Estudo 9 – Vida Intima de Ns Jesus Cristo – Escola da Vontade Divina

Estudo 9 – Vida Intima de Ns Jesus Cristo – Escola da Vontade Divina
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MEDITAÇÃO

VISITA DOS PASTORES.

Estava deitado desta maneira. Meu Coração desejava a visita dos pastores para poder se deliciar com aquelas almas simples. E antes que estes se apressassem para a caverna onde eu estava, supliquei a meu Pai se dignasse conceder muita luz a suas almas simples, a fim de que pudessem conhecer o mistério divino e crer em mim, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Efetivamente, meu Pai o fez. E, porque aquelas almas eram bem dispostas, a graça divina causou grande impressão aos pastores. Afervorados vieram adorar-me, dando-me os seus corações. Tendo chegado à caverna, ficaram repletos de nova graça e júbilo de coração, de modo que, apenas me viram, prostraram-se por terra e com lágrimas de alegria adoraram-me e reconheceram-me pelo verdadeiro Messias, que lhes fora prometido. Mas, sendo simples, não compreendiam o mistério de minha pobreza e humilhação. O contentamento que experimentei nestas primeiras visitas foi grande, diletíssima esposa.

Embora fossem pessoas humildes, contudo senti muita consolação, e justamente me deleitavam estas almas retas e simples, nas quais muito me comprazia. Esta consolação, porém, foi assaz amargurada ao ver alguns desses incrédulos e infiéis que não só não acreditaram no que os outros lhes diziam, mas nem sequer quiseram aproximar-se da caverna, persistindo em sua dureza e obstinação. Esta dureza e infidelidade causaram-me tanta aflição que não podia deixar de derramar lágrimas ao ver os mesmos, favorecidos e convidados pelo anjo, se mostrarem tão obstinados, quando o exemplo de seus companheiros devia estimulá-los a prontificarem-se a adorar-me. A graça que meu Pai deu aos outros, concedeu-a também a estes, mas neles não produziu efeito por serem almas pecadoras, e não simples e retas como aquelas que acreditaram no convite e tiveram a sorte de reconhecer-me e adorar-me.

Ofereci, esposa caríssima, a meu Pai a pena que sofri vendo essas almas tão duras e obstinadas que desprezavam os convites do anjo, juntamente com a graça, e roguei-lhe se dignasse perdoar-lhes tamanha falta e dureza. Pedi-lhe ainda recebesse minhas lágrimas em desconto das ofensas e injúrias recebidas das almas ingratas que tanto resistem a seus chamados e doces convites. Quanto mais graça Ele lhes concede, tanto mais abusam delas e tornam-se indignas por sua dureza. Tendo chegado aqueles simples pastores à minha presença, enquanto me contemplavam com espanto e maravilhados, eu os olhava com amor, enchendo-lhes as almas de consolação. Pedi a meu Pai se dignasse consolar todas as almas que, dando fé a seus convites, aderissem a meu serviço e correspondessem à graça.

JESUS, BOM PASTOR.

Roguei-lhe ainda que, assim como quisera fossem dos pastores as primeiras visitas recebidas por ocasião de meu nascimento, assim lhe agradasse dar-me o nome de bom pastor. Como chefe de todos os pastores e o mais perfeito e santo, fosse por eles adorado e seguido, e todas as criaturas se tornassem ovelhinhas a mim confiadas. Ofereci-me para preencher o ofício de verdadeiro e bom pastor dessas ovelhinhas errantes e extraviadas, sem poupar fadigas e incomodidades, dando mesmo minha vida para salvá-las, fazendo quanto podia para conduzí-las todas ao meu redil, convidando-as, acariciando-as, procurando-as, chamando-as e libertando-as das fauces do lobo infernal. Só se perdessem as que, à força, quiserem fugir de mim, entregar-se espontaneamente ao lobo para serem devoradas.

