Estudo 36 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Vontade Divina

Escola da Divina Vontade
Estudo 36 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Escola da Vontade Divina
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12-38
Março 19, 1918

Jesus sente náusea pela desunião dos sacerdotes.

(1) Continuando o meu habitual estado, o meu sempre amável Jesus veio todo aflito e disse-
me:

(2) “Minha filha, que náuseas sinto pela desunião dos sacerdotes, é me intolerável. Sua vida
desordenada é a causa pela qual minha justiça permitirá que meus inimigos lhes ponham as
mãos em cima para maltratá-los; já os males estão por lançar-se contra eles, e a Itália está por
cometer o maior pecado, o perseguir a minha Igreja e manchar as mãos de sangue inocente”.
(3) E enquanto dizia isto, fazia-me ver as nossas nações aliadas devastadas, e muitos lugares
desaparecidos e a sua soberba abatida.

13-35
Novembro 22, 1921

Os atos feitos na Divina Vontade são luz. A pena que mais trespassou a Jesus em sua Paixão foi o fingimento.

(1) Continuando meu habitual estado e passando quase toda a noite em vigília, meu
pensamento freqüentemente voava a meu prisioneiro Jesus, e Ele fazendo-se ver entre densas
trevas, tanto que ouvia seu respiro afanoso, sentia a proximidade de sua pessoa, mas não o
via; então procurei fundir-me em sua Santíssima Vontade fazendo minhas habituais compaixão
e reparações, e um raio de luz mais luminoso que o sol saiu de dentro de meu interior e
iluminava o rosto de Jesus. Com esta luz seu santíssimo rosto se iluminou, e fazendo-se de dia
se dissiparam as trevas e eu pude me abraçar a seus joelhos, e Ele me disse:

(2) “Minha filha, os atos feitos em minha Vontade são dias para Mim, e se o homem com suas
culpas me circunda de trevas, estes atos, mais que raios solares me defendem das trevas e me
circundam de luz, e me dão a mão para fazer conhecer às criaturas quem sou Eu. Por isso amo
tanto a quem vive em meu Querer, porque em minha Vontade pode dar-me tudo e me defende
de todos, e Eu me sinto levado a dar-lhe tudo e a encerrar nela todos os bens que deveria dar a
todos os demais. Suponha que o sol tivesse razão, e que as plantas fossem racionais, e que
voluntariamente rejeitassem a luz e o calor do sol, que não desejassem nem fecundar nem
produzir frutos; só uma planta recebe com amor a luz do sol e gostaria de dar ao sol todos os
frutos que as outras plantas não querem produzir, não seria justo que o sol retirando de todas
as outras plantas sua luz, fizesse chover sobre esta planta toda sua luz e seu calor? Eu acho
que sim. Agora, o que não acontece ao sol porque é privado da razão, pode acontecer entre a
alma e Eu”.
(3) Disse isso desapareceu. Depois voltou e acrescentou:
(4) “Minha filha, a pena que mais me trespassou em minha Paixão foi o fingimento dos fariseus,
fingiam justiça e eram os mais injustos; fingiam santidade, legalidade, ordem, e eram os mais
perversos, fora de toda regra e em plena desordem, e enquanto fingiam honrar a Deus, se
honravam a si mesmos, seu próprio interesse, sua própria conveniência, por isso a luz não
podia entrar neles, porque seus modos fingidos lhes fechavam as portas, e o fingimento era a
chave que a dobrar de fechadura, fechando-a a morte, obstinadamente impedia até qualquer
resplendor de luz, tanto que Pilatos, idólatra, encontrou mais luz que os próprios fariseus,
porque tudo o que ele fez e disse não partia do fingimento, senão ao mais do temor, e Eu me
sinto mais atraído para o pecador mais perverso, não fingido, do que aqueles que são
melhores, mas fingidos.

Oh! , como me dá repugnância quem aparentemente faz o bem, finge
ser bom, reza, mas por dentro aninha o mal, o próprio interesse, e enquanto os lábios rezam
seu coração está distante de Mim, e no mesmo ato de fazer o bem pensa como satisfazer suas
paixões brutais. Além disso, o homem fingido no bem que aparentemente faz e diz, não é capaz
de dar luz aos outros, tendo-lhe fechado as portas à luz, assim que agem como demônios
encarnados, que muitas vezes sob aspecto de bem atraem o homem, e estes vendo o bem se
deixam atrair, mas quando vão no melhor do caminho precipitam-nos nas culpas mais graves. ¡
Oh! como são mais seguras as tentações sob aspecto de culpa, que aquelas sob aspecto de
bem, assim é mais seguro tratar com pessoas perversas, que com pessoas boas mas fingidas,
quanto veneno não escondem, quantas almas não envenenam? Se não fossem os fingimentos
e todos se fizessem conhecer pelo que são, tirariam as raízes do mal da face da terra, e todos
ficariam decepcionados”.

