18-2 Agosto 15, 1925 Todas as coisas criadas caminham para o homem. A festa da Assunção deveria se chamar a festa da Divina Vontade.
(1) Continuava me lançando no Santo Querer Divino para corresponder a meu Jesus com meu pequeno amor por tudo o que tem feito pelo gênero humano na Criação; e meu amado Jesus, movendo-se em meu interior, para dar mais valor a meu pequeno amor, fazia junto comigo o que eu fazia, e enquanto eu estava nisso ele me disse:.
(2) “Minha filha, todas as coisas criadas foram feitas para o homem, e todas correm para ele, não têm pés, mas todas caminham, todas têm um movimento, ou para encontrá-lo ou para fazer-se encontrar: A luz do sol parte da altura dos céus para encontrar a criatura, iluminá-la e aquecê-la; a água caminha para chegar até as vísceras humanas para tirar a sede e refrescá-la; as plantas, as sementes, caminham e rasgam a terra, formam seu fruto para dar-se ao homem, não há coisa criada que não tenha um passo, um movimento, para quem o Eterno Artífice as tinha dirigido em sua criação. Minha Vontade mantém a ordem, a harmonia e as mantém a todas em caminho para as criaturas, assim que é minha Vontade que caminha sempre nas coisas criadas para a criatura, não se detém jamais, é todo movimento para quem tanto ama, No entanto, quem diz um obrigado à 7 minha Vontade que lhe leva a luz do sol, a água para beber para lhe tirar a sede, o pão para lhe tirar a fome, o fruto, a flor para o recriar e tantas outras coisas que lhe leva para o fazer feliz? Não é justo que a minha Vontade, fazendo tudo para ele, o homem fez tudo para cumprir a minha Vontade? Oh! se você soubesse a festa que faz minha Vontade nas coisas criadas quando caminha e serve a quem cumpre minha Vontade. Minha Vontade obrante e cumprida na criatura, e minha Vontade obrante nas coisas criadas, enquanto se encontram juntas se beijam, harmonizam, se amam e formam o hino, a adoração a seu Criador, e o portento maior de toda a Criação. As coisas criadas se sentem honradas quando servem à criatura que é animada por essa mesma Vontade que forma sua própria Vida delas; em troca minha Vontade se põe em atitude de dor nas mesmas coisas criadas quando deve servir a quem não cumpre minha Vontade; Eis por que acontece que muitas vezes as coisas criadas se põem contra o homem, o golpeiam, o castigam, porque elas se tornam superiores ao homem, conservando íntegra nelas aquela Vontade Divina pela qual foram animadas desde o princípio de sua criação, e o homem desceu ao baixo, não conservando nele a Vontade do seu Criador”.
(3) Depois disto pus-me a pensar na festa da minha Celestial Mãe Assunta ao Céu, e o meu doce Jesus com um acento terno e comovedor acrescentou:.
(4) “Minha filha, o verdadeiro nome desta festa deveria ser: Festa da Divina Vontade’. Foi a vontade humana que fechou o Céu, que destruiu os vínculos com seu Criador, que fez sair todas as misérias, a dor, e que pôs fim às festas que a criatura devia gozar no Céu. Agora, esta criatura, Rainha de todos, com fazer sempre e em tudo a Vontade do Eterno, e mais, pode-se dizer que sua vida foi só a Vontade Divina, abriu o Céu, se vinculou com o Eterno e fez voltar as festas no Céu com a criatura; cada ato que fazia na Vontade Suprema era uma festa que iniciava no Céu, eram sóis que formava como ornamentos desta festa, eram músicas que enviava para alegrar a Jerusalém Celestial, assim que a verdadeira causa desta festa é a Vontade Eterna obrante e cumprida em minha Mãe Celestial, que operou tais prodígios nela, que deixou estupefatos Céus e Terra, acorrentou o Eterno com os vínculos indissolúveis de amor, raptou o Verbo Eterno até seu seio, os mesmos anjos, arrebatados, repetiam entre eles: donde tanta glória, tanta honra, tanta grandeza e tantos prodígios jamais vistos, nesta excelsa Criatura? Não obstante é do exílio que vem’. E maravilhados reconheciam a Vontade de seu Criador como vida e obrante nela, e estremecendo-se diziam: Santa, Santa, Santa, honra e glória à Vontade de nosso Soberano Senhor e glória e três vezes Santa Aquela que fez atuar esta Suprema Vontade! ‘ Portanto, é a minha Vontade que mais do que tudo foi e é festejada no dia da Assunção ao Céu da minha Mãe Santíssima; foi a minha Vontade unicamente que a fez ascender tão alto que a distinguiu entre todas as criaturas, tudo o resto teria sido nada se não tivesse possuído o prodígio do meu Querer.
8 Foi minha Vontade que lhe deu a Fecundidade Divina e a fez Mãe do Verbo, foi minha Vontade a que lhe fez ver e abraçar todas as criaturas juntas, fazendo-se Mãe de todas e amando a todas com um amor de Maternidade Divina, e fazendo-a Rainha de todos a fazia imperar e dominar.
Naquele dia a minha Vontade recebeu as primeiras honras, a glória e o fruto abundante do seu trabalho na Criação, e começou a sua festa que jamais interrompe pela glorificação do seu agir na minha amada Mãe; e embora o Céu tenha sido aberto por Mim, e muitos santos já estavam em posse da Pátria Celestial quando a Rainha Celestial foi assunta ao Céu, porém a causa primária era precisamente Ela, que havia cumprido em tudo a Suprema Vontade, e por isso se esperou Aquela que tanto a tinha honrado e continha o verdadeiro prodígio da Santíssima Vontade para fazer a primeira festa ao Supremo Querer. ¡Oh, como todo o Céu glorificava, abençoava, louvava a Eterna Vontade quando via esta sublime Rainha entrar no Empírico, no meio da corte celestial, toda fundida no Sol Eterno do Querer Supremo! A viam toda adornada pela potência do Fiat Supremo, não tinha havido nela nem sequer um batimento que não tivesse impresso este Fiat, e atônitos a olhavam e lhe diziam: em Ascenda, ascende mais acima, é justo que Aquela que tanto honrou o Fiat Supremo e que por meio dele nos encontramos na Pátria Celestial, tenha o trono mais alto e que seja nossa Rainha’. “E a maior honra que recebeu minha Mamãe foi ver glorificada a Divina Vontade”.
