-20
Maio 7, 1899

Da pureza da intenção e da verdadeira caridade.

(1) Enquanto no dia fiz a meditação, Jesus continuava a fazer-se ver junto a mim e disse-me:
(2) “Minha pessoa está circundada por todas as obras que fazem as almas como por um vestido, e à medida da pureza de intenção e da intensidade do amor com o qual se fazem, assim me dão mais esplendor, e eu lhes darei mais glória, tanto que no dia do juízo as mostrarei a todo o mundo para fazer conhecer o modo como me honraram meus filhos e o modo como Eu os honro a eles”.
(3) Então, tomando um ar mais aflito acrescentou:
(4) “Minha filha, o que será de tantas obras, mesmo boas, feitas sem reta intenção, por costume e com fins de interesse? Qual não será sua vergonha no dia do juízo, ao ver tantas boas obras em si mesmas, mas murchas por sua intenção, que em vez de dar-lhes honra como a tantos outros, as mesmas ações produzirão vergonha? Porque não são as grandes obras que olho, mas a intenção com a qual se fazem, aqui está toda a minha atenção”.
(5) Por um momento Jesus fez silêncio e eu pensava nas palavras que tinha dito, e enquanto as estava ruminando em minha mente, especialmente sobre a pureza de intenção e como fazendo o bem às criaturas, as mesmas criaturas devem desaparecer, fazendo uma criatura com o mesmo Senhor, e fazendo como se as criaturas não existissem, Jesus voltou a falar dizendo-me:
(6) “No entanto, é esse o caso. Olhe, meu coração é grandíssimo, mas a porta é estreitíssima, ninguém pode preencher o vazio deste coração, senão só as almas desapegadas, nuas e simples, porque como você vê, sendo a porta pequena, qualquer impedimento, ainda mínimo, isto é, uma sombra de apego, de intenção errônea, uma obra sem o fim de me agradar, impede que entrem a deleitar-se em meu coração. O amor do próximo muito agrada ao meu coração, mas deve estar tão unido ao meu, que deve formar um só, sem poder distinguir-se um do outro; mas aquele outro amor ao próximo que não está transformado em meu amor, Eu não o olho como coisa que me pertença”.

3-19
Dezembro 22, 1899

Como Deus nos atrai a amá-lo em três modos, e como em três modos se manifesta à alma.

(1) Esta manhã meu adorável Jesus não vinha. Depois de muito esperar e continuar esperando, apenas, quase como um raio que foge se deixou ver várias vezes, mas me parecia mais uma luz que a Jesus, e nesta luz uma voz que dizia a primeira vez que veio:
(2) “Eu te atraio a me amar em três modos: à força de benefícios, à força de atrações e à força de persuasões”.

(3) Quem pode dizer quantas coisas compreendia nestas três palavras? Parecia-me que Jesus bendito, para atrair-se meu amor e também o das outras criaturas, faz chover benefícios em nosso favor, e vendo que esta chuva de benefícios não chega ao ponto de ganhar nosso amor, chega a fazer-se atrativo. E qual é essa atração? São as suas dores sofridas por nosso amor, até morrer jorrando sangue sobre uma cruz, onde se tornou tão atraente que apaixonou por Si os seus próprios carrascos e seus mais ferozes inimigos. Além disso, para nos atrair principalmente e tornar mais forte e estável o nosso amor, deixou-nos a luz dos seus santíssimos exemplos, unidos à sua celeste doutrina, e que como luz nos purificam as trevas desta vida e nos conduzem à eterna salvação.
(4) A segunda vez que veio me disse:
(5) “Eu me manifesto à alma em três modos diferentes: Com a potência com a notícia e com o amor. A potência é o Pai, a notícia é o Verbo, o amor é o Espírito Santo”.

(6) Oh, quantas outras coisas compreendia! Mas muito escassa é o que sei manifestar. Parecia-me que com o poder se manifesta Deus à alma em tudo o criado, desde o primeiro ao último ser é manifestada a onipotência de Deus. O céu, as estrelas e todos os outros seres nos falam, embora em linguagem muda, de um Ente Supremo, de um Ser Incriado, de sua onipotência, porque o
homem mais instruído, com toda sua ciência não pode chegar a criar o mais vil mosquito, e isto nos diz que deve haver um Ser Incriado potentíssimo que criou tudo e dá vida e subsistência a todos os seres. Oh, como todo o universo a claras notas e com caracteres indeléveis nos fala de Deus e de sua onipotência! Então quem não vê é cego voluntário.
(7) Com a notícia, parecia-me que Jesus abençoado descendo do Céu veio pessoalmente à terra para nos dar a notícia do que para nós é invisível, e em quantos modos Ele não se manifestou?
Acredito que cada um, por si mesmo, compreenderá todo o resto, por isso não me alongo mais.

