Estudo 9 – Volume 1 ao 11 – Escola da Vontade de Deus

Os Três Fiat
Estudo 9 – Volume 1 ao 11 – Escola da Vontade de Deus
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Fonte de comparação de traduções: http://www.divinavoluntad.info/resto
Volume 1

Modo de triunfar nas provas  – Fonte> www.divinavontadenobrasil.com

(75) Continuando com o que havia começado, o sentia dentro de mim, o abraçava, o estreitava e lhe dizia: “Amado Bem, veja como nossa separação tem sido amarga”.
E Ele me dizia:
(76) “É nada o que você passou, prepare-se para provas mais duras; por isso que eu vim, para dispor seu coração  fortalece-lo. Agora você vai me contar tudo o que passou, suas dúvidas e medos, todas as suas dificuldades para poder ensinar-lhe como se comportar na minha ausência ”.
(77) Então eu narrei minhas tristezas dizendo: “Senhor, olha, sem ti eu não tenho conseguido fazer nada de bom, fiz a meditação toda distraída, feia, tanto que não tinha espírito para oferecer a você.

Na comunhão, não pude passar horas inteiras como quando te sentia, me via sozinha, não tinha ninguém para me entender, me sentia vazia de tudo, a dor da sua ausência me fazia provar agonias mortais, minha natureza queria ser despachada em breve para fugir daquela dor, muito mais do que me pareceu que eu não estava fazendo nada além de perder tempo, e o medo que ao voltar Tu me castigarias por não ter sido fiel, então eu não sabia o que fazer. Além disso, a dor que Tu está sendo continuamente ofendido e que eu sem saber quando, como antes, me ensinava, fazer esses atos de reparação, essas visitas ao Santíssimo Sacramento pelas ofensas que Tu recebes. Então me diga, como devo fazer? ” E Ele, me instruindo benignamente, ele me dizia:
(78) 1o.- “Você tem feito mal por estar tão perturbada, não sabe que eu sou o Espírito de paz? E a primeira coisa que te recomendo é não perturbar a paz do coração; quando em oração não pode se recolher-te, não quero que você pense sobre isso ou aquilo, como é ou como não é, fazendo em ti mesma chamas de distração. Pelo contrário, quando você está nesse estado, a primeira coisa é que se humilhes, confessando-se merecedora dessas penas, pondo-se como humilde cordeiro nas mãos do carrasco, que enquanto o mata lhe lambe as mãos; então você, enquanto se vê espancada, abatida, sozinha, você se resignará às minhas santas disposições, me agradecerá de todo coração, beijarás a mão que te bate, reconhecendo-se indigna dessas dores, então você me
oferecerá aquelas amarguras, angústias e tédio, pedindo que eu aceite isso como sacrifício de louvor, de satisfação por sua culpa, de reparação pelas ofensas que Me fazem. Ao fazer isso, sua oração se elevará diante do meu trono como incenso perfumado, ferirá meu coração e atrairá novas graças e novos carismas para você; o demônio vendo-te humilde e resignada, toda abismada em seu nada, não terá forças para se aproximar. Eis que onde você pensou que estava perdendo, farás grandes aquisições.

(79) 2o.- Em relação à Comunhão, não quero que você lamente do que não sabe ser, deves saber que é uma sombra das dores que sofri no Getsêmani, como será quando eu te fizer participante dos flagelos, dos espinhos e dos cravos? O pensamento dos sofrimentos maiores te fará sofrer com mais animo as penalidades menores, portanto, quando na Comunhão você se encontrar sozinha, agonizante, pense que eu te quero um pouco em minha companhia na agonia de horto.
Portanto, fique junto a Mim, e faça uma comparação entre suas dores e as minhas. Olha você sozinha, privada de Mim, e Eu tambem só, abandonado pelos meus amigos mais fiéis que estão sonolentos, deixado sozinho até pelo meu Divino Pai, e também no meio de uma dor amarguissima, cercado por cobras, víboras e cães raivosos, que eram os pecados dos homens, e onde estavam também os seus, que fizeram a parte deles, o que me parecia que eles queriam me devorar vivo, meu coração sentiu tanta opressão como se estivesse sob uma prensa, tanto que
suei sangue vivo. Diga-me, quando você chegou a sofrer tanto? Então quando se encontre privada de Mim, aflita, vazia de todo consolo, cheio de tristeza, de labuta, de tristezas, vem junto a Mim, limpa-me esse sangue, oferece-me essas tristezas como alívio para minha agonia amarguissima. Ao fazer isso, você encontrará uma maneira de se distrair Comigo depois da Comunhão; não que você não sofra, porque a dor mais amarga que posso dar às minhas queridas almas é privando-as de Mim, mas você, pensando que com o seu sofrimento você me dá conforto, ficará satisfeita.
(80) 3o.- Em relação às visitas e atos de reparação, você deve saber que tudo o que fiz no decorrer de trinta e três anos, desde o nascimento até a morte, o continuo no sacramento do altar, por isso quero que me visite trinta e três vezes por dia, honrando todos meus anos e unindo-se Comigo ao Sacramento, com minhas mesmas intenções, isto é, de reparação, de adoração. Isso você fará em todos os momentos do dia: o primeiro pensamento de manhã imediatamente, volta diante do tabernáculo onde estou por seu amor e visite-me, o último pensamento da tarde, enquanto você dorme à noite, antes e depois de comer, ao começo de toda ação sua, andando, trabalhando ”.

