Estudo 27 – Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Vontade Divina

Escola da Divina Vontade
Estudo 27 – Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Vontade Divina
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12-28
Dezembro 6, 1917
Por que a Jesus jamais podem agradar os atos feitos fora de seu Querer.

(1) Depois de ter recebido Jesus no sacramento, estava dizendo: “Beijo-te com o beijo de teu
Querer, Tu não estás contente se te dou somente meu beijo, senão que queres o beijo de todas
as criaturas, e eu por isso te dou o beijo em teu Querer, porque nele encontro todas as
criaturas, e sobre as asas de teu Querer tomo todas as suas bocas e te dou o beijo de todos, e
enquanto te beijo, te beijo com o beijo de teu amor, a fim de que não com meu amor te beije,
senão com teu mesmo amor, e Tu sintas o contentamento, as doçuras, a suavidade do teu
mesmo amor nos lábios de todas as criaturas, de modo que atraído por teu mesmo amor, te
forço a dar teu beijo a todas as criaturas”. Mas quem pode dizer as minhas loucuras que dizia
ao meu amável Jesus? Então meu doce Jesus me disse:

(2) “Minha filha, como me é doce ver, sentir a alma em meu Querer; sem que ela o perceba se
encontra nas alturas de meus atos, de minhas orações, do modo como Eu fazia estando sobre
esta terra, se põe quase a meu nível. Eu em meus pequenos atos encerrava todas as criaturas,
passadas, presentes e futuras, para oferecer ao Pai atos completos em nome de todas as
criaturas, nem sequer um respiro de criatura me escapou de ficar fechado em Mim, de outra
maneira o Pai poderia ter encontrado exceções em reconhecer as criaturas e todos os atos
delas, por não ter sido feitos por Mim nem saído de Mim, e poderia ter-me dito: “Não fizeste
tudo nem por todos, tua obra não está completa, não posso reconhecer a todos porque não a
todos os reincorporaste em Ti, e Eu quero reconhecer só o que fizeste Tu”. Por isso na
imensidão de meu Querer, de meu amor e poder, fiz tudo e por todos. Então, como posso
gostar das demais coisas, por mais belas que sejam, fora de meu Querer?
São sempre atos baixos e humanos e limitados; em troca os atos em meu Querer são nobres, divinos, sem
termo, infinitos, qual é meu Querer, são semelhantes aos meus e Eu lhes dou o mesmo valor,
amor e poder de meus mesmos atos, os multiplico em todos, Estendo-os a todas as gerações, a
todos os tempos. Que me importa que sejam pequenos, são sempre meus atos repetidos e
basta; e além disso, a alma se põe em seu verdadeiro nada, não na humildade, na qual sempre
se sente algo de si mesma, e como nada entra no Todo e obra Comigo, em Mim e como Eu,
toda despojada de si, não prestando atenção nem ao mérito nem ao interesse próprio, mas toda
atenta em dar-me satisfação, dando-me domínio absoluto em seus atos, sem querer saber o
que faço com eles, só um pensamento a ocupa, viver em meu Querer, pedindo-me que lhe dê
tal honra. Eis por que a amo tanto, e todas as minhas predileções, meu amor, são para esta
alma que vive em meu Querer; e se amo as demais é em virtude do amor com que amo esta
alma e que descende dela, tal como o Pai ama as criaturas em virtude do amor com que me
ama a Mim”.

(3) E eu: “Como é certo o que Tu dizes, que em teu Querer não se quer nada, nem se quer
saber nada. Se se quer fazer algo é só porque o fizeste Tu, sente-se o desejo ardente de repetir
as tuas coisas, todo o resto desaparece, não se quer fazer mais nada!”.
(4) E Jesus: “E Eu a faço fazer tudo, e lhe dou tudo”.

13-30
Novembro 4, 1921
A santidade na criatura deve ser entre ela e Jesus, Ele, dando a sua Vida e como fiel
companheiro comunicando-lhe a sua Santidade, e ela como fiel e inseparável companheira recebendo-a.