14-39
Junho 26, 1922

O isolamento e a solidão de Jesus no meio das criaturas.

(1) Continuando meu habitual estado, meu sempre amável Jesus veio, e como há alguns dias
eu me encontrava como amarrada, tanto que me sentia impotente mesmo para me mover, me
disse tomando minhas mãos nas suas:
(2) “Minha filha, deixa que Eu te desamarre”.
(3) E, pondo-se ao meu lado, pôs os meus braços sobre os seus ombros, dizendo-me:
(4) “Agora estás livre, oferece-me a ti, pois vim para te fazer companhia e para receber a
tua. Olhe, Eu sou o Deus isolado pelas criaturas, vivo no meio delas, sou vida de cada um de

seus atos e me têm como se não existisse com elas. ¡ Oh! como choro a minha solidão, tocou-
me a mesma sorte do sol, que enquanto ele vive com a sua luz e calor no meio de todos, não

há fecundidade que dele não venha, com o seu calor purifica a terra de tantas imundícias, seus
bens são incalculáveis e com magnanimidade os faz descer sobre todos, mas ele no alto vive
sempre sozinho, e o homem ingrato não lhe dá jamais um obrigado, um testemunho de
agradecimento. Assim estou eu, sozinho! , sempre sozinho, enquanto estando no meio deles
sou luz de cada pensamento, som de cada palavra, movimento de cada obra, passo de cada
pé, batimento de cada coração, e o homem ingrato me deixa só, não me diz um obrigado, um
Te amo; fico isolado na inteligência, porque da luz que lhes dou se servem para eles, e talvez
para me ofenderem; fico isolado nas palavras, porque o som que fazem muitas vezes serve
para me blasfemar; fico isolado nas suas obras, das quais se serve para me matar; nos passos,
no coração, só atentos a desobedecer-me e a amar o que a Mim não pertence. ¡ Oh, como me
pesa esta solidão! Mas meu amor, minha magnanimidade são tão grandes, que mais que sol
continuo meu curso, e em meu curso vou investigando se alguém quer me fazer companhia em
tanta solidão, e encontrando-o, com ele formo minha companhia perene e o abundo de todas
minhas graças. Eis por que vim a você, estava cansado de tanta solidão, não me deixe jamais
só minha filha”.

16-45
Fevereiro 8, 1924

Como devem estar e o que devem fazer os pequenos na Divina Vontade.

(1) Estava fundindo-me toda no Santo Querer Divino, e como ao fazer isto, como a mais pequena
de todos, me ponho diante de todas as gerações, mesmo antes de Adão e Eva foram criados, a fim
de que antes que eles pecassem eu já tivesse preparado o ato de reparação à Divina Majestade,
porque no Querer Divino não há nem passado nem futuro, senão que tudo é presente, e também
porque sendo pequena poderia aproximar-me para interceder e fazer meus pequenos atos em seu
Querer, para poder cobrir todos os atos das criaturas com sua Vontade Divina, e assim poder vincular
a vontade humana separada da Divina e fazer de elas uma só. Agora, enquanto estava por
fazer isto, era tanto meu aniquilamento, minha miséria e a minha pequenez extrema, que disse entre
mim: “Em vez de me colocar à frente de todos na Santíssima Vontade, devo antes pôr-me atrás
de todos, mesmo atrás do último homem que virá, pois sendo a mais desprezível e a mais miserável
de todos, me convém o último posto”. Enquanto isso, meu amado Jesus saiu de dentro de mim,
e Ele segurou minha mão e disse:

