Rodadas de criação do “Livro de Oração da Vontade Divina”.
Rodada 1 – A Criação dos Céus
Rodada 2 – A Criação do Mar e do Vento
Rodada 3 – A Criação da Terra
Rodada 4 – Éden e a Criação do Homem
Rodada 5 – Pecado Original – Rodadas da Alma
Rodada 6 – Personagens de o Velho Testamento
Rodada 7 – A Santíssima Virgem Maria
Rodada 8 – A alma ora com Maria pelo Reino de Deus
Rodada 9 – A encarnação do Verbo eterno
Rodada 10 – A circuncisão de Jesus
Rodada 11 – Fuga para o Egito
Rodada 12 – Com Jesus no Egito
Rodada 13 – Com Jesus no meio das crianças do Egito
Rodada 14 – Jesus regressa a Nazaré
Rodada 15 – Jesus no Deserto
Rodada 16 – Jesus transforma água em vinho
Rodada 17 – Jesus em seus milagres
Rodada 18 – Vida Pública de Jesus
Rodada 19 – Jesus entrando glorioso em Jerusalém
Rodada 20 – Jesus na Agonia do Horto
Rodada 21 – Jesus nas penas da Paixão
Rodada 22 – Jesus no Calvário
Rodada 23 – Jesus no sepulcro
Rodada 24 – Jesus ressuscitado e subindo ao Céu
INTRODUÇÃO DOS GIROS OU RODADAS DA ALMA
Nos escritos de Luisa descobre-se que se o homem pecou e frustrou o desígnio de Deus no cosmos material, esse desígnio é restaurado por meio das orações de Jesus e Maria, e daquelas almas que vivem em sua vontade; tais almas amam a Deus na criação e por meio dela, restaurando assim suas legítimas reivindicações à liberdade de Que desfrutava antes do pecado original.
Pode-se argumentar que São Paulo previu as orações e atos divinos dessas almas, ou seja, esses “filhos de Deus”, que iriam “libertar a criação de sua escravidão à corrupção” (Rm 8,21).
Nesta obra da autoria de Luísa, descobrimos como podemos oferecer as nossas orações e actos divinos a Deus na e através da criação, seguindo o seu método de oração, que ela refere às “voltas ou giros (retornos ou rodadas)”
da alma na Vontade Divina.
O seguinte título desta obra da autoria de Luísa foi escolhido pelo seu confessor Rev. Benedict Calvi: “A Pia Peregrinação da Alma na Vontade Divina” ( “Pio Pellegrinaggio dell’anima nella Divina Volontà”). Luisa divide essas rodadas em 24 seções com apenas um número simples.
A expressão Luisiana, “atos divinos”, significa a única operação eterna de Deus na alma da criatura humana, que absorve e eleva os atos finitos da alma para além do tempo (cf. L. PICARRETA, volume 31, 6 de novembro de 1932), possibilitando assim para impactar todas as criaturas do passado, presente e futuro simultaneamente.
JESUS EXPLICA A LUISA NO TRECHO ACIMA CITADO:
¨Você deve saber que quem atua em minha Divina Vontade, suas obras, seus atos, suas
adorações, seu amor a Deus, vêm feitos e formados no âmbito da eternidade, porque minha Divina
Vontade é eterna, e tudo o que se pode fazer nela não sai de dentro da eternidade, e ficam
confirmadas para sempre como obras, adorações, amor divino e perene, se podem chamar obras da criatura transfundidas em Deus, nas quais o próprio Deus operou, o humano não entra nem no
Querer Divino nem na eternidade, e se entra deve perder a vida para readquirir a vida e as obras
do próprio Deus, por isso quem vive em nosso Querer é visto por Nós não no tempo, mas na
eternidade, e por decência e honra nossa, seus atos devem ser atos nossos, seu amor, nosso
amor. Sentimos que a criatura vem em nosso Querer para nos dar a ocasião de nos fazer agir e de
lhe dar nosso amor para nos fazer amar com nosso mesmo amor. Tudo deve ser nosso e tudo o
que faz deve ser cunhado com a imagem do seu Criador, ao contrário quem trabalha fora da minha
Vontade Divina age no tempo, ama, adora no tempo, vem visto no tempo, e tudo o que se faz no
tempo, são obras sem confirmação, pelo contrário, devem esperar pelo julgamento para serem
confirmadas ou condenadas, ou então purificadas pelo fogo do purgatório, e são vistas como obras
de criaturas nas quais pode faltar plenitude de santidade, plenitude de amor e plenitude de valor
infinito. Todo o contrário para quem vive e trabalha em nossa Vontade, sendo atos nossos, tudo é
plenitude de santidade, de amor, de beleza, de Graça, de luz e de Valor infinito. Há tal distância
entre um e o outro, que se todos a compreendessem, oh! como estariam atentos a viver em nosso
Querer, a fim de que ficassem vazios do ato humano e cheios do ato constante de uma Vontade
Divina. Por isso atenta-te, e não faças nada que não seja peneirado e esvaziado pela luz da minha
vontade, e me darás o sumo contento de me pores em ação, e de me fazeres agir como o Deus
que sou. Por isso n‟Ela espero-te sempre, para dar o passo para te vir ao encontro, para te
estender os braços, a fim de que opere em ti, para abrir a boca e entreter-me contigo em doce
conversação para te manifestar os arcanos secretos do meu Fiat Supremo”.
