Estudo 57 Livro do Céu Vol. 30 a 36 – Escola da Divina Vontade

Escola da Divina Vontade
Estudo 57 Livro do Céu Vol. 30 a 36 – Escola da Divina Vontade
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30-11
Janeiro 7, 1932
A Divina Vontade pode ser querida, ordenada, constante e cumprida. Exemplo: A Criação.

(1) Continuo seguindo ao Querer Divino, o sinto sempre sobre mim, em ato de fechar-se em meus atos para ter o contentamento de dizer-me: “Teu ato é meu, porque dentro está minha Vida que o formou”. Parece-me que com uma paciência invicta, mas paciência amorosa, doce, amável, que rapta minha pobre alma, numera, observa quando devo agir, dar um passo e o resto, para encerrar sua Vida constante e o mover seu passo no meu, como se se quisesse encerrar em meu ato, apesar de ser enorme. Mas quem pode dizer o que experimento e sinto sob o império da Divina Vontade? Sou sempre a pequena ignorante que apenas sei dizer o a, b, c, da Divina Vontade. Em muitas coisas me faltam as palavras, enquanto a minha mente está cheia e quem sabe quantas coisas eu gostaria de dizer, mas eu faço por dizê-lo e não encontro as palavras para expressar-me, e é por isso que eu vou em frente. Depois, meu doce Jesus, me surpreendeu, disse:

(2) “Minha filha, minha Vontade tem modos surpreendentes e diferentes de agir, e opera segundo as disposições das criaturas. Muitas vezes faz conhecer o que Ela quer, mas deixa a decisão das criaturas fazê-lo ou não fazê-lo, e esta se chama Vontade querida. Outras vezes, ao querer acrescenta a ordem, e dá graças duplicadas para fazer que se cumpra essa ordem, e isto é de todos os cristãos, não fazer isto significa não ser nem sequer cristãos. O outro modo é constante, neste, desce no ato da criatura e age como se o ato da criatura fosse seu ato, e por isso como ato seu põe nele sua Vida, sua santidade, sua virtude operativa; mas para chegar a isto, a alma deve estar habituada à Vontade querida e ordenada, estas preparam o vazio no ato humano para receber o ato constante do Fiat Divino, mas não se detém aí, o ato constante chama ao ato cumprido e completo, e este é o ato mais santo, mais potente, mais belo, mais resplandecente de luz que pode fazer minha Divina Vontade, e sendo seu ato completo, tudo o que tem feito vem
encerrado neste ato, de modo que se vê correr e encerrado nele: O céu, o sol, as estrelas, o mar, as bem-aventuranças celestiais, tudo e todos”.

(3) E eu fiquei surpreendida: “Mas como pode ser que um só ato possa encerrar tudo? Parece incrível”.

(4) E Jesus adicionou: “Como que incrível? Minha Vontade não pode fazer tudo e encerrar tudo, tanto no grande como no menor ato? Tu deves saber que nos atos cumpridos de minha Vontade, entra a inseparabilidade de tudo o que tem feito e fará, de outra maneira não seria um ato só, senão que estaria sujeito a sucessão de atos, o que não pode ser, nem em nosso Ser Divino, nem em nossa Vontade, e a Criação é um exemplo palpável: Todas as coisas criadas são inseparáveis entre elas, mas distintas uma da outra, olha o céu, ato cumprido do Fiat, o qual pela parte de cima serve de banco à pátria celestial, onde correm todas as felicidades e alegrias, ocupado por todos os anjos e santos e onde formamos nosso trono. Esse mesmo céu forma a abóbada azul sobre a cabeça das criaturas, e no mesmo espaço se veem muitas estrelas, mas não se estendem além do céu; mais abaixo está o sol, o vento, o ar, o mar, mas debaixo daquele mesmo espaço de céu, e enquanto cada um faz seu ofício, é tanta sua inseparabilidade, que ao mesmo tempo e no mesmo lugar se sente e se vê que o sol golpeia com sua luz, o vento sopra e dá suas rajadas refrescantes, o ar se faz respirar, o mar faz ouvir seu murmúrio, parece que estão fundidos juntos, tanta é sua inseparabilidade, tanto, que a criatura no mesmo tempo e lugar pode gozar o céu, o sol, o vento, o mar, a terra florida. Os atos cumpridos de minha Divina Vontade não estão sujeitos a separar-se, porque da Vontade única de onde saíram, saíram com força e potência unitiva, por isso não é nenhuma maravilha se nos atos cumpridos que faz na criatura encerra tudo, e veem-se delineadas
como se se pudesse ver dentro de um vidro todas suas obras, enquanto que cada coisa está em seu lugar, mas se refletem com uma potência admirável no ato cumprido de minha Vontade no ato da criatura. É esta a razão que em um ato cumprido de minha Vontade, tanto na criatura como fora dela, é tanto o valor, que por quanto damos ficamos sempre por dar, porque não tem a capacidade de tomar todo o valor que contém. Enche até a borda, derrama fora, forma-se os mares ao redor, e que coisa tomou? Pode-se dizer que pouquíssimo, porque este ato encerra o infinito e a criatura é incapaz de tomar o valor de um ato infinito de meu Fiat Divino, seria mais fácil que fechasse toda a luz do sol no breve giro de sua pupila, o que também é impossível, pode encher-se o olho de luz, mas quantos mares de luz não ficam fora de sua pupila, por que? Porque há um Fiat Divino naquele sol, pelo qual a todas as pupilas não lhes é dado encerrá-lo, tomarão quanta luz queiram, mas examiná-la jamais; terão sempre que tomar; verdadeira imagem de um ato cumprido de minha Vontade na criatura. Por isso seja atenta e faça com que Ela seja a vida em seus atos”.