(2) “Minha pequena filha, na minha Vontade os pequenos devem estar diante de todos, ou melhor,
no meu seio; quem deve interceder, reparar, unificar a nossa Vontade, não só com a sua mas com
a dos demais, deve estar junto e tão unido conosco que receba todos os reflexos da Divindade para
copiá-los em si mesmo; deve ter um pensamento que seja de todos, uma palavra, uma obra, um
passo, um amor, que seja de todos e por todos. E sendo que nossa Vontade envolve a todos, esse
teu pensamento seja de todos em nosso Querer, essa palavra, esse ato, esse amor brilhem em
cada pensamento, palavra e ato de todas as gerações, e na potência de nossa Vontade se façam
antídoto, defensores, amantes, atores, etc. Se você soubesse com que amor nosso Pai Celestial o
espera, a alegria, a alegria que sente ao ver-te tão pequena levando-lhe ao colo a Criação toda para
lhe dar a correspondência para todos; sente que lhe retorna a glória, as alegrias e as complacências
da finalidade da Criação; por isso é necessário que você venha diante de todos, e depois de
que tenhas vindo diante de todos, darás uma volta em nossa Vontade e te porás atrás de todos,
os porás como em teu regaço e os trarás a todos a nosso seio, e Nós, vendo-os cobertos por seus
atos feitos em nosso Querer, os acolheremos com mais amor e nos sentiremos mais dispostos a
vincular nossa Vontade com a das criaturas, para trazê-lo de volta com o seu pleno domínio. Por
isso, coragem, os pequenos são perdidos na multidão, por isso é necessário que venha à frente,
para cumprir a missão de seu ofício em nossa Vontade. Os pequenos em nossa Vontade não têm
pensamentos próprios, coisas próprias, mas tudo em comum com o Pai Celestial, por isso, como
todos gozam do sol, ficando todos inundados por sua luz, porque foi criado por Deus para o bem
de todos, assim todos desfrutam dos atos feitos pela pequena filha em nossa Vontade, que mais
que sol dardean a todos para fazer que o Sol do Querer Eterno surja de novo com aquela finalidade
pela qual foram criadas todas as gerações. Portanto, não se perca entre a multidão de suas misérias,
de seu estado miserável, dos pensamentos próprios, senão pensa só no teu ofício de pequena
de nossa Vontade e sê atenta em cumprir tua missão”.

17-40
Maio 1, 1925

A missão de Luisa é única: fazer conhecer as qualidades, o valor e o bem que a Divina Vontade contém, e fazê-la reinar sobre a terra.

