Estudo 2 – Livro do Céu Volumes 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 2 – Livro do Céu Volumes 1 ao 11 – Escola da Divina Vontade
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E agora começo a Novena do Santo Natal. Aos dezessete anos, preparei-me para a festa do Santo Natal praticando diferentes atos de virtude e mortificação, honrando especialmente os nove meses que Jesus esteve no seio materno com nove horas de meditação por dia, referentes sempre ao mistério da Encarnação.

(9) 1o. – Como por exemplo, em uma hora me punha com o pensamento no paraíso e me imaginava à Santíssima Trindade: ao Pai que mandava o Filho à terra, ao Filho que prontamente obedecia ao Querer do Pai, e ao Espírito Santo que consentia nisso. Minha mente se confundia tanto ao contemplar um mistério tão grande, um amor tão recíproco, tão igual, tão forte entre eles e para com os homens; e na ingratidão destes, especialmente a minha; que nisto teria ficado não uma hora, mas todo o dia, mas uma voz interna me dizia:
(10) “Chega, vem e vê outros maiores excessos do meu Amor”.

(11) 2o. – Então minha mente se punha no seio materno, e ficava estupefata ao considerar aquele Deus tão grande no Céu, e agora tão humilhado, diminuído, restringido, que quase não podia mover-se, nem sequer respirar. A voz interior dizia-me:
(12) “Vês quanto te amei? ” Ah! Dá-me um lugar em teu coração, tira tudo o que não é meu, porque assim me dará mais facilidade para poder me mover e respirar”.

(13) Meu coração se desfazia, lhe pedia perdão, prometia ser toda sua, me desabafava em pranto, sem embargo, digo-o para minha confusão, voltava a meus habituais defeitos. ¡ Oh! Jesus, quão bom foste com esta criatura miserável.

(14) E assim passava a segunda hora do dia, e depois, pouco a pouco o resto, que dizer tudo seria aborrecer. E isto fazia-o às vezes de joelhos e quando era impedida de fazê-lo pela família, fazia-o mesmo trabalhando, porque a voz interior não me dava nem trégua nem paz se não fizesse o que queria, assim que o trabalho não me era impedimento para fazer o que devia fazer. Assim passei os dias da novena, quando chegou a véspera me sentia mais que nunca acendida por um insólito fervor. Eu estava sozinha no quarto quando o menino Jesus me foi apresentado, todo bonito, sim, mas tiritando, em atitude de querer me abraçar, eu me levantei e corri para abraçá-lo, mas no momento em que o ia estreitar desapareceu, isto se repetiu três vezes. Fiquei tão comovida e acesa de amor, que não sei explicar; mas depois de algum tempo não o levei mais em conta, e não o disse a ninguém, de vez em quando caía nas habituais faltas. A voz interior não me deixou nunca mais, em cada coisa me repreendia, me corrigia, me animava, em uma palavra, o Senhor fez comigo como um bom pai com um filho que tende a desviar-se, e ele usa todas as diligências, os cuidados para mantê-lo no reto caminho, de modo de formar dele a sua honra, a sua glória, a sua coroa. Mas, ó! Senhor, muito ingrata te tenho sido.

Trecho 2 – Livro do Céu Vol. 1
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 “A fé é Deus”.

(8) Mas estas duas palavras continham uma luz imensa, que é impossível explicá-las, mas como posso dizê-lo: Na palavra “fé” compreendia que a fé é o próprio Deus. Assim como o alimento material dá vida ao corpo para que não morra, assim a fé dá a vida à alma; sem a fé a alma está morta. A fé vivifica, a fé santifica, a fé espiritualiza o homem e o faz ter fixos os olhos num Ser Supremo, de modo que nada aprende das coisas aqui embaixo, e se as aprende, as aprende em Deus. Oh! A felicidade de uma alma que vive de fé, seu vôo é sempre para o Céu, em tudo o que lhe acontece se olha sempre em Deus e eis como na tribulação a fé a eleva em Deus e não se aflige, nem sequer um lamento, sabendo que não deve formar aqui a sua alegria, senão no Céu. Assim, se a alegria, a riqueza, os prazeres, a circundam, a fé a eleva em Deus e diz entre si: “Quanto mais feliz e mais rica serei no Céu!” Então, esses bens terrenos, ele se irrita, os despreza, e os coloca debaixo dos pés. Parece-me que a uma alma que vive de fé, acontece como a uma pessoa que possui milhões e milhões de moedas e até reinos inteiros, e outra pessoa quer oferecer-lhe um centavo. Agora, o que diria aquela? Não se indignaria, não o jogaria na cara? E acrescento: E se esse centavo estivesse todo enlameado, como são as coisas terrenas, e além disso, se lhe fosse dado só em empréstimo? Então ela diria: “Imensas riquezas gozo e possuo, e você se atreve a me oferecer este vil centavo tão
enlouquecido e por pouco tempo?” Eu creio que viraria em seguida o olhar e não aceitaria o dom. Assim faz a alma que vive de fé a respeito das coisas terrenas.