(1) Sentia-me toda fundida com meu doce Jesus, e ao vir me lancei em seus braços,
abandonando-me toda n’Ele como a meu centro; sentia uma força irresistível de estar em seus
braços e meu doce Jesus me disse:
(2) “Minha filha, é a criatura que busca o seio de seu Criador e repousar em seus braços. É teu
dever vir aos braços do teu Criador e repousar naquele seio de onde saíste, porque tu deves
saber que entre a criatura e o Criador correm muitos fios elétricos de comunicação e de união,
que a tornam quase inseparável de Mim, desde que não tenha se subtraído de meu Querer,
porque subtrair-se não é outra coisa que romper os fios de comunicação, despedaçar a união; a
Vida do Criador, mais que eletricidade corre na criatura e ela corre em Mim, minha Vida está
aspergida na criatura; ao criá-la encadeei minha sabedoria a sua inteligência, a fim de que não
fosse outra coisa que o reflexo da minha, e se o homem chega a tanto com sua ciência, que da
o inacreditável, é o reflexo da minha que se reflete na sua; se seu olho é animado por uma luz,
não é outra coisa que o reflexo de minha luz eterna que se reflete em seu olho.
(3) Entre as Divinas Pessoas não temos necessidade de falar-nos para entender-nos, na
Criação quis usar a palavra e disse Fiat, e as coisas foram feitas; a este Fiat atava e dava o
poder para que as criaturas tivessem a palavra para entender-se. Assim, também as vozes
humanas estão ligadas como fios elétricos à minha primeira palavra, da qual todas as demais
descendem; e, enquanto criei o homem, o animei com o meu fôlego, infundindo-lhe a vida, mas
nesta vida que lhe infundi coloquei toda minha Vida segundo a capacidade humana podia
conter, mas tudo pus, não houve coisa minha da que não o fizesse partícipe. Olha, também a
sua respiração é o reflexo da minha respiração, com a qual dou vida contínua, e a sua reflete-se
na minha e sinto-o continuamente em Mim.

Vê então quantas relações há entre a criatura e Eu, por isso a amo muito, porque a vejo como meu parto,
exclusivamente meu. E depois, como enobreci a vontade do homem?
Acorrentei-a com a minha, dando-lhe todas as minhas
prerrogativas, libertei-a como a minha, e se ao corpo tinha dado duas pequenas luzes,
limitadas, circunscritas, que partiam da minha luz eterna, à vontade humana a fiz toda olho.
Então, quantos atos a vontade humana faz, tantos olhos pode dizer que possui, ela olha para a
direita e para a esquerda, para frente e para trás, e se a vida humana não está animada por
esta Vontade, não fará nada de bem; eu ao criá-la lhe disse: “Você será minha irmã na terra,
meu Querer do Céu animará o seu, estaremos em contínuos reflexos, e o que eu farei é por
natureza e você por graça de meus contínuos reflexos; seguirei como sombra, não te deixarei
jamais. Ao criar a criatura minha única finalidade foi que ela fizesse em tudo o meu Querer, com
isto queria dar à existência novos partos de Mim mesmo; queria fazer dela um prodígio
portentoso, digno de Mim e tudo semelhante a Mim; Mas, ai de Mim, a primeira a se opor a Mim
devia ser a vontade humana!

Olhe um pouco, todas as coisas se fazem entre dois: você tem um
olho, mas se não tivesse uma luz exterior que te iluminasse nada poderia ver; você tem mãos
mas se não tivesse as coisas necessárias para formar os trabalhos nada faria, e assim de todo
o resto. Agora, assim quero a santidade na criatura, entre ela e Eu, entre dois, Eu por um lado e
ela por outro, Eu a dar a minha Vida e como fiel companheiro a comunicar-lhe a minha
santidade, e ela como fiel e inseparável companheira a recebê-la. Assim, ela seria o olho que
vê, e eu o sol que lhe dou a luz; ela a boca, e eu a palavra; ela as mãos, e eu que lhe forneço o
trabalho para operar; ela o pé, e eu o passo; ela o coração, e eu o batimento. Mas sabe quem
forma esta santidade? Minha Vontade, é a única que mantém em ordem a finalidade da
Criação, a santidade em meu Querer é a que mantém o perfeito equilíbrio entre criaturas e
Criador, porque são as verdadeiras imagens saídas de Mim”.

14-28
Maio 12, 1922
A santidade no Divino Querer: Não fazer nada próprio, mas fazer o que Deus faz.