(1) Estava pensando nas tantas coisas que meu amado Jesus me disse sobre sua Santíssima
Vontade, e uma dúvida me veio na alma, que não é necessário dizê-la, direi só o que meu sumo
Bem me disse:.
(2) “Minha filha, em certas missões ou ofícios estão encerrados juntos tais dons, graças, riquezas e
prerrogativas, os quais, se não fosse pela missão ou por ocupação de ofício, não seria necessário
que se possuíssem, mas que devido à necessidade de desempenhar o ofício lhe foram dados.
Minha Humanidade teve por missão de minha Divindade a salvação de todas as almas e o ofício de
Redentor, de redimi-las, por este ofício me foram confiadas suas almas, suas penas, suas
satisfações, o ofício de Redentor não estaria completo, portanto não teria encerrado em Mim todas
as graças, os bens, a luz que era necessário dar a cada alma. E se bem que nem todas as almas
se salvem, isto diz nada, Eu devia encerrar os bens de todas, para fazer que por todas tivesse, por
parte minha, graças necessárias e superabundantes para poder salvar a todas; isto me convinha
por decoro e por justa honra ao meu ofício de Redentor. Isto acontece ao sol que está sobre o
vosso horizonte, que contém tanta luz que pode dar luz a todos, e embora nem todos queiram
gozar da sua luz, ele, pelo ofício único de sol que tem, possui aquela mesma luz que as criaturas
possam rejeitar. Se isto acontece com o sol porque foi criado por Deus como único astro que devia
aquecer a terra e abraçá-la com sua luz, – quando uma coisa ou um ofício é único, para poder
desempenhar seu ofício é necessário que contenha tanto daquele bem que possa dá-lo a todos,
sem que por dá-lo aos demais esgote nem um átomo – muito mais isto me convinha a Mim, que
devia ser o novo Sol das almas, que devia com minha luz dar luz a todos e abraçar tudo para poder
levá-los à Majestade Suprema e poder oferecer-lhe um ato que contivesse todos os atos, e fazer
descer sobre todos a luz para pô-los a salvo..
(3) Além de Mim está minha Celestial Mamãe, que teve a missão única de Mãe do Filho de Deus e
o ofício de Corredentora do gênero humano. Como missão de Maternidade Divina foi enriquecida
de tanta Graça, que unido tudo junto com todas as demais criaturas, celestes e terrestres, jamais
poderão igualá-la; mas isto não bastou para atrair o Verbo ao seu seio materno, abraçou todas as
criaturas, amou, reparou, adorou a Majestade Suprema por todas, de maneira de poder fazer Ela
sozinha tudo o que as gerações humanas deviam fazer a Deus; então em seu coração virginal
tinha uma veia inesgotável para Deus e para todas as criaturas. Quando a Divindade encontrou
nesta Virgem a compensação do amor de todos, sentiu-se sequestrado e nela fez sua Concepção,
e ao conceber-me Ela tomou o ofício de Corredentora e tomou parte e abraçou junto Comigo todas
as penas, as satisfações, as reparações, o amor materno por todos; assim que no coração de
minha Mãe havia uma fibra de amor materno por cada criatura. Por isso, com verdade e com
justiça a declarei, quando Eu estava sobre a cruz, Mãe de todos. Ela corria junto Comigo no amor,
nas penas, em tudo, não me deixava jamais só; e se o Eterno não lhe tivesse dado tanta graça de
poder receber Dela sozinha o amor de todos, jamais se teria movido do Céu para vir à terra a
redimir o gênero humano. Eis a necessidade, a conveniência de que devido à missão de Mãe do
Verbo tinha que abraçar tudo e ultrapassar tudo. Quando um ofício é único, vem como de
conseqüência que nada lhe deve escapar, deve ter sob seu olhar tudo, para poder dar esse bem
que possui, deve ser como um verdadeiro sol que pode dar luz a todos. Isto foi de Mim e de minha
Mãe Celestial..
(4) Agora, sua missão de fazer conhecer a Vontade eterna se entrelaça com a minha e com a da
minha querida Mãe, e devendo servir para o bem de todos, era necessário concentrar em uma
criatura este Sol Eterno de meu Querer, para que assim, como missão única, pudesse este Sol,
desde uma criatura, expandir seus raios para que todos possam tomar o bem de sua luz. Então por
decoro e honra de minha Vontade devia derramar em ti tais graças, luz, amor e conhecimento dela,
como precursor e preparativo que convinham ao habitação do Sol do meu Querer. E mais, tu deves
saber que assim como minha Humanidade, pelo ofício de Redentor concebeu nela todas as almas,
assim tu, pelo ofício de fazer conhecer e reinar minha Vontade, enquanto vais fazendo teus atos
por todos em minha Vontade, todas as criaturas ficam concebidas em tua vontade, e conforme vais
repetindo teus atos na minha, assim forma outros tantos sorvos de Vida de Vontade Divina para
poder alimentar a todas as criaturas que em virtude de minha Vontade ficam como concebidas na
tua. Não sentes como em minha Vontade tu abraças a todas, desde a primeira até a última criatura
que deverá existir sobre a terra, e por todas desejarias satisfazer, amar, agradar a esta Suprema
Vontade, amarrá-la a todas, remover todos os impedimentos que impedem seu domínio nas
criaturas, fazê-la conhecer por todas, e te ofereces tu, mesmo com penas a satisfazer por todas a
esta Vontade Suprema que tanto ama fazer-se conhecer e reinar nas criaturas? A ti é dado, filha
primogênita de meu Divino Querer, o fazer conhecer os méritos, o valor, o bem que minha Vontade
contém e sua eterna dor por viver desconhecida, oculta no meio das gerações humanas, antes,
desprezada e ofendida, e posta a par das outras virtudes pelos bons, como se fosse uma pequena
lanterna, como são as virtudes, E não um sol como a minha vontade. A missão da minha Vontade é
a maior que pode existir, não há bem que dela não desça, não há glória que dela não me venha,
Céu e terra, tudo concentra, por isso sê atenta e não queiras perder tempo, tudo o que te disse
para esta missão da Minha Vontade era necessário, não por ti mas pela honra, a glória, o
conhecimento e a Santidade da Minha Vontade, e assim como o Querer é um, a quem devia
confiá-lo devia ser uma, por meio da qual devia fazer resplandecer seus raios para fazer bem a
todos”.. .

19-37
Julho 14, 1926
Como Jesus tinha preparado o Reino de sua Vontade em sua Humanidade, para dá-lo de novo às criaturas.
Todos os interesses, divinos e humanos estão em perigo se não se vive na Divina Vontade.