4-18
Outubro 12, 1900

Os inimigos mais poderosos do homem são: o amor aos prazeres, às riquezas e às honras.

(1) Continua vindo meu adorável Jesus; esta manhã trazia uma densa da coroa de espinhos; a tirei pouco a pouco e a pus em minha cabeça, e disse: “Senhor, ajuda-me a cravá-la”.
(2) E Ele: “Desta vez quero que tu mesma a crave, quero ver o que saber fazer, e como queres sofrer por amor a mim”.
(3) Eu a cravei muito bem, muito mais que se tratava de lhe fazer ver até onde chegava meu amor de sofrer por Ele, tanto que Ele mesmo, todo enternecido e estreitando-me disse:
(4) “Basta, basta, que meu coração não resiste mais o verte sofrer”.
(5) E me deixando muito sofrida, meu amado Jesus não fazia outra coisa senão ir e vir. Depois disto tomou o aspecto de crucificado e me participou suas penas, e me disse:
(6) “Minha filha, os inimigos mais poderosos do homem são: o amor aos prazeres, às riquezas e às honras, que fazem infeliz ao homem, porque estes inimigos se introduzem até no coração e o roem continuamente, o amargam, o abatem, tanto, de fazer-lhe perder toda a felicidade, e eu sobre o Calvário derrotei estes três inimigos, e obtive graça para o homem de que pudesse vencê-los também ele, e restituí-lhe a felicidade perdida, mas o homem sempre ingrato rechaça minha graça e ama raivosamente estes inimigos, que colocam o coração humano em uma tortura contínua”.
(7) Dito isto desapareceu e eu compreendia com tal clareza a verdade destas palavras, que sentia uma repugnância, um ódio para com estes inimigos.
(8) Seja sempre bendito o Senhor e tudo seja para sua glória.

5-19
Outubro 3, 1903

Jesus continua a sua Vida no mundo não só no Santíssimo Sacramento, mas também nas almas que se encontram em graça.

(1) Enquanto eu estava pensando na hora da Paixão, quando Jesus se despediu de sua Mãe para ir à morte e se abençoaram mutuamente, e estava oferecendo esta hora para reparar por aqueles que não abençoam em cada coisa o Senhor, mas o ofendem, para impedir todas as bênçãos que são necessárias para nos conservar na graça de Deus e para preencher o vazio da glória de Deus, como se todas as criaturas o abençoassem. Enquanto fazia isto, senti-o mover-se em meu interior, e dizia:
(2) “Minha filha, no ato de abençoar a minha Mãe tentei abençoar também a cada uma das criaturas em particular e em geral, de modo que tudo está abençoado por Mim: Os pensamentos, as palavras, os batimentos, os passos, os movimentos feitos por Mim, tudo, está avalizado com minha bênção. Também te digo que todo o bem que fazem as criaturas, tudo foi feito por minha Humanidade, para fazer que todo o obrar das criaturas fosse primeiro divinizado por Mim. Além disso, a minha vida continua ainda real e verdadeira no mundo, não só no Santíssimo Sacramento, mas também nas almas que se encontram na minha Graça, e sendo muito restrita a capacidade da criatura, não podendo tomar de uma só tudo o que eu fiz, faço de maneira que uma alma continue meus reparos, outra os louvores, alguma outra o agradecimento, alguma outra o zelo da saúde das almas, outra meus sofrimentos e assim de tudo o mais, e segundo me correspondam assim desenvolva minha vida nelas, assim que pense em que estreias e penas me põem, pois enquanto Eu quero obrar neles, eles não me fazem caso”.
(3) Dito isto desapareceu, e eu encontrei-me em mim mesma.

6-18
Fevereiro 8, 1904

Uma das qualidades de Jesus é a dor. Para quem vive da sua Santíssima Vontade não existe o purgatório.