(81) Enquanto assim me dizia, me sentia toda confusa, e sem saber se poderia alcançar faze-lo Eu disse a ele: “Senhor, peço que fique comigo até que eu tenha o hábito de fazê-lo, porque sei que contigo posso fazer tudo, mas sem ti o que posso fazer eu, miserável? E ele benignamente adicionava:
(82) “Sim, sim, eu vou te contentar, quando te faltei? Quero sua boa vontade e qualquer darei a você qualquer ajuda que desejar. ”
(83) E assim fazia. Depois de algum tempo, às vezes com Ele, às vezes privado dele, um dia após a comunhão me senti mais intimamente unida a Ele, me fez várias perguntas, como: Se eu queria, se estava disposta a fazer o que Ele queria, até o sacrifício da vida por seu amor; e ele me dizia:
(84) “E você me diz o que quer, estas pronta para fazer o que Eu quero, também Eu farei o que que você quer “.

          

2-9
Mês de Abril, 1899

Como a humildade é a pequena planta. A humildade sem confiança é virtude falsa.

(1) Depois de ter passado alguns dias de privação e de lágrimas, eu me encontrava toda confusa e aniquilada em mim mesma, em meu interior ia dizendo continuamente: “Diz-me, ó meu Bem, por que te afastaste de mim, em que te ofendi que não te deixas ver mais, e se te mostras é quase ofuscado e em silêncio? Ah, não mais me faça esperar e esperar, que meu coração não pode mais!”.

(2) Finalmente Jesus se mostrou um pouco mais claro, e vendo-me tão aniquilada me disse:
(3) “Se tu soubesses quanto me agrada a humildade! A humildade é a planta mais pequena que se pode encontrar, mas seus ramos são tão altos que chegam até o Céu, estão em torno de meu trono e penetram até dentro de meu coração. A pequena planta é a humildade, os ramos que produz esta planta é a confiança, assim que não se pode dar verdadeira humildade sem confiança. A humildade sem confiança é falsa virtude”.

(4) Pelas palavras de meu Jesus se vê que meu coração não só estava aniquilado, mas também um pouco desanimado.

volume 3. – Novembro 19, 1899 Fonte: www.divinavontadenobrasil.com 

Males da soberba.

(1) Continua a vir meu adorável Jesus, e como minha mente, antes de que viesse estava pensando em certas coisas que me havia dito em anos passados, e que não recordo bem, Ele, como para me lembrar disse:
(2) “Minha filha, a soberba roe a graça. Nos corações dos soberbos não há outra coisa que um vazio todo cheio de fumaça, que produz a cegueira. A soberba não faz mais que fazer de si mesmo um ídolo, assim que a alma soberba não tem o seu Deus consigo; com o pecado procurou destruí-lo em seu coração, e levantando um altar nele, se põe em cima e se adora a si mesmo”.

(3) Oh! Deus, que monstro abominável é este vício, a mim me parece que se a alma está atenta a não deixá-lo entrar nela, estará livre de todos os outros vícios, mas se por sua desventura se deixa dominar por ele, como é mãe monstruosa e má, lhe parirá todos seus filhos díscolos, os quais são os outros pecados. Ah Senhor, mantenha-a longe de mim!

volume 3-10  para comparação  fonte : http://www.divinavoluntad.info/resto

19 de novembro de 1899

Males do orgulho.