(1) Continuo a encontrar-me no Santo Querer, meu doce Jesus muitas vezes acompanha-me na
repetição destes atos, outras vezes só está para ver se alguma coisa me escapa de tudo o que fez,
seja na Criação como na Redenção, e se isto acontecer, Ele com toda a bondade me faz presente
a fim de que eu ponha nisso ainda que seja um pequeno “amo-te”, um obrigado, uma adoração,
dizendo-me que é necessário reconhecer até onde sua Vontade estendeu os confins do Reino de
seu Querer por amor da criatura, a fim de que ela gire neste Reino para gozá-lo, e com seu amor
se torne mais estável sua possessão, e vendo-a sempre nele, todos, Céu e terra possam
reconhecer que o Reino de minha Vontade já tem sua herdeira, e que o ama e é feliz por possuí-lo.
(2) Agora, enquanto me sentia abismada neste Eterno Querer, meu amável Jesus se fazia ver com
seu coração aberto, e a cada batimento seu saía um raio de luz, em cuja ponta se via impresso um
Fiat, e assim como o batimento do coração é contínuo, Enquanto saía um raio outro o seguia e
depois outros mais não terminavam jamais de sair. Estes raios invadiam o Céu e a Terra, mas
todos tinham impresso o Fiat, e não somente de seu coração saíam estes raios, mas também de
seus olhos, conforme saíam raios, conforme falava, quando movia suas mãos e pés saíam raios
levando todos como glória e triunfo o Fiat Supremo. Ver a Jesus era um encanto, belo, todo
transfundido nestes raios de luz que saíam de sua adorável pessoa, mas o que punha a
suntuosidade, a majestade, a magnificência, a glória, a beleza, era o Fiat. Sua luz me eclipsava e
eu teria permanecido séculos diante de Jesus sem lhe dizer nada se Ele mesmo não tivesse
rompido o silêncio dizendo-me:.
(3) “Minha filha, a perfeita glória e a honra completa a minha Vontade o deu minha humanidade, foi
propriamente em meu interior, no centro deste coração, onde formei o Reino do Querer Supremo; e
como o homem o havia perdido não havia esperança de poder readquirir-lo, minha Humanidade o
readquiriu com penas íntimas e inauditas, dando-lhe todas as honras devidas e a glória que lhe
havia sido tirada pela criatura, para dá-lo de novo a ela. Assim que o Reino de minha Vontade foi
formado dentro de minha humanidade, por isso tudo o que era formado em minha Humanidade e
saía fora, levava a marca do Fiat, cada pensamento, olhar, respiro, batimento, cada gota de meu
sangue, tudo, levava o selo do Fiat de meu Reino supremo; isto me dava tanta glória e me
embelezava tanto, que Céu e terra ficavam por debaixo e como obscurecidos diante de Mim,
porque minha Vontade Divina é superior a tudo e tudo fica por debaixo dela como seu escabelo.
Agora, no decorrer dos séculos Eu olhava a quem devia confiar este Reino, e tenho estado como
uma mãe grávida, que sofre, que se magoa porque queria dar à luz seu parto e não podia; pobre
mãe, quanto sofre porque não pode gozar-se o fruto de suas entranhas, muito mais que tendo
amadurecido este parto e não saindo, sua existência está sempre em perigo. Assim Eu, mais que
mãe grávida estive por tantos séculos, quanto sofri, como penalizei ao ver em perigo os interesses
de minha glória, tanto da Criação como da Redenção, muito mais que este reino o tinha como em
secreto e escondido em meu coração, sem ter nem sequer o desabafo de o manifestar, e isto me
