10-20
10-20
Maio 16, 1911
Jesus não quer confundir os inimigos da Igreja, e chora pelas chagas dolorosas que há no
corpo d’Ela.
(1) Estava rogando ao bendito Jesus que confundisse os inimigos da Igreja, e meu sempre amável Jesus ao vir me disse:
(2) “Minha filha, poderia confundir os inimigos da santa Igreja, mas não quero, se isso fizesse, quem purgaria a minha Igreja? Os membros da Igreja, e especialmente quem está em postos e em altura de dignidades, têm os olhos cegos e se equivocam grandemente, tanto, que chegam a proteger os fingidos virtuosos e a oprimir e condenar os verdadeiros bons, isto me desagrada de tal maneira, ver aqueles poucos verdadeiros filhos meus sob o peso da injustiça, aqueles filhos dos quais deve ressurgir a Igreja e aos quais Eu estou dando muita graça para dispô-los a isto, Eu os vejo de costas para o muro e atados para impedir os passos, isto me dói tanto, que me sinto todo furor por eles.
(3) Escuta minha filha, Eu sou toda doçura, benigno, clemente e misericordioso, tanto que por minha doçura arrebato os corações, mas também sou forte, de rasgar e incinerar aqueles que não só oprimem os bons, mas chegam a impedir o bem que querem fazer. Ah! tu choras pelos leigos, e eu choro as chagas dolorosas que há no corpo da Igreja, as que me magoam tanto, de ultrapassaras chagas dos leigos, porque são pela parte que não me esperava, e que me fazem dispor os leigos a clamar contra eles”.
11-20
Maio 25,1912
A alma na Vontade de Deus é um objeto moldável.
(1) Esta manhã, o meu sempre amável Jesus, vendo-me muito oprimida, fez-me beber do seu
coração e depois disse-me:
(2) “Minha filha, se um objeto é duro e se lhe quer fazer um buraco ou lhe dar outra forma, se
arruina ou fica feito em pedaços, em troca, se é macio ou de algum material moldável se pode
fazer o buraco, pode dar-lhe a forma que se quer sem temor que se possa romper, e se se
quisesse dar de novo sua forma original, sem nenhuma dificuldade o objeto se prestaria a tudo;
assim é a alma em minha Vontade, é um objeto moldável, e Eu faço dela o que quero: Agora a
firo, agora a embelezarei, agora a engrandeço e em um instante a refaço de novo, e a alma se
presta a tudo, não se opõe a nada e Eu a levo sempre em minhas mãos e me agrado dela
continuamente”.
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12-20
Os atos feitos na Divina Vontade são sóis que iluminam a todos, e servirão para fazer que
se salve quem tenha um pouco de boa vontade.
(1) Continuando o meu estado habitual, o meu doce Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, as trevas são densas, e as criaturas precipitam-se cada vez mais; aliás, nestas
trevas vão cavando o precipício onde perecerão. A mente do homem ficou cega, não tem mais
luz para olhar o bem, senão só o mal, e o mal o inundará e o fará perecer, assim onde
acreditava encontrar salvação, encontrará a morte. ¡ Ah, minha filha! Ah, minha filha!”
(3) Depois ele adicionou: “Os atos feitos em minha Vontade são como sóis que iluminam a
todos, e enquanto dura o ato da criatura em minha Vontade, um sol de mais resplandece nas
mentes cegas, e quem tem um pouco de boa vontade encontrará luz para salvar-se do
precipício, os demais, todos perecerão, por isso nestes tempos de densas trevas, quanto bem
fazem os atos da criatura feitos em minha Vontade, quem se salve será unicamente em virtude
destes atos”.
(4) Dito isto, foi retirado. Depois voltou de novo e acrescentou:
(5) “A alma que faz minha Vontade e vive nela, posso dizer que é minha carruagem e Eu tenho
as rédeas de tudo; tenho as rédeas da mente, dos afetos, dos desejos, e nem sequer uma
deixo em seu poder, e me sentando sobre seu coração para estar mais cômodo, meu domínio é
completo e faço o que quero, agora faço correr a carruagem, agora a faço voar, agora me leva
ao Céu, agora giro toda a terra, agora me detenho, oh, como sou glorioso, vitorioso e domino e
impero! Se depois a alma não faz minha Vontade e vive do querer humano, a carruagem se
desfaz, me tira as rédeas e Eu fico sem domínio, como um pobre rei expulso de seu reino, e o
inimigo toma meu lugar, e as rédeas ficam em poder das próprias paixões”.
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13-20
Setembro 28, 1921
Jesus é luz e tudo o que dEle sai é luz, que, difundindo-se no meio de todas as criaturas,
é substituído como vida de cada uma delas.