31-11
Outubro 16, 1932
A Divina Vontade, de todos os séculos, forma um só. Ela simplifica, forma o vazio, e forma a Natureza Divina e seu caminho na vontade humana.

(1) O Querer Divino vai tecendo sempre em minha alma sua Vida Divina, com seu doce encanto a faz crescer, a modela, a alimenta, e com suas asas de luz a cobre, a esconde, a fim de que nenhum sopro de vento a possa prejudicar e possa impedir o crescimento de sua Vida em minha alma. Oh! se não fosse pela Divina Vontade, que mais que terna e amorosa mãe me tem em seus braços, coberta com sua luz nas circunstâncias de minha vida, ai de mim, muito dolorosas! Eu não sei o que eu faria, mas sua luz me acalma, me fortalece e eu sigo em frente. Oh! Vontade Adorável, quanto eu devo te agradecer por um bem tão grande, eu ofereço a infinitude de você mesmo Querer para te agradecer como você merece. Agora, enquanto minha mente se sentia sob sua luz, meu amado Jesus repetindo a sua breve visita à minha alma, disse-me:

(2) “Minha filha bendita, como é bonito ver a criatura crescer sob as asas de luz de minha Vontade; ela, envolta nesta luz, não vê, não sente, não toca senão a sua mãe luz que a tem envolvida, e se as criaturas a ferem, a golpeiam, a afligem, sente-se adentrar mais e estreitar-se por seus braços de luz, e responde com o sorriso da luz a quem a quer amargar e ferir, e zombando deles confunde sua perfídia humana. Oh! poder de minha Vontade que age, Ela escapa de tudo, triunfa sobre tudo, e com sua luz forma seu trono de glória imperecível na alma que lhe dá a liberdade de agir.

Você deve saber que sua potência é tanta, que de todos os séculos forma um só, e seu império se estende por toda parte, e de todos os atos forma um só ato. Os séculos desaparecem diante de seu poder, e todos os atos bons das criaturas não são outra coisa que tantos átomos, que unidos formam um só ato, os quais reconhecem seu poder e prostrados a seus pés formam a glória, a adoração das gerações humanas a esta Vontade Suprema. Símbolo disso é o sol, que não é outra coisa que tantos átomos de luz, que unidos formam o sol que dá luz a toda a terra; mas aqueles átomos estão armados de uma potência divina, e cada um contém uma potência maravilhosa, tanto que só com tocar a terra, plantas, relatam bens e efeitos maravilhosos que formam uma vida diferente em cada planta e flor. Assim os atos das criaturas, ainda que sejam átomos, contêm a potência maravilhosa de minha Vontade, portanto estão prenhes de admiráveis efeitos. Você deve saber que quando a criatura se dispõe a fazer um ato em minha Vontade, Ela arma sua potência e simplifica, forma o vazio, e forma Natureza Divina na vontade humana, e como triunfadora forma seu caminho na vontade da criatura, e caminha, caminha sempre, e só se detém e lhe vem impedido o passo, quando o querer humano lhe põe as barreiras com o fazer, não a minha, mas a sua vontade. Que delito, impedir o caminho, o passo a meu Querer na vontade da criatura! Por isso criei as criaturas, para me formar tantos caminhos nas vontades humanas, para poder ter meu caminho contínuo, e portanto meu ato que age nelas, e quem impede meu caminho gostaria de impedir-me a continuação de minha Criação, impedir meus passos, atar-me as mãos a fim de que não aja. Ai! o não fazer minha Vontade parece que seja coisa de nada, porém é o maior dos delitos, que clama vingança diante da Majestade Divina para as pobres criaturas, especialmente quando se conhece que minha Vontade quer que se faça uma ação, que quer um sacrifício, e, não o fazendo, é como se a verdade quisesse ser refutada, e isto é pecado contra o Espírito Santo, e clama vingança diante de Deus. Conhecer minha vontade e não fazê-la, é fechar o Céu, romper as relações divinas, e não reconhecer o domínio divino que cada criatura está obrigada a conhecer e submeter-se ao que meu Querer quer, mesmo quando o custasse a vida. Por isso seja atenta, adora minha Vontade e o que tem disposto de ti, se queres contentar a teu Jesus”.