fazia sofrer de mais, porque não vendo nas criaturas as verdadeiras disposições para poder dar
este meu parto, e não tendo eles tomado todos os bens que há no reino da redenção, não podia
arriscar-me a dar-lhes o reino da minha vontade, que contém bens maiores, muito mais que os
bens da Redenção servirão como traje, como antídoto, para fazer que entrando no Reino de minha
Vontade não possam repetir uma segunda queda, como fez Adão. Assim, se nem todos estes bens
foram tomados, mas sim menosprezados e pisoteados, como poderia sair de dentro da minha
Humanidade este nascimento do meu Reino? Por isso tive que me contentar com penar, com
sofrer e esperar mais que uma mãe para não pôr em perigo meu amado parto do meu Reino;
sofrendo porque queria pô-lo fora para fazer dom dele à criatura e pôr ao seguro os interesses da
Criação e Redenção, pois estão todos em perigo, porque até que o homem não retorne ao Reino
do Supremo Querer, nossos interesses e os seus estarão sempre em perigo. O homem fora de
nossa Vontade é sempre uma desordem em nossa obra Criadora, uma nota discordante que tira a
perfeita harmonia à santidade de nossas obras, e por isso Eu olhava através dos séculos,
esperando a minha pequena recém-nascida no Reino de minha Vontade, pondo-lhe em torno
todos os bens da Redenção para segurança do Reino de minha Vontade, e mais que mãe
sofredora que tanto sofreu, confio a ti este meu parto e a sorte deste meu Reino.
E não é só a minha Humanidade que quer dar à luz este parto que me custa tanto, mas toda a Criação está
grávida da minha Vontade, e sofre porque quer dá-la à luz às criaturas para restabelecer o Reino
do seu Deus no meio delas, portanto a Criação é como um véu que esconde como um parto à
minha Vontade e as criaturas tomam o véu e rejeitam o parto que há dentro; prenhe da minha
Vontade está o sol, e enquanto tomam os efeitos da luz, que como véu esconde à minha Vontade,
os bens que produz, rejeitam depois minha Vontade, não a reconhecem nem se fazem dominar por
Ela, assim que tomam os bens naturais que há no sol, mas os bens da alma, o Reino de meu
Querer que reina no sol e que quer dar-se a eles o rechaçam; oh, como sofre minha Vontade no
sol, a qual quer ser dada à luz desde a altura da esfera para reinar no meio das criaturas; grávida
da minha Vontade está o céu, que olha com os seus olhos de luz, como são as estrelas, para as
criaturas, para ver se querem receber a minha Vontade para que reine no meio delas; Com as suas
ondas fragorosas se faz ouvir e as águas como véu escondem a minha Vontade, mas o homem se
serve do mar, toma seus peixes, mas não tem cuidado de minha Vontade e a faz sofrer como parto
reprimido nas entranhas das águas. Portanto, todos os elementos estão prenhes da minha
vontade: o vento, o fogo, a flor, toda a terra são todos véus que a escondem. Agora, quem dará
este alívio e alívio à minha humanidade? Quem romperá estes véus de tantas coisas criadas que a
escondem? Quem reconhecerá em todas as coisas o portador de minha Vontade e fazendo-lhe as
devidas honras a faça reinar em sua alma, dando-lhe o domínio e a sua submissão? Por isso
minha filha, fica atenta, dá esta alegria a teu Jesus que até agora tem estado sofrendo por pôr fora
este parto de meu Reino supremo, e junto Comigo toda a Criação, como um ato só romperá os
véus e depositará em ti o parto de minha Vontade que escondem”..