“Minha filha, minha Divina Vontade no ato da criatura quando é invocada, tira a dureza à vontade humana, adoça seus modos, reprime os modos violentos, e com sua luz esquenta as obras endurecidas pelo frio do humano querer. Portanto, quem vive na minha Divina Vontade prepara a graça preventiva às gerações humanas para que a conheçam, e cada ato seu nela forma o degrau para subir, primeiro ela e as criaturas junto aos conhecimentos do Fiat Supremo. Assim, quem vive em minha Divina Vontade, Ela lhe dá as virtudes maternas e lhe dá o ofício de fazer para Deus e para as criaturas o ofício de verdadeira mãe. Vê então a necessidade de teus atos em minha Vontade, para formar uma escada longa que deve tocar o Céu, de modo a violentar com sua mesma força divina, que meu Fiat venha sobre a terra e forme seu reino, fazendo encontrar sobre esta escada o primeiro povo que o receba e se preste a fazê-lo reinar em meio a eles. Sem escada não se pode subir, por isso é necessário que uma criatura a faça para dar o campo para fazer subir aos outros, e para fazer que esta se preste, devemos dar-lhe o ofício de mãe, que amando as criaturas como suas filhas, as quais lhe foram dadas por minha Divina Vontade, ela aceite o mandamento e não poupe nem fadigas, nem sacrifícios, e se for necessário ainda a mesma vida por amor destes filhos. Muito mais que ao dar o ofício de mãe, meu Querer Divino dota a alma de amor materno e a faz sentir no próprio coração estes filhos, e lhe dá ternura divina e humana para vencer a Deus e à criatura, e uni-los juntos para fazê-los fazer sua Divina Vontade. Não há maior honra que possamos dar à criatura do que a maternidade, ela é portadora de gerações e damos-lhe a graça de formar-se nosso povo predileto. E embora a maternidade diga dor, mas sentirá a alegria toda divina de ver sair de dentro da dor os filhos da minha Vontade. Por isso repete sempre os teus atos, e não recues, o retroceder é dos vilões, dos medíocres, dos inconstantes, não dos fortes, muito menos dos filhos da minha Vontade.30.14
34-16 Dezembro 20, 1936 O Fiat Divino fez conceber a Virgem em cada criatura, a fim de que todos tivessem uma Mãe toda sua. Dote que Deus deu à Virgem. Triunfos e vitórias de Deus, vitórias e triunfos da Virgem, dos quais são dotadas todas as criaturas.
(1) O meu Sumo Bem Jesus me tem como imersa no grande prodígio da Soberana Rainha, e parece que tem a vontade de querer dizer o que Deus fez nesta grande Senhora, e pondo-se em atitude de festa e com alegria indescritível me diz:
(2) “Escuta-me, – logo segue o mesmo argumento do que está escrito antes – minha filha bendita, os prodígios são inauditos, as surpresas que te narrarei farão assombrar a todos, sinto a necessidade de amor de fazer conhecer o que fizemos com esta Mãe Celestial e o grande bem que receberam todas as gerações. Você deve saber que no ato de conceber esta Virgem Santa, nossa Vontade Divina que possui tudo e com sua vastidão abraça tudo e possui a onividência de todos os seres possíveis e imagináveis, e com sua virtude toda própria, que quando age sempre faz obras universais, por isso quando a concebeu, com a sua Virtude criadora chamou todas as criaturas a conceber no coração desta Virgem; mas não bastou ao nosso amor, dando nos excessos mais incríveis fez Conceber esta Virgem em cada criatura, a fim de que cada uma tivesse uma Mãe para si, toda sua, sentissem sua Maternidade no fundo de suas almas, seu amor, que mais que filhos, que enquanto os tem concebidos em si, bilocando-se se concebe em cada criatura para pôr-se à disposição deles, para crescê-los, guiá-los, livrá-los dos perigos, e com sua potência materna colocá-los na boca o leite do seu amor e o alimento com o qual se alimenta Ela mesma, que é o Fiat Divino. Nossa Vontade tendo Vida livre n’Ela, seu domínio total, com sua potência enquanto chamava a todos nesta Celestial Criatura, para ter a alegria de ver a todos presos n’Ela, para ouvir-se dizer: ‘Estão já todos meus filhos e teus em Mim, por isso te amo, te amo por todos’. Depois a bilocava em todos e em cada um para sentir em cada alma o amor desta nossa Filha, toda bela e toda amor; podemos dizer: ‘Não há criatura na que Ela não tome o empenho de nos amar’. Nosso Fiat a elevou tanto, de lhe dar tudo, desde o primeiro instante de sua vida a constituimos Rainha de nosso Fiat, Rainha de nosso amor, e quando nos amava se sentia em seu amor sua Maternidade, e harmonizava o amor de todas as criaturas, e oh! como era bela porque formava de tudo um só amor, como nos feria, nos felicitava até nos sentir desfalecer, seu amor nos desarmava, nos fazia Volume 34 36 ver todas as coisas, céu, sol, terra, mares e criaturas, cobertos e escondidos em seu amor. Oh!
como era bonito vê-la, ouvi-la fazer de Mãe em cada criatura, e formando nelas seu mar de amor mandava suas notas, suas flechas, seus dardos amorosos a seu Criador. E, fazendo-a de verdadeira Mãe, levava-as diante do nosso trono, no mar do seu amor, para nos fazer vê-las, para nos tornar propícios, e com a força do nosso Querer Divino impunha-se sobre Nós, as colocava nos braços, nos fazia acariciar, beijar, e nos fazia dar graças surpreendentes; quantas santidades foram formadas e impelidas por esta Mãe Celestial, e para estar segura ficava em guarda seu amor.