(1) Continuando o meu habitual estado, o meu sempre amável Jesus fazia-se ver junto a mim,
com o coração todo em chamas, e de cada batida que dava o seu coração saía uma luz, estas
luzes circundavam-me toda e se difundiam sobre toda a Criação. Eu fiquei surpreendida, e
Jesus disse-me:
(2) “Minha filha, Eu sou luz eterna, e tudo o que sai de Mim é luz, assim que não é somente o
meu batimento que emana luz, senão cada pensamento meu, respiro, palavra, passo, cada
gota de meu sangue é luz que se desprende de Mim, e que difundindo-se no meio de todas as
criaturas, se substitui como vida de cada uma delas, querendo a correspondência de suas
pequenas luzes, porque também elas são luz, pois também elas saíram de dentro de minha
mesma luz, mas o pecado converte em trevas o obrar da criatura.
(3) Minha filha, amo tanto a criatura, que a concebi em meu fôlego e a pari sobre meus joelhos,
para fazê-la repousar sobre meu seio e tê-la ao seguro, mas a criatura me foge, e Eu, não
sentindo-a em meu alento nem encontrando-a sobre meus joelhos, minha respiração a chama
continuamente, e meus joelhos estão cansados de esperá-la e a vou procurando por toda parte
para tê-la Comigo de volta. ¡ Ah, em que estreitos de dor e de amor me põem as criaturas!”
(4) Depois disto, tendo ouvido falar da humildade, estou convencida de que esta virtude não
existe em mim, nem eu penso nela jamais; e ao vir meu doce Jesus lhe disse a minha pena, e
Ele me disse:
(5) “Minha filha, não temas, Eu te criei no mar, e quem vive no mar não se entende da terra. Se
se quisesse perguntar aos peixes como é a terra, como são seus frutos, as plantas, as flores, se
tivessem razão responderiam: “Nós nascemos no mar, vivemos no mar, a água nos nutre, e se
os demais ficassem afogados nele, nós nos movemos nele e ele nos dá a vida, e se aos demais
seres lhes congelaria o sangue nas veias, a nós nos dá o calor, o mar é tudo para nós, nos
serve de quarto, de cama, passeamos nele, somos os únicos seres afortunados que não
devemos nos fatigar para encontrar o alimento; o que queremos, tudo está pronto a nossa
disposição, assim podemos falar do mar, não da terra; a água nos serve para tudo e nela
encontramos tudo”. Mas se em troca lhes perguntasse aos pássaros, estes responderiam:
“Conhecemos as plantas, a altura das árvores, as flores, os frutos; diriam quantas fadigas
passam para encontrar uma semente para alimentar-se, um esconderijo para proteger-se do
frio, da chuva”.
(6) Semelhança do mar é para quem vive em minha Vontade; semelhança da terra é para quem
caminha pelo caminho das virtudes. Por isso, vivendo tu no mar da minha vontade, não é de
admirar que só a minha vontade te baste para tudo; se a água serve e faz tantos ofícios
diversos aos peixes: de alimento, de calor, de cama, de habitação, de tudo, muito mais o pode
fazer e de modo mais admirável a minha Vontade, aliás, na minha Vontade as virtudes são no
grau mais heroico e divino. Minha Vontade absorve tudo e liquefaz tudo em Si, e a alma fica
absorvida em minha Vontade, dela se alimenta, nela caminha, só a Ela conhece e lhe basta
para tudo, pode-se dizer que entre todas as criaturas é a única afortunada que não deve
mendigar um pão, não, mas a água de minha Vontade a inunda por cima, por baixo, à direita, à
esquerda, e se quiser o alimento come, se quiser a força a encontra, se quiser dormir encontra
a cama mais suave para descansar, tudo está pronto e à sua disposição”.
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14-20
Abril 8, 1922
A Santíssima Trindade refletida na alma. Dor de Jesus ao ver deformadas
a vontade, a inteligência e a memória do homem.
(1) Encontrando-me em meu habitual estado, estava pensando na dor que sofreu meu doce Jesus no horto do Getsémani, quando se apresentaram ante sua santidade todas nossas culpas, e Jesus todo aflito, em meu interior me disse:
(2) “Minha filha, minha dor foi grande e incompreensível à mente criada, especialmente quando vi a inteligência humana deformada, minha bela imagem que fiz reproduzir nela, não mais bela, senão feia, horrível. Eu dei ao homem vontade, inteligência e memória; na primeira refulgia meu Pai Celestial, o qual como ato primeiro comunicava sua potência, sua santidade, sua altura, por isso elevava à vontade humana investindo-a de sua própria santidade, poder e nobreza, deixando todas as correntes abertas entre Ele e a vontade humana, a fim de que sempre mais se enriquecesse dos tesouros de minha Divindade; entre a vontade humana e a Divina não havia teu nem meu, senão tudo em comum, com acordo recíproco, era imagem nossa, coisa nossa, assim que ela nos refletia, portanto nossa Vida devia ser a sua, e por isso constituía como ato primeiro sua vontade livre, independente, como era ato primeiro a Vontade de meu Pai Celestial, mas esta vontade quanto se desfigurou, de liberdade tornou-se escrava de vis paixões. Ah! é ela o princípio de todos os males do homem, não se reconhece mais, como desceu de sua nobreza, dá asco olhá-la.