32-11
Maio 25, 1933

*A Divina Vontade é milagre permanente. Quem vive n‟Ela é a portadora das obras divinas, e seus campos são a Criação e a Redenção.*

(1) Estou sempre ao redor do Fiat Supremo, seu doce império, seus fortes atrativos, seu beijo de luz, com os quais faz o encontro a todos meus atos para colocá-los neles e fechar-se dentro para formar sua Vida, é o mais doce encanto a minha pequena alma, e entre a maravilha e o espanto
exclamo: “Ó Vontade Divina, quanto me amas, até te baixar em meu pequeno ato para encerrar nele tua Vida constante!” Mas enquanto minha mente se perdia n’Ela, meu doce Jesus, que gozava também Ele o atrativo, os modos admiráveis de seu Querer, com toda ternura e bondade me disse:

(2) “Filha amadíssima de minha Vontade, meu Querer Divino é por Si mesmo um milagre contínuo; descer na baixeza do ato da criatura para formar nele seu ato, sua Vida, é o maior dos milagres, que a ninguem é dado poder fazer; sua virtude investidora penetra em qualquer lugar, com seu beijo de luz arrebata o ato da criatura, o move, o transforma, o conforma, e com sua virtude miraculosa forma seu ato no ato da criatura, e sem destruir o da criatura, melhor se serve dele como espaço para colocar seu ato, como vazio para formar sua Vida, tanto, que por fora se vê o ato humano, mas por dentro as maravilhas, a santidade, o grande milagre do ato divino. Portanto, quem faz minha Vontade e vive n’Ela, não tem necessidade de milagres, vive sob a chuva dos milagres de meu Querer, e possui em si mesma a fonte, o manancial que transforma a criatura na virtude milagrosa da minha Divina Vontade, de modo que se vê nela milagre de paciência invicta, milagre de amor perene para com Deus, milagre de oração contínua e sem cansar-se jamais, e se se veem penas, são milagres de conquistas, de triunfos, de glória que encerra em suas penas.

Para quem vive na minha Vontade, Ela quer dar à alma o milagre do heroísmo divino, e nas penas põe o peso e o valor infinito, põe a marca, o selo das penas do teu Jesus.
(3) Tu deves saber filha minha, que é tanto nosso amor para com quem vive na Divina Vontade, que lhe fazemos dom de tudo o que fizemos na Criação e Redenção, e ela faz seu tudo o que é nosso, e como é seu e nosso, e como coisa conatural em seus atos, e busca a Divina Vontade, agora se encontra no céu, no sol, no mar, e assim por diante, sente em si toda a santidade de nossas obras, que são também suas, e sentindo-se fundida com Ela, compreende o que significa ter um céu sempre estendido, um sol que sempre dá luz, um mar que sempre murmura, um vento que com suas rajadas leva a todas as carícias de seu Criador, e ela se sente céu, estrelas, sol, mar, vento, e oh! como nos ama, e com a força arrebatadora de seu amor, que é amor nosso, vem depor tudo ante nosso trono divino, e oh! como nos sentimos arrebatados por suas notas e correntes de amor que nos faz, podemos dizer que se esta criatura a temos na terra, a temos para fazê-la ser a portadora de nossas obras, Nós as temos espalhada na Criação, e ela parece que nos recolhe para vir a nos dizer: ‘Quanto me amaram’.

E quanto nos ama, mas é mais bela quando passa ao reino de meus atos da Redenção, com quanto amor passa de um ato ao outro, como os beija, os abraça, os adora, agradece, os encerra em seu coração e com todo amor me diz: ‘Jesus, sua Vida terminou sobre a terra, ficaram suas obras, suas palavras, suas penas, agora cabe a mim continuar sua Vida, por isso tudo o que Você fez deve servir a minha vida, de outra maneira não posso formar de mim mesma outro Jesus, se não me dá tudo não posso nem formar, nem continuar sua Vida na terra’. E Eu com todo amor lhe digo: ‘Minha filha, tudo é teu, toma de Mim o que quiseres, é mais, quanto mais tomares mais estarei contente e mais te amarei’.

Mas o mais belo desta feliz criatura, que enquanto quer tudo, toma tudo, sente que não pode conter o que recebeu, e vem ao seu Jesus e dá-me tudo, derrama-se tudo em Mim, também sua pequenez, seu pequeno querer, e oh! como estou contente, posso dizer que são trocas contínuas de vida que fazemos, Eu a ela, e ela a Mim. É tanta a força da união de quem vive em nossa Vontade, entre ela e Nós, que nem Nós a podemos pôr de lado em todas as nossas obras, nem ela se pode pôr; se isto pudesse ser, aconteceria como se se quisesse dividir a luz do sol em dois, o que é impossível, dividir a unidade de sua luz, e se alguém quisesse tentar dividi-la, ficaria ridicularizado, e a luz com a força de sua unidade se riria dele; ou bem como se se quisesse rasgar o céu, separar a força do vento, a unidade do ar, todas as coisas impossíveis, porque toda sua vida, a força que possuem está na unidade. Em tal condição se encontra quem vive em nossa Vontade, toda sua força, seu valor, o belo dela, sua santidade, está na força única e unidade com seu Criador. Por isso seja  atenta, e sua vida seja em Nós, conosco e com nossas obras”.

33-11
Março 4, 1934
Os atos feitos na Divina Vontade formam os caminhos, abraçam os séculos. Quem forma a prisão. O Engenheiro Divino e o Artífice insuperável.