(1) Estava pensando entre mim: “Quem sabe em que o ofendi, que meu doce Jesus não vem
segundo seu costume? Como pode ser possível que, sem razão alguma, a bondade do seu
Santíssimo Coração, que facilmente cede a quem o ama, deva resistir a tantas chamadas
minhas?” Agora, enquanto estas e outras coisas pensava, saiu de meu interior, cobrindo-me
toda sob um manto de brilhantíssima luz, de modo que eu não via outra coisa que luz, e me disse:

(2) “Minha filha, de que temes? Olha, para te fazer estar segura e bem defendida, circundei-te
sob este manto de luz, a fim de que nenhuma criatura, nem nada te possa fazer mal, e além
disso, por que queres perder tempo com pensar que me ofendeste? Para quem vive em meu
Querer, o veneno da culpa não entrou, e além disso teu Jesus te fulminaria se te visse ainda
com pequenas manchas de pecados e te colocaria fora do cerco de minha Vontade, e você
perderia rapidamente a atitude de obrar em meu Querer.
Ah! filha, a santidade em meu Querer
ainda não é conhecida; cada espécie de santidade tem seu distintivo especial, muitos, ao ouvir
que venho tão freqüentemente a ti se admiram, não tendo sido meu costume fazê-lo com outras
almas. A santidade em meu Querer é inseparável de Mim, e para elevar a alma ao nível divino
me é necessário tê-la, ou ensimesmada com minha Humanidade, ou na luz de minha
Divindade, de outra maneira como poderia ter a alma a atitude de seu obrar em meu Querer, se
o meu agir e o seu não fosse um só? Agora, a alma que vive em meu Querer toma parte em
todos meus atributos e junto Comigo corre em cada ato meu, portanto deve correr Comigo
mesmo nos atos de justiça. Eis por que quando quero castigar-te oculto minha Humanidade, a
qual é mais acessível à natureza humana, e tu aos reflexos da minha Humanidade sentes o
amor e a compaixão que tenho pelas almas, e me arrancas os flagelos com os quais quero
castigá-las, mas quando elas fazem tanto que me obrigam a castigá-las, escondendo-te minha
humanidade te elevo na luz de minha Divindade, que, absorvendo-te e fazendo-te feliz nela, tu
não sentes os reflexos da minha humanidade, e Eu ficando livre castigo às criaturas, assim que,
ou te manifesto a minha humanidade fazendo-te convergir junto Comigo aos atos de
misericórdia para com as criaturas, ou absorvo-te na luz da minha Divindade fazendo-te
concorrer aos atos de justiça. É sempre Comigo que estás, aliás, quando te absorvo na luz de
minha Divindade, é maior a graça que te faço, e tu porque não vês minha Humanidade te
lamentas de que te privo de Mim, e não aprecias a graça que recebes”.

(3) E quando eu ouvi que ele estava fazendo justiça, com medo, eu disse: “Meu amor, agora
que você está punindo as criaturas derrubando as casas, eu estou junto com você para fazer
isso? Não, não, o Céu me poupe de tocar meus irmãos! Quando Tu quiseres castigá-los eu me
farei pequena em teu Querer, não me difundirei Nele, para não tomar parte no que fazes Tu; em
tudo quero fazer o que Tu fazes, mas nisto de castigar as criaturas, não, jamais”.
(4) E Jesus: “Por que te assustas? No meu Querer não podes eximir-te de fazer o que faço Eu,
a coisa é conatural e é propriamente esta a santidade no meu Querer, não fazer nada próprio,
senão fazer o que faz Deus. E além disso, minha justiça é santidade e amor, é equilibrar os
direitos divinos; se não tivesse a justiça faltaria toda a plenitude da perfeição a minha
Divindade, assim que se você quer viver em meu Querer e não quer tomar parte nos atos de
justiça, a santidade feita em meu Querer não teria seu pleno cumprimento, são duas águas
fundidas juntas, em que uma está obrigada a fazer o que faz a outra; ao contrário, se estão
separadas, cada uma faz seu caminho. Assim minha Vontade e a tua são as duas águas
fundidas juntas, e o que faz uma deve fazer a outra, por isso sempre na minha Vontade te
quero”.
(5) Então me abandonei toda em sua Vontade, mas sentia grande repugnância pela justiça, e
meu doce Jesus retornando me disse:

(6) “Se soubesses como me pesa usar a justiça e quanto amo as criaturas. Toda a Criação é
para Mim como o corpo à alma, como a casca ao fruto, Eu estou em contínuo ato imediato com
o homem, mas as coisas criadas me ocultam, como o corpo esconde a alma, mas se não fosse
pela alma o corpo não teria vida, assim se me retirasse das coisas criadas todas ficariam sem
vida, assim que em todas as coisas criadas Eu visito ao homem, o toco e lhe dou a vida: Estou
escondido no fogo e o visito com o calor, se Eu não estivesse, o fogo não teria calor, seria fogo
desenhado e sem vida, e enquanto Eu visito o homem no fogo, ele não me reconhece nem me
dá uma saudação. Estou na água e o visito com tirar-lhe a sede, se Eu não estivesse, a água
não tiraria a sede, seria água morta, e enquanto eu o visito, ele me passa por diante sem me
fazer nem uma inclinação.

Estou escondido no alimento e visito ao homem com dar-lhe a
substância, a força, o gosto, se Eu não estivesse, o homem tomando o alimento ficaria em
jejum, não obstante, ingrato, enquanto se alimenta de Mim me volta as costas. Estou escondido
no sol e o visito com minha luz quase a cada instante, mas ingrato me corresponde com
contínuas ofensas. Em todas as coisas o visito, no ar que respira, na flor que perfuma, na brisa
quue refresca, no trovão que cai, em tudo; minhas visitas são inumeráveis, vê quanto o amo? E
você estando em minha Vontade está junto Comigo em visitar ao homem e em dar-lhe a vida,
por isso não se assuste se alguma vez concorrer à justiça”.

15-28
Junho 10, 1923

Para viver no Divino Querer, a porta para entrar é a Humanidade de Jesus. Ofício de vítima, e que significa ser deposto.

(1) Estava me lamentando com meu doce Jesus por suas privações, e pensava entre mim: “Quem
sabe qual será a causa pela qual não virá? E se é verdade, como alguma vez me fez entender, que
não vem pelos castigos, pois pelo estado de vítima no qual me tem, ao vir, e devendo-me
comunicar as penas pelo ofício que tenho, sente-se debilitar os braços, e como a justiça quer
castigar, Pois a criatura a força a isso, por isso não vem, então, se assim for, melhor me tirar do
estado de vítima contanto que venha, pouco me importa todo o resto, o que me interessa é Jesus,
minha vida, meu tudo, todo o resto é nada para mim”. Agora, enquanto isto e outras coisas
pensava, meu doce Jesus movendo-se em meu interior, e pondo seu braço no meu pescoço me
disse:
(2) ” Minha filha, o que dizes? Tirar-te do ofício? Você não sabe o que significa perder o domínio,
perder o direito de mandar, não poder dispor de mais nada, porque quando uma pessoa está em
ofício pode sempre dispor: Se é juiz pode julgar, tem o direito de estabelecer a condenação e
também de absolver, ou pode ser que por dias ou semanas ele não exerça seu ofício porque não
se apresenta a ocasião, mas apesar disso ele recebe seu pagamento, mantém seus direitos e
assim que se apresentam os réus ou os inocentes, ele em seu posto de juiz defende e condena,
mas se for destituído perde todos os direitos e se reduz à inabilidade; assim de todos os outros
ofícios, por isso é melhor aceitar estar privada de Mim alguma vez, antes de querer ser deposta de
seu ofício, de outra maneira perderá também o direito de fazer perdoar em parte os merecidos
flagelos, e se te parece que pela falta das penas por alguns dias você não faz nada, estar em seu
ofício é sempre alguma coisa, e o que não faz um dia, com o vir a ti, encontrando-te no teu ofício,
podes fazê-lo outro dia.