(3) Depois, como segundo ato, concorri Eu, Filho de Deus, dotando o homem de inteligência, comunicando-lhe a minha sabedoria, a ciência de todas as coisas, a fim de que conhecendo-as pudesse gostar e fazer-se feliz no bem. Mas, ai de Mim! Que mar de vícios é a inteligência da criatura, da ciência serviu-se para desconhecer o seu Criador.
(4) E depois, como ato terceiro, concorreu o Espírito Santo, dotando-o de memória, a fim de que, recordando-se de tantos benefícios, pudesse estar em contínuas correntes de amor, em contínuas relações, o amor devia coroá-la, abraçá-la e informar toda a sua vida. Mas como o Eterno Amor fica contristado! Esta memória recorda-se dos prazeres, das riquezas e até de pecar, e a Trindade Sacrossanta é posta fora dos dons dados à sua criatura. Minha dor foi indescritível ao ver a deformidade das três potências do homem, havíamos formado nossa morada nele, e ele nos tinha jogado fora”.
15-20
Maio 2, 1923
Quando o Fiat Volutas Tua tiver o seu cumprimento como no Céu assim na terra,
então virá o pleno cumprimento da segunda parte do Pai Nosso.
(1) Sentia minha pobre mente como perdida na imensidão do Eterno Querer, e meu doce Jesus, falando-me sobre a Santíssima Vontade de Deus me disse:
(2) “Minha filha, oh! como harmonizam bem teus atos feitos em meu Querer, harmonizam com os meus, com os de minha amada Mamãe, e o um desaparece no outro e formam um só, parece o Céu na terra e a terra no céu, parece o eco do Um nos Três e dos Três em Um da Trindade Sacrossanta, ¡oh! como soa doce a nossos ouvidos, como nos sequestra, mas tanto, de raptar nossa Vontade do Céu à terra. Quando meu Fiat Volutas Tua tiver seu cumprimento como no Céu assim na terra, então virá o pleno cumprimento da segunda parte do Pater Noster, isto é: nos dê hoje nosso pão de cada dia’. Eu dizia, Pai nosso, em nome de todos te peço três tipos de pão cada dia, o pão da tua Vontade, que é mais que pão, porque se o pão é necessário duas ou três vezes ao dia, em troca este é necessário cada momento, em todas as circunstâncias, é mais, deve ser não só pão, mas como ar balsâmico que leva a vida, a circulação da Vida Divina na criatura; Pai, se não for dado este pão da tua Vontade não poderei jamais receber todos os frutos da minha Vida Sacramental, que é o segundo pão que todos os dias te pedimos; oh! como se encontra mal aminha Vida Sacramental porque o pão da tua Vontade não os alimenta, mas encontra o pão corrupto da vontade humana, ó! como me dá nojo, como o evito, e se bem que vou a eles, mas os frutos, os bens, os efeitos, a santidade, não posso dá-los, porque não encontro o nosso pão, e se alguma coisa dou é em pequena proporção, segundo suas disposições, mas não todos os bens que contem, e a minha Vida Sacramental espera pacientemente que o homem tome o pão da Vontade Suprema para poder dar todo o bem da minha Vida Sacramental. Veja então como o Sacramento da Eucaristia, e não só este, mas todos os Sacramentos deixados à minha Igreja e instituídos por Mim, darão todos os frutos que contêm e terão pleno cumprimento quando o Pão Nosso, isto é, a Vontade de Deus, seja feito como no Céu assim na terra. Depois pedia o terceiro pão, ou seja, o material. Como poderia dizer dá-nos hoje nosso pão, se o homem devia fazer nossa Vontade, o que era nosso era seu?`” O Pai não devia dar o pão da sua Vontade, o pão da minha Vida Sacramental, o pão quotidiano da vida natural a filhos ilegítimos, usurpadores, maus, mas a filhos legítimos, bons, que teriam em comum os bens do Pai, por isso Eu dizia, dai-nos o nosso Pão, então comerão o pão abençoado, todo sorrirá em torno deles, a terra e o Céu levarão a marcada harmonia de seu Criador. Depois acrescentei: Perdoa-nos as nossas dívidas como nós as perdoamos aos nossos devedores’, assim que também a caridade será perfeita, então será perfeito o perdão, terá a marca do heroísmo como a tive Eu na cruz; Quando o homem comer o pão de minha Vontade como a minha Humanidade o comia, então as virtudes serão absorvidas em minha Vontade e receberão a marca do verdadeiro heroísmo e de virtudes divinas, serão como tantos riachos que brotarão do seio do grande mar de minha Vontade. E se eu acrescentasse: Não nos induzas em tentação, como poderia Deus induzi-lo em tentação? Era porque o homem é sempre homem, livre por si mesmo, porque Eu não lhe tiro jamais os direitos que ao criá-lo lhe dei, e ele, assustado e temendo de si grita em silêncio, reza sem se expressar em palavras: Dá-nos o pão de tua Vontade, para que possamos rejeitar todas as tentações, e em virtude deste pão livrai-nos de todo o mal’. Assim seja.