(1) Minha pobre inteligência gira sempre no Fiat Divino para me encontrar com seus atos, fundir-me com eles, cortejá-los, amá-los e poder-lhe dizer: “Tenho o amor de seus atos em meu poder, por isso te amo como me ama Você, e o que faz Você faço eu”. Oh! como é belo poder dizer:

“Desapareci na Divina Vontade, e por isso sua força, seu amor, sua santidade, seu agir, são meus, fazemos um só passo, temos um só movimento e um só amor”. E a Divina Vontade toda em festa parece que diz: “Como estou contente, não estou mais sozinha, sinto em Mim um batimento, um movimento, uma vontade que corre em Mim, e fundida junto Comigo não me deixa jamais só, e faz o que faço Eu”. Então, enquanto minha mente se perdia no Querer Divino, pensava entre mim:
“Mas que bem fazem estes meus atos feitos na Divina Vontade, enquanto eu não faço nada Ela faz tudo, e como estou junto, dentro d’Ela, me diz que faço o que Ela faz, e o diz com razão, porque estando n’Ela e não fazer o que Ela faz é impossível, porque sua potência é tanta, que investe meu nada e a faz fazer o que faz o Todo, não pode fazer nem sabe fazer de maneira diferente”. Então meu doce Jesus me surpreendeu com sua breve visita e disse:
(2) “Minha pequena filha de minha Vontade, como é belo, honra maior não pode receber a criatura que aquela de ser admitida dentro d’Ela; os instantes, os menores atos feitos n’Ela, abraçam os  éculos, e como são divinos, estão investidos de tal poder, que o que se quer fazer com eles, tudo se pode fazer e tudo obter, o Ser Divino fica atado nestes atos, porque são atos seus e deve dar-lhes o valor que merecem. Além disso, tu deves saber que os atos feitos em minha Vontade formam os caminhos que devem servir às almas para fazê-las entrar n’Ela, e são tão necessários, que se primeiro não surgem almas heroicas que vivam n’Ela para formar os caminhos principais de seu reino, as gerações não encontrando os caminhos, não saberão como fazer para entrar em minha Vontade.

Minha filha, para formar uma cidade primeiro se formam os caminhos que formam a ordem que deve ter uma cidade, e depois se põem os fundamentos para construí-la; se não se formam os caminhos, as saídas, as comunicações que deve ter, há perigo de que em vez de uma cidade, os cidadãos possam formar-se uma prisão, porque não sendo dotada de caminhos, não sabem por onde sair; veja como as estradas são necessárias. Agora, a cidade sem caminhos é a vontade humana, que fechada em sua prisão fechou todos os caminhos para entrar na cidade celestial de minha Divina Vontade. Agora, a alma que entra n’Ela rompe o cárcere, derruba a infeliz cidade sem caminhos, sem saídas, e unida com a potência de meu Querer, Engenheiro Divino, forma o plano da cidade, ordena os caminhos, as comunicações, e fazendo-a de artífice insuperável, forma a nova cidadela da alma, com tal maestria, de formar as vias de comunicação para fazer entrar as outras almas e formar tantas cidades para poder formar um reino, a primeira será o modelo das outras. Vê então para que servem os atos feitos em minha Vontade, são-me tão necessários, que sem eles faltaria o caminho para fazê-la reinar. Por isso sempre em minha Vontade te quero, não saia jamais se quiser fazer contente a seu Jesus”.

34-11
Junho 14, 1936

Deus e sua Vontade; sua Vontade com a Criação; sua Vontade com os seres celestiais; sua Vontade em desacordo com a humana família.

(1) O Querer Divino com força poderosa chama-me no mar interminável da sua Vontade, e oh! como se está bem n’Ela, quantas surpresas, quantas coisas belas se compreendem, as quais produzem alegrias infinitas, Vidas Divinas, amor que jamais diz basta, mas o que mais dá felicidade
é ver e sentir que tudo é Vontade Divina, toda a Criação forma um único ato de Querer Supremo.
Mas enquanto minha mente se perdia n’Ela, o doce Jesus me fazendo sua breve visita, com um amor indizível me disse:
(2) “Filha bendita de meu Querer, você deve saber que à cabeça do reino de minha Divina Vontade está o próprio Deus, nossa Divindade não faz outra coisa que um ato contínuo de nossa Vontade, não fazemos jamais a vontade de ninguém senão sempre a nossa, a coroa de nossos atributos são
dominados por nosso Fiat, seu reino está dentro de Nós e se estende fora de Nós em nossa Imensidão, em nosso Amor, Potência e Bondade, em tudo, assim que para Nós tudo é Vontade
nossa.
(3) Em segundo lugar vem a Criação, céus, sóis, estrelas, ventos, águas, também o pequeno fio de grama, não fazem outra coisa que um ato contínuo do Fiat, entre elas e Nós há um ato de respirar, Nós emitimos o respiro de nossa Vontade, e a Criação o recebe, e emitindo nos dá o respiro que lhe tínhamos dado, isto é, todos os efeitos que produziu nossa Vontade respirada por ela, e se une a nosso ato único; quanta glória e honra não recebemos, como vem exaltado nosso Ser Supremo só porque fazemos respirar nossa Vontade a toda a Criação, e ela nos devolve o respiro que lhe
havíamos dado, há tal unidade de Vontade com toda a Criação, que tudo o que sai e entra forma um só ato de Vontade Suprema, e a multiplicidade e diversidade das coisas que se veem e acontecem, não são nada mais que os efeitos que produz o único ato nosso. Porque o nosso Fiat nunca se muda, nem está sujeito a mutação, toda a sua Potência está nisto, fazer um só ato para poder produzir todos os efeitos possíveis e imagináveis.