(1) Recordo que outro dia, continuando com meu sofrimento, via que o confessor rogava a Nosso Senhor que me tocasse onde eu sofria para acalmar-me os sofrimentos, e Jesus bendito me disse:
(2) “Minha filha, o teu confessor quer que te toque para aliviar as dores, mas entre tantas qualidades minhas Eu sou pura dor, e tocando-te, em vez de diminuir pode aumentar a dor, porque a minha Humanidade na coisa em que mais se deleitou foi na dor, e se deleita ainda em comunicá-lo a quem ama”.

(3) E parecia que na realidade me tocava e me fazia sentir mais dor, então eu agreguei: “Doce bem meu, quanto a mim, não quero outra coisa que sua Santíssima Vontade, eu não olho nem se me dói, nem se gozo, senão que teu Querer é tudo para mim”.
(4) E Ele acrescentou: E isto é o que Eu quero, e é a minha mira sobre ti, e isto me basta e me agrada, e é o culto maior, mais honrado que a criatura me pode fazer, e que me deve como a seu Criador, e a alma fazendo assim, pode-se dizer que sua mente vive e pensa em minha mente; seus olhos, encontrando-se nos meus, olham por meio de meus olhos; sua boca fala por meio de minha boca; seu coração ama por meio do meu; suas mãos operam em minhas mesmas mãos; os pés andam em meus pés, e eu posso dizer: “Tu és meu olho, minha boca, meu coração, minhas mãos e meus pés”. E a alma pode dizer ao contrário: “Jesus Cristo é meu olho, minha boca, meu coração, minhas mãos e meus pés”. E a alma encontrando-se nesta união, não só de vontade, mas pessoal, morrendo, nada lhe resta por purgar, e por isso o purgatório não pode tocá-la, porque o purgatório toca aqueles que vivem fora de Mim, em tudo, ou em parte”.

7-20
Junho 15, 1906

Toda a Vida Divina recebe vida do amor.

(1) Depois de ter esperado muito, meu bendito Jesus veio como relâmpago e me disse:
(2) “Minha filha, toda a Vida Divina, pode-se dizer que recebe vida do amor: O amor a faz gerar, o amor a faz produzir, o amor a faz criar, o amor a faz conservar e dá contínua vida a todas suas operações, assim se não tivesse amor, não agiria e não teria vida. Agora, as criaturas não são outra coisa que faíscas saídas do grande fogo de amor Deus, e sua vida recebe vida e atitude de obrar desta faísca, assim que também a vida humana recebe vida do amor; mas nem todos se servem dela para amar, para obrar o belo, o bom, para todo o seu agir, mas transformando esta faísca usam-na: Quem para amar a si mesmo, quem às criaturas, quem às riquezas, e quem até às bestas, tudo isto com grande desagrado do seu Criador, que tendo feito sair estas faíscas de seu grande fogo, anela recebê-las todas de novo em Si, mas mais engrandecidas, como tantas outras imagens de sua Vida Divina. Poucos são aqueles que correspondem à imitação de seu Criador. Por isso amada minha ame-me e faça que também sua respiração seja um contínuo ato de amor para Mim, para fazer que desta faísca se possa formar um pequeno incêndio, e assim desafogar ao amor de seu Criador”.

8-18
Novembro 21, 1907

Amor e união que há entre Criador e criatura.

(1) Continuando o meu estado habitual, estava a unir-me a Nosso Senhor, fazendo um só pensamento, o seu batimento cardíaco, a sua respiração e todos os seus movimentos com os meus, e punha a intenção de ir a todas as criaturas para dar a tudo isto, e, como estava unida a Jesus no jardim das oliveiras, dava também a todos e a cada um, e até às almas purgantes, todas as suas gotas de sangue, as suas orações, as suas penas e todo o bem que Ele fez, a fim de que todos os respiros, os movimentos, os batimentos das criaturas ficassem reparados, purificados, divinizados, e a fonte de todo o bem, que são as suas penas, fossem remédio para todos.
Enquanto fazia isto, o bendito Jesus dentro de mim disse-me:
(2) “Minha filha, com estas tuas intenções me feres continuamente, e como as fazes frequentemente, uma flecha não espera a outra e sempre fico ferido de novo”.
(3) E eu disse: “Como pode ser possível que fique ferido e se esconda e me faça sofrer tanto em esperar sua vinda? Estas são as feridas, isto é o quanto você me ama?”
(4) E Ele: “Pelo contrário, não disse nada de tudo o que deveria dizer, e a própria alma não pode compreender, enquanto é viadora, todo o bem e o amor que corre entre as criaturas e o Criador, porque o seu agir, o falar, o sofrer, está tudo na minha Vida, porque só fazendo assim pode dispor para bem de todos. Só te digo que cada pensamento teu, batida e movimento, cada membro teu, qualquer osso teu sofredor, são tantas luzes que saem de ti, que tocando-me a Mim as difundo para bem de todos, e Eu te mando triplicadas tantas outras luzes de graça, e no Céu te darei de glória. Basta dizer que é tanta a união, a estreiteza que há, que o Criador é o órgão e a criatura o som; o Criador é o sol, a criatura os raios; o Criador a flor, a criatura o cheiro; pode estar o um sem o outro? Certamente que não. Você acha que não tenho conta de todo seu trabalho interno e de suas penas? Como posso esquecê-las se saem de mim mesmo, e são uma só coisa Comigo?
Acrescento ainda que cada vez que se faz memória de minha Paixão, sendo esta um tesouro exposto para bem de todos, é como se a alma colocasse este tesouro no banco para multiplicá-lo e distribuí-lo para bem de todos”.