A meu Pai muito aprouve este pedido e deu-me desde então o nome e o ofício de Bom Pastor. Comecei imediatamente a exercer tal ofício, se não em obras por me achar em idade inteiramente inábil, ao menos pelas orações e as súplicas, pedindo a meu Pai se dignasse por meio de seus convites e da graça, reconduzir a meu redil as ovelhas errantes; de fato, muitas acorreram. Somente ficaram sem atenderem ao convite e ao chamado aquelas que, empedernidas e enredadas na culpa, não corresponderam à divina graça. Pedi ao Pai naquele instante se dignasse dar muita graça e virtude às criaturas por Ele destinadas a serem na Igreja pastores e diretores de almas, a eles confiadas, a fim de exercerem o ofício com a caridade e retidão que eu lhes ensinaria, tomando conta das ovelhinhas a seu cuidado, sem poupar fadigas, nem privações, para apascentá-las e guardá-las no redil, — pois sou o chefe de todos os pastores — e, se necessário, dessem até a vida para conservar a grei a eles entregue. O Pai prometeu-me tudo e já o está realizando. Efetivamente, jamais deixa de dar graça e ajuda a todos os que exercem tal ofício. Somente àqueles que entram em meu redil, como mercenários, não concede a graça, porque não visam o fim de pastorear e guardar minha grei, mas impelem-nos a soberba, a vaidade e a ambição. Por isso, tornam-se indignos do auxílio divino, arruínam o redil que com tantos artifícios por si mesmos quiseram agarrar para guardar. Conquanto eu, esposa caríssima,’ fosse ab aeterno já inteiramente ciente de tudo pela divindade que em mim havia, por estar o Verbo eterno unido à minha humanidade, não obstante tornaram-se me todos presentes e causavam-me pena incrível. Ao invés, antes que o Verbo estivesse unido à natureza humana, eu não era capaz de penas e embora enquanto Deus tudo soubesse, não podia ter desgosto por ser Deus inteiramente incapaz de qualquer pena e dor.

Vi naquele instante, como vos disse, todos os pastores que deviam ter a vigilância sobre minha grei. Vi os bons e os maus; vi, esposa caríssima, todos os mercenários que, não sendo pastores, mas lobos rapaces. não guardariam, mas dispersariam e maltratariam a grei. Oh! que aflição sofria meu Coração ao ver dispersas e maltratadas as ovelhas que eu, com tanta fadiga, viera procurar e que, mediante minha morte, conduziria ao redil! Ofereci essa aflição e dor ao Pai. Roguei-lhe que, em virtude dessa pena tão intensamente sofrida, se dignasse impedir a entrada de tais pessoas no redil, e que, se alguma vez permitisse que entrassem, em castigo das ovelhas que, dissolutas em demasia, se afastassem para longe do caminho reto em busca de pastos venenosos, ao menos fosse de seu agra. do dar força às ovelhas de sofrerem tal castigo em paga de seus erros, e ao pastor, a luz e a graça de se emendar. E, se este não usasse a graça, livrasse o rebanho de tal lobo, do modo que contribuísse para sua maior glória e a salvação da grei. Pedi-lhe ainda concedesse sempre nova graça e nova luz aos pastores que, bons e verdadeiros, governassem a grei, me imitassem e seguissem, conforme concedeu aos pastores que foram gruta, ao entrarem e demorarem nela, ficaram repletos de nova graça e de dons celestes.

PEDE O LEITE

Após a partida dos primeiros pastores da gruta para retornarem à guarda dos rebanhos, fiquei no presépio com minha Mãe e José, seu esposo. Comecei a sentir a necessidade de tomar o alimento de que, como homem, precisava para crescer. Sentia, esposa caríssima, esta necessidade e sofria. Minha querida Mãe não ousava, por humildade, oferecer-me o leite e esperava. ordem referente ao tempo em que eu de, queria ser alimentado. Além do frio, por causa da rígida estação, quis sofrer também isto, depois de meu nascimento, ísto é, a fome, e estando pronto o alimento, privei-me dele por algum tempo , para sentir esta necessidade. Ofereci este sofrimento ao meu Pai e rogava que, vir em virtude deste sofrimento, desse muita graça a quem se abstivesse de alimento, jejuando por amor de mim e para imitar-me, especialmente às almas inocentes, as quais desde os mais tenros anos, se encaminham para a virtude, a fim de poderem praticar à imitação de mim, com grande proveito, tão santo exercício, necessário à aquisição de outras virtudes.

