Livro do céu volume 1- 49
Regressando ao princípio, quando Jesus se dignava vir,
frequentemente me falava de sua Paixão e punha atenção a
dispor minha alma à imitação de sua Vida e de suas penas,
dizendo-me que além do Matrimônio já descrito ficava outro
por fazer, e este era o desponsório da cruz. Lembro-me de me
dizer: “Minha Esposa, as virtudes tornam-se fracas se não
forem corroboradas, fortificadas pelo enxerto da Cruz”.
Recordo que dizia: “Antes de minha vinda à terra, as penas,
as confusões, os opróbrios, as calúnias, as dores, a pobreza, as
enfermidades, especialmente a cruz, eram consideradas como
opróbrios, mas desde que foram carregadas por Mim, todos
ficaram santificados e divinizados por meu contato, de forma
que todos eles mudaram de aparência e se tornaram doces,
agradáveis, e a alma que tem o bem de ter algum deles fica
honrada, e isto porque recebeu a insígnia de Mim, Filho de
Deus. E só experimenta o contrário quem só vê e se detém na
casca da cruz, e encontrando o amargo se desgosta, se lamenta
e parece que lhe chegou uma desgraça, mas quem arroja-se
Quer dizer, “eu acompanhei a continuidade do discurso”.
dentro, encontrando o seu sabor, aí forma sua felicidade.
Minha filha amada, não desejo outra coisa que crucificar-te
na alma e no corpo”.
E enquanto dizia isto sentia-me infundir tais desejos de ser
crucificada com Jesus Cristo, que frequentemente ia repetindo:
“Meu Jesus, meu Amor, faze-o logo, crucifica-me Contigo”. E
quando Jesus regressava, as primeiras petições que lhe fazia e
que me pareciam mais importantes eram estas: a dor dos meus
pecados e a graça de que me crucificasse com Ele. Parecia-me
que se obtivesse isto teria obtido tudo.
Então, uma manhã, o meu amantíssimo Jesus apareceu
diante de mim crucificado e disse-me que queria crucificar-me
com Ele, e, enquanto dizia isto, vi que de suas Santíssimas
Chagas saíram raios de luz, e dentro destes os pregos que
vinham a mim. Enquanto estava nisto, não sei porquê, desejava
tanto que me crucificasse, tanto que me sentia consumir; fui
surpreendida por um grande temor que me fazia tremer da
cabeça aos pés, sentia tal aniquilamento de mim mesma, me via
tão indigna de receber esta graça, que não me atrevia a dizer:
“Senhor, crucifica-me Contigo”. Parecia que Jesus estava em
suspenso esperando o meu querer.
Quem pode dizer como no íntimo de minha alma o desejava
ardentemente, mas, ao mesmo tempo me via indigna? Minha
natureza se assustava e tremia.
Enquanto eu estava nisto, meu amado Jesus
intelectualmente me pedia que aceitasse, então com todo o
coração eu lhe disse: “Esposo Santo, crucificado por mim, peço-te
que me concedas a graça de me crucificar, e ao mesmo tempo peço-te
que não faças aparecer nenhum sinal externo. Sim, dá-me a dor, dá-me
as chagas, mas que tudo fique oculto entre nós”.
E assim, aqueles raios de luz, juntamente com os pregos,
trespassaram-me as mãos e os pés, e o coração foi trespassado
por um raio de luz juntamente com uma lança. Quem pode
dizer a dor e a alegria? Quanto mais depressa fui surpreendida
pelo temor, mais tarde a minha alma nadava no mar da paz, da
alegria e da dor. Era tanta a dor nas mãos, nos pés e no coração,
que me sentia morrer; sentia que os ossos das mãos e dos pés
se partiam em pequenos pedaços, sentia como se estivesse um
prego dentro, mas, ao mesmo tempo, me causava tal
contentamento, que não sei explicar, e me fornecia tal força, que
enquanto me sentia morrer pela dor, essas mesmas dores me
sustentavam para fazer que não morresse. Na parte externa do
corpo nada aparecia, porém sentia as dores corporalmente,
tanto é verdade, que quando vinha o confessor para me chamar
à obediência e me soltava os braços e as mãos contraídas, cada
vez que me tocava nesse ponto das mãos, onde tinha
trespassado o raio de luz junto com o prego, sentia penas
mortais. No entanto, quando o confessor ordenava por
obediência que cessassem essas dores, muitas se mitigavam,
porque essas dores eram tão fortes que me faziam perder os
sentidos, e se não se tivessem atenuado ante a obediência,
dificilmente me teria prestado a obedecer.
Oh! Prodígio da santa obediência, o Senhor foi tudo para
mim! Quantas vezes me encontrei em contraste com a morte,
tanta era a força das dores, e a obediência me restituiu a vida.
Seja sempre bendito o Senhor, seja tudo para sua glória!
Agora, enquanto me sentia em mim mesma, nada via, mas
quando perdia os sentidos via as partes marcadas pelas chagas
de Jesus, parecia-me que as chagas do próprio Jesus se tinham
transferido para as minhas mãos. Esta foi a primeira vez que
Jesus me crucificou, porque destas crucifixões tinha havido
tantas, que é impossível enumerá-las todas; direi somente as
coisas principais relacionadas com isto.
Livro do céu volume 1 – 49 – Terceiro Matrimônio: o Matrimônio da Cruz.
Livro do céu volume 1 – 49 – Terceiro Matrimônio: o Matrimônio da Cruz.
Tags: “eu acompanhei a continuidade do discurso”. 105 dentro, a pobreza, agradáveis, aí forma sua felicidade. Minha filha amada, as calúnias, as confusões, as dores, as enfermidades, as penas, as virtudes tornam-se fracas se não forem corroboradas, crucifica-me Contigo”. E quando Jesus regressava, de forma que todos eles mudaram de aparência e se tornaram doces, dizendo-me que além do Matrimônio já descrito ficava outro por fazer, e a alma que tem o bem de ter algum deles fica honrada, e encontrando o amargo se desgosta, e este era o desponsório da cruz. Lembro-me de me dizer: “Minha Esposa, e isto porque recebeu a insígnia de Mim, encontrando o seu sabor, eram consideradas como opróbrios, especialmente a cruz, faze-o logo, Filho de Deus. E só experimenta o contrário quem só vê e se detém na casca da cruz, fortificadas pelo enxerto da Cruz”. Recordo que dizia: “Antes de minha vinda à terra, frequentemente me falava de sua Paixão e punha atenção a dispor minha alma à imitação de sua Vida e de suas penas, Jesus, Jesuscumprimentodopainosso, Jesusdisse, Jesusdisseàluisapiccarreta, Jesusdivinavontade, Jesusfala, Jesusnolivrodoceu, Jesusreinodadivinavontade, Jesusrevela, livrodoceuluisapiccarreta, luisapiccarreta, mas desde que foram carregadas por Mim, mas quem arroja-se 52 Quer dizer, meu Amor, não desejo outra coisa que crucificar-te na alma e no corpo”. E enquanto dizia isto sentia-me infundir tais desejos de ser crucificada com Jesus Cristo, os opróbrios, quando Jesus se dignava vir, que frequentemente ia repetindo: “Meu Jesus, Regressando ao princípio, se lamenta e parece que lhe chegou uma desgraça, Terceiro Matrimônio: o Matrimônio da Cruz., todos ficaram santificados e divinizados por meu contato
Dê seu testemunho sobre seu encontro com a Divina Vontade