(3) E isto não é tudo, é a última parte; a parte mais essencial é que para viver em meu Querer, a
porta para entrar, o primeiro anel de união é minha Humanidade, foi Ela a primeira e verdadeira
vítima, que por ofício dado a Mim por meu Celestial Pai, viveu sacrificada e completamente
crucificada na Divina Vontade, e em virtude da Potência de meu Eterno Querer pôde multiplicar
minha Vida por todos e por cada um, e assim como com a potência de um só Fiat multiplicava
tantas coisas criadas, dando a cada criatura o direito de as fazer próprias, assim a potência de
minha Vontade multiplicava uma só Vida, a fim de que cada um me tivesse para si só por ajuda,
por defesa, por refúgio, como eu gostaria; esta é toda a grandeza, o bem, o todo, a distância infinita
entre o viver em meu Querer ou viver em modo diverso, mesmo que seja bom e santo:

Multiplique um ato em tantos atos por quantos se queiram, suficientes para quantos queiram desfrutá-los. ‘
Agora, se te tirasse do ofício, não só não ocuparias meu ofício sobre a terra, e não estando em
minha Humanidade, que apesar de que fez muito, conseguindo tanto bem ao homem, mas não
retirei os direitos, a honra, o decoro a minha justiça, quando requeria castigar justamente ao
homem me resignava; assim, faltando-te o anel de união não poderia viver em meu Querer,
perderias o domínio, teus atos passariam a simples intenções, e quando dizes: „Meu Jesus, em teu
Querer te amo, te bendigo, te agradeço por todos, me luto por cada uma das ofensas, etc.’, não
voariam sobre cada um dos atos humanos para fazer-se ato de cada ato humano, amor por cada
amor que me deveriam dar as criaturas, não seguirias todos meus atos que estão em meu Querer,
ficarias atrás, no máximo seriam intenções pias que podem fazer algum bem, mas não atos por
todos que possam dar vida e que contenham a potência de nossa Vontade criadora, porém
quantas vezes não me dizes: Já que me chamaste no teu Querer não me deixes para trás, oh!
Jesus, faz com que Contigo siga os atos da Criação para te corresponder pelo amor que puseste
em todas as coisas criadas, aquelas da Redenção e aquelas da Santificação, a fim de que onde
quer que estejam os teus atos, o teu amor, esteja a correspondência do meu. E agora queres que
te deixe para trás?”
(4) Eu fiquei confusa e não soube o que responder. O bom Jesus dispõe do que lhe agrada, e tudo
seja para sua glória.

16-28
Novembro 8, 1923

Assim como Jesus ao vir à terra aboliu e aperfeiçoou as leis antigas para estabelecer as novas, assim agora com a santidade do “Fiat Voluntas Tua”.

(1) Suas privações continuam, no máximo vem como um relâmpago fugitivo, que enquanto parece
que queira fazer luz, fica um mais escuro que antes. Agora, enquanto nadava na amargura de sua
privação, meu doce Jesus se fazia ver em meu interior todo ocupado em escrever, não com pena,
mas com seu dedo, que enviando raios de luz, lhe servia essa luz como pena para escrever no
fundo da minha alma; eu queria dizer-lhe quem sabe quantas coisas da minha pobre alma, Mas
ele, levando o dedo à boca fazia-me compreender que me calasse, que não queria ser distraído.
então, depois de que terminou me disse:
(2) “Filha do meu Supremo Querer, estou escrevendo em sua alma a lei da minha Vontade e o bem
que Ela leva. Primeiro quero escrevê-la em tua alma, e depois pouco a pouco te explicarei”.
(3) E eu: “Meu Jesus, quero dizer-te o estado da minha alma, oh! como me sinto mal, diz-me, por
que me deixa? o que devo fazer para não te perder?”
(4) E Jesus: “Não te aflijas minha filha. Tu deves saber que quando vim à terra, vim a abolir as leis
antigas, outras a aperfeiçoá-las, mas com aboli-las não me isentei de observar aquelas leis, aliás,
observei-as no modo mais perfeito, como não o faziam os outros, mas tendo de unir em Mim o antigo
e o novo, quis observá-las para dar cumprimento às leis antigas, colocando-lhes o selo da abo-
lição e dar início à nova lei que eu vim para estabelecer sobre a terra, lei de graça e de amor, na
qual encerrava todos os sacrifícios em Mim, que devo ser o verdadeiro e o único sacrificado,
portanto todos os outros sacrifícios não eram mais necessários, porque sendo Eu Homem e Deus, era
mais que suficiente para satisfazer por todos.

