59. O endemoninhado curado na sinagoga de Cafarnaum.
2 de novembro de 1944.
59.1Vejo a sinagoga de Cafarnaum. Ela já está cheia pela multidão que
encontra-se em expectativa. Pessoas que estão à porta olham com freqüência
para a praça ainda ensolarada, se bem que a tarde já vem chegando.
Finalmente, ouve-se um grito:
– Eis o Rabi.
As pessoas viram-se todas para a porta, os mais baixos se levantam nas
pontas dos pés, ou procuram lançar-se para a frente. Algumas discussões,
alguns empurrões, não obstante as repreensões partidas dos encarregados da
sinagoga e dos maiorais da cidade.
– A paz esteja sobre todos os que procuram a Verdade!
Jesus está na entrada e saúda abençoando, com os braços estendidos
para a frente. A luz bem forte que há na praça cheia de sol faz com que sua
figura alta se destaque, aureolando-a de luz. Jesus tirou sua veste branca
ficando, como é o costume, com outra azul escura. Ele avança entre a
multidão, que se abre e se fecha ao redor Dele, como a onda ao redor de um
navio.
59.2 – Eu estou doente, cura-me! –geme um jovem, que pelo aspecto, me
parece estar tuberculoso e que segura Jesus pela veste.
Jesus lhe põe a mão sobre a cabeça e diz:
– Confia. Deus te ouvirá. Deixa agora que Eu fale ao povo, depois virei
a ti.
O jovem o deixa ir e fica quieto.
– Que foi que Ele te disse? –pergunta-lhe uma mulher que está com um
menino nos braços.
– Disse-me que depois de ter falado ao povo virá a mim.
– Então, vai te curar?
– Não sei. Ele me disse: “Confia.” Eu espero.
– Que foi que Ele disse? Que foi que Ele disse?
A multidão quer saber. E a resposta de Jesus vai sendo comentada entre
o povo.
– Então, eu vou buscar o meu menino.
– E eu vou trazer aqui o meu velho pai.
– Oh! Se o Ageu quisesse vir! Eu vou tentar… mas ele não virá.
59.3 Jesus chegou ao seu lugar. Saúda o chefe da sinagoga e é saudado por
ele. É um homenzinho baixo, gordo e de idade. Para falar a ele, Jesus precisa
inclinar-se. Parece uma palmeira que se curva sobre um arbusto mais largo
do que alto.
– Que queres que eu te dê? –pergunta o arqui-sinagogo.
– O que quiseres, ou melhor, o que apanhares. O Espírito te guiará.
– Mas… estás preparado?
– Estou. Dá-me um qualquer. Repito: O Espírito do Senhor guiará a
escolha para o bem deste povo.
O arqui-sinagogo estende a mão sobre a pilha dos rolos, tira um, abre-o,
e pára num certo ponto.
– Este –diz ele.
Jesus pega o rolo e lê o ponto indicado[103]
:
– Josué: “Levanta-te e santifica o povo, e diz a eles: ‘Santificai-vos para
amanhã, porque diz o Senhor Deus de Israel, o anátema está no meio de vós,
ó Israel; tu não poderás estar à frente dos teus inimigos, enquanto não for
tirado do meio de ti quem se tiver contaminado com tal delito’.”
Ele pára, enrola o volume, e o entrega de volta.
A multidão está muito atenta. Somente se ouve a voz de alguém que
murmura:
– Vamos ouvir hoje das boas contra os inimigos!
– É o Rei de Israel, o Prometido, que reúne o seu povo!
59.4 Jesus estende os braços em seu costumeiro gesto oratório. O silêncio
se torna completo.
– Quem veio para santificar-vos se levantou. Ele saiu do segredo da
casa onde se preparou para esta missão. Ele se purificou para dar-vos
exemplo de purificação. Tomou sua posição frente aos poderosos do Templo
e ao povo de Deus e agora está entre vós. Sou Eu. Não como alguns entre
vós pensam e esperam, com uma mente enevoada e com um fermento no
coração. Mais alto e maior é o Reino do qual Eu sou o futuro Rei e ao qual
Eu vos chamo.