(1) Meu adorável Jesus continua vindo, e como minha mente, antes de Ele vir eu estava pensando em certas coisas que Ele havia me falado nos últimos anos, e que não me lembro bem, Ele, como se fosse lembrar de mim, me disse:

(2) “Minha filha, o orgulho rói a graça. No coração dos orgulhosos não há nada além de um vazio cheio de fumaça, que produz cegueira. O orgulho só se torna um ídolo, de modo que a alma orgulhosa não tem seu Deus consigo; com o pecado, ele procurou destruí-lo em seu coração e, levantando um altar sobre ele, ele se colocava nele e adorava a si mesmo.

(3) Oh! Deus, que monstro abominável é este vício, parece-me que se a alma tiver o cuidado de não o deixar entrar, ficará livre de todos os outros vícios, mas se pelo seu infortúnio se deixar dominar por ele , como é uma mãe monstruosa e má, ela dará à luz todos os seus filhos rebeldes, que são os outros pecados. Ah, Senhor, mantenha-a longe de mim!

4-9
Setembro 19, 1900

Obediência de pedir alívio nas penas a Jesus.

1) Duplicando-se sempre mais o espasmo da dor, teria querido escondê-lo e fazer que ninguém se desse conta, e teria querido mantê-lo em segredo, sem dizer ao confessor o que disse acima; mas era tão forte o espasmo que me pareceu impossível, e o confessor, usando a sua habitual arma da obediência, ordenou-me que lhe manifestasse tudo; então, depois de lhe ter manifestado todas as coisas, disse-me que por obediência devia pedir ao Senhor que me libertasse, de outra maneira cometeria pecado. Oh, que tipo de obediência é esta, é sempre ela que se atravessa em meus planos! Então, de má vontade aceitei esta nova obediência, mas apesar disto não tinha coração para rogar ao Senhor que me libertasse de um amigo tão querido, como o é a dor, muito mais que esperava sair do exílio desta vida. O bendito Jesus me tolerava, e ao vir me disse:

(2) “Tu sofres muito, queres que te liberte?”
(3) E eu, tendo-me esquecido um momento da obediência disse: “Não Senhor, não, não me libertes, quero ir; e além disso Tu sabes que não sei te amar, sou fria, não faço grandes coisas por Ti, ao menos te ofereço este sofrer para satisfazer ao que não sei fazer por amor teu”.
(4) E Ele: “E Eu minha filha, infundirei tanto amor e tanta graça em ti, de modo que nenhum me possa amar e desejar como tu, não estás contente?” (5) “Sim, mas quero vir”. Jesus desapareceu, e eu voltando em mim mesma me lembrei da obediência recebida, e tive que me acusar com o confessor, e me ordenou que absolutamente não queria que me fosse, e que o Senhor me libertasse. Que pena senti ao receber esta obediência! parece que quer tocar os extremos de minha paciência.

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4-10
Setembro

5-9
Maio 8, 1903
Quando o homem se dispõe ao bem, recebe o bem; e se se dispõe ao mal, o mal recebe.

(1) Continuando o meu amargo estado de privações, em que, no máximo, Jesus se deixava ver taciturno e por breves instantes. Esta manhã, empenhando-se o confessor em fazê-lo vir, perdendo os sentidos, por pouco e quase pela força se fazia ver e voltando-se para o confessor, disse-lhe com aspecto sério e aflito:
(2) “Que queres?”
(3) O pai parecia confuso e não sabia dizer nada, então eu disse: “Senhor, talvez seja o fato da missa que ele quer”.
(4) E o Senhor acrescentou: “Prepara-te e a terás, e além disso tu tens a vítima, quanto mais próximo estiveres com o pensamento e com a intenção, tanto mais te sentirás forte e livre para poder fazer o que queres”.
(5) Depois disse: “Senhor, por que não vens?” E Ele continuou:
(6) “Queres ouvir? Escuta”.
(7) E naquele momento, ouviam-se tantos gritos de vozes de todas as partes do mundo que diziam:
“Morte ao Papa, destruição de religião, igrejas lançadas por terra, destruição de todo domínio, nada deve existir sobre nós” e tantas outras vozes satânicas que me parece inútil dizê-las. Então nosso Senhor acrescentou:
(8) “Minha filha, o homem, quando se dispõe ao bem, recebe o bem, e se se dispõe ao mal, o mal recebe. Todas estas vozes que escutas chegam ao meu trono, e não uma vez senão repetidas vezes, e minha justiça quando vê que o homem não só quer o mal, mas com dupla insistência o demanda, com justiça sou obrigado a concedê-lo para lhe fazer conhecer o mal que quer, porque só então se conhece verdadeiramente o mal, quando no mesmo mal se encontra. Eis a causa pela qual minha justiça vai buscando vazios para punir o homem, mas ainda não chegou o tempo de sua suspensão, ao mais algum dia por agora, para fazer que a justiça ponha sua mão um pouco sobre o homem, não podendo mais resistir ao peso de tanta atrocidade, e ao mesmo tempo fazer
abaixar a testa do homem muito ensoberbecida”.

