ESTUDO 43 VIDA INTIMA NS JESUS CRISTO
17-51
Junho 29, 1925
Assim como as obras de Jesus, até depois de sua Morte tiveram seu pleno triunfo, assim será de Luisa.
(1) Sentia-me oprimida e um pensamento queria perturbar a serenidade de minha mente: “E se te
encontrasses no ponto da morte e te viessem dúvidas, temores de como te comportaste em tua
vida, tanto de te fazer temer de tua salvação, o que farias?” Mas enquanto pensava assim, meu doce Jesus não me deu tempo de refletir mais nem de responder ao meu pensamento, e movendo-
se em meu íntimo fazia-se ver que movia a cabeça, e como entristecido pelo meu pensamento me disse:.
(2) “Minha filha, o que diz? Pensar isto é uma afronta à minha Vontade, nela não entram nem
temores, nem dúvidas, nem perigo algum, estas são coisas que não lhe pertencem, são antes os
míseros trapos da vontade humana; minha Vontade é como um mar plácido que murmura paz,
felicidade, segurança, certeza, e as ondas que faz sair de seu seio são ondas de alegrias e de
contentamentos sem fim, por isso ao te ver pensar isto Eu fiquei estremecido; minha Vontade não é
capaz de temores, de dúvidas, de perigo, e a alma que vive nela torna-se estranha aos míseros
trapos da vontade humana.
E além disso, do que pode temer minha Vontade? Quem pode fazer
suscitar dúvidas de Seu agir, se diante da Santidade de Querer obrante todos tremem e estão
obrigados a baixar a fronte, adorando o obrar de Minha Vontade? E mais, quero dizer-te uma coisa,
para ti muito consoladora e para mim de grande glória: Quando morreres no tempo, acontecerá de
ti o que aconteceu de Mim na minha morte: Eu em vida obrei, rezei, preguei, instituí Sacramentos,
sofri penas inauditas e até a mesma morte, mas a minha humanidade, posso dizer que quase nada
viu em comparação com o grande bem que tinha feito, nem os mesmos Sacramentos tiveram vida
enquanto Eu estive sobre a terra.
Assim que morri, a minha morte selou todo o meu agir, as minhas
palavras, as minhas penas, os Sacramentos, e o fruto da minha morte confirmou tudo o que Eu fiz,
e fez ressurgir em vida as minhas obras, as minhas penas, as minhas palavras, os meus
Sacramentos instituídos por Mim e a continuação da vida deles até a consumação dos séculos,
assim que a minha morte pôs em movimento todas as minhas obras e as fez ressurgir a vida
perene. Tudo isso era justo, pois contendo minha Humanidade ao Verbo Eterno e uma Vontade
que não tem nem princípio nem fim, nem está sujeita a morrer, de tudo o que Ela fez nada devia
perecer, nem sequer uma só palavra, senão que tudo devia ter sua continuação até o fim dos
séculos, para passar aos Céus a beatificar a todos os bem-aventurados eternamente. Assim te
sucederá: A minha vontade, que vive em ti, que te fala, que te faz agir, sofrer, nada deixará
perecer, nem sequer uma palavra das tantas verdades que te manifestei sobre a minha vontade,
tudo o porá em movimento, tudo o fará ressurgir, a tua morte será a confirmação de tudo o que te
tenho dito; e assim como no viver na minha Vontade, tudo o que a alma faz, sofre, reza, fala,
contém um ato de Vontade Divina, tudo isto não estará sujeito a morrer, senão que ficarão como
tantas vidas no mundo, todas em ato de dar vida às criaturas. Portanto, todas as verdades que te disse, sua morte rasgará os véus que as cobrem e ressurgirão como tantos sóis que dissiparão as
nuvens de todas as dúvidas e dificuldades com que pareciam cobertas em vida. Portanto, enquanto
viveres neste submundo, pouco ou nada verás nos outros de todo o grande bem que a minha
Vontade quer fazer por meio de ti, mas depois da tua morte tudo terá o seu pleno efeito”.