Eu vos chamo, ó vós de Israel, antes de qualquer outro povo, porque vós
sois os que, nos pais dos pais, tiveram a promessa desta hora e aliança com
o Senhor Altíssimo. Mas não será com multidões armadas nem com
ferocidades sangrentas que este Reino vai ser formado; e nele não entrarão
os violentos, nem os prepotentes, nem os soberbos, os iracundos, os
invejosos, os luxuriosos, os avarentos, mas os bons, os mansos, os
continentes, os misericordiosos, os humildes, os que têm amor ao próximo e
a Deus, os pacientes.
Israel! Não é contra os inimigos de fora que és chamado a combater.
Mas contra os inimigos de dentro. Contra aqueles que estão no coração de
cada um de vós. No coração de dezenas e dezenas de milhares de filhos teus.
Tirai o anátema do pecado de todos os vossos corações um por um, se
quereis que amanhã Deus vos reúna e vos diga: “Povo meu, para ti o Reino
que não será mais derrotado, nem invadido, nem emboscado pelos
inimigos.”
Amanhã. Que amanhã é este? Dentro de um ano ou de um mês? Oh! Não
procureis. Não procureis, com uma sede doentia, saber o que está para
acontecer, usando para isso de meios que têm o sabor de uma culpável
feitiçaria. Deixai aos gentios o espírito pitônico. Deixai ao Deus eterno o
segredo do seu tempo. Vós de amanhã, o amanhã que surgirá depois desta
hora da tarde, e a que virá à noite, que surgirá com o canto do galo, vinde
purificar-vos na verdadeira penitência.
Arrependei-vos dos vossos pecados para serdes perdoados e
preparados para o Reino. Tirai de vós o anátema do pecado. Cada um tem o
seu. Cada um tem aquele que é contrário aos dez mandamentos de salvação
eterna. Examinai-vos cada um com sinceridade e encontrareis o ponto em
que errastes. Humildemente tende dele um arrependimento sincero. Tende a
vontade de arrepender-vos. Não só com palavras. De Deus não se zomba e a
Deus não se engana. Mas arrependei-vos com vontade firme, que vos leve a
mudar de vida, a entrar de novo na Lei do Senhor. O Reino dos Céus vos
espera. Amanhã.
Amanhã? Estais perguntando. Oh! É sempre um amanhã solícito a hora
de Deus, ainda que ela chegue ao fim de uma vida longa como a dos
Patriarcas. A eternidade não tem por medida de tempo o correr lento da
clepsidra. E aquelas medidas de tempo que vós chamais dias, meses, anos,
séculos, são palpitações do Espírito eterno, que vos mantêm vivos. Mas, vós
sois eternos em vosso espírito e deveis, para o vosso espírito, ter o mesmo
método de medição do tempo que o vosso Criador tem. Então, dizeis:
“Amanhã será o dia da minha morte.” Aliás, não morte para os fiéis. Mas
repouso de espera, à espera do Messias, que abrirá as portas do Céu.
E, em verdade, vos digo que, entre os aqui presentes, só vinte e sete é
que morrerão e deverão esperar. Os outros estarão já julgados, antes da
morte, e a morte será sua passagem para Deus ou para Mamon, sem demora,
porque o Messias já veio, está entre vós e vos chama para dar-vos a Boa
Nova, para instruir-vos na Verdade e para salvar-vos no Céu.
Fazei penitência! O “amanhã” do Reino dos Céus é iminente. Que ele
vos encontre limpos, a fim de vos tornardes possuidores do dia eterno.
A paz esteja convosco.