(3) Vê então como todos os bens do homem reencontram a sua retomada, o vínculo estreito do
façamos ao homem à nossa imagem e semelhança, a validade de cada seu ato, a restituição dos bens perdidos, a assinatura e a certeza de que lhe é dada novamente a sua perdida felicidade terrena e celeste. Por isso era tão necessário que minha Vontade fosse feita como no Céu assim na terra, que Eu não tive outro interesse nem ensinei outra oração senão o Pai Nosso, e a Igreja, fiel executora e depositária de meus ensinamentos a tem sempre em boca e em cada circunstância, e todos, doutos e ignorantes, pequenos e grandes, sacerdotes e leigos, reis e súditos, todos me pedem que minha Vontade se faça como no Céu assim na terra. Não que reis então que a minha Vontade desça sobre a terra? E assim como a Redenção teve seu princípio numa Virgem; não me concebi em todos os homens para redimi-los, ainda que quem o quer possa entrar no bem da Redenção e receber-me cada um para si só no Sacramento, assim agora minha Vontade deve ter seu princípio, a possessão, o crescimento e o desenvolvimento numa criatura virgem, e depois, quem se disponha e queira entrará nos bens que o viver na minha Vontade contém. Se não tivesse sido concebido na minha amada Mãe, a Redenção jamais teria vindo; assim, se não fizesse o prodígio de fazer viver uma alma na minha Suprema Vontade, o Fiat Volutas Tua como no Céu assim na terra não teria lugar nas gerações humanas”.
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16-20
Setembro 9, 1923
A Divina Vontade é inferno para o demônio, e ele a conhece só para odiá-la.
(1) Eu me senti com algum medo ainda, quem sabe se não fosse o meu adorável Jesus que se dignasse falar comigo, manifestando-me tantas verdades sublimes, especialmente sobre a Vontade Divina, mas o inimigo para me arrastar ao engano, e enquanto parece que com tantas verdades me eleva em alto, logo me precipitará no abismo. E dizia entre mim: “Meu Jesus, livra-me das mãos do inimigo, eu não quero saber nada, a única coisa que me interessa é salvar minha alma”. Então o bendito Jesus, movendo-se em meu interior me tem dito:
(2) “Minha filha, por que temes? Não sabes tu que o que menos sabe de Mim a serpente infernal é da minha vontade? porque não quis fazê-la, e não a fez, nem a conheceu, nem a amou, muito menos penetrou nos segredos de meu inescrutável querer para conhecer seus efeitos, o valor de minha Vontade, e se não os conhece, como pode falar dela? Mais bem a coisa que mas aborrece é que a alma faça minha vontade; a ele não lhe importa se a alma reza, se se confessa, se comunga, se faz penitência, se faz milagres, senão a coisa que mais o danifica é que a alma faça minha Vontade, porque assim que se rebelou a minha Vontade foi criado nele o inferno, seu estado infeliz, a raiva que o corrói, assim que minha Vontade é inferno para ele, e cada vez que vê a alma sujeita a meu Querer, conhecer os méritos, o valor, a santidade dela, se sente duplicar o inferno, porque vê na alma criar o paraíso, a felicidade, a paz por ele perdidas; e quanto mais meu Querer é conhecido, tanto mais fica atormentado e furioso. Portanto, como poderia te falar de meu Querer se forma seu inferno? E se te falasse, suas palavras formariam em você o inferno, porque ele conhece minha vontade só para odiá-la, não para amá-la, e o que se odeia nunca leva a felicidade, a paz, e além disso, sua palavra está vazia de graça, portanto não pode conferir a graça de fazer minha Vontade”.
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17-20
Outubro 23, 1924
(1) Passo dias amargos pela privação do meu doce Jesus. Oh! Como choro por sua amável presença, até mesmo a lembrança de suas doces palavras são feridas a meu pobre coração e digo entre mim: “E agora onde está? Para onde dirigiu seus passos? Onde eu poderia encontrá-lo?
Tudo acabou, não o verei mais, não escutarei mais sua voz, não mais rezaremos juntos, como é dura minha sorte, que rasgo, que pena! ¡Ah Jesus, como você mudou! Como você fugiu de mim? Mas se bem longe, te mando nas asas de teu Querer, onde estejas, meus beijos, meu amor, meu grito de dor que te diz: Vem, regressa à pobre exilada, à pequena recém-nascida que não pode viver sem Ti”. Mas enquanto isso e mais dizia, meu amável Jesus se moveu em meu interior, e me estendendo seus braços me apertou forte, forte, e eu lhe disse: “Minha vida, meu Jesus, não posso mais, me ajude, me dê a força, não me deixe mais, me leve Contigo, quero ir”. E Jesus interrompendo o meu falar disse-me:.