(3) Depois disto passei a noite sem poder fechar os olhos ao sono e sem receber as habituais
visitas do meu amável Jesus, porque vindo Ele eu fico adormecida nele e para mim é mais que
sonho; mas esse tempo o passei fazendo as horas da Paixão e fazendo meus habituais giros em
sua adorável Vontade; logo via que era já de dia, (isto me acontece freqüentemente), e estava
dizendo entre mim: “Meu amor, não vieste nem me fizeste dormir, então, como farei hoje sem Ti?”
Enquanto eu estava nisso, meu doce Jesus se moveu dentro de mim dizendo:.
(4) “Minha filha, em minha Vontade não há noites, nem sono, sempre é pleno dia e plena vigília;
não há tempo para dormir porque há muito que fazer, o que tomar e o que fazer feliz nela, portanto
tu deves aprender a viver no longo dia de minha Vontade, para fazer que minha Vontade possa ter
sua Vida de atitude contínua em ti; além disso encontrarás o mais belo repouso, porque minha
Vontade te fará subir sempre mais em teu Deus e te fará compreender mais, e quanto mais o
compreenderes, tanto mais tua alma ficará dilatada para poder receber esse repouso eterno, com
todas as felicidades e alegrias que contém o repouso divino. ¡ Oh! que belo repouso será este para
ti, repouso que só na minha Vontade se encontra”.
(5) Agora, enquanto dizia isto, saiu de dentro de mim e pondo seus braços em meu pescoço me
apertava forte a Ele, e eu estendi também os meus e o apertava forte a mim. Enquanto estava
nisto, o meu doce Jesus chamava muitas pessoas que se estreitavam a seus pés e Jesus lhes
dizia: “Vinde ao meu coração e eu vos farei ver os portentos que a minha Vontade fez nesta alma”.
(6) Tendo dito isto desapareceu.
17-52
Julho 9, 1925
Sofrer junto com Jesus serve de toque contínuo, com o qual bate
às portas da alma, e a alma bate às portas da sua.
(1) Eu senti que não podia mais ficar sem meu doce Jesus. Por vários dias tive que suspirar seu
retorno, mas em vão, e lhe dizia de coração:.
(2) “Meu amor, regressa à tua pequena filha, não vês que não posso mais? Ai, a que duro martírio
submetes a minha pobre existência com privar-me de Ti!”.
(3) E cansada e exausta me abandonava no seu Santíssimo Querer. Agora, enquanto eu estava
neste estado, eu estava lendo e senti seus braços no meu pescoço, minha mente ficou adormecida
e eu me encontrei apertada pelos braços de Jesus, toda coberta e escondida nele. Eu queria lhe
dizer minha dor, mas não me deu tempo de fazê-lo e falou Jesus dizendo-me:.
(4) “Minha filha, não queres persuadir-te que, quando a minha Justiça quer, por justa razão, punir
os povos, Eu sou obrigado a esconder-me de ti, porque tu não és mais do que uma pequenina
parte que vincula todas as outras pequeninas partes das outras criaturas, e estar familiar contigo e
como em festa, e golpear as outras pequenas partes vinculadas a ti, então minha Justiça se
encontra em contraste e se sente dissuadir de castigar as outras pequenas partes. Por isso, nestes
últimos dias em que houve castigos no mundo me mantive oculto de ti, mas sempre em ti”.
(5) Enquanto dizia, encontrei-me fora de mim mesma, e me fazia ver que em vários pontos da terra
tinha havido: ali terremotos, lá graves incêndios com morte de pessoas, além e outros castigos, e
parecia que outros graves males seguiriam. Eu fiquei espantada e rezava, e meu amável Jesus
retornou, eu me via frente a Ele toda feia, como murcha e lhe disse:.
(6) “Vida minha e meu tudo, olhe como me fiz feia, como estou murchando. Ah, sem Ti como mudo!
Sua privação me faz perder o frescor, a beleza, sinto-me como sob um sol ardente que me tirando
todos os humores vitais me faz murchar e consumir-me”.
(7) Então Jesus me fez sofrer um pouco junto com Ele, e esse sofrimento se tornava sobre minha
alma como um orvalho celestial que me restituía os humores vitais, e tomando minha pobre alma
em suas mãos acrescentou:.