(9) Agora vamos outra vez à idéia do alimento: O corpo, tomando o alimento, não só se sustenta, mas participa da substância do alimento que se transforma no mesmo corpo. Agora assim a alma que vive de fé; como a fé é o próprio Deus, a alma vem a viver do mesmo Deus, e alimentando-se do mesmo Deus vem a participar da substância de Deus, e participando vem a assemelhar-se a Ele e a transformar-se com o mesmo Deus, Portanto, à alma que vive de fé acontece que santo é Deus, santa é a alma; potente Deus, potente a alma; sábio, forte, justo
Deus, sábio, forte, justa a alma, e assim de todos os demais atributos de Deus. Em suma, a alma torna-se um pequeno deus. Oh, a bem-aventurança desta alma na terra, para depois ser mais bem-aventurada no Céu!!

(10) Compreendi também que o que significam aquelas palavras que o Senhor diz às suas almas prediletas: “Eu te desposarei na fé”. Que o Senhor neste místico matrimonio vem dotar as almas de suas mesmas virtudes. Parece-me como dois esposos que unindo suas propriedades, não se discernem mais as coisas de um e as do outro e ambos se fazem donos de tudo. Mas no nosso caso, a alma é pobre, todo o bem é por parte do Senhor que a torna
partícipe das suas substâncias.

(11) Vida da alma é Deus, a fé é Deus e a alma possuindo a fé, vem a enxertar em si todas as outras virtudes, de maneira que a fé está como rei no coração e as demais virtudes estão ao seu redor, como súditas servindo à fé, assim que as mesmas virtudes, sem a fé, são virtudes que não têm vida.

(12) Parece-me que Deus em dois modos comunica a fé ao homem: a primeira é no santo batismo; a segunda é quando Deus bendito, depositando uma parte de sua substância na alma, lhe comunica a virtude de fazer milagres, como a de poder ressuscitar os mortos, curar os doentes, parar o sol e assim por diante. Oh, se o mundo tivesse fé, mudaria para um paraíso terrestre!.

(13) Oh! Quão alto e sublime é o vôo da alma que se exercita na fé. A mim parece-me que a alma, exercitando-se na fé, faz como aqueles tímidos passarinhos que temendo ser tomados presos pelos caçadores ou bem por qualquer outra insidia, fazem sua morada no topo das árvores, ou bem nas alturas, quando depois são obrigados a tomar o alimento descem, tomam o alimento e rapidamente voam a sua morada; e alguém, mais prudente, toma o alimento e nem sequer o come na terra, para estar mais seguro o leva ao topo das árvores e lá o come. Assim a alma que vive de fé é tão tímida das coisas terrenas, que por temor de ser assediada, nem sequer lhes dirige um olhar, sua morada está no alto, acima de todas as coisas da terra e especialmente nas chagas de Jesus Cristo, e desde dentro daquelas beatas moradas geme, chora, reza e sofre junto com seu Esposo Jesus sobre a condição e miséria em que se encontra o gênero humano. Enquanto ela vive naquelas moradas das chagas de Jesus, o Senhor dá-lhe uma parte das suas virtudes, e a alma sente em si aquelas virtudes como se fossem suas, mas contudo adverte que se bem as vê suas, o possuí-las é-lhe dado, que foram comunicadas pelo Senhor. Acontece como a uma pessoa que recebeu um dom que ela não possuía, agora o que faz? Toma-o e se faz dona dele, mas cada vez que o olha diz entre si:
“Isto é meu, mas me foi dado por essa pessoa”. Assim faz a alma à qual o Senhor desprendendo de Si uma parte do seu Ser Divino, a muda em Si mesmo.