6-9
Dezembro 5, 1903

Como o santo desejo de receber a Jesus substitui o sacramento, fazendo com que a alma respire a Deus, e que Deus respire a alma.

(1) Não tendo podido receber a comunhão esta manhã, estava toda aflita, mas resignada, e pensava entre mim que se não tivesse sido porque me encontrava nesta posição de estar na cama, e se fosse vítima, certamente a teria podido receber, e dizia ao Senhor: “Olhe, o estado de vítima me submete ao sacrifício de privar-me de recebê-lo no sacramento, ao menos aceita o sacrifício de privar-me de Ti para te contentar, como um ato mais intenso de amor por Ti, porque ao menos o pensar que sua mesma privação atesta ainda mais meu amor por Ti, adoça a amargura de sua privação”. E enquanto dizia isto, as lágrimas me desciam dos olhos, mas, ó bondade do meu bom Jesus, não apenas me adormeci, sem fazer-me esperar tanto e procurar segundo o habitual, veio de súbito e me pondo suas mãos no rosto, me acariciava e me dizia:

(2) “Minha filha, pobre filha, ânimo, minha privação estimula principalmente o desejo, e neste desejo incentivado, a alma respira a Deus, e Deus sentindo-se mais iluminado por este estimular da alma, respira a alma, e neste respirar-se mutuamente Deus e a alma, acende-se principalmente a sede do amor, e sendo o amor fogo, forma o purgatório da alma, e este purgatório de amor serve-lhe não de uma só comunhão ao dia, como permite a Igreja, mas de uma contínua comunhão, porque é contínuo o respiro, mas todas comunhões de puríssimo amor, só de espírito e não de corpo, E sendo o espírito mais perfeito, acontece que o amor é mais intenso. Assim recompenso Eu, não a quem não quer receber-me, senão a quem não pode receber-me, privando-se de Mim para me agradar a Mim”.

7-9
Março 13, 1906

Se a alma não pode estar sem Jesus, é sinal que ela é necessária ao seu amor.

(1) Esta manhã, o bendito Jesus não vinha, e eu dizia entre mim: “Senhor, não vês como sinto que me falta a vida? Sinto tanta necessidade de Ti, que se Tu não vens sinto que se destrói meu ser, não me negues o que me é absolutamente necessário; Não te peço beijos, carícias, favores, mas só o que me é de necessidade”. Enquanto dizia isto, encontrei-me toda absorvida nele, de tal maneira perdido todo o meu ser, que não podia fazer nem ver outra coisa que o que fazia e via Ele mesmo. Sentia-me feliz, feliz, todas as minhas potências adormecidas, como um que vai ao fundo do mar, onde tudo é água, e se faz por olhar, olha a água; se fala, a água lhe impede a palavra e lhe entra até as vísceras; se quer ouvir, só o murmúrio das águas lhe entra pelas orelhas, com esta diferença, que no mar há perigo de perder a vida, e não se sente nem ditosa nem feliz, ao contrário em Deus readquire  Vida Divina, a felicidade e bem-aventurança. Então o bendito Jesus me disse:

(2) “Minha filha, se tu não podes estar sem Mim, e tanto te sou necessário, é sinal de que tu és necessária ao meu amor, porque segundo um se torna necessário a outro, é sinal que aquele é necessário ao outro; por isso, se alguma vez parece que não devo vir e tu te cansas, e vejo a necessidade que tens de Mim, e conforme cresce em ti a necessidade, cresce também em Mim, e digo entre Mim: Vou a ela a tomar este alívio a meu Amor, e é por isso que depois de que te cansaste, Eu venho”.