(3) Além disso, você deve saber que desde o primeiro instante da vida desta Celestial Criatura, foi tanto nosso amor, que a dotamos de todas nossas qualidades Divinas, assim que tinha por dote nossa potência, sabedoria, amor, bondade, luz, beleza, e todo o resto de nossas qualidades Divinas. Agora, a todas as criaturas ao tirá-las à luz do dia lhes damos o dote, nenhuma nasce se não está dotada por seu Criador, mas conforme se afastam de nossa Vontade, pode-se dizer que nem sequer a conhecem. Ao contrário, esta Virgem Santa nunca se afastou, fez vida perene nos mares intermináveis do nosso Fiat, por isso crescia junto com os nossos atributos, e conforme formava os seus atos nas nossas qualidades divinas, assim formava mares de potência, de sabedoria, de luz e demais. Podemos dizer que vivendo com a nossa ciência lhe dávamos contínuas lições de quem era seu Criador, crescia em nossos conhecimentos, e soube tanto do Ente Supremo, que nenhum anjo e santo pôde iguala-la, mas todos são ignorantes diante dela, porque nenhum deles cresceu e viveu Conosco. Ela entrou em nossos segredos divinos, nos mais íntimos cantos de nosso Ser Divino sem princípio nem fim, em nossas alegrias e bem-aventuranças imperecíveis, e com nossa potência que tinha em seu poder nos dominava e Nós a fazíamos, fazer melhor, gozávamos de seu senhorio, e para fazê-la mais feliz lhe dávamos nossos castos abraços, os nossos sorrisos de amor, as nossas condescendências dizendo-lhe: ‘Faça o que quiser”.
(4) Nosso Querer, é tanto o amor para com as criaturas e seu grande desejo de fazê-las viver n’Ele, que se o obtém as põe num abismo de graças, de amor, até afogá-las, e a pequenez humana está obrigada a dizer: ‘Basta, já estou afogada, sinto-me devorar por teu mesmo amor, não posso mais’.
Agora, você deve saber que nosso amor não se contenta, jamais diz basta, quanto mais dá mais quer dar, e quando damos é nossa festa, colocamos a mesa a quem nos ama e a apressamos a ficar Conosco para fazer vida juntos. Agora minha filha, escuta outro prodígio de nosso Fiat nesta Celestial Criatura, e como Ela nos amava e tornou extensível sua maternidade a todas as criaturas:
Em cada ato que fazia, se amava, rogava, adorava, se sofria, tudo, inclusive o respiro, o batimento, , estando nosso Fiat, nosso Ser Supremo, eram triunfos e vitórias que fazia nos atos da Virgem, a Celestial Senhora triunfava e vencia em Deus em cada instante de sua vida admirável e prodigiosa, eram triunfos e vitórias entre Deus e a Virgem; mas isso é nada, fazendo-o de verdadeira Mãe chamava todos os seus filhos, e cobria e escondia todos os seus atos nos seus e os cobria com seus triunfos e com suas vitórias, dando-lhes como dote todos os seus atos com todas as suas vitórias e triunfos. E além disso, com uma ternura e amor de partir os corações e sentirmo-nos vencidos, dizia-nos: ‘Majestade adorável, olhe para eles, são todos meus filhos, minhas vitórias e triunfos são de meus filhos, são minhas conquistas que doo a eles, e se a Mãe venceu e triunfou, venceram e triunfaram os filhos’. E tantos triunfos e vitórias fez em Deus, por quantos atos teriam feito todas as criaturas, a fim de que todos pudessem dizer: ‘Estou dotado dos atos de minha Mãe Rainha, e por selo os tem investido com seus triunfos e vitórias que fez com o seu Criador’. Assim, quem quer fazer-se santo encontra o dote de sua Mãe Celestial e seus triunfos e vitórias para chegar à santidade maior, o débil encontra a força da santidade de sua Mãe e seus triunfos para ser forte, o aflito, o sofredor, encontra o dote das penas de sua Mãe Celestial para obter o triunfo, a vitória da resignação, o pecador encontra a vitória e o triunfo do perdão, em suma, todos encontram nesta Soberana Rainha o dote, o sustento, a ajuda ao estado em que se encontram. E, oh! como é belo, é a cena mais comovente, raptora e encantadora, ver esta Mãe Celestial em cada criatura que faz de Mãe, a sentimos que ama e implora em seus filhos. Este é o maior prodígio entre o Céu e a terra, bem maior não podíamos dar às criaturas.
(5) Agora minha filha, devo te dizer uma dor da Mãe Celestial a tanto amor seu, as ingratidões das criaturas, este dote que com tantos sacrifícios, até o heroísmo de sacrificar a Vida de seu Filho Deus, com tantas penas atrozes, quem não a conhece, quem apenas toma um ligeiro interesse e fazem vida pobre de santidade, e oh! como sofre ao ver seus filhos pobres; possuir imensas riquezas de amor, de graça, de santidade, porque não são riquezas materiais, senão as riquezas desta Mãe Celestial são riquezas que pôs sua vida para adquiri-las, e não vê-las possuir por seus filhos, e tê-las sem a finalidade pela qual as adquiriu, é uma dor contínua, e por isso quer fazer conhecer este grande bem a todos, porque se não se conhece não se pode possuir. E como estes dotes as adquiriu em virtude do Fiat Divino que reinava n’Ela, que a amava tanto que a fazia fazer o que queria e por onde quisesse chegar para bem das criaturas. Por isso será meu Querer Divino reinante que as porá a par destes dotes celestes e as fará tomar posse. Por isso reza para que seja conhecido e querido pelas criaturas um bem tão grande
36-46 Dezembro 28, 1938 Como se forma o eco entre Criador e criatura. Como um ato no Querer Divino se encontra por toda parte. O Rei e o exército. A Maternidade da Rainha do Céu.