(8) “Pobre minha filha, não temas, se a minha privação te fez murchar, o meu regresso te restituirá
o frescor, a beleza, o colorido, e todas as minhas orientações, e o sofrer junto Comigo não só te
será como orvalho que te fará tomar vigor, senão que servirá como chamada contínua, com a qual
eu possa bater às portas da tua alma e tu à minha, de maneira que as portas fiquem sempre
abertas, e tu livremente possas entrar em Mim e Eu em ti; o meu alento te servirá como uma vela
para conservar em ti a bela frescura com a qual te criei”.
(9) E enquanto isso dizia me soprava forte, e me apertando a Si desapareceu..
+ + +
17-53
Julho 20, 1925
Imobilidade da Graça nas almas pela ingratidão humana.
(1) Encontrando-me em meu habitual estado, depois de ter passado privações amarguíssimas do
meu doce Jesus, finalmente fez-se ver, e sem me dizer nem sequer uma palavra me colocou numa
posição dolorosa, numa perfeita imobilidade; sentia a vida e não tinha movimento, sentia o respiro
e não podia respirar, toda minha pobre pessoa não tinha nem um pequeno movimento, e enquanto
sentia me magoar não era capaz de me retorcer pela dor que sentia, pois estava obrigada pela
presença de Jesus e por sua Santíssima Vontade a ficar imóvel. Depois, quando o bendito Jesus
me quis, estendeu-me os braços para me tomar e me estreitar ao seu seio, e disse-me:.
(2) “Minha filha, viu como é doloroso o estado de imobilidade? É o estado mais duro, porque
mesmo sentindo acerbas dores, o movimento é alívio, é sinal de vida, as contorções são vozes
mudas que pedem ajuda, e despertam compaixão dos presentes. Já sentiste como é doloroso, mas
sabes porque te pus neste estado de imobilidade? Para fazer-te compreender o estado em que se
encontra minha graça, e ter de ti uma reparação. ¡ Oh, em que estado de imobilidade se encontra
minha graça! Ela é vida e movimento contínuo e está em contínuo ato de dar-se às criaturas, as
criaturas a rejeitam e a tornam imóvel; sente a vida, quer dar a vida e está obrigada pela ingratidão
humana a estar imóvel e sem movimento; que pena! Minha graça é luz e como luz naturalmente se
expande, e as criaturas não fazem outra coisa que fazer sair de si trevas, e enquanto minha luz
quer entrar nelas, as trevas que expandem paralisam minha luz e a tornam como imóvel e sem vida
para as criaturas. Minha graça é amor e contém a vida de poder acender a todos em amor, mas a
criatura amando outra coisa volta como morto para ela este amor, e minha graça sente a mais
dilacerante dor pelo estado de imobilidade em que a colocam as criaturas. Oh, em que estreitezas
dolorosíssimas se encontra minha graça!
E isto não só naqueles que abertamente se dizem maus,
mas também naqueles que se dizem religiosos, almas piedosas, e muitas vezes por coisas de
nada, por coisas que não vão com seu gosto, por um capricho, por um vil apego, ou porque não
encontram as satisfações da própria vontade nas mesmas coisas santas, enquanto a minha graça
é toda movimento e vida para eles, tornam-na imóvel e apegam-se ao que vai com as suas
inclinações, ao capricho, aos apegos humanos e a tudo aquilo em que sentem a satisfação do
próprio eu. Portanto, no lugar da minha graça põem o próprio eu como vida e como ídolo próprio;
mas sabes tu quem é a consoladora, a indivisível companheira, a raptora que rapta o movimento e
a vida da minha graça, Mais do que aquela que acelera sempre mais o seu movimento e nem
sequer um instante a deixa imóvel?
Quem vive em minha Vontade; onde minha Vontade reina
sempre em movimento minha graça, sempre está em festa, tem sempre o que fazer, nunca fica
zangada, ociosa; a alma onde reina meu Querer é a pupila de minha graça, é sua pequena
secretária na qual deposita os segredos de suas dores e de suas alegrias, confia-lhe tudo, porque
minha Vontade tem lugar suficiente para receber o depósito que contém minha graça, porque ela
não é outra coisa que o parto contínuo da minha Vontade Suprema”..
17-54
Agosto 2, 1925
Que coisa é o te amo?
