Julho 24, 1932
Jesus com sua palavra gera sua santidade, bondade, etc., na criatura.
(1) Vida minha dulcíssima, Jesus, meu celestial mestre, toma minha pequena alma em tuas mãos,
e se queres continuar tuas lições divinas sobre tua Vontade, sinto a extrema necessidade de ser
alimentada por tua palavra, e além disso, Tu mesmo me acostumaste assim, Tu mesmo me deste
esta forma de vida, fizeste-me viver de Ti e da tua doce palavra. Certamente não me formei este
modo de viver, não, mas Tu, ó Jesus! Tanto, que eu te sentia mais a Ti que a mim, e quando Tu
calas me sinto destroçar esta vida, e se bem que é o mais duro dos martírios, porém estou pronta,
se queres cessar teu dizer, direi Fiat! Fiat! Fiat! Mas tenha piedade de mim e não me deixe sozinha
e abandonada.
(2) Depois me sentia toda abandonada nos braços da Divina Vontade, e não suspirava outra coisa
que o Céu, me parece que não me resta nada mais que fazer, senão terminar minha vida na Divina
Vontade na terra para reiniciá-la no Céu. E meu Celestial Jesus visitando minha pequena alma me
disse:
(3) “Minha pequena filha do meu Querer, tu te oprimes demasiado e Eu não o quero, ao estar
oprimida no meio de tantos bens meus, fazes ver que pões mais atenção a ti mesma do que aos
bens que teu Jesus te deu, e com isso fazes ver que ainda não compreendeste os dons e os bens
que teu Jesus te deu. Você deve saber que cada palavra minha é um dom, e por isso encerra um
bem grande, porque a minha palavra tem a virtude criadora, comunicativa, formadora, e conforme
vem pronunciada por nós, assim forma o novo bem para dar à criatura; olha, por quantas palavras
te disse e quantas verdades te fiz conhecer, tantos dons te dava, e tais dons encerram bens
divinos, distintos um do outro, e o todo está em que sai de nós a palavra, na qual vem formado o
bem que queremos tirar de nós, quando este bem saiu, com segurança terá sua vida no meio das
criaturas, porque estes dons são animados e formados por nossa potência criadora, e conservados
dentro de nossa mesma palavra para assegurar o bem que queremos dar, e nossa palavra moverá
céu e terra para dar o fruto do bem que possui.
(4) Agora minha filha, tu deves saber outra surpresa de nosso dizer, supõe que Eu te falo de minha
santidade, esta minha palavra encerra o dom da santidade divina para dar à criatura, quanto a
criatura é possível; se falo da bondade divina, minha palavra encerra o dom da bondade; Se falo da
Vontade Divina, encerra o dom da nossa Vontade; em resumo, a coisa que diz a nossa palavra de
belo, de bom, de grande, de santo, esse bem encerra. Agora escuta uma característica de nossos
estratagemas amorosos, é como se não nos contentássemos jamais de formar novas invenções de
amor para dar à criatura.
Por conseguinte, se a nossa palavra diz santidade, é porque queremos dar o dom da nossa santidade divina,
a fim de que ela esteja à altura da nossa santidade e possa estar em concorrência conosco,
e oh! nossa alegria quando vemos a nossa santidade divina que
age na criatura, e se ouvimos que ela diz: Sinto impressa em mim a santidade de meu Criador,
como me sinto feliz ao poder amá-lo com sua própria santidade’. Oh! então nosso amor dá na
loucura, e se derrama sobre ela, de modo tão exuberante, que chegamos aos excessos; e assim
se nossa palavra diz bondade, Vontade Divina, é porque queremos dar o dom de nossa bondade e
Vontade Divina, a fim de que ela possa estar a par com nossa bondade e Vontade, e possa
sustentar a concorrência com o Ente Supremo.
Tu não podes compreender qual é o nosso contentamento ao ver a criatura dotada das nossas
qualidades divinas, das quais a nossa palavra é portadora, e como é nosso costume dirigir a uma
criatura a nossa palavra, mas ela é tão fecunda, potente e cheia de luz, que faz como o sol formado
por uma de nossas palavras, que com um golpe de luz ilumina a todos e dá o bem que a luz possui.
Agora, por que você oprime se você vê que seu Jesus frequentemente faz uso de sua palavra para adicionar dons a dons?
E estes dons não só terão vida em ti, mas em tantas outras criaturas, porque possuem a força generativa, dão e
geram, para dar e gerar de novo. Nossa palavra parte de nosso seio, portanto é filha nossa, e
como filhas levam o bem que geraram em seu Pai. Portanto, em vez de te oprimir, pensa antes que
o teu Jesus quer fazer-te novas surpresas com as suas palavras divinas, a fim de que te disponhas
a receber tanto bem”.
(5) Depois disto continuava pensando na Divina Vontade, e meu dulcíssimo Jesus acrescentou:
Loucuras de amor para colocá-la a par e em competição com Ele
(6) “Minha filha, quando a alma se faz dominar, investir, subjugar por minha Divina Vontade, de
modo que cada parte de seu ser, tanto na alma como no corpo, todas possuem minha Vontade
constante, de modo que a mente a possui animada por sua ciência, a voz a possui falante, as
mãos a possuem agindo, os pés possuem seus passos divinos, o coração a possui amando, e
como sabe amar minha Vontade, agora, tudo isto unido forma a santidade divina na criatura, e
então encontramos todos nossos direitos nela, direitos de criação, porque tudo é nosso,
encontramos os direitos de nossa santidade, de nossas obras, direitos de nosso Fiat Divino, de
nossa bondade, de nosso amor, em resumo, não há coisa nossa que não encontremos nela como
nosso direito, e a criatura encontra em correspondência seus direitos em seu Criador, porque
sendo uma a Vontade de ambas as partes, os direitos de um são os direitos do outro.
Eis o que significa viver em nosso Querer, receber nossa santidade, o amor, a ciência, nossa bondade, com
direito, porque não se pode fazer menos que dá-las, porque são sua propriedade, como o são de
nosso Fiat, porque sua vida já vive nele. Muito mais, quem vive em minha Vontade cresce sempre
na santidade, no amor, em nossa beleza e assim do resto, este contínuo crescer forma na criatura
um ato novo para dar a seu Criador, Nós lhe damos o ato novo que possuímos em natureza, e ela
nos dá em virtude de nossa Vontade, e oh! O contentamento de ambas as partes, a felicidade que
se sente ao poder receber da criatura, e Nós de poder dar, dar e receber mantém o alimento da
correspondência, conserva a união sempre crescente, e é como o sopro que mantém sempre
aceso o fogo e viva a chama do amor, sem perigo de poder apagar-se. Por isso sempre adiante em
minha Vontade, e tudo irá bem”.
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