(1) Ainda que minha pobre mente se encontre sob a opressão de penas dilacerantes, até me sentir morrer, faço quanto posso por seguir os atos do Querer Supremo, embora muito cansativamente, mas o busco como meu refúgio e para tomar força no estado tão doloroso em que me encontro. E meu amado Jesus, tendo compaixão de mim, todo ternura me disse:
(2) “Filha da minha vontade, coragem, não te abatas demasiado, o abatimento faz perder a força e faz sentir distante Aquele que vive em ti e te ama tanto. Você deve saber que assim que a criatura entra em nosso Querer para deixar o seu e tomar o nosso, começa nela nosso eco divino, que ressoa em nosso Ser Divino, e Nós ao escutá-lo dizemos: ‘Quem é aquele que tem tanta virtude, que chega até fazer ouvir o eco do seu amor, da sua respiração, da sua batida no nosso Ser Supremo? Ah, é uma criatura que tendo reconhecido nossa Vontade entrou a viver n’Ela, seja bem-vinda! Nós para retribuir-lhe faremos ouvir nosso eco nela, de modo que respiraremos com um só respiro, amaremos com um só amor, bateremos com um só batimento, e Nós sentiremos que a criatura faz vida em Nós, não nos sentiremos sozinhos, e ela sentirá que fazemos vida nela, que está em companhia de seu Criador que jamais a deixa sozinha. Saiba que cada ato feito em nosso Querer não termina jamais, vem repetido continuamente, e como minha Vontade se encontra por toda parte, assim o ato vem repetido no Céu, nas coisas criadas e em todos; por isso, um ato em nossa Vontade supera tudo, enche Céu e terra e nos dá tal amor e glória, que todas as demais obras ficam como tantas pequenas gotas de frente ao mar, porque somos Nós mesmos que nos glorificamos e nos amamos na criatura que se cobre de seu Criador e age junto com Ele. Por isso, por quantas coisas belas parecem que façam fora de nosso Querer, não podem nos agradar jamais, porque não dão de Nós, não se podem difundir em qualquer lugar, o amor é tão pequeno que apenas, se bem, cobre a obra que fez.
(3) Agora, você deve saber que Nós amamos muito a criatura, mas apesar de amá-la, não toleramos que esteja junto a Nós indecente, suja, sem beleza, nua, ou bem coberta com míseros trapos. Não seria digno de nossa majestade suprema ter filhos que não nos assemelhem e que de algum modo não estejam bem vestidos, com os vestidos reais de nosso Fiat, seria como um rei que tem seu exército e seus súditos mal vestidos, cobertos de porcarias, tanto, de dar asco ao olhá-los, quem cego, quem coxo, quem deformado. Não seria uma desonra para este rei ser circundado por um exército tão miserável, de dar piedade? Não se condenaria o rei que não tem cuidado de formar-se um exército digno dele, de modo que todos deveriam ficar admirados não só ao olhar a majestade do rei, mas também a ordem, a beleza do exército, a prontidão dos jovens, o modo como estão vestidos? Não seria uma honra para o rei ser circundado por ministros, por um exército tal, que ele tivesse prazer em vê-los? Agora, nosso amor invencível, com sabedoria infinita, querendo tratar o tu por tu com a criatura, dispôs-se a dar a minha Vontade a ela, a fim de que com a sua luz a embeleze, com o seu amor a vista, com a sua santidade a santifique. Veja então como é necessário que nossa Vontade reine na criatura, porque só Ela tem poder de purificá-la e embelezá-la, de modo a formar nosso exército divino, e Nós nos sentiremos honrados de viver com eles e neles, serão nossos filhos que nos circundam, vestidos com nossos vestidos reais, embelezados com nossa semelhança. Por isso nossa Vontade primeiro purifica, santifica, embeleza, e depois os admite em nosso Querer a fazer vida junto conosco. Muito mais que, assim que a criatura entra em nosso Querer, é tanto o nosso amor, que o nosso Ser Divino lhe cai em cima a sua chuva de amor; e ao vê-la tão amada por Nós todos correm ao seu redor, anjos e santos para amá-la, a própria Criação exulta de alegria ao ver a nossa Vontade triunfadora naquela criatura e lhe chove amor, e oh! como é bonito ver que todos a amam, e ela se sente tão obrigada ao ver-se amada por todos, que ama a todos”.
(4) Depois disto seguia meu giro no Querer Divino, e tendo chegado ao ponto do nascimento do pequeno Jesus, que tremia de frio, chorava e soluçava amargamente, e com seus olhos cheios de lágrimas me olhava pedindo ajuda, e entre soluços e gemidos me disse:
(5) “Minha boa filha, a falta de amor das criaturas me faz chorar amargamente. Como não me vejo amado sinto-me ferido, e me dá tal dor, que me faz dar em soluços; meu amor corre sobre cada uma das criaturas, as cobre, as esconde e me constituo vida de amor para elas, as quais, ingratas, não me dizem nem sequer um ‘te amo’. Como não devo chorar? Por isso me ame se quiser me acalmar o pranto.