Estando, pois, assim faminto e necessitado de alimento, falei ao corarão de minha dileta Mãe, a fim de que me desse o leite, fazendo sentir também a ela a necessidade de tomar algum alimento. Dei-lhe ainda a compreender como, sempre que tivesse necessidade de alimento, far-lhe-ia ter a mesma sensação, conforme entendera naquela hora, a fim de estar ciente de minha necessidade e da hora na qual devia dar-me seu leite virginal, embora as mais das vezes, querendo sofrer a falta de alimento, só lhe faria sentir a necessidade depois de ter sofrido muito. Doutro modo seu coração teria sofrido demais, visto que seu amor materno não comportava ver-me sofrer tanto nessa tenra idade. Sua dor teria sido grande demais ao ver-me sofrer e, tendo pronto o alívio, não poder mo dar. Muitas vezes, no entanto fí-la experimentar esta pena; às vezes, sentia necessidade, e recusava o leite para sofrer a pena, e fazia com que ela me fizesse companhia, a fim de ser em tudo minha perfeita imitadora.

TOMA O LEITE.

Ao entender minha querida Mãe minha necessidade de ser alimentado, com toda solicitude e amor apertou-me a seu peito amoroso e, sentindo o seio repleto de leite miraculoso, deu-me deste alimento. Que gosto senti eu, esposa caríssima, ao tomar esse leite virginal! Minha dileta Mãe soube-o bem e ao mesmo tempo ficou cheia de consolação e de alegria e de suavíssima saciedade; fiz-lhe provar a mesma consolação que eu experimentei ao alimentar-me com o leite dela. Mas esta consolação foi cheia de amargura tanto para mim como para minha dileta Mãe; porque, refletindo na bebida que me daria o povo hebreu para extinguir minha grande sede na hora de expirar, enchi-me de grande amargura e aflição por sua ingratidão e crueldade.

Esta aflição penetrou no coração de minha dileta Mãe e também ela ficou magoada. “Quão diferente”, dizia-lhe, “ó querida Mãe, será a última bebida que receberei na cruz, desta que de vós recebo pela primeira vez!” Minha Mãe aflita sentia penetrar estas palavras em seu coração e experimentava indizível pena. Ofereci o gosto e a consolação ao Pai eterno e simultaneamente a pena e a amargura. Pedi-lhe se dignasse fazer as almas justas experimentarem a doçura e a suavidade de seu espírito. Em virtude da pena que sentia se dignasse dar às mesmas virtude e graça para poderem sofrer a amargura e o desgosto, os quais muitas vezes costumam preceder tal estado, e experimentarem tão suave doçura. Pedi-lhe ainda recebesse a amargura e o desgosto que sentia, em desconto da amargura que, por seu lado, lhe fazem sofrer as almas que Ele chama a tal estado e que, por culpa e negligência, não se aproximam, nem correspondem aos seus convites e a sua graça. Sua negligência é tão grande e desgosta tanto a meu Pai que, se fosse capaz de experimentar amar sofrer e pena, as suas seriam muito grandes.

AÇÃO DE GRAÇAS.

Após receber pela primeira vez o alimento do leite puríssimo de minha dileta Mãe, rendi graças a meu Pai pelo sustento que lhe aprouve dar-me de modo ‘AO admirável e prodigioso, a saber, o leite puríssimo de uma virgem, minha Mãe. Agradeci-lhe também da parte de todas as criaturas as quais, neste mesmo momento, eram alimentarias, e especialmente pelas ingratas que depois de terem recebido o alimento dispensado pela Providência, não se lembram de agradecer-lhe devidamente. Sabendo que tal ingratidão desgostaria muito ao Pai, agradeci-lhe duplamente, pedindo-lhe se desse por satisfeito em lugar de cada urna delas, em virtude de meu agradecimento, porque doutro modo ter-se-iam tornado indignas de que a Providência costumeira do Pai continuasse a alimentá-Ias.’

Meu Pai deu-se por satisfeito, por ser meu agradecimento de tão grande mérito que satisfazia por todas as criaturas, e ainda excedia muito. Agradeci-lhe ainda em nome de todas as criaturas que, sendo da minha idade de então e portanto incapazes de render-lhe graças por estarem efetivamente privadas do uso da razão, recebem o alimento sem lhe dar as devidas graças. Embora escusáveis e dispensadas disto por sua incapacidade, não obstante meu Pai foi glorificado e recebeu a ação de graças também da parte delas, porque o fiz com todo amor e gratidão. Deveis saber, esposa caríssima, que eu, cada vez que a querida Mãe me aleitava, fazia estes atos de agradecimento por todos os meus irmãos, sem excluir nenhum. Quanto a meu Pai agradou tal ação de graças, podeis deduzi-lo das promessas que me fez, isto é, dar-se por satisfeito em relação a todos, mesmo os mais ingratos, prometendo-me jamais deixar, pela divina Providência, de subministrar a todos o alimento necessário :ao, sustento, embora fossem pecadores e ingratos. Efetivamente vedes como sua providência paterna o está realizando, sem excetuar os mais indignos e criminosos pecadores que se acham no mundo, e seus maiores inimigos, demonstrando-se, neste particular, para com todos, Paí amorosíssimo. Entendei, esposa caríssima, que fiz esses atos de agradecimento não apenas após tomar o alimento, mas também em tudo o mais, como antes e depois do repouso.