(5) Agora minha querida filha, querendo fazer de ti uma imagem mais perfeita de Mim e dar
princípio a uma santidade tão nobre e Divina, qual é o Fiat Voluntas Tua como no Céu assim na terra,
quero concentrar em você todos os estados de ânimo que houve até agora no caminho da
santidade, e como você os passa e os sofre, fazendo no meu Querer, Eu lhes dou o cumprimento, os
coroo e embelezando-os ponho o selo. Tudo deve terminar em minha Vontade, e onde as outras
santidades terminam, a santidade de meu Querer sendo nobre e divina, as tem por escabelo a todas e
dá a ela seu princípio, por isso deixa-me fazer, faz-me repetir minha Vida, e o que fiz na Redenção
com tanto amor, agora com mais amor quero repetir em ti, para dar início a que minha Vontade,
suas leis, sejam conhecidas, mas quero tu querer unido e perdido no meu”.

17-27
Janeiro 4, 1925

Todo o Céu vai ao encontro da alma que se funde na Vontade de Deus, e todos querem depositar nela
seus bens. Como se forma o nobre martírio da alma.

(1) Transcorrido todo o dia, estava pensando entre mim: “Que mais me resta fazer?” E no meu
íntimo ouvi-me dizer:.
(2) “Você tem que fazer a coisa mais importante, seu último ato de fundir-se na Vontade Divina”.
(3) Então pus-me, segundo o meu costume, a fundir todo o meu pobre ser na Vontade Suprema, e
enquanto isso fazia me parecia que se abrissem os céus e eu ia ao encontro de toda a corte
celeste e todo o Céu vinha a meu encontro, e meu doce Jesus me disse:.
(4) “Minha filha, fundir-te na minha Vontade é o ato mais solene, maior, mais importante de toda a
tua vida. Fundir-te em minha Vontade é entrar no âmbito da eternidade, abraçá-la, beijá-la e
receber o depósito dos bens que contém a Vontade Eterna; Aliás, enquanto a alma se funde no
Supremo Querer todos vão ao seu encontro para depor nela tudo o que têm de bens e de glória; os
anjos, os santos, a mesma Divindade, todos depõe, sabendo que colocando naquela mesma
Vontade tudo está seguro. A alma ao receber estes bens, com suas ações na Vontade Divina os
multiplica e dá a todo o Céu dupla glória e honra, assim que com o fundir-se em minha Vontade
põe em movimento Céu e terra, é uma nova festa para todo o empírico. E, como fundir-se na minha
Vontade é amar e dar por todos e por cada um, sem excluir a ninguém, a minha bondade, para não
me deixar vencer por amor da criatura, ponho nela os bens de todos, e todos os bens possíveis
que em Mim contenho; não pode faltar o espaço onde colocar todos os bens, porque minha
Vontade é imensa e se presta a receber tudo. Se você soubesse o que faz e o que acontece com o
fundir-se em minha Vontade, te derreteria pelo desejo de fundir-se continuamente”.
(5) Depois estava pensando se devia ou não escrever o que está escrito aqui em cima, eu não o
via necessário, nem uma coisa importante, muito mais porque a obediência não me havia dado
nenhuma ordem de fazê-lo. Então meu doce Jesus se movendo dentro de mim me disse:
(6) “Minha filha, como não é importante fazer saber que fundir-se na minha Vontade é viver nela?

A alma recebe como depósito todos os meus bens divinos e eternos; os mesmos santos competem
para depor os seus méritos na alma fundida na minha vontade, porque sentem nela a glória, a força
da minha vontade, e sentem-se glorificados de modo divino pela pequenez da criatura. Escuta
minha filha, viver em minha Vontade supera em mérito ao mesmo martírio; aliás, o martírio mata o
corpo, viver em minha Vontade é fazer com uma mão divina, que a própria vontade fique morta, e
lhe dá a nobreza de um martírio divino. E cada vez que a alma se decide a viver em minha
Vontade, meu Querer prepara o golpe para matar a vontade humana e assim forma o nobre
martírio da alma, porque vontade humana e Vontade Divina não fazem aliança juntas, uma deve
ceder o posto à outra, e a vontade humana deve contentar-se em permanecer extinta sob a
potência da Vontade Divina, assim que cada vez que te dispõe a viver em meu Querer, te dispõe a
sofrer o martírio de sua vontade. Veja então o que significa viver, fundir-se em minha Vontade: „Ser
o mártir continuado de minha Vontade Suprema. ‘E a você parece pouco e coisa de nada?”.

 

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