APÊNDICE
Lição adicional n° 1
(amplia a meditação do dia vinte)
A Rainha do Céu no Reino da Divina Vontade.
No ardor de seu amor, Maria, sentindo-se Mãe de Jesus, se encaminha em busca de corações para santificar. Ela visita Santa Isabel.
A Santificação de São João Batista.
A alma para sua Mãe Celestial:
Mãe Celestial, sua pobre filha tem extrema necessidade da Senhora!
Sendo minha Mãe e a Mãe de Jesus, sinto o direito de estar perto,
de me colocar ao seu lado, seguir os seus passos para modelar os meus.
Mãe Santa, dê-me a mão e me conduza com a Senhora, para que possa aprender
e comportar-me bem nas várias ações de minha vida.
Lição da Rainha do Céu:
Bem-aventurada filha, quão doce é sua companhia para mim!
Ao ver que quer me seguir, para me imitar, sinto alívio das chamas
do amor que me devoram. Oh! sim, tendo-a perto, poderei ensiná-la a
viver da Vontade Divina com maior facilidade.
Enquanto me segue, ouça-me:
Assim que me tornei Mãe de Jesus e sua Mãe, meus mares de
amor dobraram; e, incapaz de contê-los todos, sentia a necessidade
de expandi-los e ser, mesmo à custa de grandes sacrificios, a primeira
portadora de Jesus às criaturas. Mas, o que estou dizendo, sacrificios?
Quando se ama de verdade, os sacrifícios, as dores, são refrigério,
são alívios e manifestações do amor que se possui. Oh minha filha, se
você não experimenta o bem do sacrifício, se você não sente como
esse traz as alegrias mais intimas, é sinal de que o Amor Divino
não preenche toda a sua alma e, portanto, que a Divina Vontade
não reina em você como Rainha. Só essa dá tal força à alma para
torná-la invencível e capaz de suportar qualquer dor.
Coloque a mão em seu coração e observe quantos vazios de
amor há nele. Reflita: aquela secreta auto estima, que fica incomodada
por cada minima contrariedade; aqueles pequenos apegos que você
sente à coisas e à pessoas; aquele cansaço ao fazer o bem; aquele
aborrecimento causado pelo que não é do seu agrado; equivale a
muitos vazios de amor em seu coração, vazios que, iguais a febres,
privam-na da força e do desejo de preencher-se de Vontade Divina.
Oh! como sentirá também a refrescante e conquistadora virtude nos
seus sacrifícios, se preencher esses vazios com amor!
Minha filha, dê-me agora a sua mão e me siga, porque vou
continuar a lhe dar minhas lições.
Eu deixei Nazaré, acompanhada por São José, enfrentando
uma longa viagem, passando sobre as montanhas, para ir à Judeia
para visitar Isabel, que milagrosamente se tornou mãe em uma idade tardia.
Vim a ela não apenas para lhe fazer uma visita simples,
mas sim porque ardia do desejo de lhe trazer Jesus.
A plenitude da Graça, do Amor, da Luz que sentia em mim me empurrava a levar,
a multiplicar, a centuplicar a Vida de meu Filho nas criaturas.
Sim, minha filha, o amor de Mãe homens, e para você em particular,
era tão grande que sentia a extrema necessidade de dar a todos o meu querido Jesus,
para que todos pudessem possuí-Lo e amá-Lo.
O direito de Mãe, concedido a mim pelo Fiat, me enriqueceu com tanta Potência para multiplicar
tantas vezes Jesus, quantas eram as criaturas que queriam recebê-Lo.
Este era o maior milagre que eu poderia fazer: ter Jesus pronto para
dá-Lo a quem o desejasse. Como me sentia feliz!
Quanto gostaria que você também, minha filha, aproximando-se das pessoas e fazendo visitas,
fosse sempre portadora de Jesus, capaz de dá-Lo a conhecer e desejosa de fazê-Lo amar.
Depois de vários dias de viagem, finalmente cheguei à Judeia e fui apressadamente para
a casa de Isabel. Ela veio até mim em festa.
Na saudação que lhe dei, ocorreram fenômenos maravilhosos. Meu pequeno Jesus exultou
no meu ventre: e, fixando com os raios de Sua própria Divindade o pequeno João no seio
de sua Mãe, santificou-o, deu-lhe o uso da razão e fez-lhe saber que Ele era o Filho de
Deus.
João, então, estremeceu tanto de amor e alegria, que Isabel
sentiu-se abalada. Atingida também ela pela Luz da Divindade
de meu Filho, reconhece que eu me tornara a Mãe de Deus; e, na
ênfase de seu amor, tremendo de gratidão, exclamou: “De onde
me vem tanta honra que a Mãe de meu Senhor venha até mim?
Não neguei o altíssimo mistério; em vez disso, humildemente
o confirmei. Ao exaltar a Deus com o cântico do Magníficat, cântico
sublime, por meio do qual a Igreja me honra continuamente, anunciei
que o Senhor tinha feito grandes coisas em mim, sua serva, e
que, por essa razão, todos os povos me chamariam bem-aventurada.
Minha filha, sentia-me consumida pelo desejo de dar um
desabafo às chamas do amor que me consumiam e manifestar meu
segredo a Isabel, que também desejava o Messias sobre a terra. O
segredo é uma necessidade do coração que irresistivelmente se revela
a pessoas capazes de se entenderem.
Quem mais poderá dizer-lhe quanto bem minha visita trouxe para
Isabel, para João, para toda essa casa?
Cada um ficou santificado, cheio de alegria, houve alegrias incomuns, compreendeu-se
coisas inéditas; e João, em particular, recebeu todas as graças que lhe eram necessárias
para se preparar para ser o Precursor do meu Filho.
Querida filha, a Divina Vontade faz coisas grandes e inauditas,
onde Essa reina. Se operei tantos prodígios, era porque Ela tinha
seu posto régio em mim. Se você também deixar o Divino Querer
reinar em sua alma, também se tornará a portadora de Jesus para as
criaturas; também sentirá a necessidade irresistível de dá-Lo a todos!
A Alma:
Santa Mãe, como lhe agradeço por suas belas lições! Sinto que
têm tal poder sobre mim, de modo a fazer com que continuamente
anscie viver na Divina Vontade. Mas, para obter essa graça, venha,
desça junto com Jesus na minha alma; renove para mim a visita
que fez a Santa Isabel e os prodígios que realizou para ela. Ah! sim,
minha Mãe, traga-me Jesus, santifique-me; com Jesus, saberei fazer
a Sua Santissima Vontade.
Pequena flor:
Para me honrar, você recitará três vezes o Magnificat em ação
de graças pela visita que fiz a Santa Isabel.
Jaculatória:
Santa Mãe, visite minha alma e prepare nela uma morada
digna à Divina Vontade.
Dê seu testemunho sobre seu encontro com a Divina Vontade