ORDEM DO DIA.

De manhã, antes de despontar o dia, minha humanidade, após algum repouso, tributava as devidas graças a meu Pai; agradecia-lhe ainda em nome de todos os meus irmãos por se ter dignado conservá-los naquela noite e livrá-los de todo mal e da morte repentina, fazendo todos chegarem à manhã sãos e salvos de todo mal. Depois de lhe ter dado graças por todos em geral, agradecia-lhe em particular por aqueles ingratos que após receberem dele o benefício de sua conservaçao, não se recordam de tributar-lhe as devidas graças, nem sequer elevam a mente ao céu com um bom pensamento e um ato de gratidão. Depois agradecia-lhe por parte das almas justas que se conservaram em estado de graça. Ainda pedia-lhe perdão em lugar das almas culpadas que o haviam ofendido, oferecendo-me eu mesmo à morte e paixão, a fim de ser a divina por todas as culpas. Sentia dor por justiça aplacada e receber satisfação isto e chorava amargamente. Oferecia minha dor se dignasse preservar a meu Paí a essas e em desconto das culpas delas. Depois rogava-lhe a todos de qualquer mal durante este dia, sobretudo leso fendê-lo. Pedi que ia-lhe ainda, em geral, e depois em particular, pelas alma negligentes se levantam do repouso e vão para suas ocupações e nem sequer fazem a meu Pai uma súplica de que se digne conservá-las e livrá-las de todo mal naquele dia. Meu Pai punha muita complacência nesses atos e recebia-os com amor incomparável, mostrando-se sempre pronto a fazer o que eu pedia, pois não podia negar-me coisa alguma pelo amor que me dedicava e pela complacência que em mim encontrava. Fazia o mesmo à noite antes de repousar. Pedia a meu Pai se dignasse livrar a todos de qualquer mal naquela noite, e sobretudo do pecado. Agradecia-lhe por se ter dignado preservar a todos de qualquer mal durante aquele dia; em particular pelos ingratos que não o fazem, tencionando suprir pela falta de todos. Pedia-lhe perdão por todas as ofensas recebidas naquele dia; via a todas, uma por uma, sentia intensa pena e ansiava por derramar logo o meu sangue, para satisfazer à justiça divina. Uma vez que não podia derramar o sangue, derramava lágrimas que tinham muito valor e eram muito agradáveis ao meu Pai.

Oh! esposa caríssima, quanto me doía ver as contínuas ofensas desenfreadas, feitas a meu Pai! Sentia, depois, grande mágoa quando o dia ia começar, pensando que, naquele dia o Pai seria ofendido por tais criaturas. O mesmo sucedia ao começar a noite, vendo o homem se servir das trevas, destinadas ao descanso, para ofender ao Pai com mais liberdade. Rogava-lhe que naquela noite se dignasse impedir de todos os modos aqueles que pretendiam ofendê-lo, a fim de que não o fizessem ao menos por impotência, visto que não queriam fazê-lo voluntariamente. Depois, à meia-noite, louvava, bendizia e agradecia por parte de todos. Como nesta hora bem poucos o louvam, porque a maioria está repousando ou até ofendendo-o, eu supria por todos através deste louvor. Rogava-lhe instantemente aplacar-se em relação a eles e pelas maiores ofensas. Dava-lhe satisfação em lugar de cada um, afligindo-me com maior ou menor intensidade, segundo a gravidade da culpa cometida. Deste modo continuei a agir durante todo o tempo de minha vida, em cada hora e em cada momento, agindo e merecendo por meus irmãos. E, vendo sua ingratidão para comigo, que tanto bem obtinha para eles, sentia dor cada vez mais aguda.

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