(4) Em terceiro lugar vêm todos os anjos, santos e bem-aventurados da Pátria Celestial, eles giram em torno de nosso Ser Supremo e respiram a força, a santidade, o amor, as alegrias infinitas, as felicidades sem número do Querer Divino, formam uma só Vida com Ele, esta Vida a sentem dentro como vida própria, a sentem por fora, na qual lhes leva o oceano sempre novo das felicidades divinas, mas um é o ato que se forma no Céu, Vontade Divina; um o respiro; uma só coisa se quer, Vontade Divina; jamais, no Céu pode entrar um só ato, um só respiro que não seja Vontade Divina, a Pátria Celestial perderia todo o encanto, o belo, o atrativo do que está investida, mas isto não pode ser. Vê então que toda a supremacia a tem meu Fiat; os bem-aventurados com só respirá-lo ficam cheios de mares de alegrias e felicidade incompreensíveis, e enquanto emitem o respiro, nossa Divindade sente a felicidade que gozam todos os santos, e todos magnificamos o nosso Querer Supremo como princípio, fonte, origem de todos os bens.

(5) Em quarto lugar vem a família humana, ela gira em torno de Nós, mas como sua vontade não é uma com a nossa, não respiram o nosso Querer, que põe a ordem, a santidade, a união, a harmonia com o seu Criador, e por isso ficam espalhadas, desordenadas, e como extraviadas de Nós, são seres infelizes, a paz, a felicidade, a abundância dos bens estão afastadas deles, e todo o mal vem de que nossa Vontade não é a deles, não nos respiramos reciprocamente, e isto impede a comunicação de nossos bens, a perfeita união com nosso Ente Supremo. Nossa mão criadora que devia formar sua obra-prima e a mais bela em cada criatura, é parada porque falta nossa Vontade, não encontra suas almas que se prestem, adaptáveis para tornar viável nossa arte divina, onde falta o nosso Querer não sabemos o que fazer com aquela criatura. Esta é a causa pela qual suspiramos tanto que reine nossa Divina Vontade e forme sua Vida nelas, porque nossa obra criadora está impedida, nossos trabalhos suspensos, a obra da Criação está incompleta, e para obter isso, uma deve ser a Vontade do Céu e da terra, uma a Vida, um o amor, um o respiro, e este é o maior bem que queremos dar às criaturas, temos que fazer ainda tantas obras belas, mas o querer humano nos impede o passo, ata os nossos braços e imobiliza as nossas mãos criadoras.
Por isso quem quer fazer nossa Vontade e viver n’Ela, nos dá o trabalho e fazemos dela o que queremos.
(6) Agora, você deve saber que assim que a criatura decide viver da Vontade Divina, assegura sua salvação, sua santidade, Nós estamos nela como em nossa casa, e sua vontade nos serve como matéria na qual em cada ato seu pronunciamos o Fiat para formar nossas obras dignas d’Aquele que a habita; fazemos como um rei que se serve das pedras, cascalho, tijolos e cal para formar-se uma suntuosa morada real, de deixar chocado a todo o mundo, pobre rei se não tivesse as pedras, os materiais necessários para formar a morada real, com tudo e que tivesse toda sua boa vontade e moedas para gastar para formá-lo, faltando as matérias primas ficaria sem palácio. Assim somos Nós, se nos falta a vontade da alma, com toda nossa Potência e Vontade que temos, faltando-nos a matéria não podemos formar na alma a bela morada digna de ser nossa habitação, por isso quando a criatura nos dá sua vontade e toma a nossa, estamos seguros, encontramos tudo à nossa disposição, coisas pequenas e grandes, coisas naturais e coisas espirituais, tudo é nosso, e de tudo nos servimos para fazer operar nosso Fiat Onipotente. E, como a nossa Vontade não sabe estar sem as suas obras, faz o chamado de todas as suas obras na habitação que com tanto amor se formou na criatura, circunda-se de todas as obras da Criação, céus, sóis, estrelas lhe fazem homenagem, põe em ordem nela tudo o que Eu fiz na Redenção, minha Vida, meu nascimento, minhas lágrimas infantis, minhas dores e orações, tudo, onde está minha Vontade nada deve faltar, porque tudo d’Ela saiu, por isso com direito tudo é seu, e por isso onde Ela reina forma a
concentração de todas as suas obras. E, oh! as belezas, a ordem, a harmonia, os bens divinos que se veem nesta criatura, os céus ficam estupefatos e todos admiram o Amor, a Potência da Divina Vontade, e trêmulos a adoram. Por isso deixe-se trabalhar por Ela, e Ela fará coisas grandes de te fazer espantar.

