Estudo do Livro do Céu – Estudo 3

Orações para iniciar o Dia na Divina Vontade

Em nome do Pai que me criou, em nome do filho que me resgatou e em nome do Espírito Santo que me santificou. Divina Vontade reina na minha Vontade.

Óh minha Mãe eu te amo e tu me amas, dá-me um gole da Vontade Divina à minha alma, me abençoa Mãe, para que todas as minhas ações sejam feitas diante de vossos olhos maternais.

Vinde oh Espírito Santo. Vinde por meio da poderosa intercessão do Imaculado Coração de Maria, vossa amadíssima esposa e nossa mãe.

Entrega na parte da manhã: Suprema Majestade, eu venho em sua Divina Vontade em nome de todos, do primeiro ao último homem que existirá na Terra para dar a ti as homenagens que tendes direito, as adorações, os louvores, as reparações por todos e por cada pecado. Venho em sua Divina Vontade, dou-te a minha vontade humana por meio do Imaculado Coração de Maria, que possui todos os dons e frutos da Divina Vontade. Vem óh Divina Vontade, nesta ação que estou a fazer e em todas as ações que farei durante este dia. 

Reze um Pai Nosso, uma Ave Maria e 3 Glorias ao Pai… (todos os dias de manhã)

Texto do Tema Dia 12/06/2024 Livro do Céu Volume 1 – Cap 5

5- Jesus começa sua obra na alma: Ele a tira e a separa do mundo exterior. 

Depois o Divino Mestre dá início, põe sua mão para desapegar meu coração de todas as criaturas, e com a voz interior me diz: “Eu sou o único que merece ser amado. Vê; se tu não tirares este pequeno mundo que cerca a ti, isto é, pensamentos de criaturas, imaginações, Eu não posso entrar livremente em teu coração. Este murmúrio em tua mente é impedimento para te deixar ouvir mais claramente a minha voz, para derramar as minhas graças e para apaixonar-te verdadeiramente por Mim. 

Promete-me ser totalmente minha e Eu mesmo porei mãos à obra. Tu tens razão de que não podes nada. Não temas, Eu farei tudo, dá-me a tua vontade e isso me basta”. E isso acontecia mais frequentemente na Comunhão; então lhe prometia ser toda sua, pedia-lhe perdão, visto que até aquele momento não o havia sido, dizia-lhe que queria amá-Lo verdadeiramente e lhe rogava que não me deixasse nunca mais sozinha sem Ele. E a voz continuava: “Não, não, virei contigo para observar todas as tuas ações, movimentos e desejos”8 . 

Todo o dia o sentia sobre mim, repreendia-me em tudo, como por exemplo se me entretinha demasiado, falando com a família de coisas indiferentes, não necessárias, a voz interna me dizia: “Essas conversas enchem-te a mente de coisas que não pertencem a Mim, circundam-te o coração de pó, de modo que te fazem sentir débil a minha Graça, não mais viva. Ah! Imita-me quando estava na casa de Nazaré, minha mente não se ocupava de outra coisa que da glória do Pai e da salvação das almas, minha boca não dizia outra coisa que discursos santos, com minhas palavras buscava reparar as ofensas ao Pai, tratava de flechar os corações e atraí-los ao meu Amor, e primariamente à minha mãe e a São José. Em uma palavra, tudo nomeava a Deus, tudo era feito por Deus e tudo a Ele se referia. Por que tu não poderias fazer de igual forma? ”

 Eu ficava muda, toda confusa, tentava tanto quanto podia ficar sozinha; confessava-lhe minha debilidade, pedia-lhe ajuda e graça para poder fazer o que Ele queria, porque por mim mesma não sabia fazer nada que não fosse mal. Se durante o dia minha mente se ocupava em pensar nas pessoas as quais eu amava, em seguida me repreendia dizendo: “Isto é o bem que me queres? Quem te amou como Eu? Veja, se tu não acabares com isso, Eu te deixarei”.

 Às vezes o sentia dando-me tantas e tais reprovações amargas, que não fazia nada além de chorar. Especialmente uma manhã, depois da Comunhão, deu-me uma luz tão clara sobre o grande amor que Ele me dava e sobre a volubilidade e inconstância das criaturas, ficando o meu coração tão convicto, que daí em diante já não era capaz de amar a nenhuma pessoa. Ensinou-me a amar as pessoas sem me separar d’Ele, isto é, a olhar para as criaturas como imagens de Deus, de modo que se recebia o benefício das criaturas, devia pensar que unicamente Deus era o primeiro autor daquele bem e que tinha se servido da criatura para me dar; então meu coração se unia mais a Deus. Se recebia mortificações, devia vê-las também como instrumentos nas mãos de Deus para a minha santificação, por isso meu coração não ficava ressentido com o meu próximo. Então, por este modo acontecia que eu olhava as criaturas todas em Deus, por qualquer falta que visse nelas jamais lhes perdia a estima, se zombavam de mim sentia-me obrigada, pensando que estavam fazendo novas aquisições para 23 minha alma, se me louvavam, recebia com desprezo estes louvores dizendo: “Hoje isto, amanhã podem me odiar, pensando em sua inconstância”. Em suma, meu coração adquiriu tal liberdade, que eu mesma sou incapaz de expressá-la.

NOTAS: 

8 Luísa tinha cerca de 12 anos. A narrativa a partir de agora prossegue em ordem cronológica

Perguntas para responder sobre esse capítulo

• Como Jesus inicia o trabalho na alma de Luísa? Você entende o para quê Jesus precisa que Luisa siga essas exigências? 
• Essas exigências de Jesus podem ser feitas para nós hoje?
• Para você o trabalho que Jesus faz é proibir você de ter as relações naturais com as pessoas da sua vida? Ou é algo somente espiritual? Explique.
• Você acredita que Jesus vai fazer com a sua alma exatamente o que fez com Luisa? Ou você pensa que só com religiosos consagrados ou pessoas com alguma missão na igreja que Ele faz isso?
• Você compreende essas repreensões de Jesus sobre a vida da Luisa? Você consegue obedecer a Jesus nessas exigências da mente estar plenamente focada somente Nele? 
• Você acredita que Jesus se ocupa de observar e vigiar os seus pensamentos todos?
• Como Jesus pede para Luisa e para nós imitarmos a vida dele neste texto? Você acredita que consegue viver assim?
• Você acredita que Jesus terá toda paciência com você, como tem com Luisa?
• Você consegue entender como Luisa aprendeu a amar as pessoas sem se separar de Jesus?