Texto do Tema 28 Livro do Céu Volume 1 – Cap 30
30 – Uma nova Cruz de Luísa: sempre regurgitando os alimentos consumidos e ao mesmo tempo passando fome. O Confessor a proíbe de continuar no estado de vítima.
Isso me custou muito no princípio, especialmente pelas obediências que me determinava o confessor, não sei porque, mas queria que tomasse quinino, e tinha imposta a obediência de que cada vez que eu tivesse vomitado outras tantas devia voltar a tomar alimento. Agora, o quinino me estimulava o apetite e às vezes sentia muita fome; eu tomava o alimento e assim que o tomava, às vezes no mesmo momento de tomá-lo, pelos contínuos episódios de vômito estava obrigada a devolvê-lo, e permanecia com a mesma fome de antes . A palavra “pobre” que Jesus me havia dito não me deixava ousar pedir nada, e eu
mesma tinha vergonha de pedir; e pensava comigo mesma:
mesma tinha vergonha de pedir; e pensava comigo mesma:
“O que dirá à família: vomitou e agora quer comer? Se me derem alguma coisa a tomo, se não, o Senhor se ocupará”. Assim me acontecia, contente de poder oferecer alguma coisa a meu amado Jesus. Isto não durou muito tempo, cerca de aproximadamente quatro meses. Um dia o Senhor me disse: “Pede ao confessor que te dê a obediência de não tomar quinino e nem te fazer tomar o alimento tantas vezes, que Eu lhe darei luz”.
Depois veio o confessor e contei-lhe, e ele me disse: “Para não mostrar singularidades, de agora em diante quero que tomes o alimento uma só vez por dia”, e suspendeu também o quinino. Assim fiquei mais tranquila e me passou a fome, mas o vômito não cessou, e na única vez em que tomava o alimento era obrigada a devolvê-lo; o Senhor às vezes me dizia que pedisse a obediência de não comer, mas o confessor nunca me deu esta obediência, dizia-me:
“Não importa que vomites, é outra mortificação”. Eu então o dizia ao Senhor e Ele me dizia: “Quero que faças a petição, mas com santa indiferença, quero que te atenhas ao que te diz a obediência”. E assim continuei a fazê-lo. Quando passaram cerca de quarenta dias, que eu considerava pelas palavras que me tinha dito o Senhor (por um certo tempo) e que eu assim tinha dito ao confessor, os sofrimentos continuaram a surpreender-me diariamente e ele se via obrigado a vir todos os dias. Então o confessor começou a me impor a obediência
de sair daquele estado e acrescentava que se caísse nos sofrimentos, ele não viria. Por minha parte me sentia disposta a obedecer, especialmente porque minha natureza queria libertar-se daquele estar continuamente na cama, que por quão belo fosse, era sempre cama, aquele ter que sujeitar-se a todos, mesmo nas coisas mais repugnantes e necessárias à natureza, e estar obrigada a dizer aos outros é um verdadeiro sacrifício. Por isso, a natureza fez seu ofício, e se consolou inteira ao receber esta obediência; minha alma estava disposta a obedecer ou a permanecer em cama se o Senhor assim o quisesse,
porque tinha começado a experimentar o quão Bondoso tinha sido comigo o Senhor e que a verdadeira resignação sabe mudar a natureza das coisas e a amargura é convertida em doçura;
Notas:
39 Nos primeiros dias, o vômito ocorria a cada três ou quatro dias; mas depois foi produzido toda vez que ela comia. Alguns minutos depois de comer, como em um soluço, ela colocava tudo de volta intacto e agradável aos olhos. Como ficou permanentemente na cama, Luísa viveu a maior parte do tempo da Santa Eucaristia e do mesmo alimento de Jesus: a Vontade Divina. Alguns dizem que ela viveu totalmente desprovida de comida e bebida durante todo esse tempo, mas isso não é verdade. No volume XI (29.9.1912)
39 Nos primeiros dias, o vômito ocorria a cada três ou quatro dias; mas depois foi produzido toda vez que ela comia. Alguns minutos depois de comer, como em um soluço, ela colocava tudo de volta intacto e agradável aos olhos. Como ficou permanentemente na cama, Luísa viveu a maior parte do tempo da Santa Eucaristia e do mesmo alimento de Jesus: a Vontade Divina. Alguns dizem que ela viveu totalmente desprovida de comida e bebida durante todo esse tempo, mas isso não é verdade. No volume XI (29.9.1912)
Luísa escreve: “… estava preocupada, pensando no meu estado, porque antes comia muito pouco e era obrigada a regurgitá-lo e agora tomo mais e não ocorre…” , e ela o atribui à falta de mortificação o motivo disso, mas, Jesus lhe diz, é porque, depois de tê-la purificada e desvinculada das coisas terrenas, “eu a devolvo à vida comum, porque quero que meus filhos participem nas coisas criadas por Mim para o amor deles, de acordo com a Minha Vontade, não de acordo com a deles. E é só por causa dessas crianças que sou obrigado a alimentar os outros”. (O mesmo pode ser visto no Vol. XII, 12.8.1918, onde ele fala de seu contínuo abandono de que tanto a mortifica).
Perguntas para responder sobre esse capítulo
– Qual o sofrimento que começa a acontecer, explique.
– A preocupação da Luisa era por causa de pessoas ou pelo sofrimento próprio?
– A solução encontrada por Deus através do padre ajudou a Luisa?
– O padre voltou atrás em permitir à Luisa aceitar estar na cama? Consegue entender essa mudança do confessor?
– Qual o sofrimento que começa a acontecer, explique.
– A preocupação da Luisa era por causa de pessoas ou pelo sofrimento próprio?
– A solução encontrada por Deus através do padre ajudou a Luisa?
– O padre voltou atrás em permitir à Luisa aceitar estar na cama? Consegue entender essa mudança do confessor?
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