Estudo 49 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Terminando Volume 13 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 49 Livro do Céu Vol. 12 ao 21 – Terminando Volume 13 – Escola da Divina Vontade
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12-50
Junho 12, 1918
O homem com o pecado vai ao encontro da Justiça Divina. Jesus fez tudo por nós.

(1) Encontrando-me em meu habitual estado, estava dizendo a meu sempre amável Jesus:
“Como é possível, Tu tens feito tudo por nós, tens satisfeito tudo, tens reintegrado em toda a
glória do Pai por parte das criaturas, de modo a cobrir-nos a todos como com um manto de
amor, de graças, de bênçãos, e com tudo isso os flagelos caem quase rompendo o manto de
proteção com o qual nos cobriu?” E o meu doce Jesus, interrompendo-me, disse-me:
(2) “Minha filha, tudo o que você diz é verdade, tudo, tudo o que fiz pela criatura, o amor me
empurrava tanto para ela, que para estar seguro de colocá-la a salvo quis envolvê-la dentro de
meu agir como dentro de um manto de defesa, mas a ingrata criatura com o pecado voluntário
rompe este manto de defesa, foge de debaixo de minhas bênçãos, graças e amor, e pondo-se a
céu aberto é golpeada pelos raios da justiça divina. Não sou Eu que golpeio o homem, é Ele
que com o pecado vem ao encontro, a receber os golpes. Reza, reza pela grande cegueira das
criaturas”.

13-47
Dezembro 28, 1921

Temores. Jesus lhe da a paz. Luisa quer que Jesus faça sua vontade.

(1) Sentia-me muito aflita, e com uma opressão tal que me sentia morrer por certas coisas que
não é necessário escrever. Agora, meu doce Jesus ao vir me tomou em seus braços para me
sustentar e me dar força, e depois todo doçura e bondade me disse:
(2) “Minha filha, o que acontece, o que acontece? Você se oprime muito, e eu não quero isso”.
(3) E eu: “Meu Jesus, ajuda-me, não me abandones em tanta amargura, mas o que mais me
oprime é que sinto surgir em mim um querer que gostaria de te dizer: “Desta vez Tu farás a
minha vontade, não eu a tua”. E só de pensar isso me dá a morte. Oh! como é verdade que sua
Vontade é vida, mas as circunstâncias me empurram, ah, me ajude!” E rompi em pranto, e
Jesus banhando as suas mãos com as minhas lágrimas, e apertando-me mais acrescentou:
(4) “Minha filha, coragem, não temas, Eu sou tudo para ti, olha como são belas minhas mãos
peroladas pelas lágrimas de quem teme não fazer meu Querer, nem sequer uma caiu por
terra. Agora acalme-se e me escute, eu farei o que você quiser, mas não porque você quer,
mas como se eu quisesse, você não está feliz? Do resto é necessário um pouco de suspensão
de seu estado, não tenho a quem confiar, quem poderia fazê-lo? Têm o coração coberto de
uma couraça de ferro, minhas vozes não são ouvidas nem compreendidas, os pecados são
horrendos, os sacrilégios enormes, os flagelos já estão às portas da cidade, haverá grande
mortandade, Por isso é preciso um pouco de suspensão do teu estado que impede o curso da
minha justiça. Tu me darás o tempo livre para vir e eu, retirando-me, sem te fazer sair de minha
Vontade te darei o que te seja necessário”.
(5) Eu fiquei mais do que nunca amargurada por tantas outras coisas que Jesus me disse a
respeito de nossos tristes tempos, mas calma porque me assegurou que não me fazia sair de
seu Querer. No dia seguinte veio a minha Mãe Rainha e trouxe-me o menino Jesus colocou-o
nos meus braços e disse-me:
(6) “Minha filha, mantenha-o estreitado, não o deixe ir, se souber o que quer fazer, roga-lhe,
roga-lhe, a oração em seu Querer o arrebata, o acorrenta, assim ao menos se economizarão
em parte os flagelos”.
(7) Dito isto desapareceu, e eu voltei à trágica dúvida de ter induzido Jesus a fazer o meu
querer.

13-49
Janeiro 5, 1922

O Ser Divino é levado por uma força irresistível a comunicar-se à criatura.