 

8-9
Agosto 6, 1907

Não vê outra coisa que castigos.

(1) Continuando meu estado habitual, eu estava fora de mim dentro de uma igreja, e eu parecia ver uma bela senhora com seus seios tão cheios de leite, que parecia que gostaria de lhe abrir a pele.
Depois, chamando-me, disse-me:
(2) “Minha filha, este é o estado da Igreja, está cheia de amarguras internas, e, juntamente com elas, está no ato de receber as amarguras externas. Sofre tu um pouco para atenuá-las em algo”.
(3) E enquanto dizia isto, parecia que se abria os seios, e enchendo sua mão com leite me dava a beber; era amarguíssima e produzia tantos sofrimentos que eu mesma não sei dizê-lo. Nesse momento via que faziam revoluções, entravam nas igrejas, despojavam altares, os queimavam, atentavam contra sacerdotes, rompiam estátuas, e milhares de outros insultos e infâmias.
Enquanto faziam isso, o Senhor mandava outros castigos do Céu, muitos ficavam mortos ou feridos, parecia uma briga geral contra a Igreja, contra o governo e entre eles mesmos. Eu fiquei espantada e me encontrei em mim mesma, e continuava vendo a Rainha Mãe, junto com outros santos, que rogavam a Jesus Cristo que me fizesse sofrer, mas parecia que Ele não prestava atenção, e entravam em conflito, e irritado respondeu o bendito Jesus:
(4) “Não me incomodem, Acalmem-se, senão trago-a para mim”.
(5) Mas apesar disso parece que eu sofri um pouco.
(6) Agora digo tudo junto, que em todos estes dias, encontrando-me em meu habitual estado, não vi outra coisa que revoluções e castigos. O bendito Jesus está quase sempre taciturno, e de vez em quando só me diz:
(7) “Minha filha, não me faças violência, de outra maneira te farei sair deste estado”.
(8) E eu digo: “Minha vida e meu tudo, se quiser ser deixado livre para fazer o que quiser, leve-me, e depois poderá fazer o que quiser”.
(9) Parece que nestes dias é preciso muita paciência para lidar com Jesus bendito.

9-9
Julho 14, 1909

Só Deus pode infundir paz na alma.

(1) Tenho passado amargamente com a privação do bendito Jesus; no máximo, faz-se ver como uma sombra ou um relâmpago, e às vezes também a fulguração parecia que fugia. Minha mente era perturbada pelo pensamento de que sendo Jesus tão bom, quão cruelmente me deixou, ah, talvez não fosse Ele que vinha, sua bondade não me teria feito isso! Quem sabe se não foi o demônio, ou minha fantasia, ou bem sonhos, mas no âmago da alma não queria saber disto, queria estar em paz, e parecia que se afastava de tudo, se adentrava sempre mais na Vontade de Deus, se escondia nela tomando um sono profundo no seu Santo Querer, e não há maneira de que desperte; parece que o bom Jesus a encerra tanto no seu Querer, que nem sequer deixa que se encontre a porta para poder tocar e fazer-lhe ouvir que Jesus a deixou, e ela dorme e se está em paz. A mente, não encontrando nenhuma resposta diz entre si: “Só eu devo me zangar? Também eu quero tranquilizar-me e fazer a Vontade de Deus; venha, que venha contanto que faça sua Santa Vontade”. Este é meu estado presente.

(2) Agora, esta manhã pensando no que escrevi acima, o bom Jesus me disse:

(3) “Minha filha, se fossem fantasias, sonhos, demônios, não teriam tanta força de te fazer possuir a auréola da paz, e não por um dia, mas por vinte e cinco anos, nenhum poderia te fazer respirar essa aura de suave paz dentro e fora de ti, só Aquele que é toda paz, e que se um sopro de perturbação o pudesse surpreender, deixaria de ser Deus, ficaria ofuscada Sua Majestade, diminuída sua grandeza, débil sua potência, em suma, todo o Ser Divino receberia uma sacudida. Aquele que te possui e que você possui te resguarda, te defende continuamente de todo o fôlego de perturbação. Lembra-te que em todas as minhas visitas sempre te corrigi se havia em ti algum alento de perturbação, e de nenhuma outra coisa me desgostei tanto, como de não te ver em paz; e somente me fui quando te acalmei toda. A fantasia, o sono, muito menos o demônio, têm esta virtude, e muito menos podem infundir aos demais, por isso te tranquilize e não me seja ingrata”.