(7) Além disso, nosso Amor, nossa eterna Sabedoria, estabeleceu todas as graças que devemos dar à criatura, os graus de santidade que deve adquirir, a beleza com que devemos adorná-la, o amor com que nos deve amar, e os mesmos tos que ela deve fazer; onde reina nosso Fiat tudo vem realizado, a ordem divina está em pleno vigor, nem mesmo uma vírgula é mudada, nosso agir está em plena harmonia com as obras da criatura, e oh! como nos deleitamos, e quando lhe demos nosso último amor no tempo, e ela cumpriu o último ato nosso de Vontade Divina em sua vida mortal, nosso Amor lhe dará o voo à pátria celestial, e nossa Vontade a receberá no Céu como triunfo de sua Vontade constante e conquistadora, que com tanto amor conquistou sobre a terra.

Assim, seu último ato será a desembocadura que fará no Céu, para dar início em nossa Vontade felicitante, que nunca terá fim. Ao contrário, onde não reina nosso Querer, a ordem divina não existe, quantas obras nossas quebradas e não realizadas, quantos vazios divinos e cheios talvez de paixões, de pecados, não há beleza senão deformidade de dar piedade. Por isso seja atenta e faça que nosso Querer reine e viva em você”.

 

35-11
Outubro 12, 1937

Para quem vive no Querer Divino, suas orações são ordens, seus atos são mensageiros entre o Céu e a terra. Para quem vive no Querer Divino, todas as coisas se tornam Vontade Divina.

(1) Estou em poder da Divina Vontade, sinto suas ânsias, seus delírios de amor porque quer fazer-se conhecer, não para fazer-se temer, senão para fazer-se amar, possuir-se, identificar-se, para dizer à criatura: “Façamos vida juntos, de modo que o que faço Eu faça você. Sinto que meu amor me dá a necessidade de viver coração com coração, mais como um coração com você. Ah! não me negues tua companhia, sei que muitas coisas te faltam para viver junto Comigo, mas não temas, Eu pensarei em tudo, te vestirei com minhas vestes reais de luz, te armarei com minha potência, te farei alarde de meu amor fazendo correr em tuas mais íntimas fibras a Vida, o amor de minha Vontade, basta que você o queira e tudo está feito”. Eu fiquei surpreendida e pedia que me desse a graça de viver de Vontade Divina, porque muito temia de mim mesma, e meu doce Jesus me fazendo sua breve visita, todo bondade me disse:
(2) “Minha pequena filha de meu Querer, por que temes? Em minha Vontade não há temor senão sumo amor, ânimo e firmeza, e decidida uma vez não se muda jamais, tanto, que para quem vive n‟Ela suas orações não são rogos mas ordens, e ela mesma como dona pode tomar o que quer, colocamos tudo a sua disposição, e isto porque tudo nela é sagrado, tudo é santo, muito mais que  vivendo em nosso Querer não quererá nem nos ordenará senão o que queremos Nós, por isso suas ordens nos deleitam, nos fazem gozar e Nós mesmos lhe dizemos: „Tome, o que mais você
quer? É mais, quanto mais você tomar mais você nos fará felizes’. Quando a criatura quer nossa Vontade, todos seus atos são como tantos mensageiros entre o Céu e a terra, descem e sobem continuamente, fazendo hora de mensageiros de paz, hora de mensageiros de amor, hora de
glória, e às vezes chegam a ordenar à divina justiça que se detenha, tomando sobre eles seu justo furor. Quanto bem fazem estes mensageiros, quando os vemos vir diante de nosso trono nos reconhecemos a Nós mesmos nestes atos, que disfarçados pelos véus humanos dos atos da criatura escondem nossa Vontade, mas é sempre Ela, e agradando-nos dizemos-nos: ¨Quanta arte de amor tem, esconde-se nos atos da criatura para não se fazer conhecer’. Mas Nós a conhecemos igual, e amando também Nós a fazemos fazer o que quer; por isso a estes atos os chamamos atos nossos, e por tais os reconhecemos, só que a criatura tem concorrido, e com seus atos lhes deu como as vestes para cobrir-se, por isso ela é o apoio onde se apoia minha Vontade Divina, e onde se deleita desenrolando sua Vida, fazendo prodígios inauditos, escondendo-se na criatura, como se cobrindo de suas vestes, muito mais que a Criação, todas as criaturas, tiveram origem de seu Fiat, vivem, crescem e são conservadas n‟Ele, Ele é ator e espectador de todos
seus atos, cumprirão sua vida no Fiat e voará ao Céu em um ato querido por seu Querer; assim que tudo é seu, todos os direitos são seus, nenhum pode escapar-lhe, a única diferença, é que quem vive n‟Ele faz vida junto, o conhece, está em dia do que faz, o alegra com sua companhia, forma a sua alegria e a confirmação do que a minha Vontade quer fazer nela. Ao contrário, quem não vive n‟Ele não o conhece, fica isolado e forma sua dor contínua”.

