LIVRO DO CÉU VOLUME 3-54
20 de Março de 1900
54- Advertência de castigos.
(1) Tendo recebido a comunhão, via meu doce Jesus que me convidava a sair com Ele, mas com o pacto de que ao ir junto com Ele, onde via que Jesus estava obrigado a mandar castigos pelos
pecados, não devia discutir com Ele para que não os mandasse. Com esta condição saímos, percorrendo a terra. Em primeiro lugar comecei a ver, não muito longe de nós, especialmente em certos pontos, tudo seco, então me dirigindo a Ele disse: “Senhor, como farão estas pobres gentes se lhes falta o alimento para se nutrirem? Ah! Você pode tudo, assim como fez secar, assim faça que reverdeça”. E como tinha a coroa de espinhos estendi-lhe a mão, dizendo: “Meu Bem, que te fizeram estas nações? Talvez te tenham posto esta coroa de espinhos; pois bem, entregue-a a mim, assim ficarás aplacado e lhes darás o alimento para não as deixar morrer”. E tirando-a, coloquei-a sobre a minha cabeça. Enquanto fazia isso, Jesus me disse:
(2) “Parece que não posso levá-lo junto Comigo, porque levá-lo e não poder fazer nada é o mesmo”.
(3) E eu: “Senhor, não fiz nada, perdoa-me se achas que fiz mal, mas leva-me juntamente contigo”.
(4) E Ele: “O teu modo de agir me ata por todas as partes”.
(5) E eu: “Não sou eu que faço assim, és tu mesmo que me obrigas a fazer assim, porque ao encontrar-me contigo, vejo que todas as coisas são tuas, e se não tomar cuidado das tuas coisas, parece-me que viria a não tomar cuidado de Ti mesmo. Por isso deves perdoar-me se faço assim, já que o faço por amor teu e não deves afastar-me por isto.
(6) Em seguida, continuamos a girar. Eu fazia quanto mais podia para não lhe dizer nada de que não castigasse em alguns pontos, para não lhe dar ocasião que me mandasse retirar e assim perder sua amável presença; mas onde não podia começar a discutir com Ele. Chegamos a um ponto da Itália onde estavam fazendo um convênio que devia causar uma grande desordem, mas não entendi o que era, porque tendo começado a dizer, Senhor, não permita, pobre gente, como farão? Vendo Jesus que eu me afanava e queria impedi-lo, disse-me com império:
(7) “Retira-te, retira-te”.
(8) E tirando uma cinta de pregos, de alfinetes que tinha encaixada em seu corpo, que o fazia sofrer muito, acrescentou:
(9) “Retira-te e leva esta cinta contigo, assim me aliviarás muito”.
(10) E eu: “Sim, eu a porei em teu lugar, mas deixa-me estar Contigo”.
(11) E Ele: “Não, retira-te”.
(12) E o disse com tal império, que não podendo resistir, em um instante me encontrei em mim mesma, e não pude entender qual era aquele convênio.
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