10-9
Dezembro 25, 1910

Os sacerdotes apegaram-se às famílias, ao interesse, às coisas exteriores, etc., esta é a necessidade das casas de reunião de sacerdotes.

(1) Esta manhã o bendito Jesus se fazia ver pequeno, pequeno, mas tão gracioso e belo que me arrebatava em doce encanto, depois se tornava mais benévolo porque com suas pequenas mãozinhas pegava pequenos cravos e me cravava com uma maestria digna só de meu sempre amável Jesus, e depois enchia-me de beijos e de amor, e eu a Ele. Depois disto, parecia-me que estava na gruta do meu recém-nascido Jesus, e o meu pequeno Jesus disse-me:
(2) “Minha querida filha, quem veio visitar-me na gruta do meu nascimento? Os pastores foram os primeiros visitantes, os únicos que faziam um ir e vir e me ofereciam dons e coisas deles, e os primeiros que tiveram o conhecimento de minha vinda ao mundo, e por consequência os primeiros favorecidos cheios de minha graça. Eis por que escolho sempre pessoas pobres, ignorantes, desprezíveis, e delas faço portentos de graça, porque são sempre as mais dispostas, as mais dispostas a ouvir-me, a crer-me sem pôr tantas dificuldades, tantas cavilações, como o fazem as pessoas cultas. Depois vieram os magos, mas não se viu nenhum sacerdote, enquanto ele
deviam ser os primeiros a cortejar-me, porque eles sabiam mais do que todos os demais segundo as escrituras que estudavam, sabiam o tempo, o lugar, e era mais fácil vir visitar-me, mas nenhum, nenhum se moveu, é mais, enquanto eles apontaram para os magos, eles não se moveram, nem se incomodaram em dar um passo para ir em busca de minha vinda. Isto foi uma dor, para Mim amarguíssima, no meu nascimento, porque naqueles sacerdotes era tanto o apego às riquezas, ao interesse, às famílias e às coisas exteriores, que como resplendores lhes cegava a vista, lhes endurecia o coração e tornava estranha a inteligência para conhecer as verdades mais sagradas,
mais certas, e estavam tão preocupados nas coisas baixas da terra, que jamais teriam acreditado que um Deus pudesse vir à terra em tanta pobreza e em tanta humilhação, e não só em meu nascimento, mas também no curso de minha vida, quando fazia os milagres mais estridentes, nenhum me seguiu, mas bem planejaram minha morte e me assassinaram sobre a cruz. E Eu, depois de ter usado toda a minha arte para os atrair a Mim, os coloquei no esquecimento e escolhi pessoas pobres, ignorantes, como foram meus apóstolos e formei a minha Igreja, os segreguei das famílias, os libertei de qualquer vínculo de riquezas, enchi-os dos tesouros da minha graça e tornei-
os hábeis para a direção da minha Igreja e das almas. Agora, deves saber que esta dor ainda me dura, porque os sacerdotes destes tempos se irmanaram com os sacerdotes daqueles tempos, se deram a mão no apego às famílias, ao interesse, às coisas exteriores e pouco ou nada põem atenção ao interior, é mais, alguns se degradaram tanto, que chegaram a fazer entender aos mesmos leigos que não estão contentes de seu estado, abaixando sua dignidade até o ínfimo e abaixo dos mesmos leigos. Ah! minha filha, que prestígio pode ter sua palavra nas pessoas? Pelo contrário, os povos por sua causa vão descendo na fé e no abismo de piores males, caminham a tropeções e nas trevas, porque luz nos sacerdotes não veem mais. Esta é a necessidade das casas de reunião dos sacerdotes, a fim de que o sacerdote seja libertado das trevas de que é invadido, das famílias, do interesse e dos cuidados das coisas exteriores, possa dar luz de verdadeiras virtudes e os povos possam sair dos erros em que caíram. São tão necessárias estas reuniões, que cada vez que a Igreja chegou ao ínfimo, quase sempre este tem sido o meio para fazê-la ressurgir mais bela e majestosa”.