9-18
Outubro 14, 1909

Provas de que é Jesus quem vai a Luísa.

(1) Continuando o meu habitual estado, parecia-me encontrar nos meus braços o Menino Jesus; e de um se fizeram três, e eu sentia-me toda imersa neles. Depois, de manhã, quando o confessor veio, perguntou-me se Jesus tinha vindo, e eu disse-lhe como está escrito acima, sem acrescentar mais nada. Então o confessor me disse:

(2) “Não te disseram nada? Não compreendeste nada?
(3) E eu: “Não sei dizê-lo bem”. E ele continuava a dizer-me:
(4) “Foi toda a Trindade, e não sabes dizer nada? Tornaste-te mais tola, vê-se que são sonhos”.
(5) E eu: “Sim, é verdade que são sonhos”. E continuou a dizer-me outras coisas, e enquanto o confessor falava eu senti-me apertada, forte pelos braços de Jesus, tanto de perder os sentidos, e Jesus me dizia:
(6) “Quem é que quer molestar a minha filha?”
(7) E eu: “O padre tem razão, porque eu não sei dizer nada; não têm nenhum sinal de que quem vem a mim seja Tu, Jesus Cristo”. E Jesus continuou a dizer-me:
(8) “Eu faço contigo como faria o mar a uma pessoa que fosse atirar-se às profundezas dele. Eu te lanço toda em meu Ser, de modo que todos teus sentidos ficam inundados, e se quiser falar de minha imensidão, profundidade e altura, poderá dizer que era tanta que a vista se perdia; se quiser falar de minhas delícias, de minhas qualidades, poderá dizer que são tais e tantas, que tentavas abrir a boca para numera-las e ficavas afogada, e assim de tudo o demais. Além disso, como que nenhum sinal tenho dado de que sou Eu? Falso. Quem te manteve vinte e dois anos na cama, sem interrupções, e com plena calma e paciência? Foi talvez virtude deles, ou virtude minha? E os testes que fizeram durante os primeiros anos deste estado? E fazer-te ficar imóvel por 10, por 7, por 18 dias sem tomar nada dos alimentos necessários, eram talvez eles que te sustentavam, ou Eu?”
(9) Depois, havendo-me chamado o padre, voltei em mim mesma, e tendo celebrado a Santa Missa recebi a comunhão, e depois voltou Jesus, e eu lamentei com Ele porque não vinha como antes, que com tanto amor com que me amava me parecia frieza, é verdade que me lamentando contigo sempre me põe desculpas, que porque quer castigar e por isso não vem, mas eu não
acredito, quem sabe que mal há em minha alma e por isso é que não vem, ao menos diga-me, que a qualquer custo, mesmo que custe minha vida o tirarei, mas sem Ti não posso estar, pense o que queira, mas assim eu não posso seguir adiante, ou Contigo na terra, ou Contigo no Céu”. E Jesus bendito, interrompendo o meu falar, disse-me:
(10) “Acalma-te, acalma-te, não estou longe de ti, estou sempre contigo; não me vês sempre, mas estou sempre contigo, mas estou no mais íntimo do teu coração para repousar, e conforme tu me procuras e com paciência toleras as minhas privações, assim circundas-me de flores para me aliviar e me fazer repousar mais pacífico”.
(11) E enquanto dizia isto, parecia que em torno de Jesus havia tanta variedade de flores que quase o escondiam. Depois acrescentou:
(12) “Você não acha que é para punir o mundo que eu tenho privado de Mim, no entanto é assim.
Quando menos esperar você ouvirá coisas que acontecerão”.
(13) E enquanto dizia isso me fazia ver no mundo guerras, revoluções contra a Igreja, igrejas incendiadas, e tudo parecia quase iminente.

