Texto do Tema 36 Livro do Céu Volume 1 – Cap 39 E 40
39 – O Matrimônio Místico (1° Casamento – com a Humanidade Santíssima de NS Jesus Cristo).
Na manhã desse dia, Jesus fez-se ver de novo todo afável, doce e majestoso, juntamente com a sua Mãe Santíssima e Santa Catarina. Primeiro os anjos cantaram um hino, Santa Catarina me assistia, a Mãe tomou minha mão e Jesus pôs em meu dedo o anel, depois nos abraçamos e Ele me beijou, e assim fez também a Mãe. Depois tivemos um colóquio todo de amor, Jesus falava-me do grande amor que me tinha, e eu dizia-lhe também do amor com que O amava.
A Santíssima Virgem fez-me compreender a grande Graça que eu tinha recebido e a correspondência que devia dar ao Amor de Jesus. Meu esposo Jesus me deu novas regras para viver mais perfeitamente, mas como passou muito tempo não as recordo muito bem, por isso não as digo, e assim terminou aquele dia. Quem pode dizer as finezas de amor que Jesus fazia à minha alma? Eram tais e tantas, que é impossível descrevê-las, mas o pouco que recordo tratarei de dizê-lo.
40 – Impressões de Luísa depois de ter contemplado a glória dos Anjos e Santos no Céu.
Às vezes, transportando-me com Ele, levava-me ao Paraíso, e ali escutava os cânticos dos bem-aventurados, via a Divindade, os diversos coros dos Anjos, as ordens dos Santos, todos imersos, absorvidos e identificados na Divindade de Deus. Parecia-me que em torno do trono havia muitas luzes, como se fossem mais que sóis resplandecentes e a claras notas estas luzes denotavam todas as virtudes e atributos de Deus. Os Bem-Aventurados, refletidos em uma destas luzes, ficavam arrebatados, mas não chegavam a penetrar toda a imensidão daquela luz, de modo que passavam a uma segunda luz sem compreender a fundo a primeira. Assim, os bem-aventurados no Céu não podem compreender perfeitamente a Deus, porque é tanta a Imensidão, a Grandeza, a Santidade de Deus, que mente criada não pode compreender um Ser incriado.
Agora, os bem-aventurados, refletidos nestas luzes, parecia-me que vinham participar nas virtudes destas luzes; dessa forma, a alma no Céu se assemelha a Deus, com esta diferença: que Deus é aquele Sol grandíssimo, e a alma é um pequeno sol. Mas quem pode dizer tudo o que nessa beata morada se compreende? Enquanto a alma se encontra nesta prisão do corpo é impossível, enquanto na mente se escuta algo, os lábios não encontram palavras para poder explicar-se, me parece como uma criança que começa a balbuciar, que gostaria de dizer tantas e tantas coisas, mas afinal, parece que ela não sabe dizer uma palavra clara, por isso, vou direto ao assunto.
Só direi que às vezes, enquanto me encontrava naquela bem aventurada pátria, passeava junto com Jesus no meio dos coros dos anjos e dos santos, e como eu era a nova esposa, todos os bem-aventurados se uniam conosco para participar das alegrias de nosso matrimônio, me parecia que esqueciam seus contentamentos para
cuidar dos nossos, e Jesus me mostrava aos santos dizendo: “Vejam esta alma, é um triunfo do meu Amor, meu Amor tudo superou nela”. Outras vezes me fazia ficar no lugar que me tocava e me dizia: “Este é teu lugar, ninguém pode te tirar”. E às vezes eu chegava a acreditar que não devia voltar mais à Terra, mas em um simples instante me encontrava fechada no muro deste corpo.
cuidar dos nossos, e Jesus me mostrava aos santos dizendo: “Vejam esta alma, é um triunfo do meu Amor, meu Amor tudo superou nela”. Outras vezes me fazia ficar no lugar que me tocava e me dizia: “Este é teu lugar, ninguém pode te tirar”. E às vezes eu chegava a acreditar que não devia voltar mais à Terra, mas em um simples instante me encontrava fechada no muro deste corpo.
Perguntas para responder sobre esse capítulo
– Comente o que te chamou atenção neste casamento místico de Luisa?
– O Céu que Luisa descreve, se vê a glória de almas santas ou delas
absorvidas pela Gloria de Deus? Você entende a diferença?
– O Céu é um local de exposição de glorias de santos e anjos ou apenas lugar de contentamentos provenientes de Deus?
Dê seu testemunho sobre seu encontro com a Divina Vontade