(2) “Minha filha, não queres fazer a minha vontade?”.
(3) E eu: “Claro que quero fazer a Tua Vontade, mas também no Céu está a Tua Vontade, assim se até agora a fiz na terra, de agora em diante quero ir fazê-la no Céu, por isso, logo, leva-me, não me deixes mais, sinto que não posso mais, tem piedade de mim”..
(4) E Jesus de novo: “Minha filha, tu não sabes o que é a minha Vontade na terra, vê-se que depois de tantas lições minhas não o compreendeste bem. Deves saber que a alma que faz viver minha Vontade nela, conforme reza, conforme sofre, obra, ama, etc., etc., forma um doce encanto às pupilas divinas, de maneira que encerra nesse encanto, com seus atos, o olhar de Deus, de modo que arrebatado pela doçura deste encanto, muitos castigos que se atraem as criaturas com seus graves pecados, este encanto tem virtude de impedir que a minha justiça se derrame com todo o seu furor sobre a face da terra, porque também a minha justiça sente o encanto da minha vontade que opera na criatura. Te parece pouco que o Criador veja nas criaturas, vivendo ainda sobre aterra, sua Vontade obrante, triunfante, dominante, com essa mesma liberdade com a qual obra e domina no Céu? Este encanto não está no Céu, porque minha Vontade em meu Reino domina como em sua casa, e o encanto vem formado em Mim mesmo, não fora de Mim, assim que sou Eu, é minha Vontade a que encanta com uma força raptora a todos os bem-aventurados, de modo que suas pupilas estão encerradas em meu encanto para gozar eternamente, assim que não eles me formam o doce encanto, senão Eu a eles, assim que minhas pupilas estão livres, não sofrem nenhuma fascinação. Em troca minha Vontade vivendo na criatura que navega no exílio, é obrante e dominante em casa da criatura, e por isso me forma o encanto, fascina-me e faz sentir a meu olhar um atrativo tal, que me leva a fixar minhas pupilas nela, sem poder separá-las. Ah! você não sabe quão necessário é este encanto nestes tempos. – Quantos males virão! Os povos serão obrigados a devorar-se uns aos outros, serão tomados de tal raiva, de se enfurecerem uns contra os outros, mas a culpa maior é dos chefes e governantes. Pobres povos! Têm por chefes a verdadeiros açougueiros, diabos encarnados que querem fazer carnificina de seus irmãos. Se os males não fossem tão graves, teu Jesus não te deixava como privada dele; tu temes que seja por outra coisa pelo que te privo de Mim, não, não, está segura, é minha justiça que privando-te de Mim quer descarregar-se sobre as criaturas; tu não saias jamais de minha Vontade, a fim de que seu doce encanto possa evitar aos povos males maiores”.
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18-20
Janeiro 24, 1926
A Divina Vontade é mãe de todas as vontades humanas. Na Divina Vontade não há mortes.
(1) Sentia-me abandonada pelo Céu e pela terra, e pensava entre mim que Jesus me havia dito há muito tempo, que eu devia viver no duro exílio da vida como se não existisse ninguém mais que Jesus e eu, Todos tinham de desaparecer da minha mente e do meu coração. E agora, depois que tudo me desapareceu e habituada a viver só com Jesus, também Ele fugiu deixando-me sozinha em poder de amarguras indizíveis no duro estado de isolamento. ¡ Oh! Deus, que pena, tem piedade de mim, retorna a quem sente necessidade de tua Vida mais que da vida própria. Agora, enquanto eu pensava nisso e outras coisas ainda mais dolorosas, que seria muito longo para dize-las, meu doce Jesus se moveu dentro de mim, e suspirando me disse:.
(2) “Filha de meu Supremo Querer, ânimo em seu isolamento, este serve como companhia a minha Vontade abandonada pelas criaturas; a dor de seu isolamento, oh, como é mais duro que o seu! Minha Vontade é a Mãe de todas as vontades das criaturas, Ela, como Mãe terníssima, ficou no centro da Criação para dar à luz as vontades humanas e tê-las todas em torno dela, subi-las sobre seus joelhos, alimentá-las com o leite de seus ensinamentos celestiais e fazê-las crescer à sua semelhança, dando-lhes toda a Criação onde entreter-se, e como minha Vontade é centro de cada coisa criada, a qualquer parte que as criaturas fossem, Ela, como centro de cada coisa, estaria mais do que mãe afetuosa sempre próxima de vós, para nunca vos fazer faltar os vossos cuidados maternos e para não vos deixardes descer da vossa nobreza e semelhança. Mas, ai de mim! Estas filhas, estas vontades humanas paridas por esta Mãe Celestial de minha Vontade, desprezando e não apreciando todos os cuidados maternos, seu amor, suas ternuras e pressa, embora Ela esteja junto a elas, as vontades humanas estão distantes desta Mãe, muitas nem sequer a conhecem, outras a desprezam e fazem dela zomba. Pobre Mãe que é Vontade, no meio de tantas filhas por Ela é isolada, abandonada, e enquanto todas tomam do seu para viver, servem-se de tudo para crescer ao seu desespero e para ofendê-la; É possível dar dor maior a uma mãe do que o abandono de seus próprios filhos, não ser conhecida pelo parto de suas próprias entranhas, e trocar-se em inimigas ofendam Aquela que as deu à luz? Por isso a dor do isolamento de minha Vontade é grande e inconcebível. Por isso seu isolamento seja a companhia desta Mãe isolada, que chora e busca a suas filhas, que por quanto chora, grita e chama as suas filhas com as vozes mais ternas, com as lágrimas mais amargas, com os suspiros mais ardentes e com as vozes mais fortes de castigos, estas filhas ingratas estão distantes do seio daquela que as gerou. Minha filha, não queres tomar parte, como verdadeira filha fiel da minha Vontade, na sua dor e no seu isolamento?”.