(3) Depois disso, acrescentou com uma ternura de amor indizível:
(4) “Minha filha bendita, como é belo viver em meu Querer, esta criatura nos tem sempre em festa, ela não conhece nenhuma outra coisa senão só nossa Vontade, e tudo se torna para ela Vontade de Deus: A dor, Vontade Divina; a alegria, seu batimento, o respiro, o movimento, se tornam Vontade Divina; seus passos, suas obras, sentem os passos de meu Querer e a santidade das obras de meu Fiat; o alimento que toma, o sono, as coisas mais naturais se tornam para ela Vontade de Deus; o vê, sente, ouve e toca, vê, sente, ouve e toca a Vida palpitante de meu Querer; minha Vontade a tem tão ocupada e investida d‟Ela, que ciúmes não permite que nem sequer o ar não seja Vontade Divina. E como para ela tudo é nossa Vontade, assim para Nós, a sentimos em todo o nosso Ser Divino, no bater do coração, no movimento, não sabemos fazer nada, nem queremos fazer nada sem quem vive no nosso Querer; nosso amor é tanto que a fazemos correr em todas as nossas obras, e junto Conosco mantém e participa em nosso ato criante e
conservante, assim que está junto Conosco para fazer o que fazemos Nós, e querer o que queremos Nós; não podemos deixá-la de lado sendo uma a Vontade que possuímos, um o amor, um o ato que fazemos, e é propriamente isto viver em nosso Querer, viver sempre juntos, fazer uma só coisa; era esta a necessidade que sentia nosso amor, ter a companhia da criatura, alegrar-nos juntos, tê-la em nosso colo para fazer-nos felizes juntos, e como a criatura é pequena queremos dar-lhe nossa Vontade para ter ocasião em cada ato seu de dar-lhe nossa Vida, nosso ato, nossos modos, Nós por natureza e ela por graça; e esta é nossa alegria, a maior glória para Nós, te parece pouco dar nosso Ser e que a criatura não podendo contê-lo, porque é pequena, nos dê novamente junto com ela, e Nós de novo voltamos a dar-nos? É um contínuo dar-nos mutuamente, e isto faz surgir tal amor e glória que nos sentimos como pagos por ela por lhe ter dado a vida. Por isso em cada coisa que faz na que não faz entrar a nossa Vontade, é um rasgo que sentimos, um direito que nos sentimos tirado, uma glória, uma alegria que perdemos. Por isso seja atenta e faça que tudo se torne para ti Vontade Divina.

(5) Além disso, a cada ato que a criatura faz em nosso Querer Divino duplicamos nosso amor para com ela, este nosso amor, conforme a investe, leva consigo nossa santidade, nossa bondade e sabedoria, assim que ela fica duplicada na santidade, na bondade, no conhecimento de seu Criador, e assim como Nós a amamos com amor duplicado, assim ela nos ama com amor duplicado, com santidade e bondade duplicadas. Nosso amor é operativo, conforme parte de nosso Ser Supremo para amar à criatura com duplo amor, assim lhe dá a graça de nos fazer amar a Nós com amor sempre crescente. Não dar nada de mais a um ato tão grande feito em nossa Vontade, nos resulta impossível, estes atos, podemos dizer, são os raptores de nosso amor, nos arrebatam nossa santidade e se formam os caminhos para conhecer quem somos Nós e quanto a amamos”.

36-11
Maio 27, 1938

Os atos repetidos e contínuos vinculam mais a Deus à criatura, e formam a força da alma. Como é belo viver no Querer Divino. Como Deus lhe suplica. Chuva de amor que Deus faz sobre as criaturas, e chuva de amor que faz quem vive no Fiat.

(1) Sinto a necessidade de fechar-me no Querer Divino para continuar a minha vida n’Ele. Oh, como amaria o que me aprisionasse em sua luz, a fim de que nada visse ou sentisse senão somente o que concerne a sua Vontade. E meu amado Jesus retornando a visitar minha pobre alma, todo amor me disse:

(2) “Minha filha bendita, aqui te quero, aprisionada em meu Querer, a fim de que todas as outras coisas não tenham vida em ti. Deves saber que toda a harmonia da criatura está na continuação de seus atos bons feitos em meu Querer, um ato não forma harmonia nem variedade de belezas, em
troca muitos atos contínuos unidos juntos, chamam a atenção de Deus, o qual se põe em atitude de esperar pelos atos da criatura, e, conforme ela os vai formando, assim Deus lhes comunica, a quem a beleza, a quem a santidade, a outros a bondade, a sabedoria, o amor; em suma, ficam dotados por Deus com os seus adornos e qualidades divinas. Os atos repetidos, na criatura formam a força da alma, atam mais a Deus à criatura, formam o Céu no fundo da alma, e conforme vai repetindo seus atos, quem se forma estrela, quem sol, quem vento que geme e sopra de amor, quem mar que murmura continuamente amor, glória, adoração ao meu Criador, em suma, vê-se a atmosfera copiada nessa criatura. Ao contrário, quando os atos não são contínuos e repetidos, falta a força única, em que um é força do outro, falta o modo divino, que quando Deus faz um ato não cessa jamais de fazê-lo, sustenta-o com sua força criadora em ato de fazê-lo continuamente. E além disso, um único ato jamais formou santidade; os atos quando não são contínuos não têm força, não possuem a vida do amor, porque o verdadeiro amor jamais diz basta, não se detém jamais, e se diz basta se sente morrer. Além disso, são os atos contínuos e repetidos que formam as belas surpresas ao Céu, porque enquanto chega um ato e o estão desfrutando, outro mais
chega; a criatura não faz outra coisa senão mandar contínuos atos ao Céu, os quais formam o encanto da pátria celestial, por isso no meu Querer há sempre o que fazer, não se pode perder tempo”.