(1) Sentia-me muito amarga, e meu doce Jesus ao vir, me estreitando a Ele me disse:
(2) “Minha filha, sua aflição pesa sobre meu coração mais que se fosse minha, e não posso
sofrer que você esteja tão afligida, a qualquer custo quero te ver feliz, quero ver despontar
sobre seus lábios de novo o sorriso que contém a beatitude de meu Querer; diga-me então, O
que queres para estares feliz outra vez? Será possível que depois de tanto tempo em que você
nada me negou, Eu não deva te dar o que você quer e te fazer feliz?”
(3) E eu: “Meu amor, o que quero é que me dês a graça de que eu faça sempre, sempre teu
Querer, isto me basta; quanto temo que isto não fizesse. Não é esta a maior desventura, que
não fez na mais pequena coisa tua Vontade? No entanto, suas propostas, suas mesmas
angustias a isto me induzem, porque vejo que não porque seja sua Vontade, senão porque quer
me fazer feliz e esvaziar meu coração da amargura da qual está como inundado, Você quer
fazer minha vontade, ah! Jesus, Jesus, não o permitas, e se queres fazer-me feliz, à tua
potência não faltam outros modos para me tirar da minha aflição”.

(4) E Jesus: “Minha filha, minha filha, filha da minha Vontade, não, não temas, isto não será
jamais, que os nossos querer fiquem nem sequer feridos, se for necessário um milagre o farei,
mas os nossos quereres não se desunirão jamais, por isso te tranqüilize a este respeito e
consola-te. Escuta, meu Ser é levado por uma força irresistível a comunicar-se à criatura, tenho
tantas outras coisas que te dizer ainda, tantas outras verdades que você não conhece, e todas
minhas verdades levam a felicidade que cada uma possui, e por quantas verdades a alma
conhece, tantas felicitações diferentes adquire. Agora, encontrando o teu coração amargo,
essas verdades obscurecem a sua felicidade e não podem comunicar livremente. Eu sou como
um pai feliz que possui a plenitude de toda a felicidade e que quer fazer felizes a todos seus
filhos; agora, se vê um filho seu que verdadeiramente o ama, e o vê triste, pensativo, a qualquer
custo quer fazer feliz a seu filho e tirá-lo dessa situação, e se o pai sabe que essa tristeza é por
causa do amor que dá ao pai, oh! então não se dá paz e usa todas as artes e faz qualquer
sacrifício para fazer feliz a seu filho. Assim sou Eu, e como sei que sua aflição é por minha
causa, se não te vejo voltar de novo a seu estado de alegria, e selada por minha felicidade, Eu
serei infeliz esperando que volte aos braços de minha felicidade”.

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13-50
Janeiro 11, 1922

As almas que vivem no Divino Querer, serão ao corpo místico da Igreja como pele ao 
corpo, e levarão a todos os seus membros a circulação de vida.

(1) Encontrando-me em meu habitual estado, estava pensando no Santo Querer Divino e dizia
entre mim: “Todos os filhos da Igreja são membros do corpo místico, do qual Jesus é a
cabeça; qual será o lugar que ocuparão as almas que fazem a Vontade de Deus neste corpo
místico?” E Jesus, sempre benigno, ao vir me disse:

(2) “Minha filha, a Igreja é meu corpo místico, do qual Eu me glorio de ser a cabeça, mas para
poder entrar neste corpo místico os membros devem crescer a devida estatura, de outra
maneira deformariam meu corpo; mas ai! quantos não só não têm a devida proporção, senão
que estão putrefatos, chagados, tanto que dão asco a minha cabeça e aos outros membros
sãos. Agora, as almas que vivem em meu Querer ou viverão, serão ao corpo de minha Igreja
como a pele ao corpo; o corpo contém pele interna e pele externa, e como na pele está a
circulação do sangue que dá vida a todo o corpo, e é em virtude desta circulação que os
membros atingem a devida estatura, se não fosse pela pele e pela circulação do sangue, o
corpo humano seria horrível à vista e os membros não cresceriam a devida proporção. Veja
então quanto me são necessárias estas almas que vivem em meu Querer, tendo-as destinado
como pele ao corpo de minha Igreja e como circulação de vida a todos os membros, serão elas
que darão o devido crescimento aos membros não crescidos, as que curarão os membros
chagados e as que com seu contínuo viver em meu Querer restituirão o frescor, a beleza, o
esplendor a todo o corpo místico, fazendo tudo igual à cabeça, que reinará com toda majestade
sobre estes membros. Eis por que não poderá chegar o fim dos dias se não tenho estas almas
que vivam como perdidas em meu Querer, elas me interessam mais que tudo. Que ridículo faria
este corpo místico na Jerusalém celestial sem elas! E se isto é o que me interessa mais que
tudo a Mim, também deve interessar-te mais que tudo a ti, se me amas, e eu, de agora em
diante darei a todos teus atos feitos em meu Querer virtude de circulação de vida a todo o corpo
místico da Igreja, como circulação de sangue ao corpo humano, teus atos estendidos na
imensidão de meu Querer se estenderão sobre todos, e como pele cobrirão estes membros,
dando-lhes o devido crescimento, por isso seja atenta e fiel”.

(3) Depois estava rezando toda abandonada no Querer de Jesus, e quase sem pensar disse:
“Meu amor, tudo em teu Querer: minhas pequenas penas, minhas orações, meu batimento,
meu respiro, tudo o que sou e posso unido a tudo o que és Tu para dar o devido crescimento
aos membros do corpo místico”. Jesus ao ouvir-me, mais uma vez fez-se ver e sorrindo de
satisfação acrescentou:
(4) “Como é bonito ver no teu coração as minhas verdades como fontes de vida, que
imediatamente têm o seu desenvolvimento e o efeito para o qual se comunicaram. Por isso,
corresponde, e Eu terei a honra de que assim que veja desenvolvida uma verdade, uma nova
fonte de verdade farei surgir”.

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13-51
Janeiro 14, 1922

A Santíssima Trindade dá vida a tudo.

(1) Encontrei-me fora de mim mesma, e via o Céu aberto e uma luz inacessível a toda
criatura; de dentro desta luz vinham raios que investem em todas as criaturas, celestiais,
terrestres e purgantes. Alguns raios eram tão deslumbrantes, que se bem ficava um revestido,
arrebatado, felicitado, mas não se sabia dizer nada do que conteriam; outros raios eram menos
deslumbrantes e se podia dizer algo da beleza, a felicidade, as verdades que continham, mas
era tanta a força da luz, que eu mesma não sabia se minha pequena mente seria ainda capaz
de voltar a mim mesma. Se meu Jesus não me tivesse sacudido com suas palavras, nenhuma
força humana poderia retirar-me daquela luz para chamar-me novamente à vida, mas ai de
mim, não sou ainda digna de minha amada e celestial pátria, minha indignidade me obriga a
vagar no exílio, mas, oh! Quão duro me é. Então Jesus me disse:

(2) “Minha filha, voltemos juntos para a tua cama. O que você vê é a Trindade Santíssima, que
tem como em um punho todas as criaturas, e como de seu simples alento dá vida, conserva,
purifica e felicita, não há criatura que dela não dependa. Sua Luz é inacessível à mente
criada; se alguém quisesse entrar lhe sucederia como a uma pessoa que quisesse entrar em
um grande fogo, não tendo calor e força suficientes para este fogo, ficaria consumida por ele,
por isso ficando consumida, jamais poderia dizer nem quanto, nem que calor continha esse
fogo. Os raios são as virtudes divinas, algumas destas virtudes são menos adaptáveis à mente
criada, por isso se faz feliz, vê-as, mas não sabe falar delas; das outras virtudes divinas mais
adaptáveis à mente humana sim se pode falar, mas balbuciante, porque ninguém pode falar
delas de maneira digna e justa. As virtudes mais adaptáveis à mente humana são: Amor,
misericórdia, bondade, beleza, justiça, ciência. Por isso, juntamente comigo, demos as nossas
homenagens em nome de todos para a agradecer, louvar, abençoar por tanta bondade para
com todas as criaturas”. Depois de ter rezado junto com Jesus voltei em mim mesma.