(3) Depois me pus a fazer a adoração a meu Crucificado Jesus, e diante de minha mente passava uma longa fila de soldados, todos armados, que não terminava jamais. Eu gostaria de ter pensado no meu Jesus crucificado e já não ver soldados, mas apesar de mim era obrigada a ver estes soldados armados. Então pedia ao meu doce Jesus que afastasse de mim esta vista a fim de que pudesse ficar livre com Ele, e Jesus todo aflito me disse:.
(4) “Minha filha, quanto mais o mundo aparentemente parece em paz, louva a paz, tanto mais debaixo daquela paz efêmera e mascarada escondem guerras, revoluções e cenas trágicas para a pobre humanidade, e quanto mais parece que favorecem minha Igreja e a louvam, cantem vitórias e triunfos e práticas de união entre Estado e Igreja, tanto mais próxima está a contenda que preparam contra Ela. Assim foi de Mim, até que não me aclamaram Rei e me receberam em triunfo, Eu pude viver no meio dos povos, mas depois de minha entrada triunfal em Jerusalém não me deixaram viver mais, e depois de poucos dias gritaram-me crucifica-o’ e armando-se todos contra Mim me fizeram morrer. Quando as coisas não partem de um fundo de verdade, não têm força de reinar longamente, porque faltando a verdade falta o amor e falta a vida que as sustenta, e por isso é fácil que saia fora o que escondiam e mudam a paz em guerra, os favores em vinganças. Oh, quantas coisas imprevistas estão preparando!”.
(5) Jesus desapareceu, e eu fiquei toda aflita e pensava entre mim: “Meu amado Jesus me disse tantas vezes que eu sou a pequena recém-nascida da Divina Vontade, por isso recém-nascida apenas, sem ter formado minha pequena vida neste Querer Supremo. Jesus, agora que tinha mais necessidade de formar meu crescimento me deixa só, então eu serei como um parto abortado da Divina Vontade, sem ter existência. Não vê meu amor em que estado lamentável me encontro, e como seus próprios desígnios sobre mim se resolvem no nada? Ah- Ah! se não queres ter piedade de mim, tenha piedade de si mesmo, de seus desígnios e de seus trabalhos que tem feito a minha pobre alma”. Mas enquanto minha pobre mente queria adentrar-se no estado doloroso em que me encontro, meu amado Bem saiu de dentro de meu interior, e olhando-me toda da cabeça aos pés me disse:.
(6) “Minha filha, em minha Vontade não há mortos nem abortos, e quem vive nela contém por vida a Vida de minha Vontade, e embora se sinta morrer, ou mesmo morta, encontra-se em minha Vontade, a qual contendo a vida a faz ressurgir a cada instante a nova luz, a nova beleza, graça e felicidade, deleitando-se em conservá-la sempre pequena em si, para tê-la grande com Ela; pequena mas forte, pequena mas bela, recém-nascida apenas, a fim de que nada de humano tenha, senão todo divino, assim que sua vida é só minha Vontade, Que cumprirá todos os meus desígnios, sem que nada se perca. Serás como a gota de água submersa no grande mar, como um grão nas grandes massas dos celeiros; enquanto a gota de água parecer como desaparecida no mar e o grão nos inumeráveis grãos, não se pode negar nem tirar-lhe o direito de que sua vida existe. Por isso não temas, e faça de tal maneira que perca sua vida para adquirir o direito de ter por vida minha Vontade”.
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19-20
Maio 13, 1926
Imagens de quem trabalha para fins humanos e que trabalha para cumprira Vontade Divina. Nosso Senhor é o batimento da Criação. A santidade está no cumprimento do próprio dever.
(1) Estava a fazer a minha adoração habitual ao meu crucificado Jesus, e enquanto rezava senti perto do meu doce Jesus, que pondo o braço no meu pescoço me estreitava forte a Si, e ao mesmo tempo fazia-me ver o meu último confessor defunto, parecia-me vê-lo pensativo, todo recolhido, mas sem dizer-me nada, meu Jesus olhou-o e disse-me:.