(1) Estava a rezar e fundindo-me no Santo Querer Divino; queria girar por todas as partes, até no
empíreo para encontrar esse te amo supremo que não está sujeito a nenhuma interrupção, gostaria
de o fazer meu para que também eu tivesse um Te amo jamais interrompido que pudesse ecoar ao
Te amo eterno, e possuindo em mim a fonte do verdadeiro Te amo pudesse ter um Te amo por
todos, por cada um, por cada movimento, por cada ato, por cada respiro, por cada batida e por
cada te amo do mesmo Jesus. E, enquanto me parecia chegar ao seio do Eterno, fazendo meu o
seu te amo, ia repetindo por toda parte e sobre cada coisa o refrão do te amo ao meu Supremo
Senhor. Agora, enquanto fazia isto, o meu pensamento interrompeu o meu Te amo, dizendo-me:
“O que estás a fazer? Poderia fazer outra coisa, e além disso, que grande coisa é este te amo?” E
meu doce Jesus movendo-se como depressa em meu interior me disse:.
(2) “Que coisa? Que grande coisa é o te amo para Mim? Minha filha, o te amo é tudo, o te amo é
amor, é veneração, é estima, é heroísmo, é sacrifício, é confiança para quem é dirigido; o te amo é
possuir Aquele que encerra o te amo. Te amo é uma palavra pequena, mas pesa quanto pesa toda
a eternidade. O te amo encerra tudo, abarca a todos, se difunde, se estreita, se eleva em alto,
desce até o baixo, se imprime onde quer que seja, mas jamais se detém. Como que é coisa de
nada minha o te amo filha minha? Sua origem é eterna, no te amo o Pai Celeste me gerou, e no te
amo procedeu o Espírito Santo, no te amo o Fiat eterno fez a toda a Criação, e no te amo perdoou
o homem culpado e o redimiu; assim que no te amo a alma encontra tudo em Deus e Deus
encontra tudo na alma, por isso o valor do te amo é infinito, está cheio de vida, de energia, não se
cansa jamais, supera tudo e triunfa sobre tudo; por isso quero ver este Te amo dirigido a Mim sobre
teus lábios, no teu coração, no voo dos teus pensamentos, nas gotas do teu sangue, nas penas e
nas alegrias, no alimento que tomas, em tudo. A vida de meu te amo deve ser longa, longa em ti, e
meu Fiat que reina em ti porá o selo do te amo Divino”.
(3) Depois disso, diante de minha mente se apresentou em um ponto altíssimo um sol, sua luz era
inacessível, de seu centro saíam contínuas pequenas chamas, contendo cada uma um te amo, e
conforme saíam em ordem em torno desta luz inacessível, mas estas chaminhas ficavam como que atadas por um fio de luz àquela luz inacessível que alimentava a vida dessas chamas; estas
chamas eram tantas que enchiam o Céu e a Terra. Parecia-me ver nosso Deus como princípio e
origem de tudo, e as chamazinhas, a Criação toda como parto divino e de puro amor, também eu
era uma pequena chave e meu doce Jesus me incitava a tomar meu vôo por cada chama para pôr
nelas o duplo te amo. Eu não sei como eu me encontrei fora de mim mesma para girar no meio
dessas chamas e imprimir meu Te amo em cada uma delas, mas eram tantas que eu perdia, mas
uma força suprema me fazia tomar a ordem e o giro do meu amo..
(4) Depois encontrei-me num vasto jardim, e com grande surpresa minha encontrei a minha Rainha
Mãe, a qual, aproximando-se de mim, me disse:.
(5) “Minha filha, vem comigo trabalhar neste jardim, devemos plantar flores e frutos celestes e
divinos, já está quase vazio, e se algumas plantas existem, são terrestres e humanas, portanto
convém arrancá-las para fazer com que este jardim seja de todo agradável ao meu Filho Jesus. As
sementes que devemos plantar são todas as minhas virtudes, minhas obras, minhas penas, que
contêm o germe do Fiat Voluntas Tua; não houve coisa que eu fizesse que não contivesse este
germe da Vontade de Deus, ter-me-ia contentado em não fazer nada antes de agir, sofrer sem este
germe. Toda minha glória, a dignidade de Mãe, a altura de Rainha, a supremacia sobre tudo,
Vinha-me deste germe; toda a Criação, todos os seres me reconheciam dominante sobre eles
porque viam em Mim reinante a Vontade Suprema. Por isso tudo o que eu fiz, e tudo o que tu
fizeste com este germe do Querer Supremo, o uniremos e plantaremos este jardim”.