59.5Para contradizê-lo, levanta-se um empertigado e barbudo israelita. Ele
diz:
– Mestre, tudo o que dizes me parece em contraste com tudo o que está
dito
[104]
no segundo livro dos Macabeus, glória de Israel. Lá está dito: “É de
fato sinal de grande benevolência não permitir aos pecadores que fiquem
andando por muito tempo atrás de seus caprichos, mas dar-lhes logo o
castigo. O Senhor não faz como as outras nações, que as espera com
paciência, para puni-las quando chegar o dia do Juízo, quando estiver cheia
a medida dos pecados.” Tu ao invés, falas como se o Altíssimo pudesse ser
muito lento em punir-nos, esperando-nos como os outros povos, no tempo do
Juízo, quando estiver cheia a medida dos pecados. Verdadeiramente os fatos
te desmentem. Israel está punido, como diz o histórico dos Macabeus. Mas,
se fosse como dizes, não há uma divergência entre a tua doutrina e a que está
encerrada na frase que eu te disse?
– Quem és, Eu não sei
[105]
. Mas, seja quem fores, Eu te respondo. Não
há divergência na doutrina, mas no modo de interpretar as palavras. Tu as
interpretas segundo o modo humano. Eu, segundo aquele do espírito. Tu,
representante da maioria, vês tudo com referências ao presente e ao
transitório. Eu, representante de Deus, tudo explico, e aplico ao que é eterno
e sobrenatural. Javé vos feriu sim, no presente, na soberba e na injustiça de
ser um “povo”, segundo a terra. Mas, como vos tem amado e usado de
paciência para convosco, mais do que com todos os outros, concedendo-vos
o Salvador, o seu Messias, para que o escuteis, e vos salveis, antes da hora
da ira divina! Não quer mais que sejais pecadores. Mas, se no transitório
Ele vos feriu, vendo que a ferida não sara, mas ao contrário, torna sempre
mais obtuso o vosso espírito, eis que Ele vos manda, não punição, mas
salvação. Vos manda Aquele que vos cura e vos salva. Eu, que vos falo.
59.6 – Não achas que estás sendo ousado ao professar-te representante de
Deus? Nenhum dos Profetas ousou tanto. E Tu… Quem és, Tu que estás
falando? E com ordem de quem falas?
– Os Profetas não podiam falar deles mesmos o que Eu de Mim mesmo
falo. Quem sou Eu? Sou o Esperado, o Prometido, o Redentor. Já ouviste
aquele que o precede dizer: “Preparai o caminho do Senhor… Eis que o
Senhor Deus vem… Como um pastor apascentará o seu rebanho, sendo
também o Cordeiro da verdadeira Páscoa.” Entre vós estão aqueles que
ouviram do Precursor estas palavras, e viram o céu relampejar com uma luz
que descia em forma de pomba, e ouviram uma voz que falava, dizendo quem
Eu era. Por ordem de quem Eu falo? Daquele que é, e que me envia.
– Tu podes estar dizendo isto, mas podes também ser um mentiroso, ou
um iludido. As tuas palavras são santas, mas às vezes, Satanás tem palavras
enganosas, tingidas de santidade, para induzir em erro. Nós não te
conhecemos.
– Eu sou Jesus de José, da estirpe de Davi, nascido em Belém Efrata,
segundo as promessas, chamado nazareno, porque minha casa é em Nazaré.
Isto segundo o mundo. Segundo Deus, sou o seu Enviado. Os meus discípulos
sabem disso.
– Oh! Os teus discípulos! Eles podem falar o que quiserem e o que Tu os
mandas dizer.
– Um outro falará, um que não me ama, e dirá quem Eu sou. Espera aí,
que Eu vou chamar um dos que estão aqui presentes.
59.7 Jesus olha para a multidão, que está espantada com esta discussão,
irritada e dividida entre correntes opostas. Jesus olha para ela, procurando
alguém com seus olhos de safira, e depois chama com voz forte:
– Ageu, vem para a frente. Eu te ordeno.