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13-52
Janeiro 17, 1922

Cada bem que a criatura faz, é um gole de vida que dá à sua alma.

(1) Estava seguindo a Paixão de meu doce Jesus, quando em um instante me encontrei fora de
mim mesma e via que meu sempre amável Jesus vinha arrastado pelo caminho, pisoteado,
golpeado mais que na mesma Paixão, tratado de forma tão bárbara que dava horror vê-lo; Eu
me aproximei de meu Jesus para tirá-lo dos pés daqueles inimigos que pareciam tantos
demônios encarnados. Ele se jogou em meus braços como se esperasse que eu o defendesse,
e o trouxe a minha cama. Então, depois de alguns minutos de silêncio, como se quisesse
descansar disse-me:
(2) “Minha filha, viste como triunfa o vício, as paixões nestes tristes tempos, como caminham
vitoriosos por todos os caminhos e o bem é pisoteado, golpeado e aniquilado? O bem sou Eu,
não há bem que a criatura faça no que Eu não entre, e cada bem que a criatura faz é um gole
de vida que dá a sua alma, assim que por quantos atos bons faz a criatura, tanto mais cresce a
vida de sua alma, a faz mais forte e mais disposta a realizar outros atos bons; mas para que
estes atos estejam isentos de qualquer substância venenosa devem ser retos, sem finalidade
humana, só para me agradar a Mim, de outra maneira os atos mais belos, mais santos
aparentemente, quem sabe quanto veneno contêm, e eu sendo puro bem fujo destes atos
contaminados e não comunico a vida, portanto, apesar de parecer que fazem o bem, seu bem
está vazio de vida e se alimentam de alimentos que lhes dão a morte. O mal despoja a alma da
veste da graça, deforma-a, obriga-a a tomar veneno para fazê-la morrer logo. Pobres criaturas,
feitas para a vida, para a felicidade, para a beleza, e o pecado não faz outra coisa que dar-lhes
goles de morte, goles de infelicidade, goles de fealdade, que tirando-lhes todos os humores
vitais as faz lenha seca para arder com mais intensidade no inferno”.

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13-53
Janeiro 20, 1922

O que a alma que vive na Divina Vontade deve fazer com seus trapos.

(1) Estava pensativa, e além disso me via tão má que só Jesus pode saber o estado miserável
de minha alma, e Ele, todo bondade me disse:
(2) “Minha filha, por que te oprimes? Sabe como são as coisas em minha Vontade? Como
tantos trapos velhos e desprezíveis que são mais uma desonra do que uma honra para a alma,
e que a fazem lembrar que ela era uma pobre e que nem sequer um único vestido decente
possuía. Quando eu quero chamar uma alma a meu Querer para fazer que estabeleça nele sua
morada, faço como um grande senhor que gostaria de levar a seu palácio uma das mais
pobres, para fazer que deixando seus trapos de pobre se vestisse à altura, à condição dele,
fazendo vida com Ele e tornando-a partícipe de todos os seus bens. Pois bem, este senhor vai
por todas as ruas da cidade e quando encontra uma das mais pobres, sem teto, sem cama,
coberta só com repugnantes trapos, a toma e a leva como triunfo de sua caridade a seu palácio,
porém ordena que deixe seus trapos, que se lave e se vista com os mais belos vestidos, e que
para não ter memória de sua pobreza, queime seus trapos, porque sendo ele muito rico não
admite em sua casa coisas que signifiquem pobreza. Agora, se a pobre chora por seus trapos e
se aflige porque não levou nada seu, não ofenderia a bondade, a magnanimidade desse
senhor? Assim sou Eu, e se aquele senhor percorre uma cidade, Eu percorro todo o mundo e
talvez todas as gerações, e quando encontro à menor, a mais pobre, tomo-a e a ponho no
âmbito eterno de meu Querer e lhe digo: “Trabalha junto Comigo em minha Vontade, o que é
meu é teu, se tens alguma coisa própria deixa-a, porque na santidade e imensas riquezas de
minha Vontade não são outra coisa que míseros trapos”. Querer ter méritos próprios é de
servos, de escravos, não dos filhos, o que é do pai é dos filhos, e além disso, que coisa são
todos os méritos que poderia adquirir em comparação com um ato só de minha
Vontade? Todos os méritos têm seu pequeno valor, peso e medida, mas quem poderia jamais
medir um ato só de minha Vontade? Todos os méritos têm seu pequeno valor, peso e medida,
mas quem poderia jamais medir um ato só de minha Vontade? Nenhum, nenhum, e além disso,
quais são seus méritos em comparação com os meus? No meu Querer você encontrará todos,
e deles Eu te faço dona, não está contente?