(6) Agora minha filha, escuta-me e presta-me atenção, quero te dizer uma grande surpresa do nosso amor e quero que não te escape nada, quero te fazer conhecer até onde chega a Maternidade de minha Mãe Celestial, o que fez e quanto lhe custou e lhe custa ainda agora. Tu deves saber que a grande Rainha não só me fez de Mãe ao conceber-me, ao dar-me à luz, ao nutrir-me com seu leite, ao dar-me todos os cuidados possíveis que se necessitaram em minha infância; isto não era suficiente nem a seu materno amor nem a meu amor de Filho, por isso seu amor materno corria em minha mente, e se pensamentos dolorosos me afligiam, estendia sua Maternidade em cada um de meus pensamentos, os escondia em seu amor, os beijava, então minha mente sentia escondida sob a asa materna que não me deixava jamais sozinho; cada pensamento meu tinha a minha Mãe que me amava e me dava todos seus cuidados maternos. Sua maternidade se estendia em cada respiro, em cada um de meus batimentos cardíacos, e se meu respiro e batimento eram sufocados pelo amor e pela dor, Ela corria com sua Maternidade para não me deixar sufocar pelo amor e punha o bálsamo em meu coração transpassado. Se olhava, se falava, se trabalhava, se caminhava, Ela corria para receber em seu amor materno meus olhares, minhas palavras, minhas obras, meus passos, os investia com seu amor materno, os escondia em seu coração e me fazia de Mamãe; também no alimento que me preparava fazia correr seu materno amor, assim que Eu, comendo-o, sentia sua Maternidade que me amava, e o que te dizer do alarde de Maternidade que fez em minhas penas, não houve pena, nem gota de sangue que vertesse, em que não sentisse a minha amada Mãe. Depois que me fazia de Mamãe, tomava minhas penas, meu sangue, os escondia em seu materno coração para amá-los e continuar sua Maternidade. Quem pode dizer o quanto ela me amou e o quanto eu a amei? Meu amor foi tanto, que Eu não sabia estar em tudo o que fiz sem sentir sua Maternidade junto Comigo, posso dizer que Ela corria para não me deixar jamais, ainda no respiro, e Eu a chamava, sua Maternidade era para Mim uma necessidade, um alívio, um apoio à minha Vida aqui em baixo.
(7) Agora, minha filha, escuta outra surpresa de amor de teu Jesus e de nossa Mãe Celestial, porque em tudo o que se fazia entre minha Mãe e Eu, o amor não encontrava obstáculos, o amor de um corria no amor do outro para formar uma só Vida. Agora, querendo fazê-lo com as criaturas, quantos obstáculos, rejeições e ingratidões, mas meu amor não se detém jamais, você deve saber que enquanto minha inseparável Mamãe estendia sua Maternidade dentro e fora de minha Humanidade, Eu a constituía e a confirmava como Mãe de cada um dos pensamentos das criaturas, de cada respiro, de cada batimento, de cada palavra, e fazia estender sua Maternidade nas obras, nos passos, em todas as suas penas; sua Maternidade corre em toda parte, quando a criatura está em perigo de cair em pecado, corre, a cobre com sua Maternidade a fim de que não caia, e se caiu deixa sua Maternidade como ajuda e defesa para fazê-la levantar-se. Sua Maternidade corre e se estende sobre as almas que querem ser boas e santas, e como se encontrasse seu Jesus nelas, faz de Mãe a sua inteligência, guia suas palavras, as cobre e esconde em seu amor materno para fazer crescer a outros tantos Jesus. Sua Maternidade faz alarde sobre o leito dos moribundos, e valendo-se dos direitos de autoridade de Mãe, dados por Mim, me diz com acento tão terno que Eu não posso negar-lhe nada: ‘Meu filho, sou Mãe, e são filhos meus, devo pô-los a salvo; se não me conceder isto minha Maternidade ficará aflita’.
E enquanto isso diz, cobre-os com seu amor, os esconde em sua Maternidade para colocá-los a salvo. O meu amor foi tanto que lhe disse: ‘Minha Mãe, quero que sejas a Mãe de todos, e o que me fizeste a Mim o farás a todas as criaturas, a tua Maternidade se estenda em todos os seus atos, de modo que a todos os verei cobertos e escondidos no teu amor materno’. Minha Mãe aceitou e ficou confirmado que não só devia ser Mãe de todos, mas também que devia investir cada um de seus atos com seu amor materno. Esta foi uma das maiores graças que fiz a todas as gerações humanas. Mas quantas dores não recebe minha Mãe? Chegam a não querer receber sua Maternidade, a ignorá-la e por isso todo o Céu roga, espera com ânsia que a Divina Vontade seja conhecida e reine, e então a grande Rainha fará aos filhos de meu Querer o que fez a seu Jesus, sua Maternidade terá vida em seus filhos. Eu cederei meu posto em seu coração materno a quem viva em meu Querer; Ela os fará crescer, guiará seus passos, os esconderá em sua Maternidade e santidade, em todos seus atos se verá impresso seu amor materno e sua santidade, serão verdadeiros filhos seus, que me assemelharão em tudo, e oh! como suspiro que todos cheguem a saber que quem quer viver em meu Querer tem uma Rainha e Mãe potente, que suprirá o que lhes faz falta a eles, que os fará crescer em seu colo materno e que em tudo o que façam estará junto com eles para modelar seus atos aos seus, tanto, que se conhecerá que são filhos crescidos, custodiados, educados pelo amor da Maternidade de minha Mamãe, e estes serão os que a tornarão contente e serão sua glória e honra”.
36-46 Dezembro 28, 1938 Como se forma o eco entre Criador e criatura. Como um ato no Querer Divino se encontra por toda parte. O Rei e o exército. A Maternidade da Rainha do Céu.
(1) Ainda que minha pobre mente se encontre sob a opressão de penas dilacerantes, até me sentir morrer, faço quanto posso por seguir os atos do Querer Supremo, embora muito cansativamente, mas o busco como meu refúgio e para tomar força no estado tão doloroso em que me encontro. E meu amado Jesus, tendo compaixão de mim, todo ternura me disse:
(2) “Filha da minha vontade, coragem, não te abatas demasiado, o abatimento faz perder a força e faz sentir distante Aquele que vive em ti e te ama tanto. Você deve saber que assim que a criatura entra em nosso Querer para deixar o seu e tomar o nosso, começa nela nosso eco divino, que ressoa em nosso Ser Divino, e Nós ao escutá-lo dizemos: ‘Quem é aquele que tem tanta virtude, que chega até fazer ouvir o eco do seu amor, da sua respiração, da sua batida no nosso Ser Supremo? Ah, é uma criatura que tendo reconhecido nossa Vontade entrou a viver n’Ela, seja bem-vinda! Nós para retribuir-lhe faremos ouvir nosso eco nela, de modo que respiraremos com um só respiro, amaremos com um só amor, bateremos com um só batimento, e Nós sentiremos que a criatura faz vida em Nós, não nos sentiremos sozinhos, e ela sentirá que fazemos vida nela, que está em companhia de seu Criador que jamais a deixa sozinha. Saiba que cada ato feito em nosso Querer não termina jamais, vem repetido continuamente, e como minha Vontade se encontra por toda parte, assim o ato vem repetido no Céu, nas coisas criadas e em todos; por isso, um ato em nossa Vontade supera tudo, enche Céu e terra e nos dá tal amor e glória, que todas as demais obras ficam como tantas pequenas gotas de frente ao mar, porque somos Nós mesmos que nos glorificamos e nos amamos na criatura que se cobre de seu Criador e age junto com Ele. Por isso, por quantas coisas belas parecem que façam fora de nosso Querer, não podem nos agradar jamais, porque não dão de Nós, não se podem difundir em qualquer lugar, o amor é tão pequeno que apenas, se bem, cobre a obra que fez.