20-40
Dezembro 24, 1926

Lamentos e dores pela privação de Jesus. Penas de Jesus no seio materno.
Quem vive no Querer Divino é como membro vinculado com a Criação.

(1) Sentia-me toda em ânsias porque meu doce Jesus não vinha, mas enquanto delirava dizia
desatinos e na força de minha dor repetia sempre: “Jesus, como mudaste, jamais teria acreditado
que chegaria a privar-me tão longamente de Ti”. Mas, enquanto aliviava a minha dor, o doce Jesus
veio como um menino, e, lançando-se nos meus braços, disse-me:
(2) “Filha minha, dize-me, e tu mudaste? Talvez você ama algum outro? Você não quer fazer mais
a minha Vontade?”
(3) Estas perguntas de Jesus tocaram-me ao vivo e não gostando disse: “Jesus, que queres dizer
com isto? Não, não, não mudei, nem amo nem conheço outro amor, e amo mais bem morrer antes
que não fazer sua Santíssima Vontade”. E Jesus docemente adicionou:
(4) “Então você não mudou? E bem minha filha, se não mudaste tu, que tens uma natureza sujeita
a mudar, poderia mudar Eu que sou o imutável? O teu Jesus não muda, tem a certeza disso, nem
pode ser mudado”.
(5) Eu fiquei confusa e não sabia o que dizer, e Ele acrescentou todo a bondade:
(6) “Queres ver como estava no seio da minha Mãe Soberana e o que nele sofria?”
(7) Agora, enquanto dizia isto, pôs-se dentro de mim, no meio do meu peito, estendido, num estado
de perfeita imobilidade, os seus pezinhos e mãos estavam tão duros e imóveis que davam piedade,
faltava-lhe o espaço para se mover, para abrir os olhos, para respirar livremente, e o que mais
dilacerava era vê-lo no ato de morrer continuamente. Que pena ver meu pequeno Jesus morrer, eu
me sentia posta junto com Ele no mesmo estado de imobilidade. Então, depois de algum tempo o
menino Jesus me apertando a Si me disse:
(8) “Minha filha, meu estado no seio materno foi dolorosíssimo, minha pequena Humanidade tinha
o uso perfeito de razão e de sabedoria infinita, portanto desde o primeiro instante de minha
concepção compreendia todo meu estado doloroso, a escuridão da prisão materna, não tinha nem
um buraco por onde entrasse um pouco de luz. Que longa noite de nove meses! A estreiteza do
lugar que me obrigava a uma perfeita imobilidade, sempre em silêncio, não me era dado gemer,
nem soluçar para desabafar minha dor, quantas lágrimas não derramei no sacrário do seio de
minha Mamãe sem fazer o mínimo movimento, e isto era nada, minha pequena Humanidade havia
tomado o empenho de morrer tantas vezes, para satisfazer à Divina Justiça, por quantas vezes as
criaturas tinham feito morrer a Vontade Divina nelas, fazendo a grande afronta de dar vida à
vontade humana, fazendo morrer nelas uma Vontade Divina. Oh! como me custaram estas mortes;
morrer e viver, viver e morrer, foi para Mim a pena mais dilacerante e contínua, muito mais que
minha Divindade, ainda que Comigo fosse uma só coisa e inseparável de Mim, ao receber de Mim
estas satisfações punha-se em atitude de justiça, e embora a minha Humanidade fosse santa e
também fosse a lâmpada diante do Sol imenso da minha Divindade, Eu sentia todo o peso das
satisfações que devia dar a este Sol Divino e a pena da decaída humanidade que em Mim devia
ressurgir à custa de tantas mortes minhas. Foi o rejeitar a Vontade Divina dando vida à própria o
que formou a ruína da humanidade decaída, e Eu devia ter em estado de morte contínua a minha
Humanidade e vontade humana, para fazer que a Vontade Divina tivesse vida contínua em Mim
para estender ali seu reino. Desde que fui concebido, Eu pensava e me ocupava em estender o
reino do Fiat Supremo em minha Humanidade, à custa de não dar vida a minha vontade humana,
para fazer ressurgir a humanidade decaída, a fim de que fundado em Mim este reino, preparasse
as graças, as coisas necessárias, as penas, as satisfações que se necessitavam para fazê-lo
conhecer e fundá-lo no meio das criaturas. Por isso tudo o que você faz, o que faço em você para
este reino, não é outra coisa que a continuação do que eu fiz desde que fui concebido no seio da
minha mãe. Por isso, se queres que desenvolva em ti o reino do Eterno Fiat, deixa-me livre e
nunca dês vida à tua vontade”.
(9) Depois disto seguia meus atos no Eterno Querer e o doce Jesus adicionou:
(10) “Minha filha, minha Vontade é a alma e toda a Criação é o corpo d‟Ela, e como a alma é uma
no corpo, uma sua vontade, em troca o corpo tem tantos diversos sentidos, que como tantas teclas
diferentes, cada uma faz sua pequena canção e exercita cada membro seu ofício distinto; mas há
tal ordem e harmonia entre eles, que quando um membro exercita seu ofício, todos os demais
membros estão atentos ao membro trabalhador, e sofrem juntos se esse membro sofre, e gozam
se goza, porque uma é a vontade que os move, uma é a força que possuem. Assim é toda a
Criação, é como corpo animado por minha Vontade, e embora cada coisa criada faça seu ofício
distinto, estão tão unidas entre elas, que são mais que membros ao corpo; e sendo só minha
Vontade a que as anima e domina, uma é a força que possuem. Agora, quem faz minha Vontade e
vive n‟Ela, é um membro que pertence ao corpo da Criação, e por isso possui a força universal de
todas as coisas criadas, nem sequer excluída a de seu Criador, porque a minha Vontade circula
nas veias de toda a Criação mais do que sangue no corpo, sangue puro, santo e vivificado de luz,
que chega a espiritualizar o mesmo corpo. A alma está toda atenta a toda a Criação para fazer o
que Ela faz, para estar em comunicação com todos os seus atos, e toda a Criação está atenta à
alma para receber seus atos, porque este é o ofício deste membro no meio dela, é tão bela sua
canção que todos estão atentos a escutá-la, por isso viver em meu Querer é a sorte mais feliz e
indescritível, seus atos, seu ponto de partida é sempre para o Céu, sua vida está no meio das
esferas”.

21-6
Março 13, 1927
Como a Vontade Divina não deixa ninguém. Como Ela tem a virtude regeneradora e tem tudo em seu próprio punho.