(2) “Minha filha, o teu confessor encontrou coisas grandes diante de Mim, porque quando
empreendia um ofício, um empenho, não omitia nada para cumprir exatamente aquele ofício, era atentíssimo, fazia grandes sacrifícios, E, se fosse necessário, preparava-se ainda para pôr a sua própria vida, para fazer cumprir exatamente o seu ofício; temia que, se não agisse como convinha ao seu ofício nas obras que lhe tinham sido confiado, ele pudesse ser um obstáculo à mesma obra, isto significa que apreciava e dava o justo valor a minhas obras, e sua atenção atraía a graça que se necessitava para o desempenho de seu ofício; isto aparentemente não parece uma grande coisa, mas entretanto é tudo, porque quando alguém é chamado para um ofício, e cumpre os deveres que há naquele ofício, significa que o faz por Deus, e no cumprimento do próprio dever está a santidade. Então, se ele se apresentou diante de Mim com o cumprimento dos próprios deveres que lhe foram confiados, como não deveria retribuí-lo como ele merecia?”.
(3) Agora, enquanto Jesus dizia isto, o confessor, como se concentrasse de mais num recolhimento mais profundo, em seu rosto se refletia a luz de Jesus, mas não me disse nem sequer uma palavra.
Então Jesus me disse:.
(4) “Minha filha, quando um sujeito ocupa um ofício e comete um engano, não está atento aos deveres que impõe seu ofício, pode fazer vir grandes males; supõe a um que tenha o ofício de juiz, de rei, de ministro, de prefeito, e comete um erro, ou não está atento aos próprios deveres de casa, pode fazer vir a ruína de famílias, de países e até de reinos inteiros; se aquele erro, aquela falta de atenção a fizesse uma pessoa particular que não ocupa aquele ofício, não levaria tanto mal, por isso as faltas nos ofícios pesam de mais e levam mais graves consequências, e quando eu chamo um confessor para lhe dar um ofício e neste ofício lhe confio uma obra minha, e não vejo nele a atenção nem o cumprimento dos próprios deveres que há naquele ofício, não lhe dou nem a graça necessária nem a luz suficiente para lhe fazer compreender toda a importância de minha obra, nem posso confiar nele, porque vejo que não aprecia a obra que lhe confiei. Minha filha, quem cumpre exatamente seu ofício, significa que o faz para cumprir minha Vontade; em troca quem o faz diversamente, significa que o faz por fins humanos, e se você soubesse a diferença que há entre um e o outro”.
(5) Enquanto estava ali, via duas pessoas diante de mim, uma que ia recolhendo pedras, trapos velhos, ferros enferrujados, pedaços de gesso, coisas todas de grande peso e de pouquíssimo valor; pobrezinho, padecia, cansava-se, suava sob o peso daquelas porcarias, muito mais que não lhe davam o necessário para tirar a fome. O outro ia recolhendo granitos de brilhantes, pequenas gemas e pedras preciosas; todas elas coisas leves mas de valor incalculável, e meu doce Jesus acrescentou:.
(6) “Aquele que vai recolhendo porcarias é a imagem de quem trabalha por fins humanos; o homem carrega sempre o peso da matéria. O outro é a imagem de quem obra para cumprir a Vontade Divina; que diferença entre um e o outro, os granitos de diamante são minhas verdades, os conhecimentos de minha Vontade, que recolhidos pela alma formam tantos brilhantes para si. Agora, se se perde ou não se recolhe alguma dessas coisas sem valor, não fará quase nenhum dano, mas se se perde ou não se recolhe um daqueles granitos de brilhantes, fará muito dano, porque são de valor incalculável e pesam quanto pode pesar um Deus; e se se perde por causa de quem tem o ofício de recolhê-los, que contas dará ele, tendo feito perder um grão de valor infinito que podia fazer quem sabe quanto bem às outras criaturas?”.
(7) Depois disto, o meu doce Jesus colocava o seu coração em mim e fazia-me sentir o seu bater, dizendo-me:.
(8) “Minha filha, Eu sou o batimento de toda a Criação, se faltasse meu coração faltaria a vida a todas as coisas criadas. Agora, Eu amo tanto a quem vive em minha Vontade, que não sei estar sem ela, e a quero junto comigo para fazer o que faço Eu, por isso você palpitarás junto Comigo, e entre tantas prerrogativas que te darei, te darei a prerrogativa do batimento de toda a Criação; no respirar está a vida, o movimento, o calor, assim que estará junto Comigo para dar a vida, o movimento e o calor a tudo”.
(9) Mas enquanto dizia isso, eu sentia que me movia e palpitava em todas as coisas criadas, e Jesus adicionou:.