(3) Escuta minha filha, quero que deixe tudo a um lado, sua missão é grandíssima, e mais que o
dizer é fazer o que espero de você, quero que toda você esteja em contínuo ato em meu
Querer, quero o passeio de seus pensamentos em meu Querer, para que passeando sobre
todas as inteligências humanas estendas o manto de meu Querer sobre todas as mentes
criadas, e elevando-te até o trono do Eterno ofereça todos os pensamentos humanos selados
com a honra e a glória de minha Vontade Divina, depois estende o manto do meu Querer sobre
todos os olhares humanos, sobre todas as palavras, como se fizesse passear teus olhos e tuas
palavras sobre todas elas, e selando-as com meu Querer te eleves de novo ante a Majestade
Suprema, e ofereça a homenagem como se todos tivessem feito uso da vista e das palavras
segundo meu Querer, e o mesmo se obras, se respiras, se teu coração pulsa, teu passeio será
contínuo; teu caminho é longuíssimo, é toda a eternidade o que deves percorrer; se soubesses
quanto perdes cada vez que te detenhas e que me privas não de uma honra humana, senão de
uma honra divina. Estes são os méritos que você deveria temer perder, não seus trapos e suas
misérias, por isso mais atenção em fazer seus giros em meu Querer”.

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13-54
Janeiro 25, 1922
Cada verdade contém em si uma bem-aventurança, felicidade, alegria e beleza
diferentes. O que significará conhecer uma verdade de mais acerca da Divina Vontade quando a alma estiver no céu.

(1) Encontrando-me no meu estado habitual, meu sempre amável Jesus ao vir me disse:

(2) “Minha filha, por quantas verdades de mais te manifesto, tantas especialidades de bem-
aventuranças te faço em dom; cada verdade contém em si uma beatitude, felicidade, alegria e
beleza distinta, assim que cada verdade de mais que conheces põe em ti uma bem-
aventurança, uma felicidade, alegria, beleza, das quais tu ficas enriquecida; são sementes
divinas que a alma recebe, e que manifestando-as aos outros lhes comunica estas sementes e
enriquece a quem as recebe. Agora, as verdades conhecidas na terra, sendo sementes divinas
que germinam beatitude, alegria, etc., no Céu, quando a alma estiver em sua pátria serão fios
elétricos de comunicação, por meio dos quais a Divindade fará sair de seu seio tantos atos de
beatitude por quantas verdades a alma conheceu, ó! como será inundada por tantos mares
imensos. Já a semente a tens, com ter a semente tens o vazio onde poder receber estes mares
imensos de felicidade, de alegria e de beleza; quem não tem a semente, quem não conheceu
uma verdade na terra, falta-lhe o vazio para poder receber estas bem-aventuranças. Acontece
como quando um pequeno não quis estudar outras línguas, tornando-se grande e ouvindo falar
naquelas línguas que não quis ou não pôde estudar, não entenderá nada, porque sua
inteligência com não querer estudá-los ficou fechada e não fez nenhum esforço para preparar
um lugar para compreender essas línguas, no máximo ficará admirado, gozará da felicidade dos
demais, mas ele não a possuirá nem será causa de felicidade aos demais. Veja então o que
significa conhecer uma verdade de mais ou uma verdade de menos, se todos soubessem que
grandes bens se perdem, fariam concorrência para fazer aquisição de verdades.

