Texto do Tema 37 Livro do Céu Volume 1 – Cap 41
41 – Dor e amargura insuportável de Luísa de ter que viver ainda na prisão de seu corpo, exilada de sua terra natal. Quem pode dizer o quão amargo foi este retorno?
A mim me parecia, pelas coisas do Céu, que as desta Terra tudo era podridão, insípido e fastidioso; as coisas que tanto deleitam aos demais, para mim eram amargas, as pessoas mais amadas, mais respeitáveis – que os demais para entreter-se com elas, quem sabe o que teriam feito – a mim me resultavam indiferentes e até fastidiosas.
Só vendo-as como imagens de Deus me parecia que podia suportá-las, mas minha alma tinha perdido toda satisfação, nada lhe dava a menor sombra de contentamento, e era tanta a pena que eu sentia que não fazia mais do que chorar e lamentar-me com meu amado Jesus. Ah! Meu coração vivia inquieto, entre contínuas ânsias e desejos, me sentia mais no Céu que na terra, sentia em meu interior uma coisa que me corroía continuamente, tanto, que me resultava amargo e doloroso ter que continuar vivendo. Mas a obediência pôs um freio a estas minhas
penas, mandando-me absolutamente que não desejasse morrer, e que só deveria morrer quando o confessor me determinasse por obediência. Então, para cumprir esta santa obediência, fazia tudo quanto podia para não pensar nisso, porque no meu interior havia uma contínua jaculatória que era o desejo de querer partir. Assim, em grande parte meu coração se acalmou, mas não de todo. Confesso a verdade, muito faltou nisto, mas o que podia fazer? Não sabia deter-me, para mim era um verdadeiro martírio. Meu benigno Jesus me dizia: “Acalma-te, qual é a coisa que tanto te faz desejar o Céu?”
E eu lhe dizia: “Porque quero estar sempre unida Contigo, minha alma não resiste mais estar separada de Ti, nem por um só dia, nem sequer por um momento, por isso a qualquer custo quero ir”. “Pois bem”. Dizia-me. “Se é por Mim te quero contentar, virei a estar contigo”. Eu lhe dizia: “Mas logo me deixas e eu te perco de vista, em troca no Céu não é assim, lá jamais te perderei de vista”.
Perguntas para responder sobre esse capítulo
– Luisa volta do passeio no céu e como você pode concordar com ela no que ela diz que na terra, tudo se vê como podridão?
– Você consegue se permitir sentir o mesmo que Luisa pela terra?
– O que Jesus faz Luisa sentir e o que diz à ela para se acalmar, você consegue sentir que é real isso? Que realmente Ele virá a fazer da vida dela um céu na terra?
– E na sua vida? Você consegue imaginar um céu na terra, tendo o Dom da Divina Vontade, que é de uma forma real e permanente você já ter posse de Deus em vida, ainda morando na terra com toda a podridão dela?
Dê seu testemunho sobre seu encontro com a Divina Vontade