(3) Agora, você deve saber que Nós amamos muito a criatura, mas apesar de amá-la, não toleramos que esteja junto a Nós indecente, suja, sem beleza, nua, ou bem coberta com míseros trapos. Não seria digno de nossa majestade suprema ter filhos que não nos assemelhem e que de algum modo não estejam bem vestidos, com os vestidos reais de nosso Fiat, seria como um rei que tem seu exército e seus súditos mal vestidos, cobertos de porcarias, tanto, de dar asco ao olhá-los, quem cego, quem coxo, quem deformado. Não seria uma desonra para este rei ser circundado por um exército tão miserável, de dar piedade? Não se condenaria o rei que não tem cuidado de formar-se um exército digno dele, de modo que todos deveriam ficar admirados não só ao olhar a majestade do rei, mas também a ordem, a beleza do exército, a prontidão dos jovens, o modo como estão vestidos? Não seria uma honra para o rei ser circundado por ministros, por um exército tal, que ele tivesse prazer em vê-los? Agora, nosso amor invencível, com sabedoria infinita, querendo tratar o tu por tu com a criatura, dispôs-se a dar a minha Vontade a ela, a fim de que com a sua luz a embeleze, com o seu amor a vista, com a sua santidade a santifique. Veja então como é necessário que nossa Vontade reine na criatura, porque só Ela tem poder de purificá-la e embelezá-la, de modo a formar nosso exército divino, e Nós nos sentiremos honrados de viver com eles e neles, serão nossos filhos que nos circundam, vestidos com nossos vestidos reais, embelezados com nossa semelhança. Por isso nossa Vontade primeiro purifica, santifica, embeleza, e depois os admite em nosso Querer a fazer vida junto conosco. Muito mais que, assim que a criatura entra em nosso Querer, é tanto o nosso amor, que o nosso Ser Divino lhe cai em cima a sua chuva de amor; e ao vê-la tão amada por Nós todos correm ao seu redor, anjos e santos para amá-la, a própria Criação exulta de alegria ao ver a nossa Vontade triunfadora naquela criatura e lhe chove amor, e oh! como é bonito ver que todos a amam, e ela se sente tão obrigada ao ver-se amada por todos, que ama a todos”.
(4) Depois disto seguia meu giro no Querer Divino, e tendo chegado ao ponto do nascimento do pequeno Jesus, que tremia de frio, chorava e soluçava amargamente, e com seus olhos cheios de lágrimas me olhava pedindo ajuda, e entre soluços e gemidos me disse:
(5) “Minha boa filha, a falta de amor das criaturas me faz chorar amargamente. Como não me vejo amado sinto-me ferido, e me dá tal dor, que me faz dar em soluços; meu amor corre sobre cada uma das criaturas, as cobre, as esconde e me constituo vida de amor para elas, as quais, ingratas, não me dizem nem sequer um ‘te amo’. Como não devo chorar? Por isso me ame se quiser me acalmar o pranto.
(6) Agora minha filha, escuta-me e presta-me atenção, quero te dizer uma grande surpresa do nosso amor e quero que não te escape nada, quero te fazer conhecer até onde chega a Maternidade de minha Mãe Celestial, o que fez e quanto lhe custou e lhe custa ainda agora. Tu deves saber que a grande Rainha não só me fez de Mãe ao conceber-me, ao dar-me à luz, ao nutrir-me com seu leite, ao dar-me todos os cuidados possíveis que se necessitaram em minha infância; isto não era suficiente nem a seu materno amor nem a meu amor de Filho, por isso seu amor materno corria em minha mente, e se pensamentos dolorosos me afligiam, estendia sua Maternidade em cada um de meus pensamentos, os escondia em seu amor, os beijava, então minha mente sentia escondida sob a asa materna que não me deixava jamais sozinho; cada pensamento meu tinha a minha Mãe que me amava e me dava todos seus cuidados maternos. Sua maternidade se estendia em cada respiro, em cada um de meus batimentos cardíacos, e se meu respiro e batimento eram sufocados pelo amor e pela dor, Ela corria com sua Maternidade para não me deixar sufocar pelo amor e punha o bálsamo em meu coração transpassado. Se olhava, se falava, se trabalhava, se caminhava, Ela corria para receber em seu amor materno meus olhares, minhas palavras, minhas obras, meus passos, os investia com seu amor materno, os escondia em seu coração e me fazia de Mamãe; também no alimento que me preparava fazia correr seu materno amor, assim que Eu, comendo-o, sentia sua Maternidade que me amava, e o que te dizer do alarde de Maternidade que fez em minhas penas, não houve pena, nem gota de sangue que vertesse, em que não sentisse a minha amada Mãe. Depois que me fazia de Mamãe, tomava minhas penas, meu sangue, os escondia em seu materno coração para amá-los e continuar sua Maternidade. Quem pode dizer o quanto ela me amou e o quanto eu a amei? Meu amor foi tanto, que Eu não sabia estar em tudo o que fiz sem sentir sua Maternidade junto Comigo, posso dizer que Ela corria para não me deixar jamais, ainda no respiro, e Eu a chamava, sua Maternidade era para Mim uma necessidade, um alívio, um apoio à minha Vida aqui em baixo.