Há um grande murmúrio entre a multidão, que se abre, para deixar
passar um homem, todo sacudido pelo tremor e sustentado por uma mulher.
– Conheces este homem?
– Sim. É o Ageu de Malaquias, aqui de Cafarnaum. É possuído por um
espírito mau, que o desatina em fúrias repentinas.
– Todos vós o conheceis?
A multidão grita:
– Sim, sim.
– Poderá alguém aí dizer que ele já esteve conversando Comigo, ainda
que por poucos minutos?
A multidão grita:
– Não, não, ele é quase um idiota, e não sai nunca de casa, e nunca
ninguém te viu lá.
– Mulher, traze-o aqui diante de Mim.
A mulher o empurra e o arrasta, enquanto o pobre homem treme
fortemente.
O arqui-sinagogo adverte a Jesus:
– Estai atento! O demônio vai atormentá-lo… e então se arroja, arranha
e morde.
A multidão abre caminho, comprimindo-se contra as paredes.
Agora os dois estão frente a frente. É um momento de luta. Parece que o
homem, acostumado a ficar mudo, sente dificuldade para falar, e gane, mas
depois sua voz toma a forma de palavras:
– Que há entre nós e Ti, Jesus de Nazaré? Por que vieste atormentarnos? Por que vieste exterminar-nos, Tu, Senhor do Céu e da terra? Eu sei
quem és: o Santo de Deus. Ninguém, na carne, foi maior do que Tu, porque
em tua carne de homem está encerrado o Espírito do eterno Vencedor. Já me
venceste em…
– Cala-te! Sai deste homem. Eu te ordeno!
O homem é tomado como que de um estranho paroxismo. Ele se agita
aos arrancos, como se alguém o estivesse maltratando com empurrões e
safanões, grita com uma voz desumana, espuma, em seguida é jogado ao
chão, do qual depois se levanta assombrado e curado.
59.8 – Ouviste? Que respondes agora? –pergunta Jesus ao seu opositor.
O homem barbudo e empertigado encolhe os ombros e, vencido, vai-se
embora sem responder. O povo zomba dele e aplaude a Jesus.
– Silêncio. O lugar é sagrado! –diz Jesus, e depois ordena–: Venha a
Mim o jovem a quem prometi a ajuda de Deus.
Aproxima-se o doente. Jesus o acaricia:
– Tiveste fé! Sê curado. Vai em paz e sê justo.
O jovem dá um grito. Quem sabe o que estará sentindo? Ele se prostra
aos pés de Jesus e os beija, agradecendo:
– Obrigado por mim e por minha mãe!
Vêm outros doentes: um menino com as perninhas paralisadas. Jesus o
toma nos braços, o acaricia e o põe no chão… e o solta. E o menino não cai,
mas sai correndo ao encontro da mãe que, chorando, o recebe sobre o seu
coração e o bendiz com grande voz “o Santo de Israel.” Vem depois um
velhinho cego guiado pela filha. Também ele é curado com uma carícia feita
sobre as órbitas doentes.
A multidão se transforma num tumulto de bênçãos.
Jesus se afasta sorrindo e ainda que Ele seja alto, não conseguiria abrir
caminho entre a multidão se Pedro, Tiago, André e João não trabalhassem
generosamente com os seus cotovelos abrindo uma passagem do canto onde
estão até Jesus e depois o protegessem até à saída para a praça onde já não
há mais sol.
Assim termina a visão.
[103] o ponto indicado, o de: Josué 7,13.
[104] está dito, em: 2 Macabeus 6,13-14.