10-19
Março 26, 1911

O único consolo que consola Jesus é o amor.

(1) Esta manhã, encontrando-me fora de mim mesma via a Celestial Mãe com o menino nos braços; o divino menino me chamou com sua pequena mãozinha, e eu voei para me pôr de joelhos diante da Mãe Rainha, e Jesus me disse:
(2) “Minha filha, hoje quero que fale com nossa Mãe”.
(3) E eu disse: “Celestial Mãe, diz-me, há alguma coisa em mim que desagrade a Jesus?”
(4) E Ela: “Caríssima filha minha, fica tranquila, por agora não vejo nada que desagrade a meu Filho, se, jamais, chegar a incorrer em alguma coisa que possa desgostá-lo, rapidamente te avisarei, confia em tua Mãe e não temas”.
(5) Como a Celestial Rainha me assegurava o anterior, me sentia infundir nova vida, e adicionei:
“Dulcíssima Mãe minha, em que tristes tempos estamos, diga-me, é verdade que Jesus quer as casas de reunião dos sacerdotes?”
(6) E Ela: “Certamente as quer, porque as ondas estão por elevar-se demasiado alto, e estas reuniões serão as âncoras, as lâmpadas, o comando com o qual a Igreja se salvará do naufrágio na tempestade, porque enquanto parecerá que a tempestade tenha submergido tudo, depois da tempestade se verá que permaneceram as âncoras, as lâmpadas, o comando, ou seja as coisas mais estáveis para continuar a vida da Igreja. Mas, oh! como são vis, covardes e duros de coração, quase nenhum se move enquanto são tempos de obras, os inimigos não descansam, e eles estão negligentemente, mas pior será para eles”.
(7) Depois ele adicionou: “Minha filha, procura suprir tudo com o amor, uma só coisa te importa, amar, um só pensamento, uma só palavra, uma só vida, amor; se queres contentar e agradar a Jesus, ama-o e dá-lhe sempre ocasião de falar de amor, este é seu único consolo que o reconforta, o amor; lhe diga que te fale de amor e Ele se porá em festa”.
(8) E eu: “Meu querido Jesus, ouves o que diz a nossa Mãe? Que te peça amor e que fales de amor”.
(9) E Jesus festejando disse tais e tantas coisas da virtude, da altura, da nobreza do amor, que não me é dado saber dizê-lo com a minha linguagem humana, por isso melhor ponho ponto final.

11-21
Maio 30,1912
Para a alma que verdadeiramente ama a Jesus, não pode haver separação Dele.

(1) Continuando o meu estado habitual, sentia-me oprimida pela privação de meu sempre amável Jesus, e vindo me disse:
(2) “Minha filha, quando estiveres privada de Mim serve-te de minha mesma privação para duplicar, triplicar, centuplicar os atos de amor para Mim, de maneira a formar-te um ambiente, dentro e fora de ti, todo de amor, de maneira que neste ambiente me encontrarás mais belo e como renascido a nova vida, porque onde há amor ali estou Eu, e por isso para a alma que verdadeiramente me ama não pode haver separação, mas sim formamos uma mesma coisa, porque o amor parece que me cria, me dá vida, me alimenta, me faz crescer; no amor encontro meu centro e me sinto recriado, renascido, enquanto sou eterno, sem princípio e sem fim, mas isto é por causa da alma que me ama; me agrada tanto o amor que me sinto como refeito. Além disso, neste amor Eu encontro o meu verdadeiro repouso, repousa a minha inteligência na inteligência que me ama, repousa o meu coração, o meu desejo, as minhas mãos, os meus pés, no coração que me ama, no desejo que me ama e deseja só a Mim, nas mãos que agem por Mim, nos pés que caminham só por Mim, assim que parte por parte Eu vou repousando na alma que me ama, e a alma com seu amor me encontra em tudo e por toda parte, e se repousa toda em Mim, e em meu Amor fica renascida, embelezada e cresce em modo admirável em meu mesmo Amor”.

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