(7) Agora, minha filha, escuta outra surpresa de amor de teu Jesus e de nossa Mãe Celestial, porque em tudo o que se fazia entre minha Mãe e Eu, o amor não encontrava obstáculos, o amor de um corria no amor do outro para formar uma só Vida. Agora, querendo fazê-lo com as criaturas, quantos obstáculos, rejeições e ingratidões, mas meu amor não se detém jamais, você deve saber que enquanto minha inseparável Mamãe estendia sua Maternidade dentro e fora de minha Humanidade, Eu a constituía e a confirmava como Mãe de cada um dos pensamentos das criaturas, de cada respiro, de cada batimento, de cada palavra, e fazia estender sua Maternidade nas obras, nos passos, em todas as suas penas; sua Maternidade corre em toda parte, quando a criatura está em perigo de cair em pecado, corre, a cobre com sua Maternidade a fim de que não caia, e se caiu deixa sua Maternidade como ajuda e defesa para fazê-la levantar-se. Sua Maternidade corre e se estende sobre as almas que querem ser boas e santas, e como se encontrasse seu Jesus nelas, faz de Mãe a sua inteligência, guia suas palavras, as cobre e esconde em seu amor materno para fazer crescer a outros tantos Jesus. Sua Maternidade faz alarde sobre o leito dos moribundos, e valendo-se dos direitos de autoridade de Mãe, dados por Mim, me diz com acento tão terno que Eu não posso negar-lhe nada: ‘Meu filho, sou Mãe, e são filhos meus, devo pô-los a salvo; se não me conceder isto minha Maternidade ficará aflita’.
E enquanto isso diz, cobre-os com seu amor, os esconde em sua Maternidade para colocá-los a salvo. O meu amor foi tanto que lhe disse: ‘Minha Mãe, quero que sejas a Mãe de todos, e o que me fizeste a Mim o farás a todas as criaturas, a tua Maternidade se estenda em todos os seus atos, de modo que a todos os verei cobertos e escondidos no teu amor materno’. Minha Mãe aceitou e ficou confirmado que não só devia ser Mãe de todos, mas também que devia investir cada um de seus atos com seu amor materno. Esta foi uma das maiores graças que fiz a todas as gerações humanas. Mas quantas dores não recebe minha Mãe? Chegam a não querer receber sua Maternidade, a ignorá-la e por isso todo o Céu roga, espera com ânsia que a Divina Vontade seja conhecida e reine, e então a grande Rainha fará aos filhos de meu Querer o que fez a seu Jesus, sua Maternidade terá vida em seus filhos. Eu cederei meu posto em seu coração materno a quem viva em meu Querer; Ela os fará crescer, guiará seus passos, os esconderá em sua Maternidade e santidade, em todos seus atos se verá impresso seu amor materno e sua santidade, serão verdadeiros filhos seus, que me assemelharão em tudo, e oh! como suspiro que todos cheguem a saber que quem quer viver em meu Querer tem uma Rainha e Mãe potente, que suprirá o que lhes faz falta a eles, que os fará crescer em seu colo materno e que em tudo o que façam estará junto com eles para modelar seus atos aos seus, tanto, que se conhecerá que são filhos crescidos, custodiados, educados pelo amor da Maternidade de minha Mamãe, e estes serão os que a tornarão contente e serão sua glória e honra
Lição da Rainha do Céu. 6º DIA
Filha queridíssima, confia em tua Mãe e presta atenção às minhas lições, elas te servirão para te
fazer aborrecer tua vontade e te fazer desejar em ti aquele Fiat santo, que tanto desejo formar sua
Vida em ti.
Minha filha, tu deves saber que a Divindade depois de se ter assegurado de Mim na prova que
quis, enquanto todos crêem que Eu não tive nenhuma prova e que bastava a Deus fazer o grande
portento que fez de Mim, que fora concebida sem mancha original, oh! como se enganam, antes
quis de Mim uma prova que não pediu a ninguém, e isto o fez com justiça e com suma sabedoria,
porque devendo descer em Mim o Verbo Eterno, não só não era decoroso que encontrasse em
Mim a mancha de origem, mas nem sequer era digno que encontrasse em Mim uma vontade
humana obrante; teria sido muito indecoroso para Deus descer numa criatura em que reinasse a
vontade humana. É por isso que quis de Mim, por prova e por toda a vida, minha vontade, para
assegurar em minha alma o reino da Divina Vontade. Assegurado este em Mim, Deus podia fazer o
que queria de Mim, tudo podia dar-me, e posso dizer que nada me podia negar. Mas agora
voltemos ao ponto onde ficamos, reservarei-me no curso de minhas lições contar-te o que fez esta
Divina Vontade em Mim.
Agora escuta minha filha, depois do triunfo na prova o Fiat Divino fez o sexto passo em minha
alma, fazendo-me tomar posse de todas as propriedades divinas, quanto a criatura é possível e
imaginável. Tudo era meu, Céu, terra, e o mesmo Deus, do qual possuía a mesma Vontade deles,
Eu me sentia possuidora da santidade divina, do amor, da beleza, potência, sabedoria e bondade
divinas, me sentia Rainha de tudo, não me sentia estranha na casa de meu Pai celestial, sentia ao
vivo sua paternidade e a suprema felicidade de ser sua filha fiel, posso dizer que cresci sobre os
joelhos paternas de Deus, não conheci outro amor, nem outra ciência, senão aquela que me
fornecia meu Criador. Quem pode te dizer o que fez esta Divina Vontade em Mim? Me elevou tão
alto, me embelezou tanto, tanto, que os mesmos anjos ficaram mudos, não sabendo por onde
começar a falar de Mim.