[105] Quem és, Eu não sei, Esta afirmação de Jesus vem explicada com a seguinte nota de Maria Valtorta sobre uma cópia
dactilografada: o Cristo, como Deus e como Santo dos santos, penetrava nas consciências e via e conhecia os seus segredos
mais escondidos (introspecção perfeita); como Homem conhecia apenas segundo o modo humano as pessoas e os locais,
quando seu Pai e sua própria natureza divina não consideravam útil conhecer locais e pessoas sem perguntar. Sobre a mesma
cópia dactilografada Maria Valtorta põe a seguinte nota às palavras Ageu! Vem para a frente …, que estou ao início de 59.7:
Aqui, devendo dar prova ao fariseu da sua omnisciência divina, chama por nome o desconhecido Ageu, que está
endemoninhado, enquanto na página precedente, como Homem, tinha dito ao fariseu: “Eu não sei quem sejas”. As duas notas
de Maria Valtorta terão confirmação no texto de 224.2, 357.3, 527.4/6, 554.7 e justificam as declarações de “ignorância” por
parte de Jesus que encontraremos, por exemplo, em: 73.7 – 75.3 – 362.2 – 365.10 – 376.9 – 377.2 – 382.5 – 395.2 – 406.9 –
413.8 – 433.5 – 472.4 – 488.5 – 583.23 – 584.6. – Uma segunda explicação sobre as “ignorâncias” de Jesus é dada a propósito
de uma série de perguntas que Ele dirige a Annalia em 156.3. A relativa nota de Maria Valtorta, colocada sobre uma cópia
dactilografada, diz: “Jesus sabia e recordava, mas queria que as almas se abrissem com a máxima liberdade e confiança.”
Esta explicação encontra confirmação no texto de 128.1 e de 153.1, para além de uma singular expressão do Iscariota em 468.4:
“Sei que Tu sabes mas esperas que eu diga”. – Uma terceira explicação encontra-se numa longa nota de Maria Valtorta a
propósito da afirmação de Jesus: “Quem seja não sei”, que se encontra em 175.5. Trazemos de novo a parte essencial da nota
autografa, que ocupa quatro páginas de uma folha inserida numa cópia dactilografada: “E o Pai eterno, para provar os corações
e separar os filhos de Deus, da Luz, dos filhos da carne e das trevas, permitia, na presença dos apóstolos, dos discípulos e das
multidões, lacunas na omnividência do Filho, iguais a estas perguntas e respostas: ‘Quem é esse? Eu não o conheço…’ E isto
para os homens. Mas também para o seu Filho bem-amado, e prepará-lo para a grande obscuridade da hora das trevas, ao
abandono do Pai, horas terríveis nas quais Jesus foi o Homem, e o Homem rejeitado do Pai, tornou-se ‘Anátema para nós’.”
A explicação dada por Maria Valtorta é confirmada pelas palavras do Apóstolo João no contexto de 334.2/3 enquanto se refere
aos corações a serem provados. No que diz respeito à preparação do Filho amado na hora das trevas, é confirmada e
aprofundada em 582.14, 598.4, 602.5, 603.4, e é uma explicação que confere um significado profundo a alguma indecisão de
Jesus (como em 302.4.7) e sobretudo às suas desconcertantes incertezas encontradas em 339.4 e em 464.14. – Feitas as acima
mencionadas e motivadas excepções, a obra valtortiana apresenta Jesus omnisciente e omnividente, ou presciente e previdente,
como vem explicitamente declarado em: 48.6 – 60.7 – 78.3 – 80.9.10 – 89.2 – 117.5 – 133.2 – 149.1/2 – 160.6 – 174.7 – 203.1
– 204.4 – 218.1 – 220.4 – 224.2 – 236.5 – 317.3/5 – 329.14 – 335.13 – 340.5 – 351.4 – 357.3 – 371.9 – 387.3 – 391.8 – 406.11
– 409.3 – 411.8 – 471.3 – 473.5 – 503.2 – 522.5 – 524.8 – 525.2 – 531.10 últimas linhas – 531.20 últimas linhas – 532.4.6 –
534.9 – 540.7 – 548.27 – 555.4 – 561.14 – 563.5 – 565.3/4 – 566.18 – 567.18.21 – 580.2 – 587.5..8 – 595.6 – 602.4/5
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