(3) Quando ouvi isto, disse: “Meu sumo e único bem, doce vida minha, compadeço tua dor e queria adoçá-lo com meu amor, mas Tu sabes bem quem sou eu, como sou pobre, ignorante, má, e além disso, extremamente presa pela paixão de meu ocultamento, amo tanto que pudesse me esconder tanto em Ti, que ninguém possa crer que eu existo mais, e Tu em troca queres que fale destas coisas que tanto afligem teu amantíssimo coração e tão necessárias para a Igreja. Oh! meu Jesus, fala-me de amor, e vai em busca de outras almas boas e santas para falar destas coisas tão úteis para a Igreja”. E o bom Jesus disse:

(4) “Minha filha, também eu amava o ocultamento, mas cada coisa tem seu tempo, quando a honra e a glória do Pai e o bem das almas o requereu, manifestei-me e fiz minha vida pública. Assim faço com as almas, às vezes as tenho escondidas, outras vezes as manifesto, e tu deves ser indiferente a tudo, querendo só o que Eu quero, é mais, te bendigo o coração, a boca, e falarei Eu em ti com minha mesma boca e com minha mesma dor”.

(5) E assim me abençoou e desapareceu.

11-10
Março 8,1912

O que significa vítima.

(1) Esta manhã o Padre G. ofereceu-se vítima a Nosso Senhor, e eu estava pedindo e oferecendo-o para que o aceitasse, e meu amável Jesus me disse:
(2) “Minha filha, eu aceito de bom grado, diga-lhe que sua vida não será mais a sua,  mas a minha; aliás, escolho-o vítima da minha Vida oculta. Minha Vida oculta foi vítima de todo o interior do homem, assim que deu satisfação pelos pensamentos, desejos, tendências, afetos maus. Tudo o que o homem faz exteriormente, não é outra coisa que o desabafo de seu interior, e se tanto mal se vê no exterior, o que será do interior? Assim, muito me custou refazer o interior do homem, basta dizer que nisso empreguei a prolixidade de trinta anos; o meu pensamento, o
bater do meu coração, o respiro, os desejos, estavam sempre dedicados a correr para o pensamento, o bater do coração, o respiro, o desejo do homem para repará-los, para santificá-los e para dar satisfação por eles; é assim como o escolho a ele vítima para este ponto de minha Vida oculta, Então eu quero todo o seu interior unido Comigo e oferecido a Mim para me dar satisfação pelo interior malvado das outras criaturas; e muito a propósito o escolho para isto, pois sendo ele sacerdote conhece mais que os demais o interior das almas, a lama, a podridão que
há dentro delas, e por isso pode conhecer melhor quanto me custou este meu estado de vítima, no qual quero que tome parte, e não só ele, mas também os demais que ele conhece e trata.
Minha filha, diga-lhe que lhe faço uma grande graça aceitando-o como vítima, porque fazer-se vítima não é outra coisa que um segundo batismo, mas sim, mais que o batismo, porque se trata de ressurgir em minha própria Vida, e devendo a vítima viver Comigo e de Mim, me é necessário lavar de toda mancha, dando-lhe um novo batismo e reafirmá-la na graça para poder admiti-la a viver Comigo, assim que de agora em diante tudo o que ele faça não dirá que é coisa sua, senão minha, assim que se reza, se fala, se obra, dirá que são coisas minhas”.

(3) Depois disto parecia que Jesus olhava em torno de mim, e lhe disse: “Que vês, ó! Jesus?
Não estamos sozinhos?”
(4) E Ele: “Não, há outras pessoas, eu as atraio em torno de você para tê-las mais estreitas Comigo”.
(5) E eu: “Você as ama muito?”
(6) E Ele: “Sim, mas gostaria mais desenvoltas, mais confiantes, mais audazes e mais íntimas Comigo, sem nenhum pensamento delas mesmas, porque devem saber que as vítimas não são mais donas delas mesmas, de outra maneira anulam o estado de vítima”.
(7) Então eu, tendo um pouco de tosse, disse-lhe: “Jesus, faz-me morrer de tuberculose, em breve, faz-me ir, leva-me contigo”.

(8) E Jesus: “Não me faça ver que fica descontente, pois assim Eu sofro. Sim, vais morrer de tuberculose, mas ainda falta um pouco, e se não morreres de tuberculose corporal vais morrer de tuberculose. Ah! não saias da minha Vontade, porque a minha Vontade será o teu paraíso, antes o paraíso do meu Querer; por quantos dias estiverem na terra, outros tantos paraísos te darei no Céu”.

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