(1) Minha pobre existência vive sob a pesada pressão da privação de meu doce Jesus, as horas
me parecem séculos sem Ele e sinto todo o peso de meu duro exílio. Oh Deus! que pena viver sem
Aquele que forma minha vida, meu coração, meu fôlego. Jesus, que duro rasgo é para mim tua
privação, tudo é obstáculo, tudo é dificuldade, como pode resistir a bondade de teu terno coração
me ver tão paralisada unicamente por tua causa? Como pode me deixar por tanto tempo? Não te
ferem mais meus suspiros, não te comovem meus gemidos, meus delírios que te buscam, não por
outra coisa senão porque querem a vida, é vida o que quero, não outra coisa, e você me nega esta
vida? Jesus, Jesus! Quem diria que você teria me deixado por tanto tempo. Ah! Volte, volte, porque
não posso mais. Então enquanto desabafava minha dor, meu amado Jesus, minha doce Vida se
moveu em meu interior e me disse:

(2) “Minha filha, se a ti parece que te deixei e não sentes a minha Vida em ti, a minha Vontade não
te deixou, mas sim a sua Vida em ti estava na sua plenitude, porque Ela não deixa a nenhum, nem
sequer aos condenados no inferno, mas bem ali está cumprindo sua Justiça inexorável e
irreconciliável, porque no inferno não há reconciliação, antes forma seu tormento; é justo que quem
não quis recebê-la para ser amado, feito feliz, glorificado, a receba para ser atormentado e
humilhado. Por isso a minha vontade não deixa a nenhum, nem no Céu, nem na terra, nem no
inferno, tem tudo em Si como em seu próprio punho, nenhum pode lhe escapar, nem o homem,
nem o fogo, nem a água, nem o vento, nem o sol, onde quer que tenha o seu império e estenda a
sua Vida imperando e dominando tudo. Se nada deixa e tudo investe, poderia acaso deixar a sua
pequena filha primogênita onde concentrou seu amor, sua Vida e seu Reino? Porque, se bem que
a minha Vontade Divina se estenda por toda a parte e tenha sobretudo o seu império, se a criatura
a ama, faz-se todo o amor e dá o seu amor; se a quer como vida, forma sua Vida Divina nela; se a
quer fazer reinar, se forma seu Reino, desenvolve seus atos segundo as disposições das criaturas;
tem a virtude regeneradora, regenera a Vida Divina, a santidade, a paz, a reconciliação, a
felicidade, regenera a luz, a beleza, a graça;

Ela sabe fazer tudo, dá-se a todos, estende-se onde
quer que seja, os seus atos são inumeráveis, multiplicam-se ao infinito; a cada criatura dá um ato
novo conforme estão dispostas, a sua variedade é inalcançável. Quem pode jamais fugir da minha
vontade? Ninguém, deveria sair da Criação ou ser um ser não criado por Nós, o que não pode
jamais ser, porque o direito de criar é só de Deus. Por isso minha Vontade não te deixará jamais,
nem em vida nem em morte, nem depois de morta, muito mais que regenerando-te como seu parto
especial, ambas quereis que forme seu Reino, e onde Ela está, estou Eu em meu pleno triunfo;
pode haver uma vontade sem a pessoa que possui este querer? Certamente que não; nem te
admires se frequentemente sentes em ti como se minha Vida terminasse, sentes que termina mas
não é verdade. Acontece como às coisas criadas, que parece que morrem mas logo ressurgem
sempre; o sol parece que morre, mas porque a terra gira perde o sol e parece que morre, mas o sol
vive e está sempre em seu posto, tão é verdade que girando mais a terra encontra de novo seu sol,
como se renascesse a vida nova para ela. À terra parece que tudo lhe morre, as plantas, as belas
flores, os frutos deliciosos, mas depois tudo lhe ressurgem e adquirem a vida, mesmo a mesma
natureza humana, com o sono parece que morre, mas do sono ressurge mais vigorosa e refeita.
De todas as coisas criadas só o céu está sempre fixo, não morre jamais, símbolo dos bens estáveis
da Pátria Celestial, não sujeitos a mudanças, mas todas as outras coisas, a água, o fogo, o vento,
tudo, parece que morrem, mas depois ressurgem animadas todas por minha Vontade, não sujeita a
morte e que possui o ato de fazer ressurgir quantas vezes quer todas as coisas. Mas enquanto
parece que morrem, têm vida perene em virtude da força regeneradora da minha Vontade. Assim
acontece em ti, parece-te que minha Vida morre, mas não é verdade, porque estando em ti meu
Querer está a virtude regeneradora que me faz ressurgir quantas vezes quer. Onde está meu Fiat
não pode haver nem morte nem bens que terminam, senão vida perene não sujeita a terminar”.

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