Fevereiro 28, 1899 volume 2

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3-3
Novembro 4, 1899

Efeitos diferentes entre a presença de Jesus e a do demônio.

(1) Como esta manhã o bendito Jesus não vinha, o demônio tratava de tomar seu aspecto e fazer-se ver, mas eu não advertindo os habituais efeitos, comecei a duvidar e persegui-me com a cruz, primeiro eu e depois a ele, e o demônio vendo-se perseguido tremia; Imediatamente o rejeitei de mim sem olhar para ele. Pouco depois veio meu amado Jesus, e temendo que fosse outra vez o espírito maligno, tratava de rechaçá-lo e invocar a ajuda de Jesus e da Rainha Mãe, mas Ele para assegurar-me que não era o demônio me disse:

(2) “Minha filha, para te assegurar se sou Eu, ou não sou Eu, tua atenção deve estar nos efeitos internos, se se movem a virtude ou a vício, já que como minha natureza é virtude, de nenhuma outra Eu faço herdeiros dos meus filhos, mais do que da virtude. Isto você pode compreender também na natureza humana, que sendo carne, acontece que se tem alguma chaga, a carne se muda em pus e se pode dizer que não é mais carne; assim minha natureza, se minimamente pudesse reter em si a sombra do vício, cessaria de ser aquele Deus que é, o que não pode acontecer jamais”.

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4-18
Outubro 12, 1900

Os inimigos mais poderosos do homem são: o amor aos prazeres, às riquezas e às honras.

(1) Continua vindo meu adorável Jesus; esta manhã trazia uma densa da coroa de espinhos; a tirei pouco a pouco e a pus em minha cabeça, e disse: “Senhor, ajuda-me a cravá-la”.

(2) E Ele: “Desta vez quero que tu mesma a crave, quero ver o que saber fazer, e como queres sofrer por amor a mim”.
(3) Eu a cravei muito bem, muito mais que se tratava de lhe fazer ver até onde chegava meu amor de sofrer por Ele, tanto que Ele mesmo, todo enternecido e estreitando-me disse:

(4) “Basta, basta, que meu coração não resiste mais o verte sofrer”.

(5) E me deixando muito sofrida, meu amado Jesus não fazia outra coisa senão ir e vir. Depois disto tomou o aspecto de crucificado e me participou suas penas, e me disse:
(6) “Minha filha, os inimigos mais poderosos do homem são: o amor aos prazeres, às riquezas e às honras, que fazem infeliz ao homem, porque estes inimigos se introduzem até no coração e o roem continuamente, o amargam, o abatem, tanto, de fazer-lhe perder toda a felicidade, e eu sobre o Calvário derrotei estes três inimigos, e obtive graça para o homem de que pudesse vencê-los também ele, e restituí-lhe a felicidade perdida, mas o homem sempre ingrato rechaça minha graça e ama raivosamente estes inimigos, que colocam o coração humano em uma tortura contínua”.
(7) Dito isto desapareceu e eu compreendia com tal clareza a verdade destas palavras, que sentia uma repugnância, um ódio para com estes inimigos.
(8) Seja sempre bendito o Senhor e tudo seja para sua glória.

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5-2
Março 19, 1903

O verdadeiro amor é aquele que sofre por Deus, quer sofrer mais.

(1) Esta manhã via o confessor todo humilhado, e junto com o bendito Jesus e São José, o qual lhe disse: “Põe-te na obra e o Senhor está pronto a dar-te a graça que queres”.
(2) Depois disto, vendo meu amado Jesus sofredor como no curso da Paixão lhe tenho disse:”Senhor, não sentiu cansaço ao sofrer tantas penas diferentes?”
(3) E Ele: “Não, antes um sofrimento acendia mais o coração para sofrer outro, estes são os modos do sofrer divino; não só, mas no sofrer e no agir não olha outra coisa que o fruto que dele recebe.