Agora, as verdades são as secretárias de minhas bem-aventuranças, e se eu não as manifesto às almas,
essas verdades não quebram o segredo que contêm e continuam nadando em minha Divindade
esperando sua vez para fazê-la de agentes divinos e fazer-me conhecer, quantas Beatitudes de
mais contendo, e por quanto mais tempo estiveram ocultas em meu seio, com tanto mais fragor
e majestade saem fora para inundar as criaturas e manifestar minha glória. Você acha que todo
o Céu está a par de todos os meus bens? Não, não! Oh, quanto falta para eles desfrutarem e
que hoje não gozam! Cada criatura que entra no Céu e que conheceu uma verdade a mais, não
conhecida pelos demais, levará nela a semente para fazer sair de Mim novos contentamentos,
novas alegrias e nova beleza, dos quais essa alma será como causa e fonte, e os demais
tomarão parte. Não chegará o último dos dias se não encontrar almas dispostas a revelar todas
as minhas verdades, para fazer com que a Jerusalém Celestial ressoe da minha completa
glória, e todos os bem-aventurados tomem parte em todas as minhas bem-aventuranças, quem
como causa direta por ter conhecido essa verdade, e quem como causa indireta, por meio
daquela que a conheceu.

(3) Agora, minha filha, quero dizer-te para te consolar e para te fazer estar atenta em ouvir as
minhas verdades, que as verdades que mais me glorificam são as que se referem à minha
Vontade, causa primária pela qual crê o homem, que a sua vontade fosse uma com a de seu
Criador; mas o homem, tendo-se subtraído da minha Vontade, tornou-se indigno de conhecer o
valor e os efeitos e todas as verdades que Ela contém. Eis por que de todas as minhas
urgencias contigo, para fazer com que entre Eu e tu os quereres, corressem juntos e
estivessem sempre em total acordo, porque para fazer com que a alma possa abrir as portas e
dispor-se a conhecer as verdades que a minha Vontade contém, O primeiro é querer viver do
meu Querer, o segundo é querer conhecê-lo, o terceiro é apreciá-lo. Por isso contigo abri as
portas da minha vontade, para que conhecesses os seus segredos que o homem tinha
sepultado no meu seio, os efeitos e o valor que ela contém, e por quantas verdades conheces
de minha Vontade tantas sementes recebes e tantos secretários divinos te fazem cortejo. ¡ Oh!
como festejam em torno de ti, pois encontraram a quem confiar seu segredo, mas a festa mais
bela a farão quando te conduzirem ao Céu, quando a Divindade, à sua chegada, fará sair tantas
diversas bem-aventuranças distintas entre elas, de alegria, de felicidade e de beleza, que não
só te inundarão a ti, mas que todos os bem-aventurados tomarão parte. Oh, como o Céu espera
sua chegada para desfrutar destes novos contentamentos!”
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13-55
Janeiro 28, 1922

Jesus nos abriu tantas fontes no seu Querer.

(1) Estava a rezar e o meu doce Jesus atraiu-me para Ele, e transformando-me toda n’Ele
disse-me:
(2) “Minha filha, rezemos juntos para poder tomar o Céu num punho e impedir a terra de se
precipitar mais na corrente do mal”.
(3) Então nós rezamos juntos, e então adicionou:
(4) “Minha humanidade, estando na terra, se via muito estreitada ante a Divindade, e como era
inseparável dela não fazia outra coisa que entrar na imensidão da Vontade Eterna e abria
inumeráveis fontes em favor das criaturas, porque sendo abertas por um Homem Deus, dava à
família humana o direito de se aproximar destas fontes e de lhes tirar o que
quisessem. Portanto, formei a fonte do amor, a da oração, outra da reparação, a fonte do
perdão, a do meu sangue, a da glória. Agora, queres saber quem agita estas fontes para fazê-
las brotar e fazê-las derramar-se de modo que toda a terra fique inundada?

A alma que entra em meu Querer; conforme entra, se quer amar se aproxima da fonte do amor, e amando, ou só
com pôr a intenção de amar, agita a fonte, as águas ao ser agitadas crescem, transbordam e
inundam toda a terra e às vezes são tão fortes estas agitações, que as ondas se elevam tanto
que chegam a tocar o Céu e inundam a pátria celestial; se quer rezar, reparar, conseguir o
perdão aos pecadores, dar-me glória, agita a fonte da oração, da reparação, do perdão, e estas
brotam, transbordam e inundam a todos. Quantos bens não conseguiu ao homem minha
Humanidade? Deixei as portas abertas para que pudessem entrar quando quisessem, mas que
poucos são aqueles que entram”.