Agora minha querida filha, tu deves saber que quando o Fiat Divino me fez tomar posse de tudo,
me senti possuidora de tudo e de todos, a Divina Vontade com sua potência, imensidão e
onividência encerrava em minha alma todas as criaturas, E eu sentia um pequeno lugar no meu
coração materno para cada uma delas. Desde que fui concebida Eu te levei em meu coração, e oh!
quanto te amei e te amo, te amei tanto que te fiz de Mãe diante de Deus, minhas orações, meus
suspiros eram para ti, e no delírio de Mãe dizia: “Oh! como gostaria de ver a minha filha possuidora
de tudo, como o sou Eu.” Por isso escuta a tua Mãe, não queiras reconhecer mais tua vontade
humana, se isto fazes tudo será comum entre Eu e tu, haverá uma força divina em teu poder, todas
as coisas se converterão em santidade, amor e beleza divinas. E Eu no desabafo do meu amor,
assim como me louvou o Altíssimo: “Toda bela, toda santa, toda pura és Tu, ó! Maria.” Direi: “Bela,
pura e santa é minha filha, porque possui a Vontade Divina.”
Lição da Rainha do Céu DO 7 DIA
Minha filha querida, venha aos braços de sua Mamãe e preste atenção a me escutar, e ouvirá os
inauditos prodígios que o Fiat Divino fez a sua Mãe celestial.
Assim que tomei posse do reino da Divina Vontade, terminaram seus passos em Mim, muito mais
que estes seis passos simbolizavam os seis dias da Criação, e em cada dia dos quais,
pronunciando um Fiat, fazia como um passo, ao passar a criar agora uma coisa e agora outra, o
sexto dia fez o último passo com dizer: “Fiat, façamos o homem à nossa imagem e semelhança.” E
o sétimo repousou nas suas obras, como se quisesse regozijar-se com tudo aquilo que com
tamanha magnificência criara. E em seu repouso, observando suas obras, dizia: “Como são belas
minhas obras, tudo é ordem e harmonia.” E vendo o homem, no ímpeto do seu amor acrescentava:
“Mas o mais belo és tu, tu és a coroa de todas as nossas obras.”.
Agora, minha criação superou todos os prodígios da Criação, e por isso a Divindade quis fazer com
seu Fiat seis passos em Mim, e começou sua Vida plena, inteira e perfeita em minha alma, e oh!
em que alturas divinas fui posta pelo Altíssimo, os Céus não podiam alcançar-me, nem conter-me,
a luz do sol era pequena ante minha luz, nenhuma coisa criada podia alcançar-me. Eu navegava os
mares divinos como se fossem meus, meu Pai celestial, o Filho e o Espírito Santo suspiravam por
me ter em seus braços para gozar de sua pequena filha, e, oh! o contentamento que
experimentavam ao sentir como os amava, rogava-lhes e adorava sua alteza suprema, meu amor,
minhas orações e adorações saíam de dentro de minha alma, do centro da Divina Vontade,
sentiam sair de Mim ondas de amor divino, castos perfumes, alegrias insólitas que partiam de
dentro do Céu que seu mesmo Querer Divino havia formado em minha pequenez, tanto que não
terminavam de repetir: “Toda bela, toda pura, toda santa é nossa pequena filha, suas palavras são
correntes que nos aproximam, seus olhares são dardos que nos ferem, seus batimentos são
flechas que nos fazendo delirar de amor.” Sentiam sair de Mim a potência, a força de sua Divina
Vontade que nos tornava inseparáveis, e me chamavam: “Nossa filha invencível que levará vitória
também a nosso Ser Divino.”.
Agora escuta-me filha minha, a Divindade levada por um excesso de amor para Mim, me disse:
“Filha nossa amada, nosso amor não rege, se sente sufocado se não te confiamos nossos
segredos, por isso te elegemos como nossa fiel secretária. A ti queremos confiar nossas dores e
nossos decretos, a qualquer custo queremos salvar ao homem, olha como vai ao precipício, sua
vontade rebelde o arrasta continuamente ao mal; sem a vida, a força, o sustento de nosso Querer
Divino se desviou do caminho de seu Criador e caminha rastejando na terra, débil, doente e cheio
de todos os vícios, mas não há possibilidades de salvá-lo, nem outras maneiras para que saia, mas
que desça o Verbo Eterno, tomar seus despojos, suas misérias, seus pecados sobre Si, irmanar-se
com ele, vencê-lo por caminho do amor e de penas inauditas, dar-lhe tanta confiança para poder
colocá-lo novamente em nossos braços paternos. ¡ Oh! como nos dói a sorte do homem, nossa dor
é grande, não podíamos confiá-lo a nenhum, porque não tendo uma Vontade Divina que os
domine, não podiam jamais compreender nem nossa dor, nem os graves males do homem caído
no pecado. A você é dado, porque possui nosso Fiat, o poder compreendê-lo, e por isso como a
nossa Secretária queremos revelar-te nossos segredos e pôr em tuas mãos o cetro de mando a fim
de que domines e imperes sobre tudo, e teu domínio vença a Deus e ao homem, e nos leve como
filhos regenerados em seu materno coração.”.
Quem pode te dizer minha filha querida que sentiu meu coração com este falar divino? Abriu-se em
Mim uma veia de intensa dor e me propus, mesmo a custo de minha vida vencer a Deus e às
criaturas, e uni-las.
Agora minha filha escuta a tua Mãe, te vi surpreendida ao ouvir-me narrar a história da possessão
no reino da Divina Vontade, agora deves saber que também a ti é dada esta sorte, se te decidires a
não fazer jamais tua vontade, o Querer Divino formará seu céu em tua alma, sentirá a
inseparabilidade divina, será-lhe dado o cetro de comando sobre si mesma, sobre suas paixões,
não será mais escrava de si mesma, porque só a vontade humana põe em escravidão a pobre
criatura, lhes corta as asas do amor para Aquele que a criou, lhe tira a força, o sustento e a
confiança de lançar-se aos braços de seu Pai celestial, de modo que não pode conhecer nem seus
segredos, nem o amor grande com que a ama, e por isso vive como estranha da casa de seu Pai
Divino. Que distância coloca entre Criador e criatura o humano querer, por isso me escute, me
conte, me diga que não dará mais vida a sua vontade, e Eu te encherei toda de Vontade Divina.
Dê seu testemunho sobre seu encontro com a Divina Vontade