Eu, em minhas chagas e em meu sangue, via as nações salvas, o bem que recebiam as criaturas, e meu coração, antes de sentir fadigas, sentia alegria e ardente desejo de sofrer mais. Então, este é o sinal se o que se sofre é participação de minhas penas: se une sofrer e alegria de sofrer mais, e se em seu agir obra por Mim, se não olhar para o que faz, senão para a glória que dá a Deus e ao fruto que disto recebe.

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6-1
Novembro 1, 1903

Quando a alma faz todas as suas ações pelo único fim de amar a Jesus, caminha sempre de dia, para ela jamais é noite.

(1) Continuando meu estado habitual, me encontrei fora de mim mesma, e me via como um pequeno vapor, e eu ficava toda maravilhada ao me ver reduzida nessa forma. Enquanto eu estava nisto veio o meu adorável Jesus e disse-me:
(2) “Minha filha, a vida do homem é vapor, e assim como ao vapor é só o fogo que o faz caminhar, e à medida que o fogo é vivo e muito, assim corre mais veloz, e se é pouco caminha a passo lento, e se está apagado fica detido; assim a alma, se o fogo do amor de Deus é muito, pode-se dizer que voa sobre todas as coisas da terra, e sempre corre e voa a seu centro que é Deus; agora, se é pouco se pode dizer que caminha com dificuldade, arrastando-se e enlameando-se de tudo o que é terra; se está apagado fica parada, sem vida de Deus nela, como morta a tudo o que é divino.
Minha filha, quando a alma em todas suas ações não as faz por outra coisa senão com o único fim de me amar, e nenhuma outra recompensa quer de seu obrar mais que meu amor, caminha sempre de dia, jamais é noite para ela, mas bem caminha no mesmo sol, que quase como vapor a circunda para fazê-la caminhar nele, fazendo-lhe gozar toda a plenitude da luz, e não só isso, senão que suas mesmas ações servem de luz para o seu caminho e sempre adicionar nova luz”.
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7-2
Fevereiro 9, 1906

A união de nossas ações com as de Jesus é garantia de salvação.

(1) Continuando meu habitual estado, vi a sombra do bendito Jesus, todo aflito e quase em ato de mandar castigos. Eu ao vê-lo disse: “No modo como está, quem poderá salvar-se, não só dos castigos, mas também da própria salvação?” E Ele, mudando aspecto disse:
(2) “Minha filha, a união das obras humanas com as minhas é garantia para salvar-se, porque se duas pessoas trabalham num mesmo terreno, o trabalho naquele terreno é garantia de que ambas deverão colher; assim quem une suas obras com as minhas, é como se trabalhasse em meu terreno, portanto não deveria colher no meu reino? Talvez você deva trabalhar junto Comigo em meu terreno, e você deve colher em um reino estranho a Mim? Ah, certamente não!”

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8-1
Junho 23, 1907

O ato mais belo é o abandono na Vontade de Deus.

(1) Encontrando-me em meu habitual estado, o bendito Jesus não vinha, e eu estava pensando entre mim qual seria o ato mais belo e mais aceito a Nosso Senhor, que pudesse mais facilmente induzi-lo a vir: A dor das próprias culpas ou a resignação. Enquanto estava nisto, assim que veio me disse:

(2) “Filha, o ato mais belo e que mais me agrada é o abandono em minha Vontade, mas tanto, que não se recorde que existe o próprio ser, senão que tudo para ela seja o Divino Querer. Ainda que a dor das próprias culpas seja boa e louvável, mas não destrua o próprio ser; ao contrário, o abandonar-se todo em minha Vontade destrói o próprio ser e readquire o Ser Divino. Então, a alma ao abandonar-se em minha Vontade, me dá mais honra, porque me dá tudo o que Eu posso exigir da criatura, e venho readquirir em Mim o que de Mim havia saído, e a alma readquire o único que deveria readquirir, a Deus com todos os bens que o mesmo Deus possui, só que, até que a
alma está de todo na Vontade de Deus, readquire a Deus, e se sair da minha Vontade readquire seu próprio ser junto com todos os males da corrupta natureza”.
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9-1
Março 10, 1909

O Pai só faz uma coisa com Jesus. Jesus dá-se continuamente às almas.