(3) Depois, com um acento mais terno e mais forte de amor acrescentou:

(4) “Minha filha, como é belo quando uma alma ama fazer a Divina Vontade, o Céu se abaixa e todos se põem em atitude de venerar e adorar ao Querer Supremo, porque veem sua majestade, sua alteza e potência encerradas no pequeno cerco da criatura, mas para fazer o que? Para fazer
o que faz em sua morada celestial, para fazer alarde de seu amor e de suas obras; a Divina Vontade se sente tão honrada, que se põe em atitude de Rainha para ter tantas vidas de Rainhas por quantos atos faz a criatura; em seu Querer sente seu regime divino, seu cetro imperante, que
se desenrola com seus modos reais, e a criatura lhe dá as honras que lhe convêm, e como meu Fiat abraça a todos, sente-se de tal maneira glorificado como se todos o fizessem reinar. Por isso, beleza mais extraordinária não podemos encontrar, amor maior não podemos receber, prodígios mais estridentes não podemos fazer, e isto somente em quem ama viver em nosso Querer.

(5) É tanto meu desejo, minhas ânsias, meus suspiros ardentes para que a alma viva em meu Querer, que vou lhe repetindo ao ouvido do coração: ‘Ah! me contente, não me faça mais suspirar, se você viver em meu Fiat cessará para você a noite, desfrutará o pleno dia, é mais, cada ato feito n’Ele será um novo dia, portador de novas graças, de novo amor, e alegrias inesperadas; todas as virtudes te festejarão, terão o seu lugar de honra como tantas princesas que cortejarão a teu Jesus e a tua alma; formarás em ti o meu trono de luz fulgidíssima onde Eu reinarei como Rei dominante, pois em ti formei o meu reino e com toda a liberdade dominarei todo o teu ser, até o teu fôlego; te cortejarei de todas as minhas obras, das minhas penas, dos meus passos, do meu amor, de minha mesma força, que te servirão de defesa, de ajuda e de alimento; não há coisa que não te darei se
viveres na minha Vontade!”

(6) Agora, você deve saber que nosso Ente Supremo tem a criatura sob uma chuva abundante de amor, todas as coisas criadas lhe chovem em cima amor: O sol lhe chove luz de amor; o vento lhe chove sopros, ondas, frescor e carícias de amor; o ar lhe chove contínuas vidas de amor; minha imensidão que a envolve, minha potência que a sustenta, a levam como em seus braços, meu ato criante que a conserva, lhe chovem amor imenso, amor potente, amor que cria a cada instante amor; estamos sempre sobre a criatura para envolvê-la e afogá-la de amor. Por isso nos faz dar em
delírio se a tanto amor nosso a criatura não se deixa vencer para nos amar. Oh, que pena, que dor!

Mas queres saber quem tem um conhecimento exato desta nossa chuva de amor jamais interrompida? Nós mesmos que a fazemos a quem vive em nosso Querer, esta criatura sente nossa contínua chuva de amor, muito mais que vivendo n’Ele tudo é seu, e ela para nos dar a correspondência, não sabendo o que fazer para nos dar sua chuva de amor, toma todas as coisas criadas, nossa imensidão e potência, nossa virtude criadora que está sempre em ato de criar só porque amamos, se eleva em nossa mesma Vontade e nos faz chover em cima, sobre nosso Ser Divino, amor de luz, carícias de amor, amor imenso e potente, como se quisesse pagar-nos com a mesma moeda de nos levar nos seus braços para nos dizer: ‘Olha quanto te amo, Vocês me levam a mim e eu os levo a Vocês, tenho em meu poder vossa imensidão e poder que me dão a virtude de poder levá-los’. Minha filha, tu não podes compreender que alívio sentimos, como as nossas chamas ficam refrescadas e aliviadas sob esta chuva de amor que nos faz a criatura, é tanto a
nossa alegria, que nos sentimos como pagos por ter criado toda a Criação, mas pagos com nossa mesma moeda de amor, com a qual a amamos tanto. Nosso amor tem virtude de fazer surgir, na criatura, moedas suficientes e superabundantes para nos pagar por tudo o que lhe demos e fizemos por ela, por isso no oceano de nossa alegria lhe dizemos: ‘Me diga, o que quer? Quer que inventemos outros estratagemas de amor? Por você o faremos. Diga, diga, o que quer? Te contentaremos em tudo, nada te negaremos, te negaremos alguma coisa, não te contentaremos em tudo, seria como se o negássemos a Nós mesmos, e como se quiséssemos pôr um descontentamento em nossas alegrias que jamais terminam. Por isso, em quem vive em nosso Querer tudo encontramos, e ela encontra tudo em Nós”.

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