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13-56
Janeiro 30, 1922
As verdades são novas criações. A verdade é luz, e a luz por si mesma se estende, mas
para se estender é necessário fazê-la conhecer, o resto o fará por ela mesma.

(1) Encontrando-me em meu estado habitual, meu adorável Jesus ao vir, vendo-me toda
relutante em manifestar e em escrever o que Ele me diz, com uma atitude imponente que me
fazia tremer me disse:

(2) “Minha filha, minha palavra é criadora, e quando falo fazendo conhecer uma verdade que
me pertence, não é outra coisa que novas criações divinas que faço na alma. E assim como
quando criei o céu, com um só Fiat estendi os céus e os tachei de milhões de estrelas, tanto,
que não há lugar da terra donde não se veja este céu, e se de algum ponto não se visse seria
uma desonra à potência criadora, e poderiam dizer que a força criadora não tinha poder para se
espalhar por toda parte, assim minhas verdades são mais que céu que gostaria de fazer
conhecer a todos, desde um extremo ao outro da terra, e como tantas estrelas passar de boca
em boca para me adornar o céu das verdades que manifestei. Se a criatura quisesse esconder
minhas verdades, faria como se quisesse me impedir de criar o céu, e com o segredo no qual
quer me deixar me daria a desonra, como se uma pessoa quisesse impedir que os demais
olhassem o céu, o sol, e todas as coisas criadas por Mim para não me fazer conhecer. ¡ Ah!
minha filha, a verdade é luz, e a luz por si mesma se estende, mas para se estender é
necessário fazê-la conhecer, o resto o fará por si mesma, de outra maneira ficará reprimida,
sem o bem de poder iluminar e fazer o caminho que quer. Por isso seja atenta e não me impeça
o poder estender a luz de minhas verdades”.

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13-57
Fevereiro 2, 1922
A Divina Vontade é semente que multiplica as imagens de Deus. Para que Jesus trabalhe 
em nós, é necessária a igualdade total em todas as nossas coisas.

(1) Esta manhã, o meu sempre amável Jesus veio todo bondade e doçura; trazia uma corda ao
pescoço e na mão um instrumento, como se quisesse fazer alguma coisa. Então tirou a corda
do pescoço e o cingiu meu, depois fixou o instrumento no centro de mim, e com uma corda que
fazia girar por uma roda que estava no centro daquele instrumento me media toda, para ver se
todas as partes de minha pessoa as encontrava iguais; Ele estava todo atento para ver se a
corda ao girar encontrava a perfeita igualdade, e tendo-a encontrado deu um suspiro de grande
contentamento dizendo:

(2) “Se eu não a tivesse encontrado da mesma forma não teria conseguido cumprir o que quero,
a qualquer custo estou decidido a fazer dela um portento da graça”.
(3) Agora, aquela roda que estava no centro parecia que era uma roda de sol, e Jesus se
olhava nela para ver se sua adorável pessoa aparecia toda inteira nessa roda de sol, e Jesus
olhava-se nela para ver se sua adorável pessoa aparecia toda inteira nessa roda de sol, e
aparecendo, satisfeito parecia que rezava. Enquanto eu estava nisto desceu do Céu outra roda
de luz, semelhante à que eu tinha no centro da minha pessoa, mas sem separar os seus raios
do Céu, e fundiram-se juntos, e Jesus selou-os em mim com as suas mãos santíssimas e
acrescentou:

(4) “Por agora a incisão a fiz, o selo o pus, depois pensarei em desenvolver o que fiz”.
(5) E desapareceu. Eu fiquei espantada, mas não sei o que é, só entendi que para que Jesus
trabalhe em nós se necessita suma igualdade em todas as coisas, de outra maneira Ele
trabalha em um ponto de nossa alma, e nós destruímos em outro ponto. As coisas desiguais
são sempre incômodas, defeituosas, e se se quiser apoiar alguma coisa há perigo de que a
parte desigual a faça cair por terra. Um dia, uma alma que não é sempre igual quer fazer o bem,
quer suportar tudo, outro dia não se reconhece mais, desbotada, impaciente, assim que não se
pode fazer nenhum projeto sobre ela. Depois disto meu Jesus voltou e me atraindo em seu
Querer me disse:

(6) “Minha filha, a terra, quando se coloca a semente dentro dela, faz germinar e multiplica a
semente que se colocou. Minha Vontade se estende mais que terra e põe a semente de meu
Querer nas almas, e faz germinar e multiplicar tantas outras imagens minhas, semelhantes a
Mim. Meu Querer faz germinar meus filhos e os multiplica. Você deve saber que os atos feitos
em meu Querer são como o sol, do qual todos tomam a luz, o calor e o bem que contém o sol,
mas ninguém pode impedir que se goze dos bens dele, sem que um defraude ao outro todos
desfrutem dele, todos são proprietários do sol, Cada um pode dizer: “O sol é meu”. Assim os
atos feitos em meu Querer, mais que sol, são desejados e pretendidos por todos, os esperam
as gerações passadas, para receber sobre tudo o que fizeram a luz deslumbrante de meu
Querer; os presentes os esperam, para sentir-se fecundar e investir por esta luz; Os futuros os
esperam para cumprir o bem que farão. Em suma, minha Vontade sou Eu, e os atos feitos em
meu Querer girarão sempre na roda interminável da eternidade para constituir-se vida, luz e
calor de todos”.

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13-58
Fevereiro 4, 1922

As almas que vivem na Divina Vontade tomam parte da atividade eterna da Divina Vontade.

(1) Continuando meu estado habitual, meu doce Jesus ao vir me disse:
(2) “Minha filha, as almas que vivem em minha Vontade são as pequenas rodas que giram na
grande roda da eternidade. Minha Vontade é o movimento e a vida da roda da eternidade
interminável; conforme elas entram em meu Querer para orar, para amar, para obrar, etc., a
roda da eternidade as faz girar em sua circunferência interminável, e elas, como nessa roda
encontram tudo o que se tem feito e o que se deve fazer, tudo o que se deveria fazer e não se
fez, à medida que giram derramam luz e ondas divinas no que se fez e se deve fazer, dando em
nome de todos a honra divina a seu Criador, e refazem o que não foi feito pelas criaturas. Oh!
Como é bonito ver entrar uma alma em meu Querer, assim que entra, a grande roda da
eternidade lhe dá a corda para fazê-la girar em seu grande eixo, e a pequena roda faz giros
eternos; a corda da grande roda a põe em comunicação com todas as cordas divinas, e
enquanto gira faz o que faz seu mesmo Criador, por isso estas almas são como as primeiras
criadas por Mim, e como as últimas, porque ao girar se encontram no princípio, no meio e no
final; Então elas serão a coroa de toda a família humana, a glória, a honra e o suplemento de
tudo, e o retorno a Deus de toda a ordem das coisas criadas por Ele. Por isso seus giros sejam
contínuos em meu Querer, Eu te darei a corda e você te prestará a recebê-la, não é verdade?”

(3) Depois acrescentou: “Não disseste todos os giros que a roda da tua vontade faz na grande
roda da eternidade”.

(4) E eu: “Como poderia dizê-los se não sei?”
(5) E Ele: “Assim que a alma entra em minha Vontade, ainda com uma simples adesão, com um
abandono, Eu lhe dou a corda para fazê-la girar, e sabe quantas vezes gira? Gira por quantas
inteligências pensam, por quantos olhares dirigem as criaturas, por quantas palavras dizem, por
quantas obras e por quantos passos se fazem, giram a cada ato divino, a cada movimento, a
cada graça que do Céu desce, em suma, em tudo o que se faz no Céu e na terra elas formam o
giro; os giros destas rodinhas são velozes, rápidos, assim que são incalculáveis a elas mesmas,
mas Eu os numero todos, primeiro para tomar a glória, o amor eterno que me dão, e depois
para fundir todo o bem eterno, para dar-lhes a capacidade de as fazer ultrapassar tudo, para
poder abraçar a todos e fazer-se coroa de tudo”.
+ + + +
Graças a Deus.

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