(10) “Quem vive em minha Vontade é inseparável de Mim, e Eu não sei estar sem sua companhia, não quero estar isolado, porque a companhia torna mais agradáveis, mais deleitáveis, mais belas as obras que se sustentam, por isso sua companhia é-me necessária para romper meu isolamento em que as outras criaturas me deixam”..
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20-20
Novembro 3, 1926
Por quantos atos fazemos na Vontade de Deus, tantos caminhos preparamos para receber os sufrágios no purgatório.
(1) Continuo vivendo toda abandonada na adorável Vontade, e enquanto rezava pensava em mim:
“Quanto queria descer à prisão das almas purgantes para libertá-las a todas, e na luz do Querer Eterno levá-las todas à Pátria Celestial”. Enquanto eu estava nisto, o meu doce Jesus a mover-se dentro de mim disse-me:
(2) “Minha filha, quanto mais estiveram submetidas a minha Vontade as almas que passaram à outra vida, por quantos mais atos fizeram n‟Ela, tantas mais vias se formaram para receber os sufrágios da terra. Por isso, quanto mais fizeram a minha Vontade, formando-se as vias de comunicação dos bens que há na minha Igreja e que me pertencem, não há caminho que se tenham feito que não os levem, a quem um alívio, a outro uma oração, a outro uma diminuição depenas; os sufrágios caminham por estas vias reais de meu Querer para levar a cada uma o mérito, o fruto e o capital que se formaram em minha Vontade, por isso sem Ela não há vias nem meios para receber os sufrágios. Ainda que os sufrágios e tudo o que a Igreja faz desçam sempre ao purgatório, mas vão àqueles que se formaram as vias, para os demais que não fizeram minha Vontade, as vias estão fechadas ou de fato não existem, e se se salvaram é porque ao menos no ponto de morte reconheceram o supremo domínio de meu Querer, o adoraram e se submeteram a Ele, e este último ato os pôs a salvo, de outra maneira não poderiam sequer salvar-se. Para quem sempre fez minha Vontade não existem vias para o purgatório, sua via é direta ao Céu; quem não em tudo e sempre, mas em grande parte reconheceu o meu Querer e submeteu-se a Ele, formou-se tantas vias e recebe tanto, que logo o purgatório a envia ao Céu. Agora, assim como as almas purgantes para receber os sufrágios deviam ter-se formado as vias, assim os viventes, para mandar os sufrágios devem fazer minha Vontade para formar-se as vias e fazer subir os sufrágios ao purgatório; se fazem sufrágios e de minha Vontade estão afastados, seus sufrágios, faltando a comunicação d‟Ela, que é a única que une e vincula a todos, não encontrarão o caminho para chegar, os pés para caminhar, a força para dar o alívio, serão sufrágios sem vida, porque falta a verdadeira Vida de meu Querer, que é o único que tem a virtude de dar vida a todos os bens.
Quanto mais de minha Vontade possui a alma, tanto mais valor contêm suas orações, suas obras, suas penas, assim que mais alívio pode levar a essas almas benditas. Eu meço e dou valor a tudo o que a alma pode fazer, porque da minha Vontade possui, se em todos os seus atos corre o meu Querer, a medida que faço é grandíssima, mas bem não termino jamais de medir e lhe dou tal valor que não se pode calcular seu peso; em vez disso, se não se tem tanto do meu Querer, a medida é escassa e o valor é de pouca monta; e se não se tem nada, por quanto a alma faça, eu não tenho que medir nem que valor dar, portanto, se não têm valor, como podem trazer alívio a essas almas que no purgatório não reconhecem outra coisa, nem podem receber senão o que produz o meu Fiat Eterno? Mas sabes quem pode carregar todos os seres vivos, a luz que purifica, o amor que transforma? Quem em tudo possui a Vida de meu Querer e Este domina triunfante nela, esta nem sequer tem necessidade de caminhos, porque possuindo minha Vontade tem direito a todas as vias, pode ir a todos os pontos porque possui em si mesma a via real de meu Querer para ir àquela prisão profunda, para levar-lhes todos os alívios e as libertações. Muito mais que ao criar o homem, Nós lhe demos como sua herança especial nossa Vontade, e é reconhecido por Nós tudo o que tem feito nos confins de nossa herança com a que o dotamos, todo o resto não é reconhecido por Nós, não é da nossa conta, nem podemos permitir que entre no Céu qualquer coisa que não tenha sido feita pelas criaturas, ou em nossa Vontade ou pelo menos para cumpri-la; dado que a Criação saiu do Fiat Eterno, nossa Vontade, ciumenta, não deixa entrar nenhum ato na Pátria Celestial que não tenha passado dentro de seu mesmo Fiat.
(3) Oh, se todos soubessem o que significa Vontade de Deus, e que todas as obras, talvez aparentemente boas mas vazias dela são obras vazias de luz, vazias de valor, vazias de vida, e no Céu não entram obras sem luz, sem valor e sem vida, oh, como estariam atentos a fazer em tudo e para sempre minha Vontade!”
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