(6) Então fundimos juntas as sementes que tinha a Mãe Celestial, que eram muitas, e as poucas
minhas, que não sei como as encontrei, e começamos a formar sulcos para pôr as sementes. Mas
enquanto fazíamos isso, fora dos muros do jardim, que eram altíssimos, se ouviam rumores de
armas, de canhões e que se golpeavam em modo horrível, assim que nos vimos obrigadas a correr
para prestar ajuda; havendo chegado, se viam povos de várias raças, de diversas cores, e muitas
nações unidas, que lutavam, e davam terror e espanto. Mas enquanto via isto encontrei-me em
mim mesma, mas com tal espanto, e com a dor de não ter dito nem sequer uma palavra a minha
Celestial Mãe acerca de meu duro estado. Seja sempre bendita a Santíssima Vontade de Deus e
tudo seja para sua glória.
+ + +
17-55
Agosto 4, 1925
Quem vive na Vontade de Deus está em comunicação com todas as coisas criadas, e é sustentada por toda a Criação.
(1) Depois de ter passado vários dias de total privação de meu dulcíssimo Jesus, ia repetindo meu
doloroso refrão: “Tudo para mim acabou, ah! não o verei mais, não escutarei mais sua voz que
tanto me deleitava, ah! estou abandonada por quem formava todo meu contentamento e era tudo
para mim. Que martírio prolongado, que vida sem Vida, sem Jesus!” Mas enquanto meu coração
se afogava em tristeza, meu doce Jesus saiu de dentro de mim e me tomou nos braços, eu pus
meus braços em seu pescoço colocando minha cabeça sobre seu peito sem poder mais, e Jesus
me apertando forte a Si, apoiava seus joelhos sobre meu peito, oprimi-o forte e disse-me:.
(2) “Minha filha, tu deves morrer continuamente”.
(3) E enquanto isso me dizia, me participava várias penas, e depois, tomando um aspecto mais
afável agregou:
(4) “Minha filha, de que temes se está em ti o poder da minha Vontade? E é tão certo que há este
meu Querer em ti, que num instante te transformei em minhas penas e tu com amor te prestaste a
recebê-las. E conforme tu penavas estendeste os braços para abraçar a minha Vontade, e
enquanto tu a abraçavas, tudo o que vive em meu Querer, isto é: Os anjos, os santos, minha Mãe
Celestial, a mesma Divindade, sentiram a estreiteza de teu abraço, e todos correram para ti para te
abraçar e em coro disseram: Como é grato e amado o abraço de nossa pequena exilada que vive
sobre a terra para cumprir somente a Vontade de Deus, assim como a cumprimos nós no Céu, ela
é nossa alegria, é a nova e única festa que nos vem da terra’.
Oh, se tu soubesses o que significa viver em minha Vontade, significa que não há divisão entre ela e o Céu, onde está minha Vontade ela se encontra, seus atos, suas penas, suas palavras, estão em ato e obrantes em qualquer lugar onde se encontra minha Vontade, e como se encontra por toda parte, a alma se põe na ordem da
Criação, e está, graças à eletricidade do Supremo Querer, em comunicação com todas as coisas
criadas, e assim como as coisas criadas estão em ordem e harmonia entre elas, uma é o sustento
da outra, nem sequer uma pode afastar-se; e jamais seja, se se afastar uma só coisa criada por
Mim a Criação se transtornaria toda; há um segredo entre elas, uma força misteriosa, que enquanto
vivem suspensos no ar, sem nenhum apoio, com a força da comunicação que têm entre elas uma
sustenta a outra; assim quem faz a minha Vontade está em comunicação com todos, é sustentada
por todas as obras do seu Criador, por isso todos a reconhecem, a amam e lhe emprestam a
eletricidade, o segredo de viver junto com elas suspensa entre o Céu e a terra, toda sustentada
pela única força da Suprema Vontade”.
+ + + +
Graças a Deus.
Dê seu testemunho sobre seu encontro com a Divina Vontade