Nas páginas seguintes você descobrirá como a alma de Luísa voou pelos “Fiats” da Criação de Deus, Redenção e Santificação. Nestes três Fiats as orações da alma impactam toda a criação, e os eventos e vidas das personagens do Antigo e do Novo Testamento, em particular, a Sagrada Família de Nazaré.
Luisa “bilocava” (estar em dois lugares ao mesmo tempo) sua alma em todas as coisas para amar a Deus como o centro de tudo o que Ele fez e realizou para a humanidade. Jesus revela a Luisa que antes do Pecado Original, Adão agradeceu com gratidão o amor de seu Pai Celestial, bilocando sua alma em toda a criação sobre a qual exerceu domínio:
“Ele [Adão] não teria sido um verdadeiro rei se não conhecesse todo o domínio que exercia ou se não tivesse o direito de colocar seus atos em todas as coisas criadas por Nós […] Com o poder de Nosso Divino Fiat ele fez tudo o que desejou; ele bilocado [ sua alma] em todas as coisas criadas. E se falava, amava, adorava ou trabalhava, sua voz ressoava por todo o cosmos e o enchia de amor, adoração e obras. Por isso a divindade sentiu o amor, a adoração e o trabalho de seu primogênito em todo o seu trabalho ”. Volume 23, 10 de novembro de 1927.
Lembremos que a criação é a expressão sutil e lúdica da onipresença de Deus; oferece ao homem uma imersão concreta no Deus que ele não pode ver, e é o caminho para Deus através do corpo e seus sentidos, onde o finito absorve os reflexos do infinito. Aqui, a alma é apresentada a uma nova visão e Deus. Ele vê a imagem de Deus na
terra, nos céus, nos mares, nos prados, nas planícies, no vale; em todas as coisas, ele contempla a marca de seu criador e uma extensão sagrada de seu ser divino.
No movimento incessante da criação, a alma percebe o movimento eterno de seu Criador. Uma vez que a alma tenha chegado a esta visão, ela, por sua vez, agradece, glorifica e louva a Deus em cada ser criado, racional e irracional. Aqui a alma se percebe em Deus e com Deus ela co-cria, co-redime e co-santifica.
Por este meio, a alma ajuda a dispor outras almas e toda a criação para o reinado da Vontade de Deus na terra. Na alma que faz suas rondas na criação e na qual Deus centrou a própria criação, a Vontade Divina de Deus continuamente engendra sóis, estrelas e mares espirituais que são simbolizados pelos próprios elementos.
“Nós bilocamos Nosso Ser Divino e o encerramos no ato e pouco amor da alma para ter a maior alegria de receber, através desta alma [a retribuição de] Nossa vida, Nossa glória e todas as nossas bênçãos”. Volume 27, 26 de novembro de 1929
É fundamental para os escritos de Luisa, a maneira como a alma, ao fazer suas rondas, influencia toda a criação. Esta influência ocorre por Deus bilocando seu “Ser Divino” na alma que, envolvendo seu intelecto e vontade, pretende e deseja impactar toda a criação. Pela força do Espírito Santo, a alma assimila e sublima os atos de todas as criaturas que Cristo comprou para nós e os oferece ao Pai para sua maior glória.
Enquanto a alma forma essa intenção e realiza suas orações em suas rodadas, o próprio Jesus expande e difunde essas orações por toda a criação para a melhoria de “todas as gerações” e “todas as vezes ”, à medida que avivam os elementos com “nova glória” e uma maior participação na “vida do seu Criador”.
Em virtude de suas rondas na criação, a alma “mantém a ordem [divina], honra e glória do reino” da Vontade de Deus que Deus estabeleceu antes do pecado original. Enquanto a alma gira restabelecer a ordem principal e as relações de Deus com a criação, a luz de suas orações divinas e atos que acompanham essas formas rondas de sóis que infundir vida divina dentro da criação.
Esta obra ¨RODADAS OU GIROS DA ALMA¨ foi escrita pela Serva de Deus Luisa Piccarreta e leva o seguinte título: “As voltas da alma na vontade divina”. No original manuscrito esta obra subdivide-se em 24 secções, acompanhadas apenas por um número simples (sem qualquer título que acompanhe a hora).
Destes números manuscritos, alguns foram visivelmente corrigidos. E embora não seja claro se tais correções numéricas foram feitas por Luisa ou seu confessor, certo é o fato de que a própria Luisa escreveu este
manuscrito que agora é apresentado a vocês neste site.
Texto de + Rev. Joseph L Iannuzzi, STD, Ph.D.
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