LIVRO DO CÉU VOLUME 3-38
16 de Fevereiro de 1900
38- A mortificação deve ser o respiro da alma.
(1) Continua quase sempre o mesmo. Esta manhã, depois de me ter renovado as penas da crucificação, disse-me:
(2) “A mortificação deve ser o respiro da alma. Assim como ao corpo é necessária a respiração, e do ar bom ou mau que se respira assim fica infectado ou purificado, também pela respiração se conhece se está são ou doente o interior do homem, se todas as partes vitais estão de acordo, assim a alma: se respira o ar da mortificação, tudo estará nela purificado, todos seus sentidos soarão com um mesmo som concordante, seu interior exalará um respiro balsâmico, saudável, fortificante; mas se não respirar o ar da mortificação tudo será discordante na alma, exalará um respiro malcheiroso e nauseante; enquanto está por domar uma paixão, outra se desenfreada. Em suma, sua vida não será outra coisa que um jogo de crianças”.
(3) Parecia-me ver a mortificação como um instrumento musical, no qual, se todas as cordas estão boas e fortes, produz um som harmonioso e agradável, mas se as cordas não são boas, agora há
que reparar uma, agora há que afinar outra, por isso todo o tempo o emprega em ajustá-lo, mas jamais em tocá-lo, no máximo poderá emitir um som discordante e desagradável, por isso jamais fará nada de bom.
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