(1) Continuando o meu habitual estado, encontrei-me fora de mim mesma com o Menino Jesus nos braços, e eu disse-lhe: “Diz-me, meu querido, o que faz o Pai?”
(2) E Ele: “Faz uma só coisa Comigo; assim o que faz o Pai faço Eu”.
(3) Então eu acrescentei: “E com os santos o que você faz?”

(4) E Ele: “dou-me continuamente, assim que Eu sou vida deles, gozo, felicidade, bem imenso, sem termo e sem limites. De Mim estão cheios, em Mim tudo encontram, Eu sou tudo para eles, e eles são todos para Mim”.

(5) Eu, ao ouvir isto queria como me zangar e lhe disse: “Aos santos te dás continuamente, em troca de mim tão limitado, tão avaramente e em intervalos, até fazer-me passar parte do dia sem que venha, e às vezes demora tanto que me vem o temor de que nem sequer na noite virá, por isso eu vivo morrendo, mas da morte mais cruel e impiedosa, e sem embargo dizia que me amava muito”.

(6) E Ele: “Minha filha, também a ti me dou continuamente, ora pessoalmente, ora com a Graça, ora com a luz, e em tantos outros modos. E além disso, quem te diz que não te amo tanto, tanto?”
(7) Agora, enquanto estava nisto veio-me um pensamento, que perguntasse se era Vontade de Deus meu estado, pois isto era mais necessário do que o que lhe estava dizendo, e perguntei. E Ele, em vez de me responder, aproximou-se e pôs-me a língua na boca, e eu não pude falar mais, só chupava uma coisa que não sei dizer; e ao retirá-la mal pude dizer: “Senhor, volta logo, quem sabe quando virás”.

(8) E Ele respondeu: “Esta noite virei de novo”.
(9) E desapareceu.

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10-1
Novembro 9, 1910

Efeitos nocivos das obras santas feitas com finalidade humana.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, estava a confiar ao meu bendito Jesus as tantas necessidades da Igreja, e Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, as obras mais santas feitas com fins humanos, são como aqueles recipientes quebrados, que colocando-se dentro deles algum líquido, pouco a pouco escorre à terra, e se durante a necessidade vão tomar Daqueles recipientes, encontram-se vazios. Eis por que os filhos da minha Igreja se reduziram a tal estado, porque no seu agir tudo é com fins humanos, por isso nas necessidades, nos perigos, nas ofensas, se encontraram vazios de graça, e portanto, debilitados, exaustos e quase cegos pelo espírito humano dão-se aos excessos; oh! quanto
deveriam ter vigiado os chefes da Igreja para não me fazer ser motivo de chacota e quase a cobertura de suas indignas ações, é verdade que se faria muito escândalo se se julgassem e se castigassem, mas isso me seria de menor ofensa que os tantos sacrilégios que cometem. Ah! me é muito duro tolerá-los. Roga, roga minha filha, porque muitas coisas tristes estão por sair de dentro dos filhos da Igreja”.
(3) E desapareceu.

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11-5
Fevereiro 18,1912

Como quem vive da vida de Jesus, pode dizer que sua vida acabou.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, meu sempre e todo amável Jesus veio e me disse:
(2) “Minha filha, tudo o que fazes por Mim, ainda um respiro, entra em Mim como penhor de teu amor por Mim, e Eu em correspondência te dou minhas prendas de amor, assim que a alma pode dizer: “Eu vivo das prendas que me dá meu amado Jesus”.

(3) Depois acrescentou:
(4) “Filha amada minha, vivendo tu da minha Vida, pode-se dizer que a tua vida acabou, que não vives mais, assim não vivendo mais tu, senão Eu em ti, tudo o que te fazem, agradável ou desagradável, Eu o recebo como feito propriamente a Mim; E isto você pode entender porque diante disso que te fazem, agradável ou desagradável, você não sente nada, isto significa que deve ser outro quem sente esse gosto ou esse desgosto, e quem outro o pode sentir senão Eu que vivo em ti e que te amo tanto, tanto?”

Deo Gratias

Fiat!

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