Estudo 5 – Livro do Céu Vol. 1 ao 10 – Escolada Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 5 – Livro do Céu Vol. 1 ao 10 – Escolada Divina Vontade
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MEDITAÇÃO DOS TRECHOS
VOLUME 1 – 

(30) Lembro-me de uma manhã, quando ele me falava sobre a mesma virtude, ele me disse que por falta de humildade havia cometido muitos pecados, e que se eu tivesse sido humilde, eu teria ficado mais perto dele e não teria feito tanto mal; ele me fez entender como o pecado era feio, a afronta que este miserável verme tinha feito a Jesus Cristo, a ingratidão horrenda, a impiedade enorme, o dano que tinha vindo a minha alma. Fiquei tão espantada que não sabia o que fazer para reparar, fazia algumas mortificações, pedia outras ao confessor, mas poucas me eram concedidas, assim que todas me pareciam sombras e não fazia outra coisa que pensar em meus
pecados, mas sempre mais estreita a Ele. Tinha tanto medo de me afastar dele e de agir pior que antes, que eu mesma não sei explicar. Não fazia outra coisa quando me encontrava com Ele que dizer-lhe a pena que sentia por havê-lo ofendido, pedia-lhe sempre perdão, agradecia-lhe porque tinha sido tão bom comigo, e dizia-lhe de coração: “Olha, oh! Senhor o tempo que perdi, enquanto poderia ter te amado”. Então não sabia dizer outra coisa senão o grave mal que tinha feito; finalmente, um dia repreendeu-me e disse:
Esqueço-me das culpas. Esqueço-me das culpas.

(31) “Não quero que penses mais nisto, porque quando uma alma se humilhou, convencida de ter feito mal e lavado a sua alma no sacramento da confissão e está disposta a morrer antes de me ofender, pensar nisso é uma afronta à minha Misericórdia, é um impedimento para a estreitar ao meu Amor, Porque ela procura sempre, com a sua mente, envolver-se na lama do passado e impede-me de a fazer voar para o Céu, porque sempre com essas ideias se fecha em si mesma, se é que procura pensar nelas. E além disso, olha, Eu já não me lembro de nada, eu esqueci perfeitamente; você vê alguma sombra de rancor da minha parte?”

(32) E eu dizia-lhe: “Não, Senhor, és tão bom”. Mas sentia partir-me o coração de ternura.
(33) E Ele: “E bem, quererás manter diante destas coisas?”
(34) E eu: “Não, não, não quero”.
(35) E Ele: “Pensemos em amar-nos e em contentar-nos mutuamente”.
(36) Daí em diante não pensei mais nisso, fazia quanto mais podia por satisfazê-lo e lhe pedia que Ele mesmo me ensinasse o modo como devia fazer para reparar o tempo passado. E Ele me dizia:
Imitação da sua Vida. Imitação da vida de Jesus.
(37) “Estou pronto a fazer o que tu queres. Olha, a primeira coisa que eu disse que queria de ti era a imitação da minha Vida, assim que vejamos o que te falta”.
(38) “Senhor”, dizia-lhe, “me falta tudo, não tenho nada”.
(39) “E bem”, dizia-me: “Não temas, pouco a pouco faremos tudo, Eu mesmo conheço como és fraco, mas é de Mim que deves tomar força”. (Não me lembro em ordem, mas como posso dizê-lo)
2-4
Março 14, 1899

Jesus refugia-se no coração e chora a sorte das criaturas. A alma faz de tudo para consolá-lo e chora junto com Jesus.

(1) Esta manhã o meu dulcíssimo Jesus, transportando-me juntamente com Ele, fazia-me ver a multiplicidade dos pecados que se cometem, e eram tais e tantos, que é impossível descrevê-los; via também no ar uma estrela de tamanho desmesurado, e em sua circunferência continha fogo negro e sangue; infundia tal temor e espanto ao olhá-la, que parecia que fosse menor mal a morte do que viver em tempos tão tristes. Em outros lugares se viam os vulcões, que abrindo outros tantos crateras deviam inundar até os povos vizinhos; viam-se também gentes sectárias que irão favorecendo os incêndios, etc. Enquanto isso via, meu amável mas aflito Jesus me disse:

(2) “Viu o quanto me ofendem e o que tenho preparado? Eu me retiro do homem”.
(3) E enquanto isto dizia, nos retiramos os dois na cama, e via que neste retirar-se de Jesus, os homens se punham a fazer ações mais feias, mais homicídios, em uma palavra, me parecia ver gente contra gente. Quando nos retiramos, parecia que Jesus se metia em meu coração e começou a chorar e a soluçar dizendo:

(4) “Ó homem, quanto te amei! Se você soubesse o quanto me dói ter que te punir! Mas a isto me obriga minha justiça. Oh homem, oh homem, quanto choro e me dói sua sorte!”
(5) Depois dava desabafo ao pranto e de novo repetia as palavras. Quem pode dizer a dor, o temor, o rasgo que se fazia em minha alma, especialmente ao ver Jesus tão aflito e chorando?
Quanto mais podia esconder a minha dor, e para o consolar, dizia-lhe: “Ó Senhor, para que nunca castigues os homens! Esposo Santo, não chores, tal como fizestes outras vezes assim farás agora, derramarás em mim, far-me-ás sofrer a mim, e assim vossa justiça não vos obrigará a castigar as nações”. E Jesus continuava chorando e eu repetia: “Mas escuta-me um pouco, não me pusestes nesta cama para que seja vítima pelos demais? Por acaso não estive disposta a sofrer as outras vezes para evitar os castigos às criaturas? Por que agora não querem me fazer caso?” Mas com todas as minhas pobres palavras Jesus não se acalmava de chorar, então não podendo resistir mais, também eu rompi em pranto dizendo: “Senhor, se vossa intenção é punir aos homens, não me dá o ânimo ver sofrer tanto as criaturas, por isso, se verdadeiramente quereis mandar os flagelos e meus pecados não me fazem merecer mais o sofrer eu em lugar dos demais, quero ir ao Céu, Não quero estar mais sobre esta terra”.
(6) Depois veio o confessor e tendo-me chamado à obediência, Jesus retirou-se e assim terminou.

(7) Na manhã seguinte continuava a ver Jesus retirado em meu coração, e via que as pessoas vinham até dentro de meu coração e o pisavam, o colocavam sob os pés. Eu fazia quanto mais podia para libertá-lo e Jesus dirigindo-se a mim me disse:

(8) “Vês até onde vai a ingratidão dos homens? Eles mesmos me obrigam a castigá-los, sem que possa fazer de outra maneira. E tu, minha querida, depois de me teres visto sofrer tanto, te sejam mais amadas as cruzes e sinta como deleites as penas”.

3-5
Novembro10, 1889

A obediência ao confessor.

(1) Depois de ter passado alguns dias em contenda com Jesus, porque eu queria ser desatada e Ele não queria, agora se fazia ver que dormia, agora me impunha silêncio; finalmente esta manhã, enquanto o vi, Via o confessor que me ordenava absolutamente que me fizesse desatar por Jesus, e isto mais de uma vez, mas Jesus não fazia caso, e eu obrigada pela obediência lhe disse: “Meu amável Jesus, quando te opuseste à obediência? Não sou eu que quero ser desatada, é o confessor que quer que me faças sofrer a crucificação, por isso rende-te a esta virtude tão predileta por Ti, que entretém toda a tua vida, e formou o último elo, unindo tudo em um o sacrifício da cruz”.

(2) E Jesus: “Tu queres fazer-me violência tocando-me esse elo que uniu a Divindade e a humanidade, e formou um só elo, que é a obediência”.

(3) E, enquanto isto dizia, assumiu o aspecto de Crucificado e, quase forçado pelo poder sacerdotal, tive a participação das dores da crucificação. Seja sempre bendito o Senhor e seja tudo para sua glória. Assim parece que fiquei desatada.

4-5
Setembro 12, 1900

Sofrimento impiedoso, Jesus a alivia. Maquinações de revoluções contra a Igreja.

(1) Continua quase o mesmo, esta manhã ao vir derramou suas amarguras, e eu fiquei tão sofredor que comecei a pedir ao Senhor que me desse a força e que me aliviasse um pouco, porque não podia resistir.
Enquanto estava nisso, veio-me uma luz à mente fazendo que pensasse que cometia pecado ao fazer isto, e além disso, que dirá o bendito Jesus? Enquanto em outras ocasiões lhe roguei tanto que derramasse, desta vez que sem fazer rogar tinha derramado, estava buscando alívio, de parece que me vou fazendo mais má, e chega a tanto minha maldade, que mesmo diante dele mesmo não me abstenho de cometer defeitos e pecados. Então, não sabendo o que fazer para reparar, resolvi dentro de mim que desta vez, para fazer um maior sacrifício e me dar uma penitência a fim de que minha natureza em outra ocasião não ousaria procurar alívio, renunciar à vinda de Nosso Senhor, e se viesse devia lhe dizer: “Não venha amor, tenha compaixão de mim, não me alivie”. Assim fiz e passei algumas horas em intenso sofrimento e sem Jesus; quão amargo me parecia. Mas Jesus tendo compaixão de mim, sem que o buscasse veio, e eu logo lhe disse: “Tenha paciência, não venha, que não quero alívio”.

(2) E Ele: “Minha filha, estou contente de teu sacrifício, mas tens necessidade de um consolo, de outro modo
desfalecerias.”
(3) E eu: “Não, Senhor, não quero alívio”.
(4) Mas Ele, aproximando-Se da minha boca, quase à força derramou da sua boca alguma gota de leite doce, que amenizaram o meu sofrimento; quem pode dizer a confusão, a vergonha que sentia diante Dele, esperando-me uma repreensão, mas Jesus como se não tivesse percebido minha falta se mostrava mais afável, mais doce. Eu, vendo-o assim disse: “Meu adorável Jesus, uma vez que derramaste em mim e eu sofro, deves perdoar o mundo, não é verdade?”.
(5) E ele: “Minha filha, acreditas que eu derramei tudo em ti? E, além disso, como poderias enfrentar tudo o que de castigo derramarei sobre o mundo? Você mesma viu que aquele pouco que derramei não podia resistir, e se não tivesse vindo te ajudar teria sucumbido, agora, o que seria se derramasse tudo em ti? Minha querida, dei-te a minha palavra, contentar-te-ei em parte”.

(6) Depois disto me transportou para fora de mim mesma, no meio das pessoas, e continuava a ver os tantos males, especialmente maquinações de revoluções contra a Igreja, e entre a sociedade, planos para matar o Santo Padre e os sacerdotes. Eu sentia-me dilacerar a alma ao ver estas coisas, e pensava: “Se, jamais seja, chegarem a realizar-se estas maquinações, o que acontecerá? Quantos males virão?” E toda aflita olhei para Jesus, e Ele me disse:
(7) “E daquela revolta que aconteceu aqui, o que você diz?”.
(8) E eu: “Qual revolta? No meu país nada aconteceu”.
(9) E Ele: “Não te lembras da revolta de Andria?”.
(10) “Sim Senhor”.
(11) “E bem, parece que é nada, mas não é assim, aquela foi toda uma ocasião, e é um fomento, uma força para outras cidades para mover-se e derramar sangue, causando ultraje às pessoas consagradas, e a meus templos, e como cada um quer mostrar quanto é mais feroz em exaltar o errado, competirão para ver quem pode fazer mais mal”.

(12) E eu: “Ah Senhor, dá a paz à Igreja e não permitas tantas desgraças!” E querendo dizer mais, me
desapareceu, deixando-me toda aflita e pensativa.

5-5
Março 24, 1903

Enquanto se é nada, pode-se ser tudo estando com Jesus.

(1) Esta manhã, depois de ter passado dias amargos, o bendito Jesus veio e se divertia familiarmente comigo; tanto que eu acreditava que devia possuí-lo sempre; mas quando estava no melhor, como um relâmpago desapareceu; quem pode dizer minha pena? Sentia-me a enlouquecer, muito mais que estava quase segura que não o perderia mais. Agora, enquanto me consumia em penas, como um relâmpago voltou, e com uma voz sonora e séria me disse:
(2) “Quem és tu que pretendes ter-me sempre contigo?”
(3) E eu, louca como estava, toda atrevida respondi: “Estando Contigo sou tudo, sinto que não sou outra coisa que uma vontade saída do seio do meu Criador, e esta vontade até que esteja unida Contigo, sente a vida, a existência, a paz, todo o seu bem. Sem Ti a sinto sem vida, destruída, dispersa, inquieta, posso dizer que provo todos os males, e para ter vida e não me dispersar, esta vontade saída de Ti busca teu seio, teu centro, e aí quer permanecer para sempre”. Parecia que Jesus se enternecia tudo, mas de novo repetiu:

(4) “Mas quem és tu?
(5) E eu: “Senhor, não sou outra coisa senão uma gota de água, e esta gota de água, enquanto se encontra no teu mar, lhe parece ser todo o mar; e se do mar não sair se mantém limpa e clara, de modo a poder estar diante das outras águas; mas se sair do mar se enlameará, e pela sua pequenez se desvanecerá”. Todo comovido se inclinou para mim dando-me um abraço e me disse:
(6) “Minha filha, quem quer estar sempre em minha Vontade conserva nela a mim mesma Pessoa, e se bem pode sair de minha Vontade, havendo-a criado livre de vontade, minha potência obra um prodígio fornecendo-lhe continuamente a participação da Vida Divina, e por esta participação que recebe sente tal força e atração de união com a Vontade Divina, que embora o quisesse fazer não o pode fazer, e esta é a contínua virtude da que te falei no outro dia, que sai de Mim para quem faz sempre minha Vontade.

6-5
Novembro 19, 1903

Enquanto se é nada pode ser tudo

(1) Continuando o meu habitual estado, vi dentro de mim o bendito Jesus, e uma luz na minha inteligência que dizia:
(2) “Enquanto se é nada se pode ser tudo, mas em que modo? Torna-se tudo com o sofrimento. Sofrer faz com que a alma se torne pontífice, sacerdote, rei, príncipe, ministro, juiz, advogado, reparador, protetor, defensor. E como o verdadeiro sofrer é o sofrer querido por Deus em nós, se a alma se une em tudo a seu Querer, esta união, unida ao sofrer, faz que a alma impere sobre a justiça, sobre a misericórdia de Deus, sobre os homens e sobre todas as coisas. Agora, assim como a Cristo o sofrer lhe deu todas as mais belas qualidades e todas as honras e ofícios que a natureza humana pode conter, assim a alma, participando no sofrer de Cristo participa das qualidades, das honras e dos ofícios de Cristo, que é o todo”.

7-5
Fevereiro 28, 1906

A maior honra que a criatura pode dar a Deus é depender em tudo de sua Vontade Divina. Modo como a Graça se comunica.

(1) Esta manhã, o bendito Jesus assim que se fez ver me disse:

(2) “Minha filha, a maior honra que a criatura pode dar a Deus como Criador, é a de depender em tudo de sua Vontade Divina, e o Criador vendo que a criatura faz seu dever de criatura para com o Criador, comunica-lhe sua Graça”.

(3) E enquanto dizia isto, saía uma luz de Jesus bendito e fazia-me compreender o modo como comunica a Graça. E eu compreendia assim: que a alma, por exemplo, sente nela um aniquilamento de si mesma, vê seu nada, sua miséria, inabilitada para fazer nem sequer uma sombra de bem, agora, enquanto se sente neste estado, Deus comunica sua Graça, e a Graça da verdade, Assim que a alma descobre em toda a verdade sem engano, sem trevas, e então o que Deus é por natureza: Verdade Eterna, que não pode enganar, nem ser enganada, a alma o torna por Graça, ou seja, a alma sente um desapego das coisas da terra, vê sua fugacidade, sua instabilidade, vê como tudo é falso, toda podridão, que merecem ser aborrecidas em vez de amadas.

Deus enquanto a alma se sente neste estado, comunica sua Graça, e a Graça do verdadeiro amor e do amor eterno; comunica sua beleza, de tal modo que faz enlouquecer a alma amante, e a alma fica cheia do amor e da beleza de Deus, e então o que Deus é por natureza: Amor e beleza eterna, a alma o torna por Graça, e assim de todas as outras virtudes divinas,
Porque se eu quisesse dizer tudo seria muito longo. Só acrescento que a Graça previne a alma, a excita, mas só se comunica e entra a tomar posse quando a alma mastiga essas verdades e como alimento as engole, por isso nem todos recebem os efeitos ditos acima, porque como relâmpagos, deixam-nos fugir da mente e não lhes fazem um lugar.

8-6
Julho 14, 1907

Tudo na alma deve ser amor.

(1) Continuando o meu habitual estado, por pouco tempo veio o bendito Jesus, e eu sem pensar perguntei:
“Senhor, ontem confessei-me; se tivesse morrido, sendo que a confissão perdoa as culpas, ter-me-ias levado diretamente ao paraíso?”

(2) E Ele: “Minha filha, é verdade que a confissão perdoa as culpas, mas a coisa mais segura e certa para isentar o purgatório é o amor, assim que na alma o amor deve ser a paixão predominante: Amor e pensamento, a palavra, os movimentos, tudo, tudo deve ser envolvido por este amor, e assim, o Amor Incriado encontrando todo amor, absorve em Si o amor criado. De fato, que outra coisa faz o purgatório senão preencher os vazios de amor que há na alma, e quando enche estes vazios a manda ao Céu. Se não há estes vazios, não é coisa que pertença ao purgatório”.

9-5
Maio 16, 1909

O sol é símbolo da Graça.

(1) Continuando meu habitual estado, assim que veio o bendito Jesus me disse:
(2) “Minha filha, o sol é como um símbolo da graça, o qual onde encontra vazio, ainda que fosse uma caverna, um subterrâneo, uma fissura, um buraco, desde que estejam vazios e haja alguma pequena abertura para entrar, entra e tudo enche de luz; com isto não diminui sua luz nos outros espaços onde está, e se a luz não ilumina mais, não é que lhe falte a luz, senão que lhe falta o terreno para poder difundir de mais sua luz. Assim é minha graça, mais que sol majestoso envolve todas as criaturas com a sua influência benéfica, mas não entra senão nos corações vazios, e por quanto vazio encontra, tanta luz faz penetrar dentro dos corações.

Mas como se formam estes vazios? A humildade é a pá que escava e forma o vazio; o desapego de tudo, mesmo de si mesmo, é o vazio em si; a janela para fazer entrar a luz da graça neste vazio é a confiança em Deus e a desconfiança de si mesmo; de modo que, porque confia em Deus, o outro tanto expande a porta para fazer entrar a luz e tomar dela maior graça; a guarda que guarda a luz e a engrandece, é a paz”.

10-5

Novembro 29, 1910

Jesus é zeloso de que ninguém dê alívio à alma.

(1) Tendo vindo um bom e santo sacerdote, estava um pouco ansiosa porque queria conversar com ele, especialmente sobre meu estado presente para conhecer a Divina Vontade, mas tendo vindo a primeira e a segunda vez, vi que nada se concluía do que eu queria. Agora, tendo recebido a comunhão, toda aflita comunicava ao meu afetuoso Jesus minha grande aflição, dizendo: “Minha vida, meu bem e meu tudo, se vê que só Você é tudo para mim, não encontrei jamais em nenhuma criatura, por quão boa e santa que seja, uma palavra, um consolo, um epílogo a minha mais mínima dúvida, se vê que não deve haver nenhum para mim, mas Você só, só o Todo para mim, e eu sozinha, sozinha, e sempre só para Você, e eu me abandono tudo e sempre em Ti, por quão má sou tem a bondade de me ter entre teus braços e de não me deixar um só instante”. Enquanto dizia isto, meu bendito Jesus fazia-se ver que olhava dentro de meu interior, revolvia tudo para ver se havia alguma coisa que a Ele não agradasse, e enquanto revolvia, tomou em suas mãos como um grão de areia branca e o jogou a terra, depois me disse:
(2) “Minha filha amadíssima, é sumamente justo que quem é toda para Mim, somente Eu seja tudo para ela, sou muito zeloso de que outro possa dar-lhe o mínimo alívio. Eu sozinho, muito sozinho, quero suplir-te por todos e em tudo, o que te aflige? O que queres? Faço tudo para que estejas feliz, estás a ver aquele grão branco que te tirei? Não era outra coisa que um pouco de ansiedade, porque querias saber por meio de outros minha Vontade, te tirei e o lancei a terra para te deixar na santa indiferença, tal como Eu te quero, e agora te digo qual é meu Querer: A missa a amo, a comunhão também; sobre se deves ou não esperar o sacerdote para recuperar-te, serás indiferente, se te sentes adormecida não te esforçarás por recuperar-te, e se estás acordada não te esforçarás por adormecer.

Entretanto deves saber que te quero sempre pronta e sempre no posto de vítima, ainda que nem sempre sofras, te quero como aqueles soldados no campo de batalha, que embora o ato de lutar não seja continuo, estão com as armas preparadas, e se necessário, sentados no quartel, para que cada vez que o inimigo queira empreender a batalha estejam prontos a derrotá-lo. Assim tu, filha minha, estarás sempre pronta, sempre em teu posto, para que cada vez que te queira fazer sofrer para meu alívio ou para perdoar flagelos, ou por outra causa, Eu te encontre sempre pronta, não devo sempre te chamar nem te dispor cada vez ao sacrifício, Mas ficarás como se sempre te chamasse, mesmo que nem sempre te tenha em ato de sofrer.
Então nos entendemos, não é verdade? Fique calma e